LuisPerdomo::Nunca joguei Tzolk'in, mas estou muito satisfeito com o Teotihuacan, Tchutchucão, Tio Tijucano, etc.. Ainda vou escrever sobre ele, com certeza. De fato, Teo tem que pagar aquela prenda para alimentar os dadinhos, mas nada como "Oh, meu Deus, para tudo que eu tenho que alimentar meus trabalhadores!". Amo Teotihuacan e não é pra menos, o jogo tem tudo que eu gosto: dados que não rolam, ausência de tema e um monte de planilha de excel no tabuleiro. Eu sou engenheiro de produção e na produção o que a gente mais mexe é com planilha de excel.
Tzolkin e Teotihuacan, engraçado como dois jogos podem ter pontos tão semelhantes e serem tão diferentes. Um dos primeiros jogos grandes q eu joguei foi justamente o Tzolkin, e acho aquelas engrenagens geniais até hj. E nem adianta jogar no BGA, só jogando ao vivo para apreciar a beleza do conceito.
Mas foi Teotihuacan q acabou me ganhando mais. E na verdade eu tenho uma relação estranha com ele. Engraçado como há partidas em q me sinto o melhor jogador do mundo, enquanto outras (a maioria rs) eu faço uma pontuação medíocre. Mas cada partida dele me "chama" a explorar mais, a conhecer seus desafios e tentar estratégias diferentes.
LuisPerdomo::Normal. Eu sou suspeito pra falar. AMO Puerto Rico e preciso escrever sobre ele. Ao passo que entendo completamente quem não goste dele e porquê. Tenho Puerto Rico e Race for the Galaxy. Meu coração e minha estante têm espaço para os dois, mas confesso que ainda gosto mais do Puerto Rico, apesar de achar Race um jogão depois que pega a iconografia, que não é tão alienígena assim como falam as más línguas.
Até então nós temos falado de respeitar a opinião do outro, tudo muito bem, tudo muito legal, paz na Terra entre os homens, Shangrilá, etc, etc, etc, mas já q eu mexi de leve no vespeiro, falando do Puerto Rico, agora vou aproveitar q ninguém mais deve ter acompanhado a discussão até aqui, a não ser nós dois, pra enfiar a mão fundo nele, colocar um elefante na sala e falar sobre oq pra mim é um dos efeitos mais inexplicáveis do mundo dos boardgames, e ele atende pelo nome de Terraforming Mars.
Sinceramente eu não consigo entender (e muito menos explicar) como esse jogo consegue ser, hoje, o top 4 tanto do BGG quanto da Ludopedia. Não é q ele seja ruim, so é um jogo comum, não tem nada demais, é simples, é esquecível, não consigo vê-lo figurando há tanto tempo no pateão dos boards, a frente de tantos outros q eu considero tão melhores.
Só consigo ver duas explicações:
1-A falta de jogos pesados com a temática de colonização de Marte. Tá certo q hj Marte é o novo zumbi, mas na época q ele foi lançado oq tinha era muito pouco. E mesmo hj, os jogos pesados nessa temática são escassos (On Mars não conta por ser de um nicho específico, acho q os jogos do Lacerda nunca conseguirão chegar nos top 10, por N motivos q valem até um outro tópico). E a verdade é q TfM nem é tãããão pesado assim, pelo contrário, ele conseguiu se estabelecer em um ponto bem específico entre o pesado e o leve q tb o beneficiou.
2-A falta de jogos de Engine Buiding. Aí posso estar falando até uma grande besteira, mas eu não conheço jogos grandes em q a mecânica principal é essa. Pode ser secundária, mas não a principal. Dominion por exemplo, nosso queridinho, eu considero q cada turno de um jogador é uma espécie de "Engine Building" temporária, alí naquele micro intervalo rs Mas na essência ele é um Deck Building. Apenas Maracaibo chegou recentemente para disputar esse nicho. Mas ainda assim ele é um tanto mais pesado.
Enfim... Pra mim Terraforming Mars é um "fenômeno" sem explicação. E olha q eu tentei entender... Minha primeira partida eu tava empolgado pra conhecer, mas depois de algumas poucas rodadas todos já se desanimaram de tal maneira q pela primeira vez eu quase parei um jogo no meio. simplesmente não estava rolando.
Mas aí eu pensei q talvez fosse o explicador q não ensinou muito bem, ou o grupo q não tava no clima, ... então joguei de novo em uma luderia, com um casal q amava o jogo e... Mesma sensação de "água de salsicha" pra mim. Uma repetição interminável de sorte nas cartas e ações chatas, cubinho pra lá, cubinho pra cá.
Uma das coisas (talvez A coisa) q mais me atrai nos jogos é a inovação, é conhecer algo diferente, ver o brilhantismo de um design, uma mecânica, enfim, qualquer coisa q eu nunca vi antes. Terraforming Mars pra mim não tem nada disso, só me parece genérico demais... Adoraria se alguém me convencesse do contrário.
LuisPerdomo::Confissão aqui, o único jogo do Feld que eu joguei foi o Castles, que eu tive e revendi nessa quarentena depois de tê-lo jogado umas 50 vezes no site Yucata. Sempre ouvi falar que todo o jogo do Feld é salada de pontos e que Castles é sua obra prima. Há duas correntes mais extremas: os fãs de verdade, que veem as sutilezas em tudo que ele faz e os haters que falam que é tudo salada de pontos (estou falando com você, Fel Barros, hahahah). Nunca joguei nenhum outro dele, mas já pesquisei bastante, vi gameplay, review, li textos, etc., fico mais próximo do lado dos haters nessa zona cinza em que me encontro e olha que eu sou o cara que gosta da ausência de tema, mecânicas, etc.. CoB é um jogo que eu tenho vontade de escrever um review "negativo". Gostaria de dissertar sobre o porquê de eu ter jogado ele 50 vezes para enfim falar "chega, tentei e tentei muito, mas não é pra mim!". In the Year of the Dragon eu só sei que é o jogo mais fdp (flor de pessoa) dele.
Joguei apenas 4 jogos do Feld: Burgundy, Trajan, In the Year of The Dragon e Luna. Os dois primeiros são salada de pontos total, por eles tb fico na zona cinza, quase indo pro hater. Já In the Year achei fantástico, "pegando" apenas o fato de ser realmente muito cruel e Luna pra mim é o melhor deles, um Feld infelizmente pouco falado q eu adoro exaltar qdo tenho oportunidade, esse realmente vale conhecer, barato e muito bom!
LuisPerdomo::- Escrever um tópico sobre estratégias de um jogo demanda muito tempo. Não o tempo da escrita em si, mas sobretudo algumas muitas e muitas horas dedicadas a jogar o jogo de modo que a pessoa se sinta confortável ao ponto de dizer "eu sei algo sobre isso e gostaria de passar o conhecimento adiante". A impressão que tenho é que no mercado brasileiro fala-se muito, compra-se muito e joga-se pouco. Ainda estamos amadurecendo nessa última esfera.
Sim, tb sinto q o pessoal joga pouco, ou pelo menos não joga os mesmos jogos a ponto de falar estrategicamente sobre eles. Não vejo problema nenhum em conhecer novos jogos, eu mesmo adoro conhecer jogos diferentes, é uma das coisas q mais gosto no hobby, mas isso não me impediu de ter mais de 40 partidas de Mombasa, mais de 50 de GWT, por exemplo, jogos q eu trocaria ideia a qualquer momento.