Bem, eu sou p* do Vital, gosto muito dele, então vou tirar isso da frente logo, pois gosto muito dos seus textos também. A critica aqui vai em cima da critica como formato.
Achei que há uma pequena confusão entre subjetividade e objetividade no texto. Como você repetiu várias vezes, a ideia é expressar opiniões pessoais sobre o designer. Em tese isso está ok com algumas opiniões emitidas (chato, cansativo, parece trabalho etc.) Por outro lado, você usa essa argumentação para emitir pareceres objetivos (parece que não testou, burocrático etc.) e conclui incentivando o leitor a fugir desses jogos.
Obviamente, sendo esse um hobby ligado à diversão, ninguém deveria se obrigar a jogar jogos de designers de que não gosta, mas escrever uma crítica assim cria vieses. Um deles é que o autor já chega à mesa pensando aí que saco e, no meio do jogo, já está no modo tá vendo?, é muito chato, eu tava certo.
Acontece que os jogos do Vital tem uma curva de aprendizado grande e só podem ser apreciados por pessoas que gostam desse tipo de jogo e depois de várias partidas. Só então as coisas encaixam e percebe-se o quão bem estruturado é tudo. Apesar de serem jogos completamente diferentes, eu coloco Root nesse balaio: é muita exceção, muita regrinha, nas primeiras partidas é preciso ficar com o manual do lado e, mesmo mais experientes, os jogadores podem errar uma ou outra coisa. Mas, depois de um tempo, a diversão é gigantesca.
É um pouco como gosto para séries. Há aquelas séries que a gente precisa insistir, assistir a vários capítulos, como Dark ou Breaking Bad, e há aquelas que já começam metendo o pé na porta, como Mandalorian ou Walking Dead, e ninguem é melhor ou pior por preferir um tipo a outro
Claro que tudo bem não se gostar desse ou daquele autor, dessa ou daquela experiência. Por isso o hobby é bem variado e todos podem encontrar seu nicho dentro dele. Só me incomoda que, sempre quando vejo um texto negativo ao Vital, o autor pareça meio na defensiva, meio passivo agressivo, e acabe por não explicar muito bem o que torna o trabalho do português tão problemático. Sempre fica nessa de que é chato, desnecessariamente complexo, burocrático etc., quando na verdade essas são apenas escolhas de design que funcionam muito bem e servem para amarrar o tema como poucos designers de euros fazem