Ótima resenha!

Endeavor tinha passado batido por aqui também, depois do texto foi direto para wishlist!

Onde encontra esses inserts da pic4 pra vender? Procurei na web e no BGG, mas não encontrei o site deles!

BiaCoelho::Onde encontra esses inserts da pic4 pra vender? Procurei na web e no BGG, mas não encontrei o site deles!

Bia, o Endeavor: Age of Sail Ed. BR vem com esse insert boladeixon já.
Talvez a Ed. Antiga não venha (Endeavor), ae não sei te dizer, nunca nem botei minhas mãos nesse.

BiaCoelho::Onde encontra esses inserts da pic4 pra vender? Procurei na web e no BGG, mas não encontrei o site deles!

Na edicao nova do Endeavor ele vem no jogo.
Na versao antiga nao tem esse insert. Nunca vi para comprar, e com a edicao nova, acho ainda mais dificil fazerem um. Mas tem no thingverse um insert para o predios da 1a edicao, e algumas outras coisas que pode ser interessante imprimir.

Bombardium::

BiaCoelho::Onde encontra esses inserts da pic4 pra vender? Procurei na web e no BGG, mas não encontrei o site deles!

Bia, o Endeavor: Age of Sail Ed. BR vem com esse insert boladeixon já.
Talvez a Ed. Antiga não venha (Endeavor), ae não sei te dizer, nunca nem botei minhas mãos nesse.

Vc postou antes de mim.. Na edicao original nao tem o insert, e o jogo e mais apertado tb. Fizeram varias mudancas que fez o jogo mais facil na nova edicao.

Bombardium::

BiaCoelho::Onde encontra esses inserts da pic4 pra vender? Procurei na web e no BGG, mas não encontrei o site deles!

Bia, o Endeavor: Age of Sail Ed. BR vem com esse insert boladeixon já.
Talvez a Ed. Antiga não venha (Endeavor), ae não sei te dizer, nunca nem botei minhas mãos nesse.

Agora é que eu não entendi nadinha...  Quem fez esses inserts foi a tal pic4, ou essa boladeixon (ou esse é o tipo do insert)??? Eles tem um site, pra comprar? Quero usar em outros jogos!

BiaCoelho::

Bombardium::

BiaCoelho::Onde encontra esses inserts da pic4 pra vender? Procurei na web e no BGG, mas não encontrei o site deles!

Bia, o Endeavor: Age of Sail Ed. BR vem com esse insert boladeixon já.
Talvez a Ed. Antiga não venha (Endeavor), ae não sei te dizer, nunca nem botei minhas mãos nesse.

Agora é que eu não entendi nadinha...  Quem fez esses inserts foi a tal pic4, ou essa boladeixon (ou esse é o tipo do insert)??? Eles tem um site, pra comprar? Quero usar em outros jogos!

HAuehauehauahueaheuehauaeheuahaeuehaueahueaheauhaeueahueahaeuheauheauaehauehaeuheauhaeueahauehaeuaehu
Eu só quis dizer que o insert é muito bom, é carioquês dizer que ele é pic4.

Eu, pessoalmente, me desfiz de todos os jogos da minha coleção que trazem como tema a colonização. Conforme a gente estuda (e, sendo pessoa preta, sente seus efeitos até hoje), percebe que o buraco é muito mais embaixo que uma simples nota de rodapé em uma página de manual. Isso jamais vai dar conta da gigantesca crueldade que foi qualquer processo colonizatório (e, no caso da escravidão transatlantica, a maior e mais duradoura crueldade de todas). Os jogos de tabuleiro são indefensáveis: esvaziam toda possibilidade de debate num nível mais profundo. E a comparação com outras mídias, como cinema, por exemplo, é bastante rasteira porque, a parte terem como ponto em comum serem lugares de entretenimento, eles tem em comum apenas isso. Cinema, o bom cinema ao menos, por ser uma linguagem de arte, tem o propósito de subverter, trazer a tona, revisar, reafirmar, qualquer narrativa de opressão. Nunca vi jogos de tabuleiro (que não, não são arte) cumprirem esse objetivo, se comprometerem com isso. Tanto é que, não se vê por aí jogos que tratem do holocausto judeu-para os europeus isso ainda é uma ferida aberta, uma chaga e um interdito-, agora, colonização e escravização, foda-se, né? A gente coloca uma notinha de rodapé na ultima página do manual e tá tuddo certo. Nenhuma mêcanica genial, ou sistema de regras, pra mim justifica que encarnemos em um jogo, um traficante de escravos, um senhor de terras, uma nação colonizadora. Não justifica mesmo.
Não acho que em 2022 caibam Mombasas e Maracaibos e Endeavors no nosso Hobby, tanto que os proprios autores estão retematizando isso (fora jogos que dão protagonismo aos oprimidos, como Spirit Island e Tindaya). E principalmente em nosso país, o mais racista do mundo, esses jogos, veja bem, de autores brancos europeus, são uma afronta. Mais triste é ver um autor nacional defender monarquia e criar algo como Brazil. Mas é isso né? Nosso país não quer se defrontar com a própria história, seria ingênuo demais da minha parte achar que essa discussão aconteceria dentro dos jogos de tabuleiro...

Kavita::Eu, pessoalmente, me desfiz de todos os jogos da minha coleção que trazem como tema a colonização. Conforme a gente estuda (e, sendo pessoa preta, sente seus efeitos até hoje), percebe que o buraco é muito mais embaixo que uma simples nota de rodapé em uma página de manual. Isso jamais vai dar conta da gigantesca crueldade que foi qualquer processo colonizatório (e, no caso da escravidão transatlantica, a maior e mais duradoura crueldade de todas). Os jogos de tabuleiro são indefensáveis: esvaziam toda possibilidade de debate num nível mais profundo. E a comparação com outras mídias, como cinema, por exemplo, é bastante rasteira porque, a parte terem como ponto em comum serem lugares de entretenimento, eles tem em comum apenas isso. Cinema, o bom cinema ao menos, por ser uma linguagem de arte, tem o propósito de subverter, trazer a tona, revisar, reafirmar, qualquer narrativa de opressão. Nunca vi jogos de tabuleiro (que não, não são arte) cumprirem esse objetivo, se comprometerem com isso. Tanto é que, não se vê por aí jogos que tratem do holocausto judeu-para os europeus isso ainda é uma ferida aberta, uma chaga e um interdito-, agora, colonização e escravização, foda-se, né? A gente coloca uma notinha de rodapé na ultima página do manual e tá tuddo certo. Nenhuma mêcanica genial, ou sistema de regras, pra mim justifica que encarnemos em um jogo, um traficante de escravos, um senhor de terras, uma nação colonizadora. Não justifica mesmo.
Não acho que em 2022 caibam Mombasas e Maracaibos e Endeavors no nosso Hobby, tanto que os proprios autores estão retematizando isso (fora jogos que dão protagonismo aos oprimidos, como Spirit Island e Tindaya). E principalmente em nosso país, o mais racista do mundo, esses jogos, veja bem, de autores brancos europeus, são uma afronta. Mais triste é ver um autor nacional defender monarquia e criar algo como Brazil. Mas é isso né? Nosso país não quer se defrontar com a própria história, seria ingênuo demais da minha parte achar que essa discussão aconteceria dentro dos jogos de tabuleiro...

Texto exemplar! Realmente, há na Europa uma dificuldade muito grande de lidar com a questão de todos os problemas causados pelo sistema colonial (haja vista a maneira como eles tratam os imigrantes vindos dos países por eles destruídos durante o período colonial) e, no Brasil, de lidar com os problemas decorrentes de séculos de escravidão. Imagino que para nós, brancos, seja um tapa na cara da nossa auto imagem entender que o que temos não se deve a esforço individual, mas sim a uma estrutura social racista que perpetua desigualdades. Acho até acintoso colocar uma notinha demagógica no manual.
Isto posto, acho que o assunto pode ser tratado nos jogos, desde que isso seja feito de maneira a deixar o jogador desconfortável. Mostrar as ações e as consequências dessas ações pode ser bem instrutivo (colocar cartas estilo Scythe, mas narrando um mercado de escravos, um pelourinho ou a rotina de um navio negreiro, por exemplo, daria uma perspectiva completamente diferente da questão)

A notinha de RODAPÉ resolveu toda a problemática mesmo? Acho fraco demais, novamente defendo que esses temas não tem que ser enaltecidos ainda mais num hobby dominado por gente branca onde outros grupos minoritários mal tem espaço para expressão - e nem vamos falar sobre o acesso aos jogos, visto que hoje em dia jogos estão custando absurdos (obrigado governo desumano por NADA). 

Novamente, reforço que eu como uma pessoa BRANCA não tenho nem lugar de fala, por isso é importante ouvir o Kavita se expressando aqui ♥ e que surjam expressões de quem tem lugar de fala de fato nesse tema para acharmos que apenas uma notinha de rodapé é o suficiente, pq não é, a dívida histórica não se paga com esses gracejos.