Oath: Crônicas de Império e Exílio foi o último jogo do Cole Wehrle a chegar no Brasil, e tem muita gente querendo ir atrás dele.
Furada? Vamos conferir juntos, meu povo.
"Nós não estamos tentando fazer jogos divertidos, estamos tentando fazer bons jogos" - Menino Cole.
A arte do jogo é
literalmente a arte de todos os jogos da Leder Games. Eu sei que eles tentam colocar em
seus jogos o seu design, mas
sinceramente, eu só curti esse estilo de arte no
Root. Qualquer outro jogo com essa arte
acaba me deixando com a impressão de que parece um jogo infantil ou mais leve do que aparenta. E aqui não tem nada leve.
Tabuleiro do Oath ocupa um espaço considerável na mesa.
Tá, como se ganha um jogo de OATH?
A
ideia de
Oath é que de
1 a 6 pessoas vão tentar mudar e escrever o curso da história ao seu bel prazer. Um jogador vai jogar com o
Chanceler e os outros jogarão com os
exilados. Se o imperador estiver com o título de “
OATHKEEPER” (
desculpa aí mas não tô ligado nos termos em português) nos rounds
5, 6 e 7, ele rola o dado pra tentar
acabar com o jogo.
O tabuleiro do Chanceler com seus títulos e as relíquias.
Se algum
jogador exilado estiver
com o título, no outro turno, ele vira para a
outra face do título (USURPER), e no
outro turno ele vence. Um exilado também vence o jogo se ele
concluir uma VISÃO ao início do seu
próximo turno, se tornando assim um
VISIONÁRIO.
Um
cidadão consegue vencer o jogo se ele estiver com o
título de OATHKEEPER, e a ideia aqui é que ele se tornaria
parte da linhagem do Chanceler, então ele está
recebendo o que é de direito a ele.
O Exilado tem mais possibilidades de vitória do que o Chanceler.
E o problema pra mim começa aqui na verdade:
não há objetivo claro no jogo.
Como assim não há objetivo claro?
Simples:
no momento que não há assimetria e não há nenhum tipo de bônus para nenhuma das ações, o jogo está extremamente aberto. E como vocês podem checar,
se trata de um jogo pesado.
Eu fiquei com a impressão de que é
muito difícil de discernir e otimizar o seu caminho pra vitória já que não há um norte para os jogadores (tirando o Chanceler).
O que vocês acham dessa arte?
Esse é o
primeiro jogo que eu vejo esse problema. Eu nunca tinha visto
jogo que eu acredito que há abstração no objetivo, tudo em prol de
contar uma narrativa.
Narrativa essa que vai agradar muita gente, mas a mim, infelizmente, não rolou.
Fiquei com a impressão de que esse jogo é um
cabo de guerra entre o
Chanceler os Exilados. Até o momento onde o
Chanceler consegue convencer um dos Exilados a vir pro lado dele e se tornar um Cidadão.
Aí a situação começa a melhorar.
Todo Exilado tem do outro lado de sua ficha a sua "evolução" pra Cidadão.
Se eu for usar um exemplo pra explicar melhor eu posso falar que os
Gatos no Root começam com
controle em tudo que é canto, mas não consegue defender
p0rr4 nenhuma, eu tenho a
mesma impressão aqui. Até que você
contrata umas tropas Ribeirinhas...
Enfim, amigos e amigas que tão aí no hype, o que eu afirmo categoricamente pra vocês é:
- Oath é um dos melhores jogos que geram narrativa do 0 por aí. Ele vai contar a história de um mundo de fantasia com os caras bons, e ruins, e você vai sair do jogo contando uma história e com a sensação de ter vivido a mesma.
- 4 modos de se vencer a partida todo jogo, apesar de que algumas são totalmente baseadas em sorte, mas tá lá.
- Gosta daquele senso de continuidade; o desenrolar da história, principalmente com o mesmo grupo provavelmente é uma das recompensas mais legais e vai gerar muitas piadas internas entre seu grupinho.
A caixa vem recheada.
Se você não gosta de:
- Jogos de fantasia e storytelling.
- Não curte conflito (como eu disse, grande parte do jogo é um cabo de guerra).
-
Definitivamente não compre se você não tiver pelo menos uns 3 amigos pra jogar esse jogo contigo. O investimento é muito alto e OATH é uma mulher ciumenta; ele quer que você o jogue e fique rejogando até esgotar o conteúdo (
coisa que também não desce bem pra mim).
-
E corra muito desse jogo se você não curte downtime. Aqui é nível Mage Knight Board Game, você vai fazer suas ações, depois o outro jogador vai fazer todas as dele, e depois o próximo, e assim por diante. Se tiver jogador que enrola pra jogar então, a noite vai ser longa.
-
O kingmaking aqui também rola solto, pois como o aspecto social aqui é priorizado, é bem capaz que você faça tudo certo, porém, algum outro jogador ficou mordido contigo e ajude outra pessoa a conseguir a vitória. E tudo tá dentro das regras.
A questão é que OATH é um jogo de
socialização e planejamento em volta da
história que está sendo contada. Se você gosta de jogos que tenham uma proposta de ser
mais direto,
sai fora disso aqui.
Acho que o meu maior problema com esse jogo é que
ele me parece com um experimento social.
Mas sabe quem
gosta de
experimentos sociais?
Não sei.
Mas definitivamente não é quem está neles.
Calma que teu post tá chegando Sr. Cole...
Em
contraponto, eu quero falar aqui sobre o famosíssimo
Gloomhaven. Para situar os
novatos/ou quem desconhece,
Gloomhaven tomou a gringa desprevenida, e se consagrou como
top 1 jogos de campanha/dungeon crawler/simulador de campanha de RPG no mundo dos boardgames, e caindo nas graças da gringa, é
difícil que ele não brote no BR também.
Gloomhaven e sua "pequena caixa".
O que mais chamava a atenção nele, é que diferente dos
Descent: Journeys in the Dark (second edition),
Sword & Sorcery: Espíritos Imortais e outros jogos que
lançam jogo + trocentas expansões da vida, é que ele tem uma
caixa gigantesca, onde você tem
literalmente a campanha inteira dentro dele sem depender de fatores externos (também conhecida como DLC).
Os cenários são bem variados e existem coisas diferentes para se lidar em cada um deles.
Eu e meu grupo
vendemos todos os jogos de campanha que tínhamos para compra-lo, fechamos um grupo fixo de
4 pessoas pra encarar essas aventuras e
pasmem!
Não vingou.
Não é que o jogo seja ruim. O jogo mecanicamente é
ótimo. A mecânica principal dele de
escolher a carta de ação que você vai usar, e na carta existe a sua
iniciativa, com certeza será utilizada em
vários jogos no futuro. E sua campanha e eventos são
redondinhos, fazendo o sistema de
reputação e a vontade dos jogadores de seguir uma campanha
boa ou maligna.
Vocês tem a decisão nas mãos.
Falando sobre a arte do GH, eu acho tudo aqui
muito bonito e temático. Tem uns
bicho esquisito? Tem, mas a ideia dele foi
tentar fugir um pouco do padrão de fantasia com elfos e orcs. Acabaram criando
raças viajadas pra car4lh0 na minha opinião, mas eu considero isso um
ponto forte no jogo.
Conheça o Inox; uma das raças de GH.
Sem dúvida alguma o jogo é um dos
melhores do gênero. A questão é que
colocando na balança,
o tempo de setup (sim, caixa gigante = componentes pra c4r4lh0) + disponibilidade de todos os que pagaram o jogo comigo + jogar espaçado (ninguém tá com pressa ou rushando jogo por aqui), faz com que o jogo esteja aqui na minha frente
pegando poeira há quase um ano.
Fizemos
5 missões até agora, essa
caixa tem quase 90 (
que eu me lembre, se eu estiver errado alguém me corrija), se for levar em consideração de que nós
compramos a caixa no primeiro lançamento e pagamos a pré-venda, estamos um pouquinho atrasados.
O livro de cenários, é literalmente um livro.
Agora, com GH saindo em
versões digitais e com mais facilidades para o
jogo no geral, acaba me tirando
mais ainda a vontade de colocar ele na mesa. Então eu me sinto como eu tivesse ficado com um
elefante branco na coleção.
Devo jogar mais vezes?
Provavelmente.
Devo terminar a campanha?
Muito provável que não.
O que eu deixo aí pra vocês é:
sejam diligentes com o que vocês vão atrás, pois muito jogo tá aí no hype, mas simplesmente não quer dizer que seja para você ou seu grupo.
Essas cartas de combate hoje em dia podem ser totalmente ignoradas se você usar o app que está de graça, facilitando o jogo.
Conversem, leiam, estudem, se possível testem nas plataformas online, porque dinheiro não tá crescendo em árvore.
Eu discordo inteiramente do Sr. Cole.
O maior objetivo dentre todos os jogos é se divertir. Posso fazer uma zoeira ou outra com um jogo ou outro por aí (sim, até com você, Vital), mas eu genuinamente acredito que todo jogo tem seu público. E espero que eu escrever sobre alguns jogos aí tenha esclarecido ideias e conceitos sobre alguns jogos que estão próximos/acabaram de sair ou alguns jogos do passado que bombaram.
E eu espero que nenhum de vocês diga que pro Sr. Wehrle que está se divertindo com um jogo dele, senão, já sabem.
Obs: Azul não é jogo, é atividade.
Meus amigos, desejo a vocês um
ótimo fim de ano, com
muitos jogos,
muitas alegrias e que
não falte peru na boca de ninguém.
Esse canal voltará a ativa em
janeiro, esse fim de ano tô focado
estudando umas paradas aqui porque
ficar desempregado em casa tá me
arrebentando (tanto mentalmente quanto fisicamente, e esse canal me ajudou a tirar a cabeça um pouco dessa situação) (
um salve pra Thais, amor da minha vida que me ajudou pra caralho esse ano também), e eu ainda
viajarei esse fim de ano, então eu desejo a vocês uma
festa bonita do Hexa que tá vindo, e uma melhor ainda no
próximo ano que está vindo.
Obrigado a cada um que vocês que
leram,
concordaram, e
discordaram de mim de forma
HONESTA (vocês aí que não postam nada, mas vem no meu inbox me xingar, vão lavar louça) (
ou pior que isso, ainda tem os que só postam pra lacrar, discutir e falar de jogo que é bom, nada...), porque o que eu tô tentando fazer aqui é
literalmente uma comunidade onde a gente pode conversar sobre e com ARGUMENTOS colocar as informações na mesa, sejam elas positivas ou negativas.
Um abraço aos meus
poucos, mas
fieis inscritos,
tamo junto demais.
Só gratidão a vocês.
- Bruno Fernandes "Bombardium"
#VAIBRASIL!!!!!
Errei algum fato? Manda PM.
Quer mandar elogio ou crítica sincera? Tmj.
Quer me dar um tema pro próximo? Manda PM.
Considere seguir o #canalversus!
Tudo nessa vida é equilíbrio, meus amigos.
#sextou