Fabricio::Felipe023::"...O jogo vale os 500 reais pelo fato de ser 4 jogos em 1 só..."
e foi mais ou menos isso que ouvi de um Youtuber sobre o Twilight Inscription...
Eu acredito que os youtubers do nosso nicho (jogos de tabuleiro) têm uma responsabilidade muito importante em fornecer opiniões honestas e transparentes sobre os jogos que eles analisam. Eles devem ser imparciais e objetivos em sua análise, independentemente de qualquer parceria ou patrocínio. Se eles não são sinceros, então eles estão traindo a confiança de sua audiência e prejudicando a comunidade de jogos de tabuleiro como um todo.
Eu entendo que alguns youtubers precisam ganhar dinheiro com seus canais, mas isso não deve ser feito à custa da honestidade. É importante que eles mantenham sua integridade e transparência, mesmo que isso signifique perder algumas parcerias ou patrocínios. Afinal, a credibilidade é o que faz a diferença a longo prazo.
Com certeza, é importante que essa galera mantenha sua integridade e transparência em suas análises, mesmo que isso signifique perder algumas parcerias ou patrocínios. É natural que haja um equilíbrio delicado entre a necessidade de ganhar dinheiro e a responsabilidade de fornecer opiniões honestas e imparciais.
No entanto, eu acredito que quando um "gerador de conteúdo"sacrifica sua honestidade em troca de ganhos financeiros, eles estão cruzando uma linha perigosa. Não há nada de errado em fazer parcerias e patrocínios, desde que esses acordos não afetem a integridade das opiniões e análises do youtuber. Mas quando um youtuber se torna um "vendido", a credibilidade de suas opiniões é perdida e isso é prejudicial não só para sua audiência, mas também para a indústria de jogos de tabuleiro como um todo.
Por isso, é importante que eles estejam cientes de que há uma linha tênue entre a sinceridade e a venda da alma ao diabo. Eles precisam ser honestos consigo mesmos e com sua audiência sobre os limites que estão dispostos a cruzar em troca de ganhos financeiros. Se eles se comprometerem com a transparência e a integridade, então sua audiência saberá que podem confiar em suas opiniões e análises para tomar decisões de compra informadas...
É no mínimo maldoso pegar um trecho de uma frase dentro dos 27 minutos que foi a minha live...
Agora darei uma pequena satisfação, não pra você que não significa nada pra mim, mas para aqueles que em algum momento contribuíram ou apoiaram o meu trabalho.
Nenhum review no After Match é remunerado. Os jogos que chegam pra gente são definidos de comum acordo com as editoras (já cansei de negar jogo por saber que eu não vou gostar e não vou perder meu tempo criando conteúdo do que eu não gosto). Já teve editora que mandou jogo sem se comunicar e cobrou conteúdo, eu só informei que não faria o conteúdo pois o jogo não agrada.
Em 7 anos de canal, conteúdo pago só teve um. O Top 10 jogos nacionais que foi publicado em 26/06/2018. Uma loja (que nem existe mais) patrocinou aquele vídeo com um jogo que acabou indo pra sorteio para a comunidade. os vídeo referentes a eventos e viagens geralmente possuem algum tipo de patrocínio, como por exemplo a minha ida pro Jogaucha ano passado. A minha passagem e hospedagem foram bancadas pelo evento.
Os vídeos regulares são patrocinados por 3 marcas. Todo o ganho com essas 3 marcas são revertido para os apoiadores do canal via sorteio mensal.
UM RESUMO PARA QUEM NÃO QUER LER TUDO. VOCÊS ACHAM QUE A GENTE GANHA DINHEIRO CRIANDO CONTEÚDO? A RESPOSTA É NÃO. MAS NÃO NEGO QUE GOSTARIA MUITO DE RECEBER PARA CRIAR CONTEÚDOS DIFERENCIADOS COMO VIAGENS, IDA A EVENTOS E ETC. EM 7 ANOS, SÓ O DIVERSÃO OFFLINE DE 2019 QUE EU VOLTEI COM DINHEIRO NO BOLSO POR TER FEITO AÇÕES PARA MARCAS (NEM EDITORAS ERAM). TODOS OS OUTROS EU TIREI DINDIN DO BOLSO.
Quem tiver mais curiosidade e quiser trocar uma ideia, só mandar mensagem que eu tiro as dúvidas. Quem já quer destilar o veneno, continua ai na sua vidinha limitada.
Olá, Fabrício. Acho sua manifestação bastante relevante para deslindar o fio do debate aqui. Para dificultar malentendidos, vou fazer um pequeno desvio:
- não sou contra práticas comerciais per se; acho bobagem criticar dia das mães/crianças/Natal etc. por serem datas feitas para vender produtos. Vivemos em um mundo capitalistas e o comércio é essencial para gerar empregos e riqueza;
- estou ciente das peculiaridades de nosso hobby e da indústria ligada a ele que, de maneira geral, é toda feita por fãs que seguram as empresas nos dentes, mais pelo amor do que pela grana; por isso, dificilmente fico indignado com preços, desorganização, defeitos, erros de tradução etc.
Isso posto, vamos lá.
Todos temos pontos cegos na nossa visão de mundo e sempre é importante estar aberto àqueles que ós apontam. Creio ter notado um na sua argumentacao, que de forma alguma se configura como falta de carater ou de etica, mas que pode soar alarmes na cabeça daqueles que não te conhecem.
Trabalhei por quase uma década como jornalista, metade desse tempo em veículos grandes. Lembro-me de um crítico de música de uma revista de ótima qualidade que, após fazer uma crítica elogiosa, se não me engano ao segundo disco da Maria Rita, terminou seu texto com a seguinte informação: "A gravadora enviou como cortesia ao jornalista um IPod (isso na época era a o objeto último de desejo geral) xpto com o novo álbum da cantora que, após a audição, foi devolvido à empresa."
Esse é o ponto que dissolve dúvidas: recebe-se o produto para avaliação, produz-se a crítica e não se mantém o produto, ainda mais porque você próprio disse que só recebe um jogo para avaliar se você já acha que vai gostar. Se o jogo fica na coleção ou é leiloado etc., ou mesmo se não se esclarece o que foi feito com ele, bom, isso pode gerar muito ruído na informação que é entregue.
No final das contas, tirando todos os adornos, o que sobra é: a empresa dá de presente um produto e recebe em troca uma crítica positiva desse produto. Não é ilegal, não é proibido, mas, no longo prazo, é deletério para o produtor de conteúdo, pois gera críticas como a motivadora desse tópico. É o velho dilema do focinho de porco e da tomada.
sergiocs78::Luis Grotti::se recebeu cópia para a resenha ou alguma outra vantagem da editora o Youtuber deveria colocar aviso de promoção paga para ser sincero com a audiência.
muitos não colocam pois sabem que encontrando esse aviso a galera sensata dá zero importância
Receber uma cópia para resenha e promoção paga são duas coisas bem diferentes.
Então, Luis, como eu sugeri acima, dependendo do ponto de vista, pode-se sim considerar as duas ações no mínimo como semelhantes, afinal, um crítico recebeu um produto (bem) e em troca produziu conteúdo a respeito desse produto.
As fronteiras entre receber uma cópia de jogo para resenhar e ser contratado para produzir um conteúdo semelhante são muito borradas. Para evitar malentendidos, é bem importante fazer um disclaimer no começo do texto/vídeo.
Por isso acho bacana o que fez o Jack Explicador: fechou seu canal ao ser contratado pela Galápagos. Ou o Tom Vasel que, antes de fazer uma crítica positiva ao Last Light, fez um longo disclaimer sobre sua relação profissional e de amizade com o designer (e, mesmo assim, foi duramente criticado por isso)