No que o COATL “bate de kina”
Não é pq lá em cima falei q sou apaixonado pelo jogo q ele deixa de ter seus defeitos, claaaaro. Só perceberam que haveria desequilíbrio de cores em proporção a partida de 2 a 4 jogadores, depois de lançado, basicamente em discussão de fórum internacional... Como visto aqui: https://boardgamegeek.com/thread/2620687/2-and-3-players-official-variant (vejam o post do designer) putz! Então para não causar quase ausência de uma cor e excesso de alguma outra, ficam 14 partes do corpo para 2 jogadores ,18 para 3, e todas as 24 partes do corpo para 4. Convenhamos que só ter um fix posterior é um senhor momento "Sagrada" (que também dava uma banana pra quantidade de cada cor, até ajeitar depois em expansão). É comentado que o jogo era assim originalmente, mas no final deixaram mais aleatório sem regular para 2, 3 ou 4 jogadores na intenção de manter tudo simples... então tá, mas bastava um parágrafo no manual pra explicar isso, nem que fosse na natureza de calibragem opcional ué...
O fator sorte pode incomodar, por vezes você só pega cartas que parecem se opor (sinergia sua linda, cadê você?) ou devido a uma pecinha que seja em sequência diferente, são quebrados os combos. O mercado de 6 cartas abertas quase combate isso, ao te dar muitas opções, mas por ser estilo feira livre então podem ocorrer certas cruzetas. Não vir o que você quer em relação a sua pool, ou vir e alguém obter essa bendita profecia/carta antes de você. O mesmo feeling se encontra nas peças disponíveis no tabuleiro central, quando você precisa muito de alguma cor em específico. Cabe lembrar que os 3 tokens de skill amortecem turnos mais travados. Não chega a ser defeito, mas como sleevar os templos? Colocar um Tarot size e cortar na parte de cima a rebarba generosa que fica é o que mais se aproxima do ideal.
Podemos dizer que COATL é um daqueles jogos que faz bastante diferença ser o primeiro ou o último. Há discussões se não pegaram pesado com o primeiro jogador que tem que se virar com as 3 cartas iniciais que pegar enquanto para os demais vem 4/5/6 cartas (segundo/terceiro/quarto jogador) e eles descartam mantendo 3. Isso divide um pouco as opiniões, eu não vejo um prejuízo absurdo, considerando que ter as primeiras ou ter as últimas "picks"/escolhas fazem sim muita diferença na pegada do jogo. Mas no final do jogo quando alguém finalizar o terceiro coatl, esse finalizador não joga mais, e os demais jogam uma ou 2 ações. Uma ação se estiverem antes de quem finalizou e 2 ações se estiverem depois. Mais uma vez o "First player" fica com tendência a ser punido (ele vai ser o finalizador ou estar antes de quem finalizou, então vai resolver uma ação). Não é uma tijolada, mas parece um pouco acima do que alguns outros jogos fazem para balancear a dádiva de ser o primeiro a jogar, de ser o primeiro a ir escolhendo. Cabe dizer que o status de primeiro jogador, e por tabela a sequência de turnos é imutável na partida inteira.
Extras/Algo a +
Uma das coisas bacanas em torno do jogo, nesse caso em torno da produção dele, e que disponibilizaram o diário da ilustradora:
https://jeuxsynapsesgames.com/wp-content/uploads/2019/03/Coatl-Illustrator-diary-web.pdf
Vale dizer que o jogo também tem um modo solo arrojado, com uma disputa das boas, estilo dá pra ganhar / cochilou perdeu! E o bot tem 5 variações de setup além da padrão, elas funcionam como nível de dificuldade. Fica como um adendo da jogabilidade a ideia de que você pode fazer os 3 coatls de sempre ou 2 coatls super recheados de pontuação. Segundo os designers, falando em fórum internacional, tem como jogar dessa forma também. Por fim, como curiosidade, está registrado no boardgamegeek o seguinte link: https://boardgamegeek.com/boardgame/343028/coatl-card-game que sinaliza uma reimplementação para 2022.
Quanto custa pra explorar esse reino?
Está variando de 230 a 290, notem que em um mês de lançamento, já deu uma abaixadinha(o retail foi de 310, saindo no valor de 280). Não tá barato, mas tá proporcional (se você obtiver na faixa de 230 e abaixo, loooógico!) isso pra um dos melhores abstratos em linha reta (literalmente) 
ESPECIAL: Sobre tema e tematização
Ficamos maravilhados com o jogo, mas no cerne de tudo, notem que o tema poderia até ser outro, e isso não é novidade para uma porção de jogos, questão mais acentuada ainda se forem abstratos. Costuma-se dizer certos jogos não têm tema, eles são tematizados, e claro que é o caso aqui... segue abaixo uma brincadeirinha descritiva:
“Em um reino mágico devastado por guerras foram descobertos cristais lendários, que têm perfeita sintonia com os processos da alquimia. (descrição genérica) Como renomado alquimista você deve agrupá-los para que sejam moldados nos preciosos recursos que o reino tanto necessita. (criação de cenário para papel do jogador e citação contextualizada da mecânica de set collection)
Para tal feito, você deve seguir as sequências dos elementos, e para consolidar a mistura sempre colocar um cetro mágico no começo e no final. (Olha aí a cabeça e cauda) Combine as cartas de material (profecias) e obtenha poderosas fórmulas (templos). Existem 3 poções mágicas que se utilizadas com maestria podem mudar o curso das combinações (os tokens de habilidades). Mas cuidado, pois outros alquimistas também almejam o reconhecimento que você está buscando. Conseguirá você ser o melhor perante o conselho do reino? (Fechamento genérico de descrição sobre jogo competitivo). 
Sem muito esforço, dá pra entender o que quisemos dizer com essa descrição acima não é? E isso não invalida o trabalho belíssimo que ficou como resultado final na entrega que o COATL faz.
Nessa postagem inteira, dá pra notar que você pode ir a fundo na questão dos deuses, ou chamar pela cor! Pode entender o contexto de uso dos tokens com seus nomes, ou chamar de token de skill e pronto e assim por diante. Isso serve pra todo jogo, fica apenas essa breve reflexão!
Então por enquanto é isso, até o próximo reino a explorar, batendo forte, e também batendo de “kina”! 
Inscrevam-se, acompanhem!!!