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John Company: Second Edition é um jogo fácil de aprender mecanicamente e muito difícil de dominar estrategicamente.
Agora, minha opinião sobre como julgar a dificuldade do livro de regras do jogo pode ser tendenciosa. Gosto de jogos complexos como
Empire of the Sun e sou um grande fã de outros jogos de Cole Wehrle (
Root e
Pax Pamir (2ª Edição) em particular), então estou bastante familiarizado com o formato de seus livros de regras. Depois de passar por uma rodada completa de
John Company, descobri que o fluxo do jogo se torna intuitivo. O que é realmente difícil, porém, é entender como jogar de forma eficaz.
Embora no começo seja fácil jogá-lo como se fosse
Pandemic (ou seja, trate-o como um jogo cooperativo no qual nosso principal objetivo é trabalhar junto com outros jogadores para salvar a empresa mundial), você logo aprende que essa não é a maneira certa de fazer isso. Uma grande parte deste jogo é tentar obter algo de cada ação e se posicionar para vencer, independentemente do que aconteça com a empresa. Se falhar, mas você estiver em posição de vencer, então o fracasso da empresa é ótimo, ao contrário de Pandemic, onde o fracasso é sempre ruim. Portanto, entender o valor das coisas é fundamental e é isso que torna este jogo difícil. Por exemplo, "Eu poderia oferecer X ativos ao Presidente para ser nomeado Diretor de Comércio, mas vale a pena para mim? Como julgo quanto devo oferecer, se houver alguma oferta?" ou "Alistar um oficial realmente vale a pena versus outras ações familiares?".

E realmente é isso que encanta ou quebra o jogo, dependendo do que você gosta. Se você gosta de jogos em que o conflito é resolvido por meio de batalha direta contra outros jogadores no mapa (como em Root), este jogo não tem nada disso. Em
John Company, o conflito está centrado na competição por posicionamento e recursos e na obtenção de influência.
O sucesso ou o fracasso da empresa não é necessariamente importante para você, o que importa é que a empresa pode fornecer o que você precisa. Se a empresa está enriquecendo alguém e você não consegue encontrar uma maneira de lucrar com isso, por que não deixá-la falir? Para mim é isso que torna o jogo interessante, é um grande sandbox cheio de possibilidades e diferentes formas de ganhar.
A parte do jogo que eu menos gostei foram os eventos da Índia, que para mim sempre pareceram tediosos para resolver. E talvez tenha sido apenas minha sorte (ou "falta de"), pois conseguia muitos 4s nos dados de eventos.
No geral, gostei deste jogo, mas não me vejo querendo jogá-lo com frequência. Não porque o jogo seja ruim, o jogo é excelente no que propõe. Pessoalmente, prefiro jogos com conflito mais direto no mapa contra outros jogadores ou jogos em que entendo melhor o valor das coisas, mas é claro que é uma preferência pessoal. Se você quer um jogo com muita conversa na mesa, um tema bem envolvente e mecânicas que exigem que você negocie constantemente para ganhar,
John Company é fantástico.
Por ziggysab (ziggysab)
Traduzido*** por
Vania Telles
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