Nunca joguei o Robson Crusoe, e tenho o Mage Knight e o Gloomhaven normal.

Para solo, Mage Knight. Em dois ou mais fica bem (mais) demorado.
Para jogar em 2, Gloomhaven. Solo é legal, mas o setup é pesado.

TiagoOak ::Entre os anúncios e reprints, esses três me chamaram mais atenção. 

Por favor, gostaria de opiniões sobre quais dos três é o mais indispensável, qual vale mais a pena, ou simplesmente a ordem de preferência?

Obrigado ✌

Já joguei os 3. Atualmente tenho o MK na coleção.
O mais pesado é que demora mais para pegar como o jogo funciona é o MK.
Minhas partidas solo demoram una 2:30-3h. Mas as partidas são muito boas. Ótimo jogo para fritar alguns neurônios.
RC também é  muito bom. É mais rápido que o MK, é  bem difícil de vencer.
GH. JAWS. Finalizei a campanha. É excelente para solo. O setup é bem mais tranquilo que do GH original ou mesmo que do MK ou RC. Partidas mais curtas. Em geral, para mim, demoravam menos de 1:30h. Diferente dos outros dois, é um jogo de campanha. Vc fazendo todas as missões extras, dá por volta de 20 partidas, sem contar os cenários de derrota que vc tem que repetir.
Todos são excelentes. Pessoalmente, eu iria no Jaws primeiro, olhando pelo pelo lá de fora, deve chegar com um preço menor no BR que os outros dois, além de ter partidas mais rápidas. Entre o MK e o RC, acho que vai mais de gosto pessoal. 

Já tive e joguei os 3. Vou usar só as iniciais pra facilitar.

Jogabilidade

GH tem o sistema de cartas multiuso muito parecido com MK e o quebra-cabeça de como utilizá-las vai ficando mais complicado conforme a partida avança.
MK é o contrário, você vai ganhando mais opções e liberdade ao longo da partida, mas se você tiver o mínimo de dificuldade ao escolher entre várias opções, é bem capaz de gastar 10min em um único turno.
RC usa dados pra resolver basicamente tudo. Você vai sempre escolher entre opções pra ver qual será a menor desgraça que acontecerá com seus personagens e os dados tem enorme influência na resolução de encontros.

Regras

Em questão de regras, GH tem várias que não fazem sentido algum tematicamente, como não poder pegar tesouros pelo cenário mesmo quando não há urgência na narrativa, itens que você só pode usar uma vez (equipamentos devem ser descartáveis nesse mundo).
Todas regras em MK fazem sentido, mas há regras demais no jogo como um todo. Levará algumas partidas pra você assimilar tudo e conseguir jogar uma partida inteira sem errar algo e consultar manual a cada 2 turnos.
O manual de RC não é dos melhores, mas as regras não são tão complicados. O mais difícil é ter perseverança pra repetir alguns dos cenários mais difíceis do jogo.

Setup

Tive insert pros 3 e isso já ajudava bastante, mas mesmo assim são 3 jogos chatos nesse aspecto. MK tem tiles aleatórios, mas vários tokens e pilhas de cartas diferentes a serem organizadas. Não existe dano parcial nos inimigos, então é tranquilo de gerenciar isso. GH é simplesmente horrível de organizar por contas das muitas peças de mapa que o jogo tem. Além de ter cenários com muitos inimigos e vários tokens de danos a serem utilizados. Se preferir usar aplicativos, tem opções que ajudam esse gerenciamento.
RC tem preparações específicas de cenário, mas menos coisas pra gerenciar no desenrolar da partida. Às vezes é fácil esquecer algum detalhe específico do cenário, tipo uma ação ou item exclusivo.

Narrativa


GH é o único que se vende como um jogo narrativo e na minha opinião é o pior dos 3 justamente por criar essa expectativa. Cenários repetitivos, história superficial, e em nenhum momento você sente que está se aprofundando no desenvolvimento da cidade em si. De que adianta quase 100 missões se você perde o interesse na trama antes da metade disso? A curiosidade de liberar novos personagens é o que te motiva a continuar jogando e mesmo assim, não espere fazer algo muito diferente dos cenários iniciais.
MK possui uma introdução da história no manual e o resto é narrativa emergente ao longo da partida. Não há sequer pequenos parágrafos com algum tipo de encontro. No começo o sistema de reputação é interessante de ver desenrolar o seu personagem ficar cheio de aliados ou tornar-se temido e odiado, mas depois de um tempo tudo vira números apenas e os diferentes cenários não oferecem variedade alguma no quesito narrativa.
RC tem cenários que realmente leva o sistema do jogo a contextos diferentes e variados na jogabilidade. Os encontros são aleatórios, mas causam combinações interessantes. Um gerador de desastres aleatórios. Entretanto, o excesso de resultados negativos desses encontros podem afastar algumas pessoas.


Arco de jogo


GH demora vários cenários pra te dar uma evolução do personagem e sinto que subir de nível nele te dá pouca sensação de desenvolvimento. Liberar personagens é mais satisfatório e depende dos objetivos pessoais. A partida acaba sendo a mesma coisa de abre portas e  combates antes que seu tempo acabe. É satisfatório ir colando adesivos no mapa e abrir envelopes.
MK tem partidas longas. Em 2 pessoas uma partida aqui já durou 6 horas. Jamais o jogaria com mais de 2 pessoas, até porque ao jogar você percebe que na verdade é um jogo solo com uma adaptação capenga do multiplayer. Em uma partida de MK você tem mais evolução de personagem do que uma dezena de cenários de GH. Em MK você começa sofrendo pra mover 4 espaços e termina derrubando fortalezas de inimigos em um turno (e ainda sofrendo pra mover 4 espaços). A pior parte de MK na minha opinião é que a diferenciação dos personagens vem nas habilidades que são poucas e ainda são aleatórias ao subir de nível. Te impedindo de fazer o seu personagem do jeito que você quer.
Em RC, há uma sensação de "enxugar gelo", às vezes ao gasta vários turno construindo algo que literalmente uma tempestade vem e derruba ou um animal selvagem te pega enquanto você foi colher frutas. Nessa nova edição parece ter um livro de cenários, então eu teria curiosidade em ver o quanto eles consegue extrapolar esse sistema de sobrevivência em ilha deserta de forma criativa ( ou se cairá na mesmice de cenários similares com parâmetros ligeiramente diferentes.

AMVinicius::Já tive e joguei os 3. Vou usar só as iniciais pra facilitar.

Setup

Tive insert pros 3 e isso já ajudava bastante, mas mesmo assim são 3 jogos chatos nesse aspecto. MK tem tiles aleatórios, mas vários tokens e pilhas de cartas diferentes a serem organizadas. Não existe dano parcial nos inimigos, então é tranquilo de gerenciar isso. GH é simplesmente horrível de organizar por contas das muitas peças de mapa que o jogo tem. Além de ter cenários com muitos inimigos e vários tokens de danos a serem utilizados. Se preferir usar aplicativos, tem opções que ajudam esse gerenciamento.
RC tem preparações específicas de cenário, mas menos coisas pra gerenciar no desenrolar da partida. Às vezes é fácil esquecer algum detalhe específico do cenário, tipo uma ação ou item exclusivo.

Acho que ele específicou o Jaws of the Lion e não o normal. No Jaws o mapa já vem impresso no livro de cenários, então o setup é bem mais rápido, se vc deixa tudo organizado na caixa, em pouco tempo está tudo pronto pra começar. 
E o arco da história e desenvolvimento dos personagens é bem mais ráido que o G normal tambem, já que são somente 20 cenários para finalizar, ao contrario do mais de 60 do original.

danielsantos60::

TiagoOak ::Entre os anúncios e reprints, esses três me chamaram mais atenção. 

Por favor, gostaria de opiniões sobre quais dos três é o mais indispensável, qual vale mais a pena, ou simplesmente a ordem de preferência?

Obrigado ✌

Já joguei os 3. Atualmente tenho o MK na coleção.
O mais pesado é que demora mais para pegar como o jogo funciona é o MK.
Minhas partidas solo demoram una 2:30-3h. Mas as partidas são muito boas. Ótimo jogo para fritar alguns neurônios.
RC também é  muito bom. É mais rápido que o MK, é  bem difícil de vencer.
GH. JAWS. Finalizei a campanha. É excelente para solo. O setup é bem mais tranquilo que do GH original ou mesmo que do MK ou RC. Partidas mais curtas. Em geral, para mim, demoravam menos de 1:30h. Diferente dos outros dois, é um jogo de campanha. Vc fazendo todas as missões extras, dá por volta de 20 partidas, sem contar os cenários de derrota que vc tem que repetir.
Todos são excelentes. Pessoalmente, eu iria no Jaws primeiro, olhando pelo pelo lá de fora, deve chegar com um preço menor no BR que os outros dois, além de ter partidas mais rápidas. Entre o MK e o RC, acho que vai mais de gosto pessoal. 

Obrigado @danielsantos60, muito boa as informações .

Possuo os 3 jogos, vamos lá:

O Gloomhaven Jaws of the lion é sensacional. Uma campanha mais enxuta e uma ótima história. Porém uma vez realizada a campanha dificilmente você irá jogar novamente, pois mesmo que tenha alguns caminhos diferentes, não é nada que vai alterar o final ou a história do jogo. Mas existe uma progressão, existem as surpresas, eventos e etc igual o irmão mais velho dele. Nesse aqui o jogo te prende pela história e não pelo desbloqueio de novos personagens (até porque você escolhe 1 personagem e vai até o fim da campanha com ele).

Robinson Crusoé também é um jogo fantástico. A galera toda queimando a cuca para tentar fazer as alocações da maneira mais otimizada possível faz com que o fator "cooperativo" dele sempre brilhe. Porém é um jogo que eu pelo menos fico "cansado" após jogar, de tanta desgraça que você tem que tentar resolver. Tem que ama e tem que odeia.

Mage Knight apesar da caixa dizer que joga até 5, por experiência recomendo no máximo 2 pessoas. Para se jogar solo ele é perfeito. O jogo não possui uma história continuada entre os cenários, mas eu particularmente amo o jogo. O desenvolvimento do personagem durante a partida é extremamente satisfatório e a mecânica de ação com as cartas (acredito ter sido utilizada como inspiração pelo criador do gloomhaven) é fenomenal. 

Não sei se consigo dar uma opinião sem envolver o afeto pelo jogo kkkkk.

Agora sobre qual indicar, acho que depende do seu grupo ou se joga mais sozinho, mas vamos tentar uma ordem:

Acho que todo mundo deveria pelo menos tentar jogar o Jaws of the lion, então ele é minha primeira indicação. Ele simplesmente é uma versão direta, reta e mais amigável do Gloomhaven, fora que eu "chuto" que o preço dele deve ser o menor dos 3. 

Depois indicaria o Mage Knight, esse aqui é pra perder horas bolando estratégias e sentando o sarrafo em tudo que aparecer pela frente. Sempre que jogo me sinto bem imerso no jogo, mas é o que falei: cuidado com a quantidade de players.

E por fim o Robinson. É um baita jogão, mas extremamente punitivo e nem sempre todo mundo gosta de perder em jogo cooperativo.

É isso! Forte abraço!

AMVinicius::Já tive e joguei os 3. Vou usar só as iniciais pra facilitar.

Jogabilidade

GH tem o sistema de cartas multiuso muito parecido com MK e o quebra-cabeça de como utilizá-las vai ficando mais complicado conforme a partida avança.
MK é o contrário, você vai ganhando mais opções e liberdade ao longo da partida, mas se você tiver o mínimo de dificuldade ao escolher entre várias opções, é bem capaz de gastar 10min em um único turno.
RC usa dados pra resolver basicamente tudo. Você vai sempre escolher entre opções pra ver qual será a menor desgraça que acontecerá com seus personagens e os dados tem enorme influência na resolução de encontros.

Regras

Em questão de regras, GH tem várias que não fazem sentido algum tematicamente, como não poder pegar tesouros pelo cenário mesmo quando não há urgência na narrativa, itens que você só pode usar uma vez (equipamentos devem ser descartáveis nesse mundo).
Todas regras em MK fazem sentido, mas há regras demais no jogo como um todo. Levará algumas partidas pra você assimilar tudo e conseguir jogar uma partida inteira sem errar algo e consultar manual a cada 2 turnos.
O manual de RC não é dos melhores, mas as regras não são tão complicados. O mais difícil é ter perseverança pra repetir alguns dos cenários mais difíceis do jogo.

Setup

Tive insert pros 3 e isso já ajudava bastante, mas mesmo assim são 3 jogos chatos nesse aspecto. MK tem tiles aleatórios, mas vários tokens e pilhas de cartas diferentes a serem organizadas. Não existe dano parcial nos inimigos, então é tranquilo de gerenciar isso. GH é simplesmente horrível de organizar por contas das muitas peças de mapa que o jogo tem. Além de ter cenários com muitos inimigos e vários tokens de danos a serem utilizados. Se preferir usar aplicativos, tem opções que ajudam esse gerenciamento.
RC tem preparações específicas de cenário, mas menos coisas pra gerenciar no desenrolar da partida. Às vezes é fácil esquecer algum detalhe específico do cenário, tipo uma ação ou item exclusivo.

Narrativa


GH é o único que se vende como um jogo narrativo e na minha opinião é o pior dos 3 justamente por criar essa expectativa. Cenários repetitivos, história superficial, e em nenhum momento você sente que está se aprofundando no desenvolvimento da cidade em si. De que adianta quase 100 missões se você perde o interesse na trama antes da metade disso? A curiosidade de liberar novos personagens é o que te motiva a continuar jogando e mesmo assim, não espere fazer algo muito diferente dos cenários iniciais.
MK possui uma introdução da história no manual e o resto é narrativa emergente ao longo da partida. Não há sequer pequenos parágrafos com algum tipo de encontro. No começo o sistema de reputação é interessante de ver desenrolar o seu personagem ficar cheio de aliados ou tornar-se temido e odiado, mas depois de um tempo tudo vira números apenas e os diferentes cenários não oferecem variedade alguma no quesito narrativa.
RC tem cenários que realmente leva o sistema do jogo a contextos diferentes e variados na jogabilidade. Os encontros são aleatórios, mas causam combinações interessantes. Um gerador de desastres aleatórios. Entretanto, o excesso de resultados negativos desses encontros podem afastar algumas pessoas.


Arco de jogo


GH demora vários cenários pra te dar uma evolução do personagem e sinto que subir de nível nele te dá pouca sensação de desenvolvimento. Liberar personagens é mais satisfatório e depende dos objetivos pessoais. A partida acaba sendo a mesma coisa de abre portas e  combates antes que seu tempo acabe. É satisfatório ir colando adesivos no mapa e abrir envelopes.
MK tem partidas longas. Em 2 pessoas uma partida aqui já durou 6 horas. Jamais o jogaria com mais de 2 pessoas, até porque ao jogar você percebe que na verdade é um jogo solo com uma adaptação capenga do multiplayer. Em uma partida de MK você tem mais evolução de personagem do que uma dezena de cenários de GH. Em MK você começa sofrendo pra mover 4 espaços e termina derrubando fortalezas de inimigos em um turno (e ainda sofrendo pra mover 4 espaços). A pior parte de MK na minha opinião é que a diferenciação dos personagens vem nas habilidades que são poucas e ainda são aleatórias ao subir de nível. Te impedindo de fazer o seu personagem do jeito que você quer.
Em RC, há uma sensação de "enxugar gelo", às vezes ao gasta vários turno construindo algo que literalmente uma tempestade vem e derruba ou um animal selvagem te pega enquanto você foi colher frutas. Nessa nova edição parece ter um livro de cenários, então eu teria curiosidade em ver o quanto eles consegue extrapolar esse sistema de sobrevivência em ilha deserta de forma criativa ( ou se cairá na mesmice de cenários similares com parâmetros ligeiramente diferentes.

Se o Robinson tivesse um livro de história tipo o this War of mine ficaria show de bola porque você poderia fazer escolhas 

Atualmente penso assim de não querer mais do mesmo. Eu tinha vários Dungeon crawler e então fui vendendo até ficar só com os que achei melhores.
GH e MK os dois são Dungeon crawler já o Robinson Crusoé é do tipo sobrevivência que seria categoria diferente.
Se fosse você teria o robinson crusoe e mais um das outras opções. 

MAGE KNIGHT é simplesmente o melhor jogo que já foi criado na face da terra. Não tem nem discursão sobre isso rsrs