A vida nos sete mares não é nada fácil, ainda mais se as coisas não vão bem entre os tripulantes do seu navio. Em Walk the Plank os jogadores são o que há de pior na tripulação, e o Capitão resolveu que apenas dois de vocês vai continuar vivo e o resto, vai virar comida de Kraken.
Nessa card game cada jogador vai receber uma mão com 10 cartas de ações e 3 piratinhas, o lance aqui é tentar com as cartas ir empurrando os piratas das outras cores para fora da prancha em direção ao Kraken até que apenas dois piratas (da mesma cor ou de cores diferentes) sobreviva e continue no navio.
A rodada é bem simples, cada jogador vai escolher secretamente 3 dentre as 10 cartas e colocá-las a sua frente, todos vão abrindo primeira carta e à partir do jogador inicial vão realizando as ações e prosseguem da mesma forma com as outras duas cartas.
As ações são as variações em empurrar os inimigos em direção ao Kraken e tentar voltar para o navio, sempre na tentativa de proteger seus piratas e acabar com a concorrência.
Depois de resolverem a terceira carta da rodada, verificamos se ficaram apenas dois ou menos piratas vivos, caso isso tenha acontecido o(s) jogadore(s) vence(m) a partida mas se ainda tiverem mais piratas a partida continua por mais uma rodada, as cartas usadas são recolhidas novamente (menos as com caveira, que ficam de molho) e uma nova rodada se inicia.
Como Walk the Plank tem eliminação de jogadores, os autores colocaram um pirata fantasma para o primeiro eliminado, ele fica impedido de sair do navio, mas usa as cartas de empurrar para atazanar a vida dos que ainda estão vivos (mas não tem chance de vitória).
A versão que chega ao Brasil pela Papergames vem ainda com a expansão Piratas ao Mar, que traz mais 5 cartas para cada jogador e uma dinâmica nova de cartas de interceptar, que ajudam a evitar que alguma ação seja feita em cima dos seus piratas.
O jogo é muito levinho e caótico e acredito que vá agradar aos jogadores mais casuais, é mais um na coleção de caixinhas da Paper que chega para a turma da farra.
Cacá: Joga tabuleiros desde que se entende por gente, mas descobriu as maravilhas dos jogos modernos por volta de 2004 quando foi apresentado ao Catan e o mundo nunca mais foi o mesmo. À frente do site E ai, tem Jogo? tenta contribuir ao máximo para que o hobby cresça e chegue ao maior número possível de pessoas.