sauron182guitar::Ou seja, não querem pagar um revisor ou não confiam no trabalho do mesmo e estão jogando a responsabilidade para a comunidade. Caso aconteça algum erro vão dizer "vocês não avisaram nada..."
Caro
sauron182guitar
Com todo o respeito meu camarada, eu vejo a coisa por outro ângulo. Sem nenhum "passapanismo", que eu não sou dado a essas perversões, não é que a editora esteja querendo passar a responsabilidade para a comunidade. O trabalho de tradução e localização já está feito. Mas até mesmo o mais rigoroso dos revisores, sendo humano, é passível de erros. Por outro lado, quando se tem 10 pessoas fazendo a revisão essa possibilidade cai bastante.
Por isso, eu só posso dizer que, até que enfim uma editora nacional de board game ouviu os incessantes clamores de muita gente aqui do Ludopedia, e resolveu aproveitar, esse enorme contingente de pessoas que quer ajudar gratuitamente. Eu não tenho dúvidas, de que muita gente vai preferir fazer esse trabalho, mesmo que de graça, só para poder ter o seu jogo preferido lançado sem erros. Imagina quanta dor de cabeça a Galápagos não teria evitado em relação ao Everdell, o mesmo se aplicando à Conclave em relação ao Western Legends, e a própria Grok em relação ao Ark Nova, só para ficar em alguns exemplos.
No entanto, não se pode esquecer que a revisão do material é apenas parte do problema, principalmente para as editoras que começarem a investir na produção nacional de alguns componentes dos jogos. Não basta a editora fazer um excelente trabalho de revisão, mandar para a gráfica todos os arquivos certinhos, a gráfica imprimir o arquivo errado, e a editora vender o jogo assim mesmo, caso a gráfica resolver que não vai imprimir de novo o arquivo certo. Imagina, no caso do Ark Nova, que a Grok mandou o arquivo do tabuleiro correto com as duas faces diferentes, para a gráfica, e foi a gráfica que imprimiu errado. Nessa caso, cabe à editora devolver esse material errado e recusar o pagamento, caso a gráfica não imprima o material corretamente. Só que aí se esbarra com a questão do atraso na entrega e coisa e tal, e eu não sei até que ponto as editoras nacionais estão dispostas a ir para entregar um jogo 100%, porém atrasado.
Mas, independente disso, é preciso dar a César o que é de César. É fundamental "meter o pau" quando a editora erra e sequer reconhece isso, mas também dar os parabéns quando a editora acerta. Caso contrário, se recai no erro do radicalismo de criticar "só por esporte", o que não leva a nada. Por isso, eu acho que a Grok merece todo o nosso aplauso por essa iniciativa, que certamente melhorará o nível de qualidade dos jogos da editora. Isso demonstra um claro compromisso em produzir jogos cada vez melhores, e uma atitude, um curso de ação, nesse sentido. Isso é muito melhor do que as promessas vazias de melhorar, que se escuta pelas lives da vida. Tomara que não apenas a Grok continue seguindo por esse caminho, como também as demais editoras comecem a fazer o mesmo.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio