evieira::
Iuri,
Acho que você exagera. O “complecionismo” não é obrigatório. As pessoas não precisam comprar tudo que sai de um jogo.
Te garanto que a maior parte das pessoas vai parar na caixa básica. Talvez por isso a Galápagos não tenha subsidiado-a.
Lembrando que AH LCG não é extremamente popular, para todos os gostos. É um tipo de interesse mais específico. Tem gostar muito do tema para comprar tudo. E isso é uma escolha, não uma obrigação.
Acaba sendo pra quem pode e quer? Fato. Como quase tudo na vida, temos que lidar com as nossas prioridades.
Por fim, tem gente que gasta muito mais com Magic.
Sds,
Eduardo
MuCiLoN::
É um gasto grande, mas acredito que depende do quanto você goste e esteja usufruindo do jogo.
Se você jogar só a edição revisada em 2 pessoas (400 reais a vista), considerando 3 campanhas para contemplar cada um dos 5 investigadores (e não necessariamente qeu cada jogador jogue com cada investigador) já são pelo menos 9 partidas e se você considerar o cenário extra do Roland e que ele participe de 2 campanhas, aumenta para 11 partidas.
A Dunwich Legacy (que deve chega no brasil em torno de 750 reais a vista) traz 5 novos investigadores, que agregam pelo menos mais 10 partidas (com o Roland participando do cenário extra) se a gente tiver a curiosidade de ver como eles se saem na campanha básica. Jogando a campanha nova que são 8 cenários no total, o quê exigiria 3 campanhas para passar por todos os novos investigadores, isso daria mais 24 partidas, ou 26 partidas se considerarmos o cenário extra do Skidd e que ele participe de 2 das 3 campanhas.
11+10+26 = 47 partidas
investimento = 1050 reais
custo por partida = 25 reais arredondando para cima
Eu não me recordo de nenhum jogo em que eu tenha jogado 47 partidas presenciais. Se eu conseguir explorar tudo isso no jogo base e a expansão (que nem me fará passar por todos os investigadores mas, pelo menos, eu ou minha namorada jogaremos com um deles e com certeza todos os investigadores passarão por todos os cenários), o gasto me parece ok.
Agora, se eu jogar apenas uma vez as campanhas, não me importar em passar por todos os investigadores e muito menos que eles tenham passado por todos os cenários, então realmente é um despropósito gastar dinheiro com mais expansões.
editado: eu ainda esqueci que os 5 investigadores originais eles podem participar da Dunwich Legacy. Ou seja, para simplificar os cálculos, vamos considerar que já temos a caixa revisada em mãos, mais a Dunwich Legacy, ou seja, temos 10 investigadores, 11 cenários e 2 cenários específicos de personagens.
Serão 3 campanhas com 11 cenários e outras 2 campanhas com 12 cenários, total de 57 partidas, dá 19 reais por partida, arredondando para cima.
Se você jogar 1 partida por semana, não consegue completar isso em um ano e você sequer, individualmente, terá necessariamente controlado todos os investigadores.
mas repito: tem que gostar muito do jogo, eu nunca joguei 57 partidas físicas de jogo nenhum. E acho que realmente são poucas partidas no jogo básico, acaba sendo necessário você comprar a expansão para explodir a possibilidade de jogos bem como (aí acredito no que li na internet) a própria qualidade da campanha, que dizem que só no Dunwich Legacy que realmente é interessante.
Caro Eduardo Vieira
Meu camarada, eu sou o primeiro a reconhecer que, mesmo sabendo alguma coisa, definitivamente, não sou um especialista no Arkham Horror Card Game (doravante abreviado para AHCG, muito embora eu não seja fã de siglas). Em função disso, eu procuro comentar em cima daquilo que dizem, as pessoas que conhecem melhor o jogo, como inclusive é o seu caso. O meu comentário do "jogo de milhares de reais", não me pareceu tão exagerado, porque foi baseado justamente no que disse o MuCiLoN. E para ser sincero , não vi nada de errado nem na matemática, nem na estimativa dele no tocante ao preço das expamsôes. Quanto à questão da Forbes, aí eu sou forçado a reconhecer que foi um exagero, mas foi apenas uma brincadeirinha, para manter alto o bom humor.
Em relação ao AHCG em si, pelo que eu entendi a questão do "colecionismo" aparentemente não se aplica a ele, porque as expansões são obrigatoriamente necessárias para conseguir continuar jogando o jogo. Alguém que tenha o "Pandemic" ou o "Terraforming Mars" (só para citar jogos com várias expansões), essa pessoa não tem necessidade alguma de comprar uma nova expansão, para conseguir continuar jogando qualquer um dos dois jogos. Muito embora as expansões agreguem um considerável valor aos jogos, nesses dois casos elas não são fundamentais. Assim sendo, em jogos como esses dois exemplos, comprar todo o material que sai, relacionado a eles, pode ser visto como colecionismo. Mas, pelo menos no meu ponto de vista, essa não é a mesma situação do AHCG, porque nesse caso as expansões são necessárias para se continuar usufruindo do jogo, de forma prazerosa e sem repetições, ou pelo menos foi essa a impressão que ficou. Considerando que essas expansões talvez sejam lançadas ainda mais caras que o jogo base, segundo as informações postadas anteriormente, não dá para deixar de considerar que esse jogo é realmente um "jogo de alguns milhares de reais", ou pelo menos é essa a minha opinião.
Por outro lado, conforme você mesmo disse, é perfeitamente possível gastar apenas os R$ 450,00 do jogo base e não comprar expansão nenhuma. Só que nesse caso, pelo visto, o jogador vai ficar limitado a 11 partidas (mais uma vez, segundo o cálculo do MuCiLoN, então veja que não sou só eu), e isso torna o jogo realmente muito caro, para se jogar tão poucas vezes. Porém, procurando analisar o AHCG, da forma mais séria e mais próxima possível da imparcialidade, pode-se dizer que, levando em conta apenas o jogo base (11 partidas), e considerado o preço de R$ 450,00 (que certamente pode variar bastante), o seu custo por partida é de R$ 40,90, com possiblidade de revenda (pequena mas há). Enquanto isso, os jogos da série "Exit", lacrados, custam aproximadamente R$ 100,00, para serem jogados uma vez só (preço por partida maior que o dobro do AHCG), e com possibilidade de revenda praticamente nula, a menos que se tenha um trabalho enorme para jogar sem danificar os componentes. No entanto, ninguém deixa de comprar o Exit por conta disso.
Uma conclusão a que eu chego, é que, a esse preço só do jogo base de R$ 450,00, e que pode ser muito maior no caso das expansões, talvez, ao invés de comprar o AHCG, valha mais a pena alugar o jogo, e levar para casa, para uma noite de jogatina com os amigos, ou jogá-lo em uma luderia.
Para terminar, conforme eu já disse, em outras postagens, a compra do AHCG é uma questão de valoração entre a experiência e o quanto que se está disposto a pagar por ela, e nesse aspecto cada um tem a sua régua.
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio
P.S. Só para não dizer que eu não falei das flores, ou melhor do Magic: The Gathering, é forçoso reconhecer que hoje em dia é absurdamente caro montar e manter um baralho minimamente competitivo, para disputar torneios, mas essa não é definitivamente uma necessidade para apenas se divertir com os amigos jogando Magic:The Gathering. Alguns duelistas em geral (ou jogadores de Magic, para quem não é do métier), e eu já fui um deles por muitos anos ainda na 3ª edição, eles é quem tem essa mania de procurar sempre adquirir o baralho mais turbinado, para poder arrasar nos finais de semana, na lojinha do bairro. Porém, se a ideia for jogar Magic: The Gathering, em casa, com a família e amigos, estou convicto que é possível gastar menos como ele, do que se gasta na maioria dos board games, e olhe que eu não "viro o terreno para usar mana" há muitos anos. Além disso, diferentemente do AHCG, no início dos anos 90, quando foi lançado o Magic: The Gathering, ele era bem barato e esse é um dos motivos que explica o seu estrondoso sucesso. Todo mundo jogava, porque todo mundo tinha dinheiro para comprar (o que só mudou ao longo dos anos com as reformulações e novas expansões). Já o Arkham Horror Card Game...