Autora: @
B. Côrtes
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Seja bem-vinda ao nosso espaço de curadoria da JogaMana!
Aqui, traremos mensalmente uma lista de jogos que indicamos dentro de um determinado tema. Sinta-se mais que à vontade para trazer também suas indicações. Vamos adorar saber!
O tema deste mês é um daqueles jogos que nos imaginamos jogando em diferentes fases da vida, aqueles que queremos levar conosco para as jogatinas das próximas décadas. Seja qual for o estilo, o tema ou a mecânica, esses jogos deixam um gostinho especial de verdadeira História, marcam nossas vidas por alguma razão peculiar e acreditamos que continuarão sendo uma ótima companhia através do tempo. E aí, já te veio algum jogo à memória? Vem conferir os nossos jogos de longa-jornada e compartilhar quais são os seus com a gente! Prepare-se porque essa curadoria tem até segredo revelado de um dos jogos escolhidos.
Amanda
Russian Railroads

de 2 a 4 jogadores; a partir de 13 anos; com duração aproximada de 120 minutos.
Designers: Helmut Ohley e Leonhard Orgler – ambos alemães.
Russian Railroads é um euro difícil de encontrar por aí, acredito que não esteja sendo impresso em lugar algum e infelizmente, nunca chegou a ser publicado no Brasil. Consegui o jogo usado, comprando de uma pessoa numa feira internacional de jogos. É provável que eu nunca abra mão do meu e ele deve seguir vendo mesa por muitos anos. Recomendo, inclusive, que compre, caso tenha a oportunidade! Em Russian Railroads, as jogadoras devem construir ferrovias, utilizando trilhos e desenvolvendo sua indústria, entrando numa corrida entre si para realizar as melhores jogadas primeiro, assim como, conseguir mais trabalhadores, desenvolver mais técnicas, mais habilidades especiais, tanto pela construção de ferrovias, como por desenvolvimento tecnológico e contratação de engenheiras e engenheiros, tudo isso para conseguir uma quantidade maior de pontos de vitória.
Bacolou
Arboretum

1 a 4 jogadoras
Duração aproximada: 90min
Idade ideal: primeira partida aos 14 anos, e novas partidas enquanto crescer um jacarandá
Esse lindíssimo bosque encantado em forma de baralho é um jogo que já
venho cultivando há um bom tempo. Como se não bastasse ser o jogo que fez florescer em mim uma verdadeira paixão pelos temas botânicos, Arboretum é um campo extremamente fértil para jogadoras que gostam de exercitar e desenvolver o senso matemático, a estratégia e até um pouquinho da leitura social, com elegância e componentes perfeitos para carregar até a praça mais próxima, com(o) um saquinho de sementes.
O título já existe em duas edições, com mudanças na arte e substituição de duas das dez espécies de árvores em jogo. Ambas capazes de atravessar o tempo e fascinar diferentes gerações e fases da vida. E, fazendo todo jus à temática, certamente trazem ótimas lembranças e mais flores e frutos a cada Primavera.
Recomendo cultivar amizades junto ao hábito de jogar esse jogo lindo sob a sua árvore favorita

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Nanda
Black Angel

1 a 4 jogadoras
Duração: aprox. 2h
Idade: A partir de 12 anos
Para continuar jogando por décadas escolhi um que: amo explicar, não me canso de jogar, é tão elegante que chega a me arrepiar, tem dados, dá para jogar no modo solo, a temática é envolvente, é um tanto de Troyes (mesmos designers, inclusive) só que no espaço, a rejogabilidade é infinita, tem tabuleiro modular. E como se ainda não fosse o bastante…é só o começo de uma possível série! Sim, sim, sim – pasme (caso seja novidade para você)! Descobri uns meses atrás, vendo uma entrevista com um dos designers (Sebastien Dujardin), que existe a possibilidade de que o jogo seja uma introdução a algo ainda mais complexo e maior, de virar um Legacy no futuro!!! Por isso a história do jogo é tão envolvente e detalhada: estamos vendo só o comecinho dessa viagem. Ou seja, em 30 anos com certeza teremos novidades sobre isso e não tenho dúvidas de que me dará ainda mais vontade de colocar o jogo na mesa.
Para quem não conhece, Black Angel trata-se de uma viagem espacial em busca de um novo planeta para habitarmos: Spes. Cada jogadora representa uma IA (Inteligência Artificial) que irá cuidar para que a missão seja bem sucedida. É um euro médio para pesado, sendo daqueles em que se faz necessário jogar mais de uma vez para sacar cada detalhe pensado pelos designers e poder bolar uma estratégia mais específica e estruturada. E um outro ponto que me chamou a atenção é uma quebra na lógica de rodada que os euros normalmente têm – a de ter uma sequência A, B, C que acontecem em ordem com todos juntos indo de uma para a outra. Aqui, em Black Angel, isto é simplesmente quebrado de uma tal forma que faz com que o timing pra trocar de fase seja essencial (e talvez o segredo para vencer).
Para nossa sorte o jogo veio para o Brasil e você com certeza terá mais chances de encontrá-lo em mesas por aí!
Paula
Projeto Gaia
Trinta anos provavelmente é o tempo que eu vou levar para decorar o nome de todas as facções de Projeto Gaia. Mas não é só por isso que eu o escolhi para esta lista – embora certamente seja um fator a se levar em consideração. Para mim, este jogo é praticamente inesgotável. Rico em estratégia e rejogabilidade, vai bem em dois e vai bem em turma (até 4 jogadoras).
O irmão mais velho do Terra Mystica já foi meu escolhido em
outro tema das nossas listas e isso só comprova o quanto o jogo é querido por esta que vos fala. Digressões à parte, em Gaia somos líderes de facções de diferentes planetas, buscando novos terrenos para dominar com nossas habilidades bem desbalanceadas entre si. Ganha, claro, quem estabelecer o maior domínio com o uso e o desenvolvimento da economia, de tecnologias avançadas, controle de área e evolução de estruturas. Enfim, um prato cheio para qualquer tarde repleta de estratégias ousadas na busca pelos tão desejados pontos de vitória. Desculpem, mas vocês ainda vão ter que escutar (ou ler) eu falar de Gaia por um bom tempo. Apenas não me peçam para nomear todas as facções!
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E aí, se identificou? Conta pra a gente nos comentários qual é o jogo que você pretende continuar levando à mesa daqui a 30 anos