Gostei do vídeo, discordei do quebrado!
O jogo não é quebrado, dizer que viticulture é quebrado porque se eu quiser só plantar uvas brancas e só fizer vinho branco, e não conseguir contratos de vinhos brancos, eu perco, não tem nada a ver com quebrado. É como dizer que o Bärenpark é quebrado porque se eu quiser fazer um parque só de coalas (que não é um urso, aliás, como dito no manual) eu vou perder. O jogo é uma corridinha, e você tem que ir correndo com o que tem, se começar a chover tem que usar a chuva a seu favor, se estiver quente, usar rodas para calor. E vence quem se adapta melhor às condições e bom o suficiente pra isso.
As cartas são desequilibradas? Talvez, posso ser azarada o suficiente pra só pegar carta ruim, mas isso é da aleatoriedade. Se não quer tanta aleatoriedade tem que jogar outro jogo, como o Agricola (que eu amo de paixão!), que tem menos aleatoriedade.
Aliás, o trabalhador grande já é um acoxambramento, a mecânica da alocação é essa, se não consegue alocar porque outro usou antes, dançou, faz outra coisa, tinha que ter pensado que seus adversários podiam escolher antes e não se deixar sem opção. Gosto de jogos punitivos, porque forçam a gente a planejar, o trabalhador grande é legal porque facilita, e o jogo fica mais leve.
Concordo que não há jogo quebrado, a princípio. Podemos não gostar do tema do jogo, da assimetria, do balanceamento (que pode ser desbalanceado por projeto ou por erro, mas você não tem como saber, e mesmo por erro pode dar certo no final, quem disse que jogos desbalanceados não podem ser divertidos, porque são um maior desafio?), da punitividade, da facilidade do jogo, da dificuldade do jogo, mas isso é do jogo, não gostamos de todos os jogos!
Jogo tão bom, o Viticulture, sucesso com a família e amigos. Joguinho leve, divertido, corridinha bonitinha na mesa que fica ótima numa noite mais fria pra jogar com um vinho!