Muito instrutivo. Conhecia algumas histórias sobre o design desse jogo, da participação do Uwe, das revisões, mas você foi bem mais a fundo na pesquisa. Já vi o seu vídeo do Mage Knight e do Spirit Island (e curti bastante o material).
Continue com esse trabalho bacana. O vídeo não tem edição, não tem musiquinha, não tem firula, mas tem o que verdadeiramente importa: conteúdo.
Como marqueteiro, acho o Jamey Stegmaier um gênio. Como designer, acho que ele ainda tem que amadurecer em alguns aspectos, esse lance dos jogos "quebrados" e tal.
Nunca joguei Viticulture, não posso falar do jogo em si, mas falando sobre tema, eu sou um cara muito esquisito. Pontos de Vitória > Tema. Eu gostaria de tentar ganhar o jogo sem fazer vinho. Sou desses, me julguem, jovens.
+1. E vou mais longe: não existe jogo quebrado, existe jogador que não entendeu a proposta ou não enxergou os caminhos para se explorar as assimetrias.
LuisPerdomo::Muito instrutivo. Conhecia algumas histórias sobre o design desse jogo, da participação do Uwe, das revisões, mas você foi bem mais a fundo na pesquisa. Já vi o seu vídeo do Mage Knight e do Spirit Island (e curti bastante o material).
Continue com esse trabalho bacana. O vídeo não tem edição, não tem musiquinha, não tem firula, mas tem o que verdadeiramente importa: conteúdo.
Como marqueteiro, acho o Jamey Stegmaier um gênio. Como designer, acho que ele ainda tem que amadurecer em alguns aspectos, esse lance dos jogos "quebrados" e tal.
Nunca joguei Viticulture, não posso falar do jogo em si, mas falando sobre tema, eu sou um cara muito esquisito. Pontos de Vitória > Tema. Eu gostaria de tentar ganhar o jogo sem fazer vinho. Sou desses, me julguem, jovens.
Caramba perdomo, muito obrigado mesmo, estou inscrito no seu canal e também aguardo mais reviews. Forte abraço!
+1. E vou mais longe: não existe jogo quebrado, existe jogador que não entendeu a proposta ou não enxergou os caminhos para se explorar as assimetrias.
Entao guilherme, por isso senti a necessidade de fazer o video, meu ponto principal é que infelizmente o próprio manual induz uma interpretação errada sobre o tema, então acho que vale uma meia culpa para aqueles que não entenderam do que se trara uma Viticultura, o segundo fator foram as inúmeras alteraçoes efetuadas pelo próprio Stegmayer em busca de equilibrio, principalmente nas cartas de visitantes, o que é um sintoma claro das dificuldades enfrentadas na sua concepção.
Eu acho que existe sempre muito estudo por tras de um jogo, mas as vezes, a avaliaçao pode sofrer inúmeras interpretaçoes baseadas em fatores subjetivos, passarinho adora jiló, meu pai adora jiló frito, eu não posso nem sentir o cheiro (hahaha.)
Eu gosto de Viticulture (melhorzinho do estilo Stegmariano). Está na coleção até hoje e sempre apresento para pessoas diferentes.
Mas, meu prazer com o jogo diminuiu consideravelmente quando percebi que ele é uma corridinha disfarçada. Não importa uva, visitante, tema. É uma corridinha pra fazer o máximo de pontos e pronto. Quem maximiza essa visão de corrida ganha.
Escrevi no Imersão BG sobre as pessoas confundirem o conceito de Vinicultura com Viticultura e isso já era tema de conversa em 2017.
Continuo com o jogo na coleção, jogo, brinco. Jogar ele com iniciantes tomando um belo Chianti ou um incomparável Barolo é divertido e sempre gera boas conversas. As pessoas perguntam sobre o vinho, cultivo das uvas, fabricação, garrafa.
Mas, não apaga para mim os defeitos do jogo. Que também vi em Euphoria e Scythe.
No fim, pessoal briga tanto por bg e não percebem que assim como o vinho cada um tem o seu paladar. Eu já servi vinho de mais de 200 reais e as pessoas reclamaram e já servi vinhos de 50 reais que sobrou elogios.
correiomar::
Caramba perdomo, muito obrigado mesmo, estou inscrito no seu canal e também aguardo mais reviews. Forte abraço!
Que honra, jovem correio. Fico lisonjeado quando outros criadores de conteúdo conferem o meu trabalho também.
Vou entrar em um hiato agora nesse final de ano. Tenho que reorganizar minha vida pessoal. Isso aqui tudo dá muito trabalho. Você sabe como é. Não é só ligar a câmera e começar a falar. Olha quanta pesquisa você fez. Mais uma vez, excelente trabalho, jovem.
Guilherme.felga::
Amaral::Nem vi o vídeo e já digo: não é quebrado.
+1. E vou mais longe: não existe jogo quebrado, existe jogador que não entendeu a proposta ou não enxergou os caminhos para se explorar as assimetrias.
Essa é uma discussão interessante.
Não posso falar do Viticulture porque realmente nunca joguei. Adoraria jogá-lo um dia pra conhecê-lo de fato.
Mais em cima, quando falei dos jogos "quebrados" do Stegmaier, pensei mais no histórico de revisões que os jogos dele sofrem. Falta um pouco mais de acabamento no desenvolvimento dos jogos. Tenho a constante impressão que ele corre muito pra lançar os jogos e peca um pouco na lapidação.
Dos que eu sei:
- Tem o Viticulture, como citado no vídeo;
- Scythe tem dois banimentos oficiais de combinações de facções/tabuleiro adicional porque provaram matematicamente que dava pra você ganhar o jogo com uma vantagem considerável se comparado às demais combinações;
- Tapestry até onde eu sei já passou por duas revisões depois de lançado (Novembro de 2019 e Junho de 2020)
Nada contra os jogos dele em si, mas que ele é apressado pra acompanhar os hypes que ele mesmo produz, ele é.
Minha impressão:
Terra Mystica passou por várias revisões (estou falando com você, Shapeshifter), Through the Ages, que é meu jogo favorito, passou por 2 rebalanceamentos (na segunda edição e na expansão), o próprio Agrícola do Uwe tem uma edição revisada, Twilight Imperium tem 4 versões (nunca joguei, mas pelo que a maioria fala, do 3 pro 4 eles apararam muita coisa) e mesmo assim tem uma galera que ainda gosta de jogar com as versões anteriores dos respectivos jogos. Quebrado ou não é uma questão de perspectiva.
Em jogos abstratos pra dois jogadores sem sorte, quem começa tem uma certa vantagem (vide Xadrez, Go, Hive, etc.) e ninguém aponta o dedo pra eles falando que eles são quebrados com a mesma frequência que vejo em outros jogos mais complexos (em termos de quantidade de regras).
No fundo, é como se as pessoas procurassem justificativas para não ter que jogar/comprar o jogo. "Não jogo/compro porque é quebrado". Assim a pessoa dorme com a consciência tranquila porque é mais fácil falar que o jogo é quebrado do que aceitar que aquele jogo não é pra ela e pronto.
Eu gosto de Viticulture (melhorzinho do estilo Stegmariano). Está na coleção até hoje e sempre apresento para pessoas diferentes.
Mas, meu prazer com o jogo diminuiu consideravelmente quando percebi que ele é uma corridinha disfarçada. Não importa uva, visitante, tema. É uma corridinha pra fazer o máximo de pontos e pronto. Quem maximiza essa visão de corrida ganha.
Escrevi no Imersão BG sobre as pessoas confundirem o conceito de Vinicultura com Viticultura e isso já era tema de conversa em 2017.
Continuo com o jogo na coleção, jogo, brinco. Jogar ele com iniciantes tomando um belo Chianti ou um incomparável Barolo é divertido e sempre gera boas conversas. As pessoas perguntam sobre o vinho, cultivo das uvas, fabricação, garrafa.
Mas, não apaga para mim os defeitos do jogo. Que também vi em Euphoria e Scythe.
No fim, pessoal briga tanto por bg e não percebem que assim como o vinho cada um tem o seu paladar. Eu já servi vinho de mais de 200 reais e as pessoas reclamaram e já servi vinhos de 50 reais que sobrou elogios.
Abraços!
Quais seriam os defeitos do jogo? Porque a questão da corrida não é um defeito, é só uma característica do jogo que alguns vão gostar e outros não. Seria tipo eu falar que acho um defeito o Marco Polo II ser aberto por eu preferir o estilo mais fechado do MP1.
Particularmente eu gosto muito disso no Viticulture e no Splendor. Gosto da sensação de ter que correr pelos pontos antes do meu adversário, no fim calcular se eu vou conseguir fazer mais pontos que meu adversário olhando o que ele pode estar tentando fazer, e de quebra ter um tema que acho legal.
Dei uma olhada no vídeo e parabenizo seu trabalho! Inclusive já me inscrevi e curti o vídeo. Logo darei uma olhada nos outros vídeos.
Com isso dito, respeitosamente eu discordo de alguns pontos do vídeo.
O primeiro é a de que o manual e o jogo induzem você a pensar que o jogo é focado em produção de vinhos. Acho que fica muito claro que existe uma importância na plantação de uvas, e o jogo te permite a venda dos vinhos que você produz. Acho que o manual só quis se manter no tema e mostrar que vinho é mais uma das opções que o jogo oferece.
O segundo ponto é a parte em que você diz que o jogo é quebrado por às vezes comprar uma carta que não casa com as uvas que você tem e a estratégia que está fazendo. Eu vejo isso mais como o jogo te forçando a se adaptar, e é isso que vejo em jogos com muita gerência de mão e compra de cartas variadas. Você tem diversas formas de se adaptar quando o que você descreveu acontece:
-Tentar plantar outras uvas
-Tentar comprar outras cartas que tenham contratos melhores para as uvas que você produz
-Vender os vinhos das uvas que você produz e usar o dinheiro para outras ações
E por aí vai. Mesmo quando algo frustrante acontece, o jogo te dá opções para você reverter aquele azar que você teve, e acho que é por isso que a venda de vinhos sem precisar de contrato está lá.
É tipo quando você tá jogando Agricola e de repente em uma ronda vem algo que quebra o que você tá fazendo, porque você se vê obrigado a fazer outra coisa que seria melhor.
Ou quando você está jogando Exploradores, está jogando em cima de 2 ou 3 cores, e passam a vir cores que você não estava trabalhando. E aí? Vai continuar descartando essas cores novas ou vai guardar ou começar a trabalhar elas? É adaptação. E vejo o Viticulture dessa forma.
Em todos esses jogos que citei e outros com sistema de draft você pode perder para a sorte, é uma inconveniência do sistema de draft com cartas que possuem elementos tão diferentes.
Essas coisas não tornam o jogo quebrado, na minha opinião. São consequências do sistema de draft. Tem gente que não gosta dessas consequências, mas na minha opinião, não significa que seja quebrado. Sabemos que a possível consequência está lá pela existência do sistema antes de jogar.
Se isso frustrar tanto, existem variantes que podem reduzir essa frustração na hora da compra como você diz.
Tiveram jogos em que eu tava em desvantagem, veio coisa ruim, me adaptei e ganhei. Outros jogos vieram coisas ruins, me adaptei e perdi (mas não me senti frustrado, vi que a jogadora jogou bem). Tiveram jogos que decidi me manter no que eu tava pensando mesmo quando veio uma carta ruim e eu ganhei a "médio prazo" veio o que eu queria, fechei e me ajudou a ganhar.
O terceiro ponto seria sobre o jogo ter sido melhorado. Eu achei que quando você perguntou se o jogo era quebrado no título você estava falando do Viticulture Essential Edition exclusivamente. Entendi a sua comparação e achei super justo pegar o histórico, mas se a gente fizer isso, teríamos que pensar no fato de que Agricola também sofreu uma mudança gigantesca tirando cartas que consideravam quebradas ou inúteis. Seria o Agricola antigo quebrado? Seria o Agricola novo quebrado porque o teve um histórico de mudança entre uma versão e outra?
No mais, o vídeo foi bom apesar de eu não concordar. Gostei do formato e desejo sucesso! Estarei acompanhando seu trabalho.