Como é o Karuba?
Deixe-me começar te contando
como eu me sinto jogando Karuba. Eu não sei você, mas quando eu era criança e brincava de carrinho, quase sempre a brincadeira envolvia desenhar as pistas – às vezes com um graveto na terra, ou riscando o concreto com um tijolo vermelho. Eu gostava de desenhar uma cidade, com cruzamentos, linha do trem, semáforos. Desenhava a minha casa e os pontos principais como a padaria, o mercado e o posto de gasolina. Só depois de desenhar a pista completa é que os carrinhos teriam onde rodar, onde explorar.
O Karuba, para mim, é um tipo de uma
versão jogo dessa brincadeira. Ele começa com quatro exploradores na praia, e você vai usar as peças para criar o caminho para que eles atravessem a selva, encontrem os quatro templos e
roubem coletem os tesouros, além de cristais e pepitas de ouro pelo caminho. Vence quem conseguir mais tesouros.
3 razões para jogar
1
Criar os caminhos é um quebra-cabeças gostoso. Todos os jogadores possuem o mesmo conjunto de peças. Uma pessoa na mesa irá sortear uma e todas as outras devem pegar a mesma peça. Cada uma irá escolher entre montar o caminho, ou descartar a peça para movimentar um dos exploradores. E montar o caminho tentando fazer o percurso mais curto para cada explorador é bem gostoso.
2
Emoção na corrida pelos caminhos montados. Após montarem um pouco dos caminhos, os jogadores vão começar a mover seus personagens. Quem chega primeiro em cada templo leva o tesouro mais valioso, então, o quanto antes você chegar, maior será sua recompensa. Parar pelo caminho para coletar cristais e ouro pode te atrasar, mas são tesouros que somam na pontuação. São decisões pequenas que você irá tomar ao longo da partida, carregadas da emoção envolvida nos riscos.
3
Um jogo com feeling de brincadeira. No Karuba você ao mesmo tempo cria e explora a sua própria criação, acrescentando sua imaginação ao mix. Ele é um jogo, sim, com tudo o que um bom jogo deve ter, mas que dá uma sensação nostálgica, lá no fundo, de uma brincadeira.
Um pouco mais sobre o Karuba
- Preparo aleatório: ao invés de escolher as posições iniciais dos exploradores e templos, eu gosto de usar um par de d12 (dados de 12 faces) para randomizar o preparo. Você pode usar também um app de rolar dados, ou até mesmo o google, com o comando “roll 2d12”. Um dado dá a posição de um explorador, e o outro, do templo da mesma cor. Se sair algum 12, role novamente. Se o explorador e o templo ficarem a menos de 3 espaços de distância (regra do jogo), role novamente.
- Foi um dos três jogos indicados para jogo do ano no Spiel des Jahres 2016, mas quem levou o prêmio foi o Codinomes. De qualquer forma, apenas a indicação já é muito importante.
- O designer Rüdiger Dorn tem vários outros jogos de sucesso como Istanbul, Goa e Las Vegas.
Já jogou? Conta pra gente aí nos comentários o que você mais gosta no Karuba!