Clank ainda é bom, compraria como um deckbuilding de entrada.

Eles tinha que trazer o clank legacy bom demais o jogo.

eu curti todos os jogos que a empresa direwolf jogou foco bem forte em deckbuilding.

Caro Bombardium

Em primeiro lugar, parabéns por mais uma ótima resenha. 

Meu camarada, foi muito bom você escrever esse tópico, porque eu já falei tanto a respeito do fiasco Campeões de Midgard, que fica parecendo picuinha ou problema pessoal com a editora, e definitivamente não é esse o meu caso. Por conta disso vou pular a parte da minha opinião de como a editora é desrespeitosa com seus apoiadores. Qualquer um que queria saber mais é só dar uma olhada nos diversos tópicos e postagens escritos, tanto por mim, quanto por outros boardgamers na ficha do Campeões de Midgard.

Eu quero só fazer coro ao tópico e ressaltar a perda de oportunidade, referente ao lançamento desse jogo. Quem acompanha o hobby a mais tempo, sabe que logo após a onda de jogos de zumbi, se seguiu a onda de jogos de vikings, entre 2015 e 2018. Nessa época o seriado Vikings estava bombando, e o tema estava em alta. Foram diversos lançamentos nacionais de muito sucesso, entre eles Blood Rage (2015/Brasil 2016), Invasores do Mar do Norte (2015/Brasil 2018), Jorvik (2016/Brasil 2017) e Um Banquete a Odin (2016/Brasil 2018). Além desses, diversos outros jogos foram lançados nesse período, apenas no mercado internacional, tais como Haithabu (2015), Vikings: the Board Game (2016), Thunder & Lightning (2016), Odin's Ravens 2nd Edition (2016), In The Name of Odin (2016), 878 Vikings: Invasions of England (2017), Vikings Gone Wild (2017), Valhalla (2018). 

O Campeões de Midgard, de 2015 é dessa mesma época, e mesmo sendo um jogo já com algum tempo de lançamento, ele ainda ocupa a posição 121 no ranking gral do BGG. Em outras palavras, eles está quase entre os 100 melhores jogos de todos os tempos, do principal site de board games do mundo. Isso é muita coisa, muita coisa mesmo. Além disso ele é um ótimo jogo que usa a mecânica mais popular dos últimos tempos, que é a alocação de trabalhadores. Por isso, o jogo tinha tudo para ser um enorme sucesso de público e crítica no nosso país. Mas não foi isso que ocorreu.

Infelizmente o jogo foi licenciado inicialmente por uma editora, mas com o racha que houve na empresa, em 2017/2018, ele acabou ficando com os sócios que saíram para fundar outra editora. Isso acabou atrasando o lançamento nacional, e a editora que ficou com o jogo acabou perdendo as primeiras tiragens, quando o jogo era um sucesso internacional. Quando finalmente a editora conseguiu se organizar para lançar o jogo, o mercado internacional mudou e jogos de vikings já não faziam tanto sucesso, nem tinham tanta demanda assim. Basta dizer que o reprint mundial foi cancelado duas vezes, segundo o que foi informado pela própria editora, em um e-mail para um apoiador, bem na surdina. Corria um rumor de que nesse ano de 2022 finalmente sairia esse reprint mundial tão esperado, e a última atualização da editora dizia que o lançamento seria nesse segundo semestre de 2022 (a informação ainda consta na ficha do jogo). Como se pode ver, já estamos quase em dezembro, e até agora nenhuma notícia.

Eu quero crer que, em algum momento talvez quem sabe em 2023, esse jogo será lançado, porque realmente muita gente está aguardando. Mas eu acho que dificilmente ele terá o mesmo sucesso de vendas, que teria se fosse lançado cinco anos atrás. Primeiro porque hoje ele será certamente muito caro, o que prejudica as vendas. Segundo porque o tema vikings já não tem o mesmo apelo junto à comunidade boardgamer. E por último e mais importante, hoje ele será apenas mais um jogo de alocação de trabalhadores, e nesse meio tempo já foram lançados diverso outros jogos, alguns excelentes com essa mesma mecânica. Entre eles, houve o relançamento o Stone Age, uma referência nessa mecânica, também o lançamento do Invasores do Mar do Norte e do Um Banquete a Odin (que inclusive têm a mesma temática), além dos lançamentos do Viticulture, Village, Ruínas Perdidas de Arnak, Arquitetos e o Paladinos do Reino Ocidental, Everdell, Barrage, Tzolkin, Caylus 1303, Chaparral, Orleáns, e mais uma infinidade de outros jogos.

Estes três motivos acima, tornam muito improvável que Campeões de Midgard venda aquilo que a editora está esperando, e sem querer ser pessimista, é possível até mesmo que a editora desista do jogo. Se a editora não estiver realmente dentro desse último reprint, essa eventual desistência se torna ainda mais provável. Esse será mais um forte golpe na editora, que já não tem uma reputação muito boa, e é vista com muita desconfiança pela comunidade, principalmente pela forma como ela conduziu todo esse imbróglio com o Campeões de Midgard, entre outros jogos, como foi o caso do High Frontier 4 All .

Outra coisa importante a se dizer, sobre o Campeões de Midgard, é que ele não tem praticamente nenhuma dependência de idioma, e por conta disso, ele pode ser importado e jogado perfeitamente, mesmo por quem não domina o inglês. Por isso, aqueles que desistiram de esperar (meu caso) podem comprar uma das cópias que eventualmente aparecem no mercado de usados. Essa cópias acabam saindo com um preço total alto, porque normalmente elas vem acompanhadas das expansões, em especial a Valhalla, que acrescenta muito ao jogo. Nesse cenário, o preço vale muito a pena, porque se for cobrado R$ 600,00 nesse combo, a pessoa acaba pagando R$ 300,00 no jogo base e R$ 300,0 na expansão. Considerando o preço médio dos jogos atuais, acredito que dificilmente a edição nacional (se é que ele será lançada um dia) saia por menos de R$ 500,00, se não for ainda mais cara.

Para terminar, em 2022 eu finalmente consegui comprar a minha cópia importada aqui no Ludopedia (com as duas expansões), estou muito satisfeito, e recomendo fortemente a quem tem um real interesse no jogo que faça o mesmo. A outra opção para os interessados é ainda acreditar na editora, e ficar na torcida, para que o jogo seja lançado em algum futuro próximo, sabe-se lá quando. Afinal, tem gente nessa vida que acredita que a Terra é plana, que o aquecimento global é um mito, que as vacinas não protegem contra doenças, que o homem não pisou na Lua, que o Michael Jackson está vivo e curtindo uma praia no Caribe com o Elvis, etc. 

Só espera sentado, viu...

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio

P.S. Aparentemente, está mais fácil a seleção do Catar ganhar essa copa de 2022, do que o Campeões de Midgard ser lançado ainda esse ano, mas vamos torcer, porque a esperança é a última que morre... KKKKK  

Post muito bem escrito, como de costume, parabéns !

Entendo vários pontos quanto ao jogos e concordo com a maioria deles, porém o nosso mercado é bem diversificado quanto ao gosto por jogos. Jogos antigos costumam ser bem recebidos e, as vezes, jogos novos não criam tanto fomento. É diverso, é estranho, é brasileiro. Ao menos temos bastante variedade por aqui.

Acho que é um tiro certeiro lançar coleções e continuações de jogos, no geral. 

E o pior: Nem vão trazer todas as expansões do champions, pelos contatos com a editora. Importei, paguei uma nota, mas tenho o jogo finalmente. Fácil de ver mesa e todo mundo gosta, um ótimo entry.

Otimo post.

Iuri fez ate eu desenterrar um topico da criaçao da Mosaico.

Parece que ficaram somente as promessas mesmo.

rCopat::E o pior: Nem vão trazer todas as expansões do champions, pelos contatos com a editora. Importei, paguei uma nota, mas tenho o jogo finalmente. Fácil de ver mesa e todo mundo gosta, um ótimo entry.

Conquistadores de Midgard seria compra certa aqui, se viesse com as expansões… um big box seria sonhar demais?

Sempre adorei esse game, com ou sem expansões, tenho o KS completo (EM PORTUGUES, vale o destaque) do Conquistadores, achei magnífico, acessível na complexidade e muito fechadinho, gostoso de jogar.

Minha grande e persistente crítica ao Champions, com ou sem expansões: os preços sempre foram surreais, não existe board game, com ou sem alta do dolar, hoje ou a 5 anos atrás, caro igual a esse game, nunca entendi, e dps de investir no KS do Conquistadores, ficou fora de wish em definitivo. Imagino, que além de 'estar vindo' com o timing péssimo, o preço deve persistir alto, saindo da lista de mt gente que pensa como eu. 

Resumindo: com a grana do Champions tranquilamente eu iria atrás de um Lords of Waterdeep, por exemplo, sendo esse um imenso e baita game, com ou sem expansão, dentro do tema alocação. Espero não estar forçando demais na 'comparação' entre os jogos pois não há, mas apenas pra pensar em contraponto de custo. Aliás, eu teria dúvidas, inclusive, se não sobraria algum dinheiro nessa sugestão kkk

Espero ter colaborado com o papo, o post está ótimo, parabéns!

Abraços!