gravitypool::Um dos problemas do Legacy é que alem de destruir o jogo só te permite jogar o jogo com um grupo.
Todos sabemos que quando um jogo é foda vc quer mostrar pros amiginhos. Aqui você vai ter que pensar muito bem quem serão os amiguinhos com que você querá jogar, e nada de falar para outros que achou o jogo foda pq ai eles vão querer jogar e você não vai poder deixar eles entrar no jogo. Cara, isso ai destroi amizades... as familias se desestruturam... caem na droga. Você não quer isso para os seus filhos. Diga não ao sistema Legacy!! Pense nas crianças!! 

Pensamento interessante eheh

As cartas e os itens custimizados deveriam ser print and play...

E como o amigo ai em cima disse, não tem como vc jogar uma partida com novos jogadores, terá que ser sempre os mesmo.

joaoclaudio:: @Fahr, você está descrevendo algo que ocorre com todos os jogos. As pessoas só compram jogos que se identificaram, mesmo assim correm o risco do grupo não gostar etodo jogo é feito para dar lucro para a editora. 
Mas se no seu cenário apocalíptico, o legacy der muito certo e todos os jogos virarem legacy. Você ainda vai ter duas opções :
Jogar todos os milhares de jogos que já existem. 
Jogar as novas versões legacy como se fossem jogos normais, pois ao menos no pandemic você pode jogar como se fosse um pandemic normal. O dia que você decidir iniciar a campanha pode começar. Ou vende no leilão da Ludopedia pelo dobro do que pagou. 
Não é o fim. 

As pessoas compram jogos que se identificam sim, mas se não gostarem, vendem... percebeu a diferença?
Todo jogo é feito para dar lucro, o sistema legacy veio para dar muito mais lucro em troca de "uma experiência única" que só é conseguida destruindo o jogo... percebeu a diferença?
E muito importante: eu não criei nenhum cenário apocalíptico onde todos os jogos serão legacy, de onde tirou isso!? Só acho que com esse sucesso de faturamento, muitas empresas irão lançar as versões legacy ou jogos nesse sistema, mas em nenhuma hora eu disse que todos iriam ser assim e/ou que seria o fim rs

Abraços

Eu acho que o grande problema não é com o sistema legacy em si, mas com o preço dos jogos. Se o jogo legacy custasse R$10,00 acho que ninguém teria tanto receio em comprá-lo, mas dá uma certa pena gastar mais de R$300 num jogo pra depois rasgar, riscar, etc.
Por outro lado, não é incomum pagar uma pequena fortuna em alguns jogos que ficam encalhados após uma (ou nenhuma) partida, então cada um vai com o que preferir.

Acho que uma alternativa interessante seria ter módulos/boosters/expansões descartáveis que fossem vendidas separadamente e que permitissem inserir a parte "legacy" a um jogo base "normal".

[]s

tequila_j::

Lexicos1973::Existem tantos questionamentos nesse post que qualquer opinião deixada é mera especulação.. rsrsrsrs

Se o público mais hardcore de boardgames amadureceu para a experiência Legacy? As vendas do Pandemic dizem que sim. Mas será um nicho dentro de outro nicho? Pode ser. 

.....

Já os gamers que estão há bem mais tempo no mercado, que dispõem de coleções fantásticas e incrivelmente diversificadas, pode ser que já não exista o mesmo apelo ao comprar os jogos normais. Já viram tantos temas e mecânicas, que não será qualquer board a trazer a emoção de antes. Para esses jogadores específicos, o sistema pode resgatar essa emoção, pois o faz repensar estratégias como nunca antes e sempre com aquele calafrio de não saber se a decisão trará consequências catastróficas. 

Um último aspecto relevante não é tanto o 'quê', mas o 'quem'. Quantos adeptos do board hoje, tem um grupo fiel para experimentar a evolução do Legacy até o fim? Fidelidade é algo comum no universo do RPG, mas noto que não é algo comum nos comentários que já li aqui ou ouvi nos podcasts. Mesmo que o Legacy venha com força ainda tenho receio de que será como escrevi antes, um nicho dentro de outro. Muitos fatores precisam operar juntos para que ele se estabeleça.    

Alex. 

Eu não acho que eu tenha que amadurecer para a experiência do legacy, quem tem que amadurecer e me convencer é o legacy. 
Eu estou ha bastante tempo no hobby, e não me sinto com vontade de gastar esse dinheiro em um jogo descartável (mais pelo pandemic do que pelo risk), e também não me sinto com enorme vontade de jogar so pq "subiu de ranking", pelo menos enquanto o sistema nao me convencer.

Concordo. Maior sinal de amadurecimento é não entrar em modinha. 
Jogo a quase dez anos, que pra padrão local to tão maduro que to quase podre, e tenho zero interesse em comprar jogos de tabuleiro descartáveis. Particularmente porque, como escrevi antes, não sou muito fan de campanhas, prefiro jogos auto-contidos numa seção.

Será que tem perigo de espantar gente do hobby? Se eu tivesse começando talvez comprasse pelo hype, sem me informar. Provavelmente nunca mais compraria um jogo de tabuleiro se minha primeira experiência fosse com um jogo feito artificialmente pra ser descartável.

cristianobac::Eu acho que o grande problema não é com o sistema legacy em si, mas com o preço dos jogos. Se o jogo legacy custasse R$10,00 acho que ninguém teria tanto receio em comprá-lo, mas dá uma certa pena gastar mais de R$300 num jogo pra depois rasgar, riscar, etc.
Por outro lado, não é incomum pagar uma pequena fortuna em alguns jogos que ficam encalhados após uma (ou nenhuma) partida, então cada um vai com o que preferir.

Acho que uma alternativa interessante seria ter módulos/boosters/expansões descartáveis que fossem vendidas separadamente e que permitissem inserir a parte "legacy" a um jogo base "normal".

[]s

Concordo.
O Legacy deveria ser vendido como uma DLC.

Existe sim inúmeras formas de ter essa mesma experiência sem inutilizar o jogo. apenas voltando os componentes para suas caixas, envelopes, decks ou oq mais for preciso. com um pouco de vontade da pra criar uma mecânica de um "reset" no jogo e ainda mudar a posição de alguns componentes para uma nova aleatoriedade em futuras partidas. não duvido que os próprios jogadores vão criar macetes para fazer isso por eles mesmo, pq da pra fazer. imagine por exemplo de invés de colar adesivos ter espaços para colocar um token ou um papelzinho igual em um álbum de fotos, ele ficaria lá por toda a campanha no final tiraria todos e reorganizava todo o jogo.

Acho que provavelmente o caminho que teremos será o seguinte (apenas um palpite):

1ª ato (atual): surge o Legacy. O jogo se torna descartável. Por outro lado, permite um novo tipo de experiência vivida em jogos de tabuleiro. A indústria cresce o olho porque vê faturamento maior. As pessoas crescem o olho pq é um hype mundial e por aqui também com a Devir trazendo o Pandemic Legacy. Não entro no mérito se o jogo é bom ou ruim. Não joguei, mas pelo que já vi dele, me parece ser bem bacana, independente de ser hype ou não.

2º ato: multiplicação dos Legacys. Sendo um produto descartável, fazendo girar ainda mais a roda do mercado de jogos, as indústrias vão começar a lançar mais produtos Legacy. Provavelmente investindo em títulos já famosos de mercado, gerando sua versão Legacy, e posteriormente até criando títulos totalmente novos e exclusivos Legacy. (aliás, capaz de surgir alguma empresa especializada somente em jogos Legacy).

3º ato: saturação dos Legacy. Uma coisa é você pagar R$ 300 reais num jogo para ter uma ótima experiência por apenas algumas partidas. Outra é você comprar 10 jogos Legacy ao longo de 1 ano, gastando 3 mil reais em produtos descartáveis. Alguns jogos novos, outros o mesmo jogo, com um grupo diferente. Vai chegar uma hora que você vai comprar apenas 2 ou 3 deste tipo. Não haverá mais tanta demanda quanto a quantidade de jogos assim no mercado. Queda no seu crescimento.

4º ato (final): alguém vai lançar um tipo de Legacy onde você obtém a mesma experiência de jogo continuado, mas sem destruir o jogo, ou seja, consegue customizar ele, mas sem torna-lo descartável. Seja através de componentes na caixa. Seja através de componentes vendidos em caixa separada por um preço bem mais em conta. R$ 50 reais por exemplo. Será mais fácil comprar 10x R$ 50 do que 10x R$ 300. Com isso, as pessoas vão largar a maioria dos Legacy iniciais e vão passar a comprar esse tipo de Legacy, que provavelmente será o produto final resultando do tipo Legacy no mercado. Com ele vão poder ter a mesma experiência do Legacy anterior, mas sem precisar recomprar o jogo para jogar de novo do começo. O que na verdade, é algo que já existe em alguns jogos, mas sem essa classificação Legacy.

Enfim, é a previsão que imagino.

PeterMr::

4º ato (final): alguém vai lançar um tipo de Legacy onde você obtém a mesma experiência de jogo continuado, mas sem destruir o jogo,

Apelidado à décadas atrás de campanha. Full circle achieved.

Tua previsão parece correta. Espero a mesma coisa. Acho que quando chegarmos no ato final Legacy vai ter virado nome feio e vão dar outro apelido.

1. Corrigindo a parte que falam que você tem que jogar com o mesmo grupo sempre, não precisa, pelo menos no Pandemic Legacy, iniciei a campanha dele e pode facilmente ter jogadores diferentes e até ter mais gente, no meu caso jogamos em 3 pessoas sendo que o jogo comporta até 4.

2. O jogo não é descartável, você poderá após a campanha continuar jogando ele, com as alterações no tabuleiro ou não se preferir como um pandemic básico.

3. Muita gente falando sem ter jogado, quando vc jogar e fizer o que o sistema legacy manda, rasgar cartas, colar coisas no tabuleiro, ... você vai ver que isso é o que torna o jogo irado. Como as decisões que tomamos na vida, não podemos voltar atrás e isso causa um efeito no futuro, no legacy é a mesma coisa, a decisão de uma partida repercute nas demais e isso torna o jogo hiper mega tenso.

Joguei com 2 pessoas que não são tão hard core gamers como eu, quando acabou as duas pessoas suavam frio de tanta tensão e falaram que foi a melhor partida de um jogo da vida delas, ficaram horas comentando tudo o que aconteceu, fazia muito tempo que não via algo assim.

Não me importo com o que vai acontecer com o jogo após a campanha, se vou joga-lo outra vez, provavelmente não porque não vou querer e vou guardar essa recordação irada de uma campanha histórica.