Caiocbcs::Recentemente descobri Coup e me apaixonei pelo jogo. Achei a dinâmica de blefes e deduções sensacional.
Porém, após jogar e assistir algumas partidas, percebi que os turnos se tornam muito parecidos, principalmente o famoso "todo mundo é o Duque".
Além disso, para quatro jogadores, a dedução diminui bastante, visto que há 7 cartas no deck da corte e mesmo na etapa final ainda temos poucas informações.
Uma variação que poderia contornar ambas situações seria, no início do jogo, mostrar uma ou mais cartas (a depender da quantidade de jogadores) e deixá-las na mesa.
3 jogadores: mostra 3 cartas.
4 jogadores: mostra 2 cartas.
5 jogadores: mostra 1 carta.
6 jogadores: mostra 1 carta somente se estiver jogando com o Inquisidor.
Dessa maneira, desde o início do jogo já conseguimos ter uma maior possibilidade de dedução, mesmo jogando com menos jogadores.
Além disso, cada partida se torna diferente a depender das influências que são mostradas.
Por exemplo, caso saia um Duque, o risco de blefar aumenta e incentiva os jogadores a adotarem outras estratégias.
O que acham? Ainda não testei esse formato, mas pretendo testá-lo em breve.
Caro Caiocbs
Achei essa proposta muito interessante.
Confesso que não jogo o Coup já tem algum tempo, porque não me agrada o elemento "eliminação de jogadores".
Além disso, eu sempre vejo as regras da casa (houses rules), com bastante cautela. Durante o processo de criação do jogo, o designer se vê diante de uma infinidade de possibilidades, das quais ele escolhe as mais adequadas. Depois, disso o jogo passa por diversas testagens, para ver o que funciona e o que não funciona. Só depois disso tudo é que o jogo adquire o seu formato final. Por isso, mesmo que eu tenha jogado 50 partidas, é bem provável que a equipe de testes tenha jogado muito mais. Desse modo, é preciso muito cuidado ao mexer na estrutura do jogo, porque há uma possibilidade maior de piorar do que de melhorar o design, principalmente em relação ao balanceamento, que talvez seja a parte mais difícil, ao se criar um jogo.
Por outro lado, existem diversas "house rules" que melhoram sensivelmente o design de um jogo, e em alguns casos elas são inclusive adotadas em versões posteriores. Um exemplo disso é o Elder Sign que é um bom jogo, mas que tem o problema do baixo grau de dificuldade, se for jogado sem as expansões (com elas, a conversa é outra...). Porém existem diversas house rules, que melhoram o jogo.
Quando foi lançada a versão digital "Elder Sign Omens" um diferença significativa, salvo engano decorrente de uma "house rule", elevou consideravelmente o nível de dificuldade. No Elder Sign físico, quando um personagem morre o jogador pega outro. No Elder Sign Omens quando um personagem morre o jogador está eliminado. Mais uma vez, não gosto de jogos com "player elimination", mas sou forçado a concordar que com essa regra, o Elder Sign físico muda da água par ao vinho, em termos de dificuldade.
Para terminar, gostei dessa sua variante, e inclusive me animei e vou experimentá-la assim que puder.
Um forte abraço e boa jogatinas!
Iuri Buscácio