Bozeus::Rodney Smith (vulgo apresentador do Watch it Played e amigo do Davi Coelho) = a editora tem que mandar o jogo e cobra $3000 bidens pra fazer cada review
Pessoas: "que vídeo incrível!"

Produtor de conteúdo brasileiro: mostra o que comprou, pede emprestado pros amigos E recebe meia dúzia de jogos por ano das editoras
Pessoas: "seus vendidos!"

Pra mim esse comparação não faz muito sentido porque o Rodney faz vídeo de regras, ele não fornece opiniões sobre o jogo.

E sobre o tópico geral, não tenho nenhuma dúvida que todos os conteúdos produzidos em que houve algum tipo de remuneração (incluindo o envio gratuito do material de conteúdo, vulgo permuta), deveria existir um aviso ao espectador. Independente do canal em que o conteúdo é veiculado.

Eu, particularmente, se estivesse fazendo um review não financiado por uma editora, não abordaria a questão do preço, por exemplo. Não existe absolutamente nenhum propósito de falar disso a não ser estimular ou desencorajar a compra. Um review sem vínculos deveria unicamente se dedicar à experiência que o jogo proporciona.

Galera curte falar sobre coisas que n tem ideia alguma de como funcionam simplesmente pq cria uma teoria na cabeça, pra ele faz sentido e por isso julga ser vdd. Eu n sei como tem gnt que ainda se dispõe a tentar discutir.

Felipe023::Eu acredito que os youtubers do nosso nicho (jogos de tabuleiro) têm uma responsabilidade muito importante em fornecer opiniões honestas e transparentes sobre os jogos que eles analisam. Eles devem ser imparciais e objetivos em sua análise, independentemente de qualquer parceria ou patrocínio. Se eles não são sinceros, então eles estão traindo a confiança de sua audiência e prejudicando a comunidade de jogos de tabuleiro como um todo.

Segue o link de um podcast imparcial para seu deleite:

https://open.spotify.com/episode/6taIWbbku7YuLkS

gambiarrabg::Sem dúvida acho importante essas discussões, desde que todo mundo esteja disposto a realmente discutir, entender, aprender, ouvir o outro lado. Também fico a disposição pra quem queira perguntar alguma coisa ou trocar ideia. Queria falar mais, mas ninguém vai ler um comentário gigante e eu tenho um episódio que sai hoje pra fechar kkkk

MarcusVi:: Discussão mais do que necessária, então vamos lá...

A título de explicação, caso não tem ficado claro... penso que os produtores de conteúdo sejam profissionais, ainda que alguns façam isso de forma amadora, assim, tem mesmo é que firmar parcerias, receber pelo seu trabalho, ganhar pelos serviços prestados. Eu só gostaria de saber quando isso acontece e que essas informações fossem mais acessíveis. Se o cara é funcionário da editora, não tem problema nenhum, desde que haja transparência sobre isso e em muitos casos essa transparência já EXISTE, mas em outros pode melhorar. 

Caros MarcusVi e Gustavo Lopes (gambiarrabg)

Eu acho que essa questão envolvendo os canais de board games passa, acima de tudo, pelo quesito transparência.

Produzir conteúdo, principalmente para um grupo tão pequeno quanto a comunidade boardgamer é complicado e demanda dinheiro. Só para se ter uma ideia, o Jack Explicador, provavelmente o gametuber de maior sucesso no hobby disse em uma entrevista, que na época ele havia conseguido atingir a marca de 3 milhões de visualizações no canal. Mas para isso, ele precisou fazer mais de mil vídeos. Enquanto isso, um único vídeo ensinando a passar de fase no God of War ou no Assassin's Creed IV, do Playstation, sem quase nenhuma produção, atinge até mais do que esses 3 milhões de visualizações. Não há dúvida de qual tipo de vídeo as empresa vão preferir anunciar seus produtos e remunerar o produtor.

Por conta disso, ninguém é ingênuo de achar que um produtor de conteúdo vai dedicar a maior parte de seu tempo livre, e investir quase todo seu orçamento pessoal, para fazer vídeos de board game, só para garantir a quem assiste, a sua imparcialidade. Por isso, eu pelo menos não vejo nada de mal, que o canal de board game estabeleça parcerias com as editoras. O problema é que é preciso deixar isso claro para as pessoas, e não ficar posando de "amante abnegado e imparcial dos board games", como é a sensação que alguns canais passam, pelo menos para mim. Então tudo é uma questão de credibilidade gerada pela transparência.

Também é preciso considerar, que mesmo sabendo que o canal recebeu algum tipo de apoio da editora, para falar bem do jogo, se isso for feito de forma transparente, essa análise ainda tem seu valor. Fazer um vídeo elogiando a arte do Stone Age ou do Lendas de Andor, feitas pelo Michael Menzel, na minha opinião o maior artista de board games da história, não estará necessariamente errado só porque o canal recebeu esses jogos da editora. O mesmo se aplica a um canal que queira, por exemplo, elogiar a inteligência, simplicidade e a elegância do uso da mecânica do Azul, do Michael Kiesling. O fato do canal ter recebido o jogo não muda o fato do Azul ser um jogo inteligente, simples e elegante.  

O problema é fazer propaganda de um jogo com problemas, e fingir que está tudo OK só para não contrariar a editora. Esse foi o caso do Western Lengeds e da expansão Profecia dos Reis, que eu citei anteriormente. Se algum canal de board game fizer um vídeo hoje do Eclipse sem citar os tiles errados, ou do Mage Knigth sem citar o problemas das cópias mofadas, e disser que os dois jogos estão perfeitos e indicar a compra, isso não é liberdade de expressão, mas sim uma tentativa de ludibriar as pessoas, a serviço das editoras. E com isso eu não concordo, nem nunca concordarei, e acredito que muita gente aqui do Ludopedia pensa assim.         

Como eu disse antes, e torno a dizer, os canais, podscasts e blogs, sobre board games são muito importantes, e eu diria até imprescindiveis para divulgar o hobby. Se o hobby é praticamente desconhecido de grande parte da população com essa mídias, sem elas então, aí é que board games será mesmo o nicho, do nicho do nicho, e os jogos continuarão sendo feitos no esquema "produção baixíssima, preço altíssimo", o que é ruim tanto para quem produz, quem vende e quem compra. A única coisa que precisa melhorar em relação à nossa "mídia especializada em board games" é a questão da transparência.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio

iuribuscacio::

O problema é fazer propaganda de um jogo com problemas, e fingir que está tudo OK só para não contrariar a editora. Esse foi o caso do Western Lengeds e da expansão Profecia dos Reis, que eu citei anteriormente. Se algum canal de board game fizer um vídeo hoje do Eclipse sem citar os tiles errados, ou do Mage Knigth sem citar o problemas das cópias mofadas, e disser que os dois jogos estão perfeitos e indicar a compra, isso não é liberdade de expressão, mas sim uma tentativa de ludibriar as pessoas, a serviço das editoras. E com isso eu não concordo, nem nunca concordarei, e acredito que muita gente aqui do Ludopedia pensa assim.         

Como eu disse antes, e torno a dizer, os canais, podscasts e blogs, sobre board games são muito importantes, e eu diria até imprescindiveis para divulgar o hobby. Se o hobby é praticamente desconhecido de grande parte da população com essa mídias, sem elas então, aí é que board games será mesmo o nicho, do nicho do nicho, e os jogos continuarão sendo feitos no esquema "produção baixíssima, preço altíssimo", o que é ruim tanto para quem produz, quem vende e quem compra. A única coisa que precisa melhorar em relação à nossa "mídia especializada em board games" é a questão da transparência.

De fato, fazer uma propaganda enganosa sempre será nocivo, eu nem entrei no mérito de discutir isso, me referi exclusivamente a ideia de isenção e imparcialidade nos casos de avaliações financiadas, bem como no gosto de cada produtor influenciando sua visão sobre os jogos. A liberdade a que me refiro não é a de enganar, esconder ou maquiar defeitos em jogos, essa é outra discussão, na qual não vou entrar. 
Concordo em gênero e número sobre a importância desses canais. 

hugovasconcelos::

Bozeus::Rodney Smith (vulgo apresentador do Watch it Played e amigo do Davi Coelho) = a editora tem que mandar o jogo e cobra $3000 bidens pra fazer cada review
Pessoas: "que vídeo incrível!"

Produtor de conteúdo brasileiro: mostra o que comprou, pede emprestado pros amigos E recebe meia dúzia de jogos por ano das editoras
Pessoas: "seus vendidos!"

Pra mim esse comparação não faz muito sentido porque o Rodney faz vídeo de regras, ele não fornece opiniões sobre o jogo.

E sobre o tópico geral, não tenho nenhuma dúvida que todos os conteúdos produzidos em que houve algum tipo de remuneração (incluindo o envio gratuito do material de conteúdo, vulgo permuta), deveria existir um aviso ao espectador. Independente do canal em que o conteúdo é veiculado.

Eu, particularmente, se estivesse fazendo um review não financiado por uma editora, não abordaria a questão do preço, por exemplo. Não existe absolutamente nenhum propósito de falar disso a não ser estimular ou desencorajar a compra. Um review sem vínculos deveria unicamente se dedicar à experiência que o jogo proporciona.

O último vídeo https://youtu.be/Svp9DanPK7A deles é literalmente um GUIA DE COMPRAS onde o apresentador fala que vai dar sugestões, dicas e falar o que chegou na estande DELE (ele usa essas palavras). Dá uma olhada lá e vai ver que tem bastante opinião no vídeo.
Colocar a tag "Contém promoção paga" resolveria o problema todo sobre a questão da transparência em ter ou não recebido um jogo?

Bozeus::

hugovasconcelos::

Bozeus::Rodney Smith (vulgo apresentador do Watch it Played e amigo do Davi Coelho) = a editora tem que mandar o jogo e cobra $3000 bidens pra fazer cada review
Pessoas: "que vídeo incrível!"

Produtor de conteúdo brasileiro: mostra o que comprou, pede emprestado pros amigos E recebe meia dúzia de jogos por ano das editoras
Pessoas: "seus vendidos!"

Pra mim esse comparação não faz muito sentido porque o Rodney faz vídeo de regras, ele não fornece opiniões sobre o jogo.

E sobre o tópico geral, não tenho nenhuma dúvida que todos os conteúdos produzidos em que houve algum tipo de remuneração (incluindo o envio gratuito do material de conteúdo, vulgo permuta), deveria existir um aviso ao espectador. Independente do canal em que o conteúdo é veiculado.

Eu, particularmente, se estivesse fazendo um review não financiado por uma editora, não abordaria a questão do preço, por exemplo. Não existe absolutamente nenhum propósito de falar disso a não ser estimular ou desencorajar a compra. Um review sem vínculos deveria unicamente se dedicar à experiência que o jogo proporciona.

O último vídeo https://youtu.be/Svp9DanPK7A deles é literalmente um GUIA DE COMPRAS onde o apresentador fala que vai dar sugestões, dicas e falar o que chegou na estande DELE (ele usa essas palavras). Dá uma olhada lá e vai ver que tem bastante opinião no vídeo.
Colocar a tag "Contém promoção paga" resolveria o problema todo sobre a questão da transparência em ter ou não recebido um jogo?

Ok, esse vídeo vinculado não é do Rodney, é do canal dele. Entendi seu ponto, mas não sei exatamente se ele cobra para fazer esse tipo de conteúdo, acredito que não. Imagino que o valor referenciado seja para os vídeos de "How to Play".
Sim, imagino que a tag de "contém promoção paga" tornaria os espectadores mais céticos quanto ao que estão consumindo e estaria mais expresso o risco.

Fabricio::

Felipe023::"...O jogo vale os 500 reais pelo fato de ser 4 jogos em 1 só..."


e foi mais ou menos isso que ouvi de um Youtuber sobre o Twilight Inscription...




Eu acredito que os youtubers do nosso nicho (jogos de tabuleiro) têm uma responsabilidade muito importante em fornecer opiniões honestas e transparentes sobre os jogos que eles analisam. Eles devem ser imparciais e objetivos em sua análise, independentemente de qualquer parceria ou patrocínio. Se eles não são sinceros, então eles estão traindo a confiança de sua audiência e prejudicando a comunidade de jogos de tabuleiro como um todo.


Eu entendo que alguns youtubers precisam ganhar dinheiro com seus canais, mas isso não deve ser feito à custa da honestidade. É importante que eles mantenham sua integridade e transparência, mesmo que isso signifique perder algumas parcerias ou patrocínios. Afinal, a credibilidade é o que faz a diferença a longo prazo.


Com certeza, é importante que essa galera mantenha sua integridade e transparência em suas análises, mesmo que isso signifique perder algumas parcerias ou patrocínios. É natural que haja um equilíbrio delicado entre a necessidade de ganhar dinheiro e a responsabilidade de fornecer opiniões honestas e imparciais.


No entanto, eu acredito que quando um "gerador de conteúdo"sacrifica sua honestidade em troca de ganhos financeiros, eles estão cruzando uma linha perigosa. Não há nada de errado em fazer parcerias e patrocínios, desde que esses acordos não afetem a integridade das opiniões e análises do youtuber. Mas quando um youtuber se torna um "vendido", a credibilidade de suas opiniões é perdida e isso é prejudicial não só para sua audiência, mas também para a indústria de jogos de tabuleiro como um todo.


Por isso, é importante que eles estejam cientes de que há uma linha tênue entre a sinceridade e a venda da alma ao diabo. Eles precisam ser honestos consigo mesmos e com sua audiência sobre os limites que estão dispostos a cruzar em troca de ganhos financeiros. Se eles se comprometerem com a transparência e a integridade, então sua audiência saberá que podem confiar em suas opiniões e análises para tomar decisões de compra informadas...

É no mínimo maldoso pegar um trecho de uma frase dentro dos 27 minutos que foi a minha live...

Agora darei uma pequena satisfação, não pra você que não significa nada pra mim, mas para aqueles que em algum momento contribuíram ou apoiaram o meu trabalho.
Nenhum review no After Match é remunerado. Os jogos que chegam pra gente são definidos de comum acordo com as editoras (já cansei de negar jogo por saber que eu não vou gostar e não vou perder meu tempo criando conteúdo do que eu não gosto). Já teve editora que mandou jogo sem se comunicar e cobrou conteúdo, eu só informei que não faria o conteúdo pois o jogo não agrada.
Em 7 anos de canal, conteúdo pago só teve um. O Top 10 jogos nacionais que foi publicado em 26/06/2018. Uma loja (que nem existe mais) patrocinou aquele vídeo com um jogo que acabou indo pra sorteio para a comunidade. os vídeo referentes a eventos e viagens geralmente possuem algum tipo de patrocínio, como por exemplo a minha ida pro Jogaucha ano passado. A minha passagem e hospedagem foram bancadas pelo evento.
Os vídeos regulares são patrocinados por 3 marcas. Todo o ganho com essas 3 marcas são revertido para os apoiadores do canal via sorteio mensal.

UM RESUMO PARA QUEM NÃO QUER LER TUDO. VOCÊS ACHAM QUE A GENTE GANHA DINHEIRO CRIANDO CONTEÚDO? A RESPOSTA É NÃO. MAS NÃO NEGO QUE GOSTARIA MUITO DE RECEBER PARA CRIAR CONTEÚDOS DIFERENCIADOS COMO VIAGENS, IDA A EVENTOS E ETC. EM 7 ANOS, SÓ O DIVERSÃO OFFLINE DE 2019 QUE EU VOLTEI COM DINHEIRO NO BOLSO POR TER FEITO AÇÕES PARA MARCAS (NEM EDITORAS ERAM). TODOS OS OUTROS EU TIREI DINDIN DO BOLSO.

Quem tiver mais curiosidade e quiser trocar uma ideia, só mandar mensagem que eu tiro as dúvidas. Quem já quer destilar o veneno, continua ai na sua vidinha limitada.

Olá, Fabrício. Acho sua manifestação bastante relevante para deslindar o fio do debate aqui. Para dificultar malentendidos, vou fazer um pequeno desvio:
- não sou contra práticas comerciais per se; acho bobagem criticar dia das mães/crianças/Natal etc. por serem datas feitas para vender produtos. Vivemos em um mundo capitalistas e o comércio é essencial para gerar empregos e riqueza;
- estou ciente das peculiaridades de nosso hobby e da indústria ligada a ele que, de maneira geral, é toda feita por fãs que seguram as empresas nos dentes, mais pelo amor do que pela grana; por isso, dificilmente fico indignado com preços, desorganização, defeitos, erros de tradução etc.
Isso posto, vamos lá.
Todos temos pontos cegos na nossa visão de mundo e sempre é importante estar aberto àqueles que ós apontam. Creio ter notado um na sua argumentacao, que de forma alguma se configura como falta de carater ou de etica, mas que pode soar alarmes na cabeça daqueles que não te conhecem.
Trabalhei por quase uma década como jornalista, metade desse tempo em veículos grandes. Lembro-me de um crítico de música de uma revista de ótima qualidade que, após fazer uma crítica elogiosa, se não me engano ao segundo disco da Maria Rita, terminou seu texto com a seguinte informação: "A gravadora enviou como cortesia ao jornalista um IPod (isso na época era a o objeto último de desejo geral) xpto com o novo álbum da cantora que, após a audição, foi devolvido à empresa."
Esse é o ponto que dissolve dúvidas: recebe-se o produto para avaliação, produz-se a crítica e não se mantém o produto, ainda mais porque você próprio disse que só recebe um jogo para avaliar se você já acha que vai gostar. Se o jogo fica na coleção ou é leiloado etc., ou mesmo se não se esclarece o que foi feito com ele, bom, isso pode gerar muito ruído na informação que é entregue.
No final das contas, tirando todos os adornos, o que sobra é: a empresa dá de presente um produto e recebe em troca uma crítica positiva desse produto. Não é ilegal, não é proibido, mas, no longo prazo, é deletério para o produtor de conteúdo, pois gera críticas como a motivadora desse tópico. É o velho dilema do focinho de porco e da tomada.

sergiocs78::

Luis Grotti::se recebeu cópia para a resenha ou alguma outra vantagem da editora o Youtuber deveria colocar aviso de promoção paga para ser sincero com a audiência.
muitos não colocam pois sabem que encontrando esse aviso a galera sensata dá zero importância

Receber uma cópia para resenha e promoção paga são duas coisas bem diferentes.

Então, Luis, como eu sugeri acima, dependendo do ponto de vista, pode-se sim considerar as duas ações no mínimo como semelhantes, afinal, um crítico recebeu um produto (bem) e em troca produziu conteúdo a respeito desse produto.
As fronteiras entre receber uma cópia de jogo para resenhar e ser contratado para produzir um conteúdo semelhante são muito borradas. Para evitar malentendidos, é bem importante fazer um disclaimer no começo do texto/vídeo.
Por isso acho bacana o que fez o Jack Explicador: fechou seu canal ao ser contratado pela Galápagos. Ou o Tom Vasel que, antes de fazer uma crítica positiva ao Last Light, fez um longo disclaimer sobre sua relação profissional e de amizade com o designer (e, mesmo assim, foi duramente criticado por isso)

Guy de Lombard ::

sergiocs78:::

Luis Grotti:::se recebeu cópia para a resenha ou alguma outra vantagem da editora o Youtuber deveria colocar aviso de promoção paga para ser sincero com a audiência.
muitos não colocam pois sabem que encontrando esse aviso a galera sensata dá zero importância

Receber uma cópia para resenha e promoção paga são duas coisas bem diferentes.

Então, Luis, como eu sugeri acima, dependendo do ponto de vista, pode-se sim considerar as duas ações no mínimo como semelhantes, afinal, um crítico recebeu um produto (bem) e em troca produziu conteúdo a respeito desse produto.
As fronteiras entre receber uma cópia de jogo para resenhar e ser contratado para produzir um conteúdo semelhante são muito borradas. Para evitar malentendidos, é bem importante fazer um disclaimer no começo do texto/vídeo.
Por isso acho bacana o que fez o Jack Explicador: fechou seu canal ao ser contratado pela Galápagos. Ou o Tom Vasel que, antes de fazer uma crítica positiva ao Last Light, fez um longo disclaimer sobre sua relação profissional e de amizade com o designer (e, mesmo assim, foi duramente criticado por isso)

Acho que a diferença é gritante.

O cara é contratado pela Galápagos, logo ele tem uma parcialidade questionável toda vez que falar bem de um jogo Galápagos, como quando falar mal de um jogo não galápagos.
Assim como o Tom Vasel, que disse que o jogo era do amigo dele.

Receber um jogo para fazer resenha é o básico necessário para que a resenha saia.
Conteúdo pago envolve dinheiro que, como alguns youtubers disseram, eles nunca viram.

O cara que se deixar vender por um jogo de 300 reais realmente não merece respeito nenhum. 
Se uma editora quisesse que eu fizesse divulgação paga de um produto não ia ser somente pelo jogo ganho.

MarcusVi::De fato, fazer uma propaganda enganosa sempre será nocivo, eu nem entrei no mérito de discutir isso, me referi exclusivamente a ideia de isenção e imparcialidade nos casos de avaliações financiadas, bem como no gosto de cada produtor influenciando sua visão sobre os jogos. A liberdade a que me refiro não é a de enganar, esconder ou maquiar defeitos em jogos, essa é outra discussão, na qual não vou entrar. 
Concordo em gênero e número sobre a importância desses canais. 

Caro MarcusVi

Meu camarada, entendi e concordo plenamente consigo. Eu só quis dar um outro viés, porque hoje em dia, verdadeiras barbaridades são ditas e propagadas na Internet, em nome de uma distorcida e imaginada liberdade de expressão absoluta, que só existe na cabeça de gente com sérios problemas mentais. 

Sei que nem de longe o problema que discutimos aqui, está em pé de igualdade em termos de importância, com o que eu vou dizer agora, mas não custa lembrar que um dos poucos campos, além do futebol, em que o Brasil era um exemplo para o mundo, era no seu sistema de vacinação. De repente, veio uma pandemia e da noite para o dia, essa área de saúde pública tão fundamental, foi totalmente desacreditada, por uma parcela significativa da população, porque algumas pessoas mal intencionadas, resolveram entender que, em nome dessa liberdade de expressão absoluta, era válido dizer que vacinas não protegem as pessoas de doenças. E se a patroa que é "estudada" disse isso, a pobre coitada da doméstica que não teve a mínima oportunidade de estudar na vida, acaba acreditando, afinal se a patroa que é estudada está dizendo então deve ser verdade, e aí ela acaba não vacinando os filhos. Daí para morrerem 700 milhões de brasileiros e brasileiras é um pulo, mortes estas que poderiam ser muito menos numerosos, se parte da nossa sociedade que espalha as fake news mais absurdas, tivesse um pingo de compaixão, humanidade, e respeito para com o próximo e pensassse duas vezes antes de propagar mentiras, porque não tem outro nome para isso, na internet. Esse é o tamanho do prejuízo e do mal que essa liberdade de expressão irresponsável pode causar. 

Sei que eu desviei um pouco do assunto, mas foi só para mostrar que a liberdade de expressão não é absoluta e ela deve ser exercida com um mínimo de responsabilidade. Claro que qualquer pessoa pode adotar o estilo "o canal é meu, eu digo o que eu quiser, e caguei para o que os outros pensam, mas não se esqueçam de se inscrever, dar o like e olhar o sistema de apadrinhamento, para nos dar aquela força". Do mesmo modo que a comunidade têm todo o direito de repudiar veementemente quem adota esse estilo de pensar e agir. Além disso, transparência é fundamental, e as pessoas têm sim um certo nível de responsabilidade com aquilo que propagam na internet, seja em relação a vacinas, seja em relação a board games. E isso é ainda mais relevante, quando se pretende abrir um canal do youtube e informar às outras pessoas, seja sobre board games ou qualquer outro assunto.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio