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  3. Nemesis
  4. O que boardgamers brasileiros podem aprender com coreanos

O que boardgamers brasileiros podem aprender com coreanos

Nemesis
  • iuribuscacio
    3355 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio14/12/20 18:16
    iuribuscacio » 14/12/20 18:16

    Paulo_Segundo::Fiz minha parte: abri um tópico para apurar erros, compilei uma errata nao-oficial, dei nota 1 pro nemesis aqui e no bgg (em ambos com a explicação de que era protesto pela qualidade porca da tradução e revisão), mandei emails pra galápagos e pra Awaken Realms (ambas ainda não me responderam),  inclusive anexando minha errata.

    O problema é q tem gente com medo de criticar a Falhápagos pq senão ela nao vai mais trazer expansões pro jogo,  e outros estão preocupados em diminuir o valor de revenda do jogo (com certeza aqueles que viram gente lucrar comprando gloomhaven a 800 e vendendo a 1300 dois meses depois e que achavam que iriam repetir o sucesso com o nemesis e tiveram prejuizo) e outros q simplesmente não vem problema num manual repleto de erros e um desleixo tão grande a ponto de traduzir PISTOL como REVOLVER  e vice versa. Ou da tradutora resolver utilizar um manual técnico pra fazer um manifesto político da ideologia dela, espancando o nosso tão mal tratado idioma no processo...

    Caro Paulo_Segundo

    Eu concordo com absolutamente tudo, que você escreveu.

    Inclusive comecei a perceber um movimento curioso, em relação ao Nemesis. Um outro usuário, muito fã do jogo, abriu um post para exaltar a beleza de suas miniaturas e as suas qualidades lúdicas, mas as pessoas começaram a comentar que apesar de bonito, o jogo tem graves falhas, principalmente de tradução.

    O autor do tópico então escreveu: “poxa eu criei esse tópico para falar bem do jogo...”. Portanto, me parece que as pessoas estão começando a acordar, e refletindo se realmente vale a pena levar “gato por lebre”.

    Tomara que o “Nemesis” seja para o Brasil, aquilo que o Tainted Grail está sendo para a Coréia do Sul.

    Mais uma vez parabéns pelo escrito.

    Um forte abraço.

    Iuri Buscácio

    1
  • JMax
    223 mensagens MD
    avatar
    JMax14/12/20 20:41
    JMax » 14/12/20 20:41

    iuribuscacio::
    JMax::Caros colegas boardgamers, boa tarde!

    OBS: Quero deixar claro que não sou dono da razão, não tenho o conhecimento do universo e não prevejo o futuro.

    Depois de ler esse tópico, eu entendo toda a indignação por trás do mau (péssimo) serviço prestado a nós boardgamers, na tradução dos jogos nacionais.

    Mas sinceramente, esse negócio de postar "nota 1, como protesto" pra mim é um disserviço à comunidade. Sites como o BGG e a Ludopedia não são sites de defesa do consumidor, mas onde os hobbistas se encontram pra trocar ideias, conceitos, análises. Se cada um começa a postar notas por causa de suas amargas experiências que não tem algo a ver diretamente com as mecânicas do jogo, penso que a longo prazo estaremos mais destruindo do que construindo a comunidade.

    Vejam o caso de Bloodborne: the board game. Muita gente não comprou no Kickstarter (e com razão) porque o valor do frete era altíssimo. Colocou "nota 1 como protesto" no BGG, mesmo não tendo financiado o jogo no Kickstarter. Queria, mas não financiou, e ainda se achou no direito de colocar nota 1. Hoje em dias muitos estão dizendo que "agora entendem o valor do frete", por causa da quantidade de caixas e enorme conteúdo. Mas o disserviço já foi feito e não está sendo desfeito. 

    Considerem também que as empresas brasileiras não ligam para táticas do tipo "vou xingar muito no Twitter". Esse tipo de postagem, de destilar raiva, ódio, não vai resolver. Além disso, chamar os outros consumidores de "burros e idiotas" porque compraram os jogos também não vai ajudar. Não vai mudar nada e vai impedir de conseguir uma união comum de consumidores em torno do problema.

    Além disso, considerando o custo/benefício, pra muita gente é melhor comprar um jogo nacional e retificar algumas falhas do que comprar o importado, pagar um frete e imposto caríssimos. Eu mesmo comprei a expansão do Jornadas na Terra Média, que além de ter uma tradução de habilidade como sendo "Se esconder" (os ossos de minha professora de português se remexem no túmulo), tem duas cartas com texto errado. Mas é melhor fazer um pasteup das duas cartas e ignorar o "Se esconder" do que pagar o mesmo valor pelo jogo base, frete, imposto de importação.

    Mas não postei pra desmerecer o esforço e o post de Iuri. Há razão nas suas palavras e intenções. Mas acredito que falta o método.


    No Brasil, se quisermos mudar alguma coisa a curto prazo, temos que fazer as empresas começar a entender que poderão ter prejuízos diretos ou rápidos, com custos administrativos (Procon) ou judiciais (Juizados Especiais Cíveis). 

    Deixar de comprar os jogos da empresa é uma tática útil também, mas eu gostaria de sugerir uma outra:

    1 - Não crie tópicos apenas pra insultar e ficar xingando empresas. Elas não ligam se o produto delas está sendo vendido. Melhor seria pra juntar os possíveis prejudicados, identificar quantos foram e quem são. Além de identificar todos os erros do produto e convidar os prejudicados a tomar uma atitude.

    2 - Postar reclamações em sites de que colaboram com a defesa do consumidor, como o ReclameAqui. Redijam as reclamações com coerência, objetividade, sem insultos e com bastante detalhes. Eu particularmente gosto muito, porque eles entram em contato com a empresa e isso já força uma resposta dela. Ela começa a perceber que o consumidor quer eficiência na resposta. Além disso, é um site bastante consultando e a fama da empresa lá é bem visível a todos. Uma empresa que tenha o mínimo de seriedade vai tentar mostrar uma boa relação com o cliente.

    3 - Registrem reclamações formais pelos canais de atendimento ao consumidor da empresa. Tentem duas ou três vezes. Mantenham tudo anotado. Redijam seguindo as mesmas orientações acima.

    4 - Se a empresa ainda assim não responder ou retificar o problema (ou der uma solução pífia), acionem o Procon. É uma relação de consumo, o produto tem de vir como novo e qualquer defeito deve ser sanado. Levem toda a documentação (emails, mensagens, reclamações) e registrem formalmente a queixa. Isso por si só já gera a necessidade de uma resposta formal da empresa e a possível aplicação de multa em caso de não fazê-lo. Aqui a empresa já precisará pagar um advogado pra acompanhar o negócio, então já estará desembolsando alguma quantia (que provavelmente sairá mais caro pra ela do que corrigir a impressão de cartas defeituosas).

    5 - Se a fase do Procon não funcionar, ao menos a empresa sairá com alguma multa ou penalidade. Ou prejuízo pelo pagamento do advogado. Mesmo assim, é possível acionar o Juizado Especial Cível para isso. A dificuldade aqui é o valor, que deve ser estudado caso a caso. Uma tradução errada de algumas cartas terá valor baixo e provavelmente não será apreciado pelo Judiciário. Mas vários erros, de vários jogos, da mesma editora e sem a devida resposta já é algo considerável, podendo talvez até se exigir danos morais pela falta de atendimento ao consumidor. 

    Essa estratégia acima já funcionou comigo em outras situações em que fui lesionado como consumidor.

    É garantido que vá funcionar ? Não. É a estratégia mais perfeita do universo? Nâo.

    Mas algumas dessas etapas poderão fazer a empresa se preocupar e gastar com advogados. Quando ela começar a coçar os bolsos com várias reclamações, várias audiências no Procon, de vários clientes, a posição dela vai mudar, com certeza.

    Tentemos nos organizar. 

    Caro JMax

    Antes de qualquer coisa, se o tom do meu texto parecer demasiadamente agressivo, eu quero esclarecer que não é essa a minha intenção. Infelizmente nem sempre é possível se transmitir através da escrita o exato sentido do que se pensa. Você escreveu com toda a educação, urbanidade e consideração, e apesar de divergir, vou lhe responder da mesma forma. Portanto, peço perdão previamente, se alguma ponderação minha parecer ofensiva.    

    O seu post foi escrito com muita sensatez, razoabilidade e seriedade, e em outra terra, talvez eu até concordasse com o seu ponto de vista. Ocorre que nós estamos no Brasil, que não é um país sensato, razoável e muito menos sério. Portanto, com todo o respeito, sou forçado a discordar totalmente da sua opinião.

    A grande maioria dos que escrevem aqui no Ludopedia, é composta por pessoas adultas, e sérias que só escrevem aqui, quando os canais normais de reclamação não deram em nada. Vou citar apenas alguns casos, mas emblemáticos:

    As pessoas reclamaram, através dos meios normais, sobre a cor diferente nos tiles do Carcassonne, da Grow, que inviabilizava a utilização de expansões internacionais. Isso adiantou alguma coisa? Não. Muita gente inclusive disse: “ah usa um saquinho para sortear os tiles e não enche o saco”. As pessoas reclamaram, através dos meios normais, sobre os erros do Western Legends, da Conclave, que produziu o jogo com um tabuleiro baseado na regra antiga e cartas, componentes e manual, baseados na regra revisada (hei, finge que o barril é uma ferradura, valeu!?!?). Isso adiantou alguma coisa? Não. As pessoas reclamaram, através dos meios normais, sobre os erros do Masmorra do Mago Louco, da Galápagos, em especial sobre a carta da “Guereira”. Isso adiantou alguma coisa? Não. As pessoas estão reclamando, agora mesmo, sobre os erros do Nemesis, com a Galápagos. Vai adiantar alguma coisa? Certamente que não.

    Então como você pode ver, sempre que as pessoas tentam reclamar, usando o sistema, e através dos canais apropriados, quase sempre, nada acontece. Antes de partir para o BGG, os boardgamers coreanos adotaram essa mesma abordagem que você defende. Do mesmo modo como acontece por aqui, nada adiantou. A diferença, é que após esgotar os canais apropriados e nada acontecer, os coreanos adotaram outra estratégia, ou seja, descer a lenha no jogo na BGG, e foi só depois disso que alguma coisa aconteceu. Você diz que isso não resolve, mas até agora eu tenho visto a estratégia funcionar muito bem. Só depois que a Awaken Realms viu o prestígio do Tainted Grail despencar, é que ela resolveu acordar para o problema e fazer alguma coisa, para resolver o imbróglio.

    Se os coreanos ainda estivessem apenas reclamando, da forma como você defende, certamente que eles ainda estariam esperando alguma coisa acontecer. Mas como eles tomaram uma atitude, que afetou as empresas envolvidas, mesmo que o caso do Tainted Grail não se resolva, eu duvido que alguma editora internacional grande vai voltar a licenciar jogos para a Coréia do Sul, sem antes tomar todas as precauções possíveis, para que eventuais erros sejam mínimos, e mesmo esses, sejam corrigidos e resolvidos assim que descobertos. Portanto, a estratégia de “nota 1 no BGG”, muito mais contribuiu para o mercado coreano de board games, do que destruiu. Se isso está funcionando na Coréia do Sul, qual o motivo de não fazermos isso aqui no Brasil, em relação ao Nemesis, já que nada mais parece adiantar? No mínimo, temos a possibilidade de chamar a atenção da Awaken Realms, para os nossos problemas locais, e até, quem sabe, conseguir uma solução, ao menos em relação aos defeitos da produção nacional do Nemesis.  

    Em relação a sua postura de pagar R$ 600,00, R$ 800,00, R$ 1.000,00 em um jogo e depois ser obrigado a fazer uma “gambiarra” para jogar, eu acho isso simplesmente INACEITÁVEL, e com todo o respeito, prefiro nem entrar nessa seara.

    Quanto a procurar o PROCOM ou os Juizados Especiais Cíveis, a solução que você propõe me parece ainda mais sem sentido. O máximo que eu vou consegui é obter o preço que eu paguei pelo jogo corrigido. Condenação por dano moral? Esquece. Isso só acontece em filme de tribunal, da Julia Roberts, ou se eu for magistrado ou parente de magistrado (o que eu não sou). Multa na empresa por vender produtos com defeito? Nem sonhando. Aqui no Rio de Janeiro, a CEDAE está deixando 30 bairros (isso mesmo 30 bairros) sem água, em plena pandemia, e o máximo que a justiça fez, foi dar uma multa irrisória, que é menor do que o dinheiro que a CEDAE gasta, todo mês, em papel higiênico. É essa justiça que vai resolver os problemas dos consumidores de board games?!?! Acho que não.

    Deixar de comprar os jogos da empresa? Isso também não resolve, porque as grandes editoras brasileiras não fazem mais lançamentos, elas agora fazem projetos. Então nós temos o “Projeto Gloomhaven”, o “Projeto Nemesis”, “Projeto Etherfields”, o “Projeto Frosthaven”, o “Projeto Tanited Grail”, e por aí vai. A estratégia é fazer uma tiragem mínima, um pouco abaixo daquilo que o mercado consegue absorver a um preço altíssimo. Se o Chico não comprar, não tem problema o Francisco compra. E quando isso começar a dar errado, com jogos “peso-pesado”, como parece ter acontecido com o Nemesis, basta transferir a estratégia para jogos em uma faixa de preço mais baixa, mas cobrando o mesmo preço abusivo. Veja o caso do “Carnavalesco” e do “It’s a Wonderful Word”. Um é o “Sagrada” fantasiado, mas que custa quase o dobro do preço, e o outro é um jogo com 150 cartas e 170 cubinhos de plástico. Ambos custam na faixa de R$ 350,00, e não tenham dúvida de que vão vender feito água no deserto, mesmo com esse preço absurdo.      

    Aí você pode dizer, mas desse jeito você prejudica a indústria de board game nacional, porque a Galápagos não vai mais trazer nenhum jogo para cá. Então, porque a editora pode fazer pirraça e não lançar mais nenhum jogo aqui, eu tenho de aturar que ela lance jogos cagados de cima a baixo? Isso não tem o menor cabimento. Além disso, se a Galápagos não trouxer os jogos, outra editora lança, porque pode ter certeza, ninguém vai querer perder um mercado de 210.000.000 de consumidores em potencial, que são naturalmente festeiros, que gostam de reunir os amigos em casa, cujo tamanho médio das famílias ainda é grande, ou seja, um mercado feito sob medida para os board games.

    Não precisa nem procurar muito, para encontrar o caminho das pedras. O Zombicide Invader vende para caramba, apesar de custar na faixa de R$ 450,00 (tudo bem, Zombicide talvez não seja o melhor exemplo porque ainda é bem caro, mas compreensível pela quantidade de coisa que vem na caixa), Pandemic não para de esgotar nas lojas (e eu estou falando do normal e não do Legacy), O Dixit se custasse um pouco menos, ia vender tanto quanto o Uno, e isso quem me diz, são os lojistas das lojas que eu conheço. A diferença é que esses jogos aí de cima, não custam os olhos da cara, nem vem com erros absurdos como cartas cada uma com o verso de uma cor, miniaturas com uma perna faltando, ou com cartas onde se lê “médicu” e “enfermêra”. Tudo o que nós boardgamers queremos são jogos com um mínimo de razoabilidade nos preços, com um mínimo de padrão de qualidade na produção, e um mínimo de respeito, no atendimento ao cliente, no pós-venda. Isso não é pedir muito.

    Por fim, com todo o respeito, não me leve a mal, mas eu já estou farto de seguir os protocolos, nada acontecer e eu acabar tendo que ficar no prejuízo. Eu quero uma abordagem que resolva os problemas, e se para conseguir ser tratado com um mínimo de dignidade, e receber produtos sem defeito pelos quais eu paguei caro, se a solução para conseguir isso, for descer o cacete nos jogos no BGG, meu camarada, pode estar certo que é isso que eu farei, e incentivarei as outras pessoas que se sentirem lesadas a fazer o mesmo.

    Um abraço.

    Iuri Buscácio


    P.S. Apesar do ponto de vista divergente, concordo consigo no sentido de que precisamos nos organizar. 

    Salve, @iuribuscacio !
    Não fico ofendido de maneira alguma, meu velho. Discutir ideias é sempre bom, quando a galera não transforma num flame war sem sentido.
    Posso dizer que agora entendo melhor suas razões.
    De fato, eu não sabia de boa parte desses casos, inclusive o da Awaken e dos coreanos. O que me chamou a atenção foi que eles realmente se organizaram nisso, talvez por isso tenham conseguido. Chamaram a atenção e a Awaken resolveu bancar a nova tiragem dividindo os custos com a publisher.
    Eu vi muitos casos de pessoas no ReclameAqui que conseguiram alguma coisa ou partiram pro Procon. Também vi outras que não conseguiram. 
    Pensei que, se pudéssemos fazer algo em massa e organizado seguindo essa linha teríamos melhores resultados. Mas teria de ser várias pessoas, apenas um ou outro é algo que diminui a eficiência do negócio.
    Meu post inicial não foi pra desmerecer ninguém, mas pra dar uma outra ideia ou plano de ação. O fato é que, qualquer que seja a estratégia, tem de haver organização e comprometimento da comunidade. Senão não funciona aqui no Brasil.
    Eu ainda acho meio complicada essa estratégia que os coreanos adotaram funcionar por aqui, porque as empresas daqui estão se lixando pra nós. Mas vai que de repente apareça uma Awaken da vida e faça alguma coisa...
    Ainda assim é bom lembrar de agir com moderação, evitando os excessos. A Awaken Realms não vai intervir nos processos que a publisher move contra os consumidores coreanos que foram abusivos, nos casos de assédio, constrangimento ou ameaça. Por mais louvável que a postura da Awaken seja, ela não tem poder sobre isso.
    No final, é um cenário triste esse do boardgame nacional, infelizmente. Ver que conseguimos trazer o hobby mais pra perto de nós, sem precisar importar, mas ao mesmo tempo já vendo o "custo brasileiro" e a "esperteza(desonestidade) brasileira" ferrando os consumidores.
    PS.: No caso da Galápagos eu acho ainda mais complicado essa estratégia funcionar. A Asmodee, que comprou ela e a própria Fantasy Flight, já é conhecida lá fora por sua mercenarice e péssimo atendimento ao consumidor. Nos foruns da Fantasy Flight há um monte de gente falando sobre a postura dela.

    2
  • iuribuscacio
    3355 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio14/12/20 22:58
    iuribuscacio » 14/12/20 22:58

    JMax::Salve, @iuribuscacio !
    Não fico ofendido de maneira alguma, meu velho. Discutir ideias é sempre bom, quando a galera não transforma num flame war sem sentido.
    Posso dizer que agora entendo melhor suas razões.
    De fato, eu não sabia de boa parte desses casos, inclusive o da Awaken e dos coreanos. O que me chamou a atenção foi que eles realmente se organizaram nisso, talvez por isso tenham conseguido. Chamaram a atenção e a Awaken resolveu bancar a nova tiragem dividindo os custos com a publisher.
    Eu vi muitos casos de pessoas no ReclameAqui que conseguiram alguma coisa ou partiram pro Procon. Também vi outras que não conseguiram. 
    Pensei que, se pudéssemos fazer algo em massa e organizado seguindo essa linha teríamos melhores resultados. Mas teria de ser várias pessoas, apenas um ou outro é algo que diminui a eficiência do negócio.
    Meu post inicial não foi pra desmerecer ninguém, mas pra dar uma outra ideia ou plano de ação. O fato é que, qualquer que seja a estratégia, tem de haver organização e comprometimento da comunidade. Senão não funciona aqui no Brasil.
    Eu ainda acho meio complicada essa estratégia que os coreanos adotaram funcionar por aqui, porque as empresas daqui estão se lixando pra nós. Mas vai que de repente apareça uma Awaken da vida e faça alguma coisa...
    Ainda assim é bom lembrar de agir com moderação, evitando os excessos. A Awaken Realms não vai intervir nos processos que a publisher move contra os consumidores coreanos que foram abusivos, nos casos de assédio, constrangimento ou ameaça. Por mais louvável que a postura da Awaken seja, ela não tem poder sobre isso.
    No final, é um cenário triste esse do boardgame nacional, infelizmente. Ver que conseguimos trazer o hobby mais pra perto de nós, sem precisar importar, mas ao mesmo tempo já vendo o "custo brasileiro" e a "esperteza(desonestidade) brasileira" ferrando os consumidores.
    PS.: No caso da Galápagos eu acho ainda mais complicado essa estratégia funcionar. A Asmodee, que comprou ela e a própria Fantasy Flight, já é conhecida lá fora por sua mercenarice e péssimo atendimento ao consumidor. Nos foruns da Fantasy Flight há um monte de gente falando sobre a postura dela.

    Caro JMax

    Eu acho que a ideia é bem por aí, como você escreveu, ou seja, nós temos de nos organizar e tomar uma atitude conjunta, que tenha uma massa crítica mínima de pessoas envolvidas, para ter pelo menos alguma chance de funcionar. Eu não tenho todos os dados, sobre quem deu início a essa estratégia coreana (porque filho bonito tem um montão de pai, filho feio é órfão), mas imagino que alguém teve a ideia de partir para o BGG, os amigos apoiaram, aí os amigos dos amigos entraram na dança, e de repente olha lá a Awaken Realms querendo saber o que está acontecendo com o "filhote" dela.

    No entanto, li em um dos posts do BGG relacionado a essa pendenga, que foram originalmente, apenas 150 coreanos dando nota “1”, no jogo e todos explicando porque estavam fazendo isso. Não sei se esse número está correto, porque acho muito pouca gente, para influenciar no ranking de um jogo lançado no mundo todo, além do que, posts na Internet não são as fontes mais fidedignas de informações. Mas se esse número estiver realmente correto, acho que com algum esforço, nós conseguimos atingir essa marca. Se vai funcionar ou não, ou seja, se a Awaken Realms vai se comprometer a negociar com a Galápagos a reposição dos componentes defeituosos do Nemesis, ou se vai diexar por isso mesmo, aí já é outra história, e mesmo que isso não funcione, no mínimo, nós teremos feito alguma coisa a respeito.  

    Quanto a agir sem excesso você está corretíssimo. Não é necessário xingar ninguém, basta apenas dizer a verdade, ou seja, a Galápagos publicou o “Masmorra do Mago Louco”, e cobrou R$ 600,00, por um jogo quem vem escrito “Guereira”. São apenas 13 cartas com esse erro gritante, e se a empresa tivesse, trocado pelo menos essas cartas (coisa que não seria tão cara, mas abriria um precedente perigoso), muita gente deixaria passar os demais erros de publicação, mas uma falha dessas é inesquecível. O mesmo se aplica aos jogos da Conclave, da Devir e assemelhadas. Então basta entrar no BGG, dar nota “1” ao Nemesis, e escrever estou dando essa nota porque a minha experiência com a versão brasileira do jogo foi ruim. Pode processar à vontade, porque não tem juiz no mundo que condene alguém por fazer apenas isso.

    Outra coisa, na qual você tem razão, é que não adianta nada 100 pessoas darem nota “1”, no jogo, se vão aparecer 200 outras para dar nota “10”, porque o jogo é tão bonito, e as miniaturas tão fantásticas, que elas nem se incomodam de terem de fazer mil gambiarras, e adaptações, para poderem jogar, incluindo ter de consultar a errata ao lado do tabuleiro.

    Do mesmo modo, não adianta nada as pessoas descerem o sarrafo no Nemesis, e ao mesmo tempo irem correndo garantir sua cópia do último lançamento a Galápagos, o “It’s a Wonderful World”, ou de qualquer outra editora que tenha as mesmas práticas condenáveis.

    Se a maioria dos boardgames brasileiros optar por continuar agindo dessa maneira, então talvez, nós realmente mereçamos ser tratados como as grandes editoras nacionais de board games nos tratam.

    Um forte abraço.

    Iuri Buscácio

    1
  • Paulo_Segundo
    823 mensagens MD
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    Paulo_Segundo15/12/20 08:05
    Paulo_Segundo » 15/12/20 08:05

    iuribuscacio::
    JMax::Salve, @iuribuscacio !
    Não fico ofendido de maneira alguma, meu velho. Discutir ideias é sempre bom, quando a galera não transforma num flame war sem sentido.
    Posso dizer que agora entendo melhor suas razões.
    De fato, eu não sabia de boa parte desses casos, inclusive o da Awaken e dos coreanos. O que me chamou a atenção foi que eles realmente se organizaram nisso, talvez por isso tenham conseguido. Chamaram a atenção e a Awaken resolveu bancar a nova tiragem dividindo os custos com a publisher.
    Eu vi muitos casos de pessoas no ReclameAqui que conseguiram alguma coisa ou partiram pro Procon. Também vi outras que não conseguiram. 
    Pensei que, se pudéssemos fazer algo em massa e organizado seguindo essa linha teríamos melhores resultados. Mas teria de ser várias pessoas, apenas um ou outro é algo que diminui a eficiência do negócio.
    Meu post inicial não foi pra desmerecer ninguém, mas pra dar uma outra ideia ou plano de ação. O fato é que, qualquer que seja a estratégia, tem de haver organização e comprometimento da comunidade. Senão não funciona aqui no Brasil.
    Eu ainda acho meio complicada essa estratégia que os coreanos adotaram funcionar por aqui, porque as empresas daqui estão se lixando pra nós. Mas vai que de repente apareça uma Awaken da vida e faça alguma coisa...
    Ainda assim é bom lembrar de agir com moderação, evitando os excessos. A Awaken Realms não vai intervir nos processos que a publisher move contra os consumidores coreanos que foram abusivos, nos casos de assédio, constrangimento ou ameaça. Por mais louvável que a postura da Awaken seja, ela não tem poder sobre isso.
    No final, é um cenário triste esse do boardgame nacional, infelizmente. Ver que conseguimos trazer o hobby mais pra perto de nós, sem precisar importar, mas ao mesmo tempo já vendo o "custo brasileiro" e a "esperteza(desonestidade) brasileira" ferrando os consumidores.
    PS.: No caso da Galápagos eu acho ainda mais complicado essa estratégia funcionar. A Asmodee, que comprou ela e a própria Fantasy Flight, já é conhecida lá fora por sua mercenarice e péssimo atendimento ao consumidor. Nos foruns da Fantasy Flight há um monte de gente falando sobre a postura dela.

    Caro JMax

    Eu acho que a ideia é bem por aí, como você escreveu, ou seja, nós temos de nos organizar e tomar uma atitude conjunta, que tenha uma massa crítica mínima de pessoas envolvidas, para ter pelo menos alguma chance de funcionar. Eu não tenho todos os dados, sobre quem deu início a essa estratégia coreana (porque filho bonito tem um montão de pai, filho feio é órfão), mas imagino que alguém teve a ideia de partir para o BGG, os amigos apoiaram, aí os amigos dos amigos entraram na dança, e de repente olha lá a Awaken Realms querendo saber o que está acontecendo com o "filhote" dela.

    No entanto, li em um dos posts do BGG relacionado a essa pendenga, que foram originalmente, apenas 150 coreanos dando nota “1”, no jogo e todos explicando porque estavam fazendo isso. Não sei se esse número está correto, porque acho muito pouca gente, para influenciar no ranking de um jogo lançado no mundo todo, além do que, posts na Internet não são as fontes mais fidedignas de informações. Mas se esse número estiver realmente correto, acho que com algum esforço, nós conseguimos atingir essa marca. Se vai funcionar ou não, ou seja, se a Awaken Realms vai se comprometer a negociar com a Galápagos a reposição dos componentes defeituosos do Nemesis, ou se vai diexar por isso mesmo, aí já é outra história, e mesmo que isso não funcione, no mínimo, nós teremos feito alguma coisa a respeito.  

    Quanto a agir sem excesso você está corretíssimo. Não é necessário xingar ninguém, basta apenas dizer a verdade, ou seja, a Galápagos publicou o “Masmorra do Mago Louco”, e cobrou R$ 600,00, por um jogo quem vem escrito “Guereira”. São apenas 13 cartas com esse erro gritante, e se a empresa tivesse, trocado pelo menos essas cartas (coisa que não seria tão cara, mas abriria um precedente perigoso), muita gente deixaria passar os demais erros de publicação, mas uma falha dessas é inesquecível. O mesmo se aplica aos jogos da Conclave, da Devir e assemelhadas. Então basta entrar no BGG, dar nota “1” ao Nemesis, e escrever estou dando essa nota porque a minha experiência com a versão brasileira do jogo foi ruim. Pode processar à vontade, porque não tem juiz no mundo que condene alguém por fazer apenas isso.

    Outra coisa, na qual você tem razão, é que não adianta nada 100 pessoas darem nota “1”, no jogo, se vão aparecer 200 outras para dar nota “10”, porque o jogo é tão bonito, e as miniaturas tão fantásticas, que elas nem se incomodam de terem de fazer mil gambiarras, e adaptações, para poderem jogar, incluindo ter de consultar a errata ao lado do tabuleiro.

    Do mesmo modo, não adianta nada as pessoas descerem o sarrafo no Nemesis, e ao mesmo tempo irem correndo garantir sua cópia do último lançamento a Galápagos, o “It’s a Wonderful World”, ou de qualquer outra editora que tenha as mesmas práticas condenáveis.

    Se a maioria dos boardgames brasileiros optar por continuar agindo dessa maneira, então talvez, nós realmente mereçamos ser tratados como as grandes editoras nacionais de board games nos tratam.

    Um forte abraço.

    Iuri Buscácio

    Quem tiver dificuldades com o inglês, pode usar meu comentário de nota 1 no bgg,  sem problemas. De preferência mude algo, pra nao acharem q é ação de robôs, mas pode usar lá de boas. 

    0
  • smsnick
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    smsnick02/01/21 13:58
    smsnick » 02/01/21 13:58

    PedroMVM::Vamos fazer um paralelo entre as atitudes de algumas editoras:
    - Port Royal, da Papergames: Havia um erro no manual na primeira tiragem e essas tinham um adesivo (no plástico que reveste, lógico) com um texto avisando de que havia um erro e um link para baixar o manual. Não vi as novas tiragens, mas creio que estão com o manual correto, visto que até a caixa teve uma alteração estética.
    - Medici, da Papergames: Antes do jogo chegar às lojas, foi visto que havia um erro nas 6 cartas de ajuda (que não são essenciais ao jogo). A própria editora reteve o lançamento e só lançou quando pôde ser enviado com um pacote com as cartas corrigidas.
    - Reykholt, da Galápagos: Há um erro grosseiro de tradução no tabuleiro (copy/paste errado com toda a certeza). Após vários lugares apontando o erro, a editora continua cagando e andando para o problema. Há quem diga que eles enviam um adesivo para correção, mas leva meses pra chegar. Se já estão cientes do problema, qual a dificuldade de enviar aos lojistas esse adesivo para eles entregarem quando venderem o jogo? Centralizar a correção? Economizar numa porcaria de adesivo enviando somente a quem pedir diretamente a ela?
    - Masmorra do Mago Louco, da Galápagos: Vários erros relatados, erros de tradução e revisão aqui e ali, mas nada tão grotesco quanto "guereira". A editora continua cagando e andando, não está nem aí para as queixas.
    - Ilha do Tesouro, da Conclave: Vários erros de tradução aqui e ali, com a maior pérola da história do board game nacional: "esperma de baleia". Vários tópicos criados sobre o assunto, mas a editora não se manifestou em nenhum momento.

    Vemos nesses casos uma editora que se preocupa em resolver os problemas, mesmo sendo uma editora pequena e com jogos de menor valor. Não sei se agiriam da mesma forma se fosse em jogo de 500 reais ou mais. Do outro lado, editoras lançando jogos hypados e caros, com diversos erros e sem resolver os problemas dos jogos existentes no mercado.

    A solução mais prática: não comprar esses jogos, deixa a editora com o estoque encalhado até se tocar que o povo quer jogo com qualidade que o preço exige. Eu queria a Masmorra do Mago Louco, mas essa leva com certeza não pego. Um dia, se houver uma versão devidamente corrigida, quem sabe. O que é evidente que não acontecerá.

    Exatamente minha opinião.. queria muito o Masmorra do Mago Louco, mas não peguei pelas diversas aberrações. Se fosse só o "guereira" tava bom, o problema são as traduçoes erradas das habilidades, mesmo após o faq original. O dia q sair nova edição corrigida, eu pego.

    1
  • storum
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    storum02/01/21 15:27
    storum » 02/01/21 15:27

    Depois da cagada que fizeram em maracaibo, se prepara porque tainted grail poderá vir nos mesmo moldes...e a Mepple Br está pouco se lixando ! O negócio nesses casos é evitar jogos por parte dela infelizmente...

    1
  • iuribuscacio
    3355 mensagens MD
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    iuribuscacio05/01/21 22:27
    iuribuscacio » 05/01/21 22:27

    storum::Depois da cagada que fizeram em maracaibo, se prepara porque tainted grail poderá vir nos mesmo moldes...e a Mepple Br está pouco se lixando ! O negócio nesses casos é evitar jogos por parte dela infelizmente...

    Caro Storum

    Infelizmente a situação é um pouco mais complexa do que apenas deixar de comprar jogos das principais editoras. Isso porque a maioria dos lançamentos de boardgames, de grande porte, é proveniente de alguma das “Quatro Grandes” do board game nacional: Galápagos, Conclave, Devir e Mepple BR.

    Por exemplo, eu estou aguardando com ansiedade o Massive Darkness 2 Hellscape, bem como o Tainted Grail que você citou, e quero muito esses jogos. Mas, com sinceridade, estou totalmente disposto a abrir mão de comprá-los, se esse for o preço a pagar, para que erros grosseiros como os do “Maracaibo”, os do “Western Legends”, os do “Masmorra do Mago Louco”, e os do “Nemesis”, para ficar apenas em alguns, jamais voltassem a ocorrer, e se eles eventualmente ocorressem que a editora tivesse a dignidade, e o profissionalismo, de fazer a reposição dos componentes.

    No entanto, não tenho nenhuma dúvida de que isso é pedir muito da comunidade boardgamer. Não precisa nem ir muito longe. A Galápagos passou os últimos dois meses de 2020 sendo amplamente criticada pelos sérios problemas do Nemesis. No entanto bastou anunciar o lançamento do “It’s a Wonderful World”, que segundo alguns exagerados seria o matador do “7 Wonders”, e toda a comunidade ficou no maior frisson por causa do jogo. Nem parece que esse novo lançamento é da mesma editora que errou tão grosseiramente, no caso do Nemesis.

    Então, apesar de ser uma pena, acho inviável um boicote total aos jogos das “Quatro Grandes”, por mais eficiente que isso fosse. Por outro lado, o que eu acho que seria possível de se alcançar, e é a postura que pretendo defender doravante, é alertar a comunidade boardgamer no sentido de que, pelo menos, não comprem mais os jogos das “Quatro Grandes” em pré-venda, nem apoiem mais os seus projetos de financiamento coletivo, que nada mais são do que uma pré-venda disfarçada, até que essas empresas modifiquem suas práticas comerciais.

    Desse modo, quando um jogo qualquer fosse lançado, as pessoas teriam a cautela de aguardar o produto chegar às lojas, os “boardgametubers” fazerem os vídeos dos unboxings, e aquela meia dúzia de incautos, que ainda acreditassem no canto de sereia das “Quatro Grandes”, fizessem o papel de “boi de piranha” comprando o jogo e vendo se ele está OK, antes do grande público adquirir o produto. E o mais interessante é que isso nem precisaria ser feito durante muito tempo, porque no segundo financiamento coletivo falhado, ou no segundo jogo que tivesse uma recepção morna por parte da comunidade boardgamer, certamente as “Quatro Grandes” já iriam ligar o sinal de alerta e passar a tomar mais cuidado com os seus lançamentos.

    Assim sendo, acho ótima, apesar de inviável, a sua idéia de evitar os jogos das editoras “com culpa no cartório”. Porém, do jeito que o mercado nacional de boardgames está estruturado, normalmente as “Quatro Grandes” não se preocupam muito com essas ameaças de boicote. Isso porque, salvo em raríssimos casos, os board games, mesmo com problemas, acabam vendendo, porque vigora aqui no país o princípio de “board game que não é comprado por Chico, é comprado por Francisco”.   

    Por fim, o nosso mercado nacional de board games, e principalmente os compradores de board games, ainda têm muito que amadurecer, até chegarmos a uma situação em que se possa comprar um jogo de tabuleiro nacional, tendo a certeza de uma baixa probabilidade do produto vir com sérios problemas de produção e que, mesmo que isso viesse a acontecer que se tivesse a certeza, de que a empresa responsável tomaria todas as providências, no sentido de substituir as peças defeituosas.

    Um abraço.

    Iuri Buscácio

    1
  • Paulo_Segundo
    823 mensagens MD
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    Paulo_Segundo06/01/21 09:05
    Paulo_Segundo » 06/01/21 09:05

    iuribuscacio::
    storum::Depois da cagada que fizeram em maracaibo, se prepara porque tainted grail poderá vir nos mesmo moldes...e a Mepple Br está pouco se lixando ! O negócio nesses casos é evitar jogos por parte dela infelizmente...

    Caro Storum

    Infelizmente a situação é um pouco mais complexa do que apenas deixar de comprar jogos das principais editoras. Isso porque a maioria dos lançamentos de boardgames, de grande porte, é proveniente de alguma das “Quatro Grandes” do board game nacional: Galápagos, Conclave, Devir e Mepple BR.

    Por exemplo, eu estou aguardando com ansiedade o Massive Darkness 2 Hellscape, bem como o Tainted Grail que você citou, e quero muito esses jogos. Mas, com sinceridade, estou totalmente disposto a abrir mão de comprá-los, se esse for o preço a pagar, para que erros grosseiros como os do “Maracaibo”, os do “Western Legends”, os do “Masmorra do Mago Louco”, e os do “Nemesis”, para ficar apenas em alguns, jamais voltassem a ocorrer, e se eles eventualmente ocorressem que a editora tivesse a dignidade, e o profissionalismo, de fazer a reposição dos componentes.

    No entanto, não tenho nenhuma dúvida de que isso é pedir muito da comunidade boardgamer. Não precisa nem ir muito longe. A Galápagos passou os últimos dois meses de 2020 sendo amplamente criticada pelos sérios problemas do Nemesis. No entanto bastou anunciar o lançamento do “It’s a Wonderful World”, que segundo alguns exagerados seria o matador do “7 Wonders”, e toda a comunidade ficou no maior frisson por causa do jogo. Nem parece que esse novo lançamento é da mesma editora que errou tão grosseiramente, no caso do Nemesis.

    Então, apesar de ser uma pena, acho inviável um boicote total aos jogos das “Quatro Grandes”, por mais eficiente que isso fosse. Por outro lado, o que eu acho que seria possível de se alcançar, e é a postura que pretendo defender doravante, é alertar a comunidade boardgamer no sentido de que, pelo menos, não comprem mais os jogos das “Quatro Grandes” em pré-venda, nem apoiem mais os seus projetos de financiamento coletivo, que nada mais são do que uma pré-venda disfarçada, até que essas empresas modifiquem suas práticas comerciais.

    Desse modo, quando um jogo qualquer fosse lançado, as pessoas teriam a cautela de aguardar o produto chegar às lojas, os “boardgametubers” fazerem os vídeos dos unboxings, e aquela meia dúzia de incautos, que ainda acreditassem no canto de sereia das “Quatro Grandes”, fizessem o papel de “boi de piranha” comprando o jogo e vendo se ele está OK, antes do grande público adquirir o produto. E o mais interessante é que isso nem precisaria ser feito durante muito tempo, porque no segundo financiamento coletivo falhado, ou no segundo jogo que tivesse uma recepção morna por parte da comunidade boardgamer, certamente as “Quatro Grandes” já iriam ligar o sinal de alerta e passarem a tomar mais cuidado com os seus lançamentos.

    Assim sendo, acho ótima, apesar de inviável, a sua idéia de evitar os jogos das editoras “com culpa no cartório”. Porém, do jeito que o mercado nacional de boardgames está estruturado, normalmente as “Quatro Grandes” não se preocupam muito com essas ameaças de boicote. Isso porque, salvo em raríssimos casos, os board games, mesmo com problemas, acabam vendendo, porque vigora aqui no país o princípio de “board game que não é comprado por Chico, é comprado por Francisco”.   

    Por fim, o nosso mercado nacional de board games, e principalmente os compradores de board games, ainda têm muito que amadurecer, até chegarmos a uma situação em que se possa comprar um jogo de tabuleiro nacional, tendo a certeza de uma baixa probabilidade do produto vir com sérios problemas de produção e que, mesmo que isso viesse a acontecer que se tivesse a certeza, de que a empresa responsável tomaria todas as providências, no sentido de substituir as peças defeituosas.

    Um abraço.

    Iuri Buscácio

    Assino embaixo! 
    Falando na Conclave, ela simplesmente ignorou os erros no western legends até hoje... Fingiu q nao existem

    1
  • storum
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    storum06/01/21 10:11
    storum » 06/01/21 10:11

    iuribuscacio::
    storum::Depois da cagada que fizeram em maracaibo, se prepara porque tainted grail poderá vir nos mesmo moldes...e a Mepple Br está pouco se lixando ! O negócio nesses casos é evitar jogos por parte dela infelizmente...

    Caro Storum

    Infelizmente a situação é um pouco mais complexa do que apenas deixar de comprar jogos das principais editoras. Isso porque a maioria dos lançamentos de boardgames, de grande porte, é proveniente de alguma das “Quatro Grandes” do board game nacional: Galápagos, Conclave, Devir e Mepple BR.

    Por exemplo, eu estou aguardando com ansiedade o Massive Darkness 2 Hellscape, bem como o Tainted Grail que você citou, e quero muito esses jogos. Mas, com sinceridade, estou totalmente disposto a abrir mão de comprá-los, se esse for o preço a pagar, para que erros grosseiros como os do “Maracaibo”, os do “Western Legends”, os do “Masmorra do Mago Louco”, e os do “Nemesis”, para ficar apenas em alguns, jamais voltassem a ocorrer, e se eles eventualmente ocorressem que a editora tivesse a dignidade, e o profissionalismo, de fazer a reposição dos componentes.

    No entanto, não tenho nenhuma dúvida de que isso é pedir muito da comunidade boardgamer. Não precisa nem ir muito longe. A Galápagos passou os últimos dois meses de 2020 sendo amplamente criticada pelos sérios problemas do Nemesis. No entanto bastou anunciar o lançamento do “It’s a Wonderful World”, que segundo alguns exagerados seria o matador do “7 Wonders”, e toda a comunidade ficou no maior frisson por causa do jogo. Nem parece que esse novo lançamento é da mesma editora que errou tão grosseiramente, no caso do Nemesis.

    Então, apesar de ser uma pena, acho inviável um boicote total aos jogos das “Quatro Grandes”, por mais eficiente que isso fosse. Por outro lado, o que eu acho que seria possível de se alcançar, e é a postura que pretendo defender doravante, é alertar a comunidade boardgamer no sentido de que, pelo menos, não comprem mais os jogos das “Quatro Grandes” em pré-venda, nem apoiem mais os seus projetos de financiamento coletivo, que nada mais são do que uma pré-venda disfarçada, até que essas empresas modifiquem suas práticas comerciais.

    Desse modo, quando um jogo qualquer fosse lançado, as pessoas teriam a cautela de aguardar o produto chegar às lojas, os “boardgametubers” fazerem os vídeos dos unboxings, e aquela meia dúzia de incautos, que ainda acreditassem no canto de sereia das “Quatro Grandes”, fizessem o papel de “boi de piranha” comprando o jogo e vendo se ele está OK, antes do grande público adquirir o produto. E o mais interessante é que isso nem precisaria ser feito durante muito tempo, porque no segundo financiamento coletivo falhado, ou no segundo jogo que tivesse uma recepção morna por parte da comunidade boardgamer, certamente as “Quatro Grandes” já iriam ligar o sinal de alerta e passarem a tomar mais cuidado com os seus lançamentos.

    Assim sendo, acho ótima, apesar de inviável, a sua idéia de evitar os jogos das editoras “com culpa no cartório”. Porém, do jeito que o mercado nacional de boardgames está estruturado, normalmente as “Quatro Grandes” não se preocupam muito com essas ameaças de boicote. Isso porque, salvo em raríssimos casos, os board games, mesmo com problemas, acabam vendendo, porque vigora aqui no país o princípio de “board game que não é comprado por Chico, é comprado por Francisco”.   

    Por fim, o nosso mercado nacional de board games, e principalmente os compradores de board games, ainda têm muito que amadurecer, até chegarmos a uma situação em que se possa comprar um jogo de tabuleiro nacional, tendo a certeza de uma baixa probabilidade do produto vir com sérios problemas de produção e que, mesmo que isso viesse a acontecer que se tivesse a certeza, de que a empresa responsável tomaria todas as providências, no sentido de substituir as peças defeituosas.

    Um abraço.

    Iuri Buscácio

    Iuri se vc continuar comprando vc vai ser como até mesmo disse, mais um Francisco na lista deles. A questão não é abrir mão pra comprar, é simplesmente não comprar. Se cada um fizer a sua parte como forma de protesto seja exigindo a reposição disso ou daquilo eles com certeza começam a pensar mais no consumidor do que no próprio bolso. Eu não tenho dificuldade nenhuma em importar jogos, comprei o massive darkness 2, estou participando de mais 4 ks la fora e recebi mês passado o zombicide night living dead. Devolvi meu maracaibo e já peguei uma versão importada. Não sou do tipo de consumidor que compra board game novo pra receber boardgame defeituoso. Todos deveriam buscar seus direitos e devolver os jogos com defeito, isso sim ajudaria o comércio brasileiro a se remanejar da melhor maneira possível. Vi pessoas dizendo: nao reclame ou devolva seu jogo, se fizer isso a editora " quebra "; não concordo com isso. Nao que esteja colocando a culpa na editora, mas se cometeram algum erro na produção alguém tem que se responsabilizar, inclusive a gráfica na pós produçao. É direito do cidadão receber seu produto da maneira certa. No caso da Mosaico que traz o jogo lá de fora com toda a garantia da qualidade, já é outra história, isso eu aprovo e até indico pois o preço sairia mais vantajoso pra nós. Agora produzir aqui sem o mínimo de qualidade, empurrar no consumidor, prefiro pagar então mais caro e importar pois não quero ficar com jogos de péssima qualidade para meu acervo pessoal. Erros tem que serem corrigidos para o bem de todos!

    1
  • iuribuscacio
    3355 mensagens MD
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    iuribuscacio06/01/21 18:02
    iuribuscacio » 06/01/21 18:02

    storum::
    Iuri se vc continuar comprando vc vai ser como até mesmo disse, mais um Francisco na lista deles. A questão não é abrir mão pra comprar, é simplesmente não comprar. Se cada um fizer a sua parte como forma de protesto seja exigindo a reposição disso ou daquilo eles com certeza começam a pensar mais no consumidor do que no próprio bolso. Eu não tenho dificuldade nenhuma em importar jogos, comprei o massive darkness 2, estou participando de mais 4 ks la fora e recebi mês passado o zombicide night living dead. Devolvi meu maracaibo e já peguei uma versão importada. Não sou do tipo de consumidor que compra board game novo pra receber boardgame defeituoso. Todos deveriam buscar seus direitos e devolver os jogos com defeito, isso sim ajudaria o comércio brasileiro a se remanejar da melhor maneira possível. Vi pessoas dizendo: nao reclame ou devolva seu jogo, se fizer isso a editora " quebra "; não concordo com isso. Nao que esteja colocando a culpa na editora, mas se cometeram algum erro na produção alguém tem que se responsabilizar, inclusive a gráfica na pós produçao. É direito do cidadão receber seu produto da maneira certa. No caso da Mosaico que traz o jogo lá de fora com toda a garantia da qualidade, já é outra história, isso eu aprovo e até indico pois o preço sairia mais vantajoso pra nós. Agora produzir aqui sem o mínimo de qualidade, empurrar no consumidor, prefiro pagar então mais caro e importar pois não quero ficar com jogos de péssima qualidade para meu acervo pessoal. Erros tem que serem corrigidos para o bem de todos!

    Caro storum

    Eu acho que você está certo, e em algum outro país mais sério, a sua estratégia tinha tudo para funcionar. O problema é que, aqui no Brasil, é totalmente inviável, acreditar que as pessoas deixarão de comprar board games, apesar dos erros grosseiros de alguns lançamentos. Como disse em outro comentário, a Galápagos estava recebendo pedrada de todo lado, por conta do Nemesis, mas bastou anunciar o “Corrida Maluca”, que todo mundo correu para comprar. O primeiro lote do jogo se esgotou nas lojas já na pré-venda. Só a partir do segundo lote é que as lojas puderam colocar na vitrine para vender. Por isso eu acho pouco provável que uma campanha de boicote às editoras, conseguisse atingir uma massa crítica suficiente para causar algum impacto, porque as pessoas simplesmente não adeririam ao boicote.    

    No já famoso caso da polêmica do Tainted Grail na Coréia do Sul, os consumidores que ficaram revoltados com os erros absurdos do jogo, não resolveram promover um boicote aos demais produtos da editora local, a Summon Games, até que ela consertasse os erros do jogo. Eles sabiam que isso não daria certo, simplesmente porque as pessoas não deixariam de comprar os jogos da empresa. Ao invés disso, eles foram até o BGG e deram nota 1 ao Tainted Grail, justificando que a nota se devia à péssima experiência com a versão coreana do jogo. Isso sim deu resultado, porque a própria Awaken Realms, editora possuidora da licença, entrou no circuito para tentar resolver a situação, e se comprometeu a viabilizar a troca dos componentes com defeito. Agora, se a gente nem consegue convencer as pessoas a fazer a mesma coisa em relação ao Nemesis, que também pertence à Awaken Realms, o que seria muito mais fácil e prático do que um boicote, imagina se conseguiríamos convencer o povo a parar de comprar os jogos da Galápagos, até ela “tomar jeito”, como se dizia antigamente.     

    Esse é o motivo da abordagem que eu defendo, ou seja, já que a pessoa não vai deixar de comprar o jogo, pelo menos que ela seja mais consciente e espere para saber se ele veio com algum problema sério, antes de comprar. Se for esse o caso aí realmente ele deve não só deixar de comprar, como ainda por cima alertar os amigos. Por outro lado, se o jogo estiver OK, e ela realmente for comprar de qualquer jeito, então que ela vá em frente, e boas jogatinas. De certa forma, isso já está acontecendo, porque diferentemente do Gloomheaven, que esgotou em horas, o Nemesis, que chegou a ser vendido no lançamento a R$ 1.000,00, ainda está encalhado nas lojas e já se encontra por R$ 850,00, aqui no Ludopedia.

    Quanto à questão da importação, o problema é a questão do idioma, que provavelmente não é um obstáculo para você e seu grupo. Para mim também não é, mas para algumas pessoas do meu círculo de amigos isso seria um impeditivo. Assim sendo, a importação de um jogo acabaria por segregar algumas pessoas com quem eu gosto de jogar, e eu não quero isso de jeito nenhum. Essa é uma realidade para muitas outras pessoas, que também curtem board game, mas que precisam de uma versão nacional para jogar.

    Além disso, a opção pela importação acaba por elitizar ainda mais um hobby que já é sobremaneira elitizado. Isso sem falar na questão do preço, porque é muito mais caro importar um jogo, do que comprar a sua versão nacional. É claro que isso não pode servir de desculpa para as empresas colocarem os preços dos jogos nas alturas (compra o Nemesis a R$ 1.000,00, aqui comigo, porque importado vai custar quase o dobro). Mas não dá para ignorar que os preços de board games nacionais mesmo sendo absurdos, ainda assim, são mais baratos do que suas versões importadas.

    Eu também não quero quebrar a Galápagos, nem qualquer outra editora, e nem acredito que alguma editora série venha a fechar porque algum jogo seja um fracasso e encalhe. Então nisso eu também concordo com você. Aliás, em relação às “Quatro Grandes” (Galápagos, Conclave, Devir e Meeple Br), como eu gosto de chamar as principais editoras nacionais, eu quero mais é que elas vendam bastante jogos, que ganhem muito dinheiro e o quanto antes sigam o exemplo chinês, de vender grandes quantidades de produtos a preços baixíssimos, acessíveis a todos. É dessa forma que o mercado nacional de board games vai crescer, e cada vez teremos mais jogos e mais expansões, sendo lançadas aqui.

    No entanto, para que isso ocorra é fundamental não apenas jogos baratos, mas também que eles tenham um padrão mínimo de qualidade. Por isso, é fundamental que o mercado consumidor mande um recado claro às editoras, no sentido de que não serão mais tolerados jogos com defeito. Isso me parece mais fácil de conseguir com as pessoas comprando os jogos sem defeito, e deixando encalhar aqueles com erros grosseiros. Quando as editoras começarem a ver que os jogos corretos e baratos vendem, e que os jogos caros e cagados encalham, me parece que elas não demorarão muito a aprender o valor de produzir jogos com qualidade, e acessíveis. O grande problema é que a mensagem que o mercado consumidor manda, atualmente, para as editoras é justamente o oposto, ou seja, podem fazer a cagada que vocês quiserem e lançar o jogo do jeito que for e no preço que for, porque nós compraremos tudo que aparecer pela frente, mesmo que sequer se consiga jogar o jogo comprado tão caro.     

    Um abraço.

    Iuri Buscácio              

    P.S. Quem permite que os outros lhe tratem feito lixo, e continua a permitir ser tratado assim, será sempre tratado como lixo, então se essa é a forma como as editoras tratam os consumidores de board game, isso só ocorre porque uma grande quantidade deles permite que isso ocorra.

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