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  3. Precisamos falar de FOMO

Precisamos falar de FOMO

  • avatar
    LuisPerdomo28/08/20 23:24
    avatar
    LuisPerdomo
    28/08/20 23:24
    629 mensagens MD

    Você já ouviu falar em FOMO? FOMO é uma sigla que vem do inglês e significa Fear Of Missing Out, ou numa tradução livre, "medo de ficar de fora".

    Essencialmente trata-se de uma espécie de ansiedade relacionada ao consumo, e o mundo dos boardgames seguramente não se encontra ileso desse mal.

    Veja se essa situação lhe soa familiar:

    Essa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança aqui contida é uma mera coincidência.


    Você descobre o fascinante mundo dos jogos de tabuleiros modernos. Depois de anos, possivelmente décadas, acreditando que jogos de tabuleiro eram sinônimos de War, Banco Imobiliário, Jogo da Vida e Detetive (e Uno figurando como representante dos cardgames), você um belo dia, meio que por um capricho do destino se depara com um jogo completamente diferente de tudo que você já viu. Há grandes chances desse jogo ter sido um Carcassonne (o meu certamente foi, lembro-me daquele dia até hoje), talvez um Catan, Ticket to Ride, Zombicide, Munchkin, etc. Naquele momento você percebe que foi cego durante muito tempo e não sabia. Você viu a luz.

    Então você recorre à internet e descobre que o buraco é muito mais embaixo. Milhares de jogos são lançados todos os anos no Brasil e no mundo, conceitos que você nunca ouvira falar. O negócio é tão desenvolvido que há terminologias específicas para o meio, você começa a se inteirar sobre o léxico da coisa. Isso aqui é um gateway, esse jogo é euro, ameritrash, híbrido, worker placement, roll and write, area control, solo, draft, cooperativo, engine building, legacy, etc, etc.


    Você se encanta com aquilo, começa a consumir conteúdos relacionados vorazmente, diariamente, se inscreve nos canais, dá joinha, ativa o sininho para ser notificado o quanto antes, lê artigos direcionados, assiste a reviews, gameplays, unboxings, ...


    Parece que você descobriu a oitava maravilha do mundo do entretenimento. Enquanto todo mundo está se isolando cada vez mais (antes mesmo da pandemia), você está caminhando na direção oposta, um desbravador contra a corrente em busca de reunir as pessoas como nos velhos tempos, todos interagindo olho no olho, conversando, celulares colocados de lado, todos concentrados naquela atividade coletiva de forma saudável e lúdica. E tudo isso graças a você e seu fiel escudeiro, uma caixa de papelão colorida recheada de mais papelão colorido, pecinhas de plástico e madeira.


    Isso tudo é maravilhoso, eu quero mais. Há tanto a se explorar. O influencer x falou que o jogo é bom. It's a must have. Todo boardgamer de respeito tem que ter esse jogo na coleção. Você então entra num estado de frenesi incontrolável alimentado pelo combustível do êxtase de se desvendar uma experiência nova atrás da outra. 


    Nem seus amigos conseguem acompanhar seu ritmo, eles não entendem, são jogadores casuais. Você, por outro lado, é um boardgamer. Você então chega num ponto onde nem você consegue acompanhar o seu próprio ritmo. Os lançamentos são muitos, a carteira não aguenta, eu tenho que ter aquele jogo que fulano falou na internet que é bom. Se fulano falou, então é porque o jogo deve ser bom mesmo. O que fulano teria a ganhar com isso? Fulano é quase um brother meu. Eu nem o conheço pessoalmente, ele nem sabe meu nome, mas eu de certa forma desenvolvi um vínculo afetivo com ele. Ele é quase um oráculo pra mim. Ele me aponta o norte e eu vou atrás sem questionar.


    Mais do que dinheiro simplesmente, você chega num patamar onde você não consegue ter tempo para desfrutar do império de entretenimento na forma de plástico, metal, madeira e papelão que você acumulou nos últimos poucos anos ou meses. É tudo tão colorido, tão bonito, tão envolvente. Eu sei que eu tenho 6 worker placements, mas esse é diferente, a mecânica é completamente diferente. Para os meus amigos é mais do mesmo porque eles não entendem a sutileza. Eles são preguiçosos, sempre querem jogar o mesmo jogo, não têm disposição pra aprender um jogo novo. Tô com vários jogos parados na estante esperando sua hora de brilhar e mais 3 que vão chegar do financiamento coletivo. Você viu aquelas miniaturas?


    Chega uma hora que nem você mesmo tem tempo para os seus próprios jogos. Você tem mais jogos do que você mesmo é capaz de absorver. Você assiste a um review e logo fala quero, abre a carteira, aperta confirmar o pedido e pronto, aquele alívio de quem preencheu um buraco que nunca pode ser tapado.


    Tem uma hora que você percebe que, além do dinheiro, do tempo, o problema é também o espaço. Você não tem espaço hábil para comportar tudo isso. A culpa não é minha, essas caixas que são todas cheias de ar. Você "dá um jeito" e consegue reorganizar sua prateleira. Eu nem sabia que eu tinha esse jogo! Ele tava escondido atrás desses 5 que eu ainda não joguei.


    Num determinado momento, você tem um lapso de realidade. Você então percebe que seu jogo não estava nos jogos em si. Seu jogo estava em acumular os jogos. Completar a coleção. A coleção é o jogo. O meta jogo. Gotta catch 'em all.  


    Eu menti para vocês. Essa história é real. Essa é a minha história. 

    Eu faço terapia há pouco mais de um ano e uma das pautas que frequentemente discuto na terapia é essa ansiedade relacionada ao consumo.

    É como se o jogo que eu não tenho fosse infinitamente mais importante do que todos os jogos que eu tenho combinados.

    Eu já cheguei a ter mais de 80 jogos. Para alguns aqui isso não é nada e eu super respeito isso. Há pessoas aqui que conseguem gerenciar uma coleção de centenas de jogos, jogá-los todos de forma devida, respirar o hobby. Bom, no meu caso, 80 foram mais do que o suficiente para me sufocar.

    Hoje eu tenho cerca de 40 jogos (cerca de 25 caixas grandes e 15 pequenos). 40 jogos para alguns ainda é uma quantia extraordinária. Concordo.

    Desfazer-me do primeiro foi um martírio à parte. Parecia que eu tava arrancando um braço meu.

    Eu não posso viver sem esse jogo, eu amo esse jogo!


    Mas você não joga esse jogo na mesa há mais de um ano!

    Mas um dia eu posso colocar, e se eu vender? Aí eu não vou ter mais...


    ...

    Até que um dia, num ato de lucidez, ou talvez de desespero, eu vendi um jogo.

    Para minha surpresa, ou não, o jogo não me fez falta alguma.

    O jogo estava na casa de outra pessoa que iria dar o amor que aquele jogo de fato merece e eu não tinha capacidade de fazê-lo porque eu estava ocupado demais pensando nos próximos jogos.

    O dia amanheceu como qualquer outro, o céu ainda era azul, eu ainda tinha uma estante com muito mais jogos que eu era capaz de contemplar.

    O segundo jogo foi mais fácil, daí veio o terceiro, o quarto, o décimo.

    A coleção foi diminuindo pouco a pouco e eu fui percebendo que eu podia enfim respirar aliviado.

    Eu fui redescobrindo os jogos que eu tinha e nem eu mesmo lembrava o quão bons eles eram. Ou vice versa, eu nem gostava tanto deles assim, comprei por impulso. O jogo é até bom, mas eu já vi tanta coisa. Antes era tudo novidade e hoje é meio que mais do mesmo. Talvez meus amigos tivessem razão, mas fui orgulhoso demais para aceitar esse fato.

    O jogo era a melhor coisa do mundo até a hora que eu o comprei. Depois que eu o comprei, ele se juntou ao bolo e o posto de melhor jogo do mundo passou a ser daquele jogo que eu ainda não tinha e seguramente não iria jogar.

    Não tem nada errado em ter vários jogos. O dinheiro é seu, você faz o que quiser. Esse tópico não é destinado a uma pessoa em particular. Não estou aqui no intuito de demonizar o consumo. Eu mesmo ainda luto bastante contra esse mal que tanto me aflige. Ninguém é melhor do que ninguém por ter mais ou menos jogos, por ter um jogo x, y ou z. Se essa história te incomodou um tiquinho que seja, talvez esteja na hora de fazer uma auto avaliação, uma reflexão acerca de seus hábitos.

    Hoje quando vendo um jogo, as pessoas até desconfiam. "Se ele tá vendendo esse jogo, deve ser porque o jogo não é tão bom assim... sei não".

    Parece que estamos tão imersos nessa atmosfera que perdemos o nosso próprio senso crítico às vezes.

    Se o jogo recebeu centenas de notas 10, então esse jogo é bom. Se o jogo é bom, então eu tenho que tê-lo na minha coleção.

    É como se estivéssemos fazendo isso para os outros e não para nós mesmos às vezes.

    Já vi casos de gente incomodada quando o jogo que elas genuinamente gostam recebe uma avaliação/crítica negativa. É como se estivessem atacando o próprio filho delas, ou elas mesmas. É como se estivessem ofendendo uma extensão da personalidade daquela pessoa. É como se o jogo tivesse sido feito por elas. Mesmo que fosse, as pessoas ainda têm o direito de não gostarem dele e tudo bem.

    Eu levei muito tempo para entender que meus amigos nem sempre estariam dispostos a jogar todos os jogos que eu compro. Para algumas pessoas (eu inclusive) é bem difícil aceitar que se você não tem gente disposta a jogar/aprender aquele jogo, não adianta comprá-lo. Será um desperdício de tempo, dinheiro e energia.

    Hoje eu tento caminhar na direção oposta. Funciona como uma curva de sino, uma curva normal.

    No começo era apenas um jogo, Carcassonne. Aleatoriamente na internet descobri Munchkin, Zumbicide, Catan e Ticket to Ride. Fiquei com esses jogos por vários anos. Só jogávamos esses jogos. Era o que tinha. Éramos felizes, éramos inocentes em nossa ignorância. Era como os tempos em que só existia War, Banco Imobiliário, Jogo da Vida e Detetive. Questão de gosto. São jogos ruins? Depende do seu critério. Podem ser jogos repletos de falhas mecânicas, jogos criados há 50 anos atrás, ou mais, mas independentemente de hoje termos visto a luz e sabermos que existe um mundo depois dessas muralhas, muitos de nós fomos plenamente satisfeitos em nosso desconhecimento e esses jogos sim atenderam aos nossos quesitos de entretenimento por muitos anos. Não me levem a mal, não quero ser nostálgico. Não tenho saudades desses jogos e certamente não os jogaria de novo. Sempre sugeriria outra centena de jogos no lugar, mas certamente sinto saudades daquela época em que eu não precisava ter o jogo x, y ou z. O que tinha tava bom e pronto. Hoje reclamo de rejogabilidade de jogos que têm exponencialmente muito mais rejogabilidade que qualquer um dos clássicos.

    Em um segundo momento da minha trajetória, eu simplesmente cansei. Aqueles 5 ou 6 jogos que eu tive por uns 4 anos não me serviam mais. Eu era bom demais pra eles. Precisava pesquisar mais, escavar mais, explorar mais. Foi um período genial da minha vida. Eu tive oportunidades de conhecer esse universo maravilhoso a fundo. O preço de entrada foi a minha falta de controle. Caí em todas as armadilhas possíveis. Paguei caro em muita coisa que não valiam isso tudo. Não só isso, fiquei desesperado em cogitar a possibilidade de não conseguir o que queria. É como se minha vida dependesse disso. Hoje não tenho mais nenhum desses jogos que há anos atrás eu entraria em colapso se eles estivessem fora de estoque. O mundo continuou a girar, o céu ainda é azul e certamente esse jogo está recebendo mais amor em algum outro lugar.

    Finalmente a conclusão do ato. Quando eu percebi que eu tinha jogos na minha estante que eu nem tinha lido as regras. Foi aí que eu entendi a expressão "aberto para conferência". Eu literalmente estava fazendo isso, estava acumulando e esse era o meu novo jogo. Eu não lembro exatamente qual foi o primeiro passo que desencadeou essa inversão de polaridades, mas pouco a pouco eu fui retomando a aqueles tempos áureos onde eu me contentava com pouco. Acredite em mim, não acho 40 jogos pouco, pelo menos não pra mim (sem contar as expansões). Ainda pretendo diminuir essa lista. Minha ideia aqui não é condenar ninguém, não existe certo nem errado, não existe número de ouro. Não existe tal coisa como "acima de tantos é muito". Nós que construímos isso dentro do nosso parecer e o importante é termos isso muito bem claro dentro de nossos atos e convicções.

    Quando eu comecei a vender meus jogos, eu finalmente cheguei a um patamar onde na minha prateleira eu tinha todos os jogos dentro do meu campo visual e eu não precisava tirar nenhum jogo da frente do outro pra lembrar que eu tinha tal jogo que eu não conseguia mais ver porque o outro jogo tava na frente. Bizarro, não? Para alguns a solução seria conseguir uma estante maior, um quarto maior. Quem sou eu pra dizer que eles estão errados? Enfim.

    A consequência disso? Eu pude voltar a sentir um gostinho do que era desfrutar um jogo em sua plena capacidade. Jogar um mesmo jogo dezenas de vezes, talvez centenas. Chegar num certo nível e falar "eu conheço esse jogo de ponta a ponta". Começar uma partida e traçar uma estratégia com base na mais pura experiência pessoal. Ah, eu sentia saudades disso, como sentia. Eu tinha expandido tanto horizontalmente, tava na hora de cortar as bordas dessa curva e voltar à verticalização. 

    Meus aprendizados em meio a essa trajetória toda:

    I - Não é porque um jogo é considerado bom pela crítica que você tem que tê-lo. O mundo sempre vai falar que todos os jogos do mundo são bons. Isso é o que faz a roda do sistema econômico vigente girar. Eles podem até ser verdadeiramente bons, mas novamente, você precisa deles de fato?

    II - Não é porque todo mundo gosta de um jogo que ele é necessariamente bom para você. Você pode, e deve, discordar do senso comum às vezes. Gloomhaven é o top 1 do BGG no momento em que escrevo esse texto. Eu simplesmente abomino a ideia de destruir componentes. Nada contra quem curte. Não posso julgar o jogo pois nunca o joguei, mas não tenho que bater palmas para ele só porque ele chegou ao top 1. Respeito o jogo e a façanha do designer, mas não é o MEU top 1. O importante é o que é bom pra você, não pra internet. 

    III - Não é porque você gosta do jogo que você tem que tê-lo. Esse é sutilmente diferente do item I. Você pode realmente gostar da ideia de um jogo, você pode até tê-lo jogado algumas vezes na mão de terceiros, mas por isso você tem que tê-lo na sua coleção? Você precisa ter tudo que gosta sempre?

    IV - Não é porque o conceito do jogo é baixo na internet que ele é necessariamente ruim para você. A opinião da internet é uma métrica. Ela é um aglomerado de opiniões do senso comum e muitas vezes do efeito manada. Por exemplo, você já reparou que jogos caríssimos quase sempre têm nota elevadíssima? Há muitas razões para tal. Uma delas, que a maioria das pessoas não admite para si mesmas, é que se você pagou uma fortuna em um jogo, ele TEM que ser bom. É quase que uma auto negação para amaciar o ego. Ninguém está disposto a admitir que gastou uma fortuna em um jogo ruim. Ninguém quer se mostrar vulnerável, ainda mais na internet para todo mundo ver.

    V - Se você está com um jogo parado há meses, ou anos, você deveria considerar passá-lo adiante. Tempo é uma commoditie inestimável. Você pode ter rios de dinheiro, mas você não tem como comprar tempo. Tempo > dinheiro nesse caso. O que torna nossas escolhas interessantes é a finitude da vida. Se você escolhe uma coisa, você, por definição, abdica de todas as inúmeras escolhas que ficaram de lado para que você pudesse escolher essa. Você não pode escolher tudo. Se você escolher tudo, na verdade, você não tem nada.

    VI - O mundo não acaba se você se desfizer dos jogos, você sempre poderá comprá-los de novo, mas provavelmente, sendo honesto consigo mesmo, eles não vão fazer tanta falta assim se você chegou a vendê-los.

    VII - Se o jogo está Out of Print, você não precisa vender um rim para conseguí-lo quando ele aparecer no mercado. Eu cansei de cair nessa armadilha e muitos jogos que eu paguei caro, fiquei um bom tempo sem jogá-los e acabei revendendo. Você passou anos do seu hobby se divertindo sem esse jogo. Você não precisa desse jogo em particular, ainda mais se ele for um Santo Graal inalcançável. É como se parte do jogo em si estivesse no desafio de alcaçá-lo. Nada contra isso, mas vale a pena rever as prioridades.

    VIII - Antes de pensar no próximo jogo, pense nos que você tem primeiro. Esse jogo é igual aos demais? Ah, mas esse é diferente. Diferente quanto? Tente categorizar seus jogos. Não falo nem em termos de mecânicas, mas em termos de sentimento através da experiência. Sempre que jogamos um jogo, buscamos uma certa experiência, seja imergir em uma história, fazer contas, não importa, estamos atrás de algo. Se sempre que você vai jogar um jogo, você pega o jogo B e deixa de lado o A porque não dá vontade de jogar ele na maioria das vezes que você opta pelo jogo A, é porque muito provavelmente eles preenchem o mesmo papel em termos de experiência, mesmo que na prática eles sejam jogos completamente em termos de mecânica.

    IX - As experiências se repetem. Alguns de nós chegamos em um determinado nível onde nós experimentamos um determinado jogo e de cara já falamos "essa mecânica foi inspirada no jogo A, essa no B, esse jogo é uma mistura dos jogos C, D e E...". Ou você fica com esse jogo, ou você fica com os que inspiraram o mesmo, mas não faz sentido você ficar com os dois em função de um vínculo emocional que seja. O que fica são as experiências. Você não precisa de um token material para concretizar sua memória. Você não precisa de um troféu. Se o jogo fosse tão necessário no seu atual momento da sua trajetória de gamer, você não precisava lembrar dele em termos de nostalgia, você estaria jogando o jogo propriamente dito. Tire uma foto, vai durar mais e ocupa menos espaço.

    X - Sua personalidade define a escolha de seus jogos, mas seus jogos não definem sua personalidade. Não é porque você gosta de Euro que você é mais inteligente do que alguém que gosta de Ameritrash. Não é porque você gosta de Ameritrash que você é muito mais descolado do que uma pessoa desalmada que gosta de ficar brincando com a Planilha de Excel, o boardgame. Não tem problema nenhum em gostar de party game. Eu amo Hanabi, eu amo Kingdom Builder, gosto deles tanto, às vezes até mais do que meus igualmente adorados Brass Birmingham ou Great Western Trail. Sempre que eu vejo um top 100, à medida em que vamos chegando ao top 10, só restam os jogos cabeça. De fato, esses jogos são extremamente mais sofisticados e proporcionam experiências únicas. Acontece que na prática, muitas vezes a pessoa jogou aquele jogo um par de vezes, mas é descolado dizer que gosta do gosto tal e viva a corrente.

    XI - Seja mais crítico sobre a intencionalidade por trás de cada coisa. Por que as pessoas fazem reviews? Muitas vezes porque elas são pagas pra isso, porque as empresas precisam vender os jogos e fazer o capital circular. Essas pessoas são ruins? Esses jogos são ruins? Não, é apenas como o sistema funciona. O jogo faz parte do top 10 daquele influencer x? Ele não precisa fazer parte do seu. Você não é aquela pessoa, com a experiência daquela pessoa, com os gostos daquela pessoa. Às vezes a pessoa só fala que "gosta" daquele jogo porque ele tem muita visibilidade e a internet vai com tochas e ancinhos nos comentários se essa pessoa ousar ser sincera sobre não gostar tanto assim do jogo. O marketing vive de criar hypes e mexer com os desejos mais basais da pessoa na forma de bens de consumo vendendo promessas, Às vezes a pessoa gosta de um certo jogo em função de uma experiência tão particular e única que não pode ser reproduzida fora de contexto e tudo bem. Não tem como ela vender isso pra você. Faça suas próprias experiências e faça elas inestimáveis. 

    XII - Curta o que você já tem antes de mais nada. Todos chegamos até aqui por uma razão. Se hoje fazemos parte dessa grande comunidade que envolve nosso hobby, é porque em algum momento nós entramos de cabeça nessa parada e genuinamente gostamos daquilo que vimos e experimentamos. Muitas vezes esse sentimento puro se perde em meio a outras tentações e armadilhas, como o consumismo. Antes de adquirir mais um para sua família de boardgames, e reitero, não tem nada de errado em aumentar sua coleção, desde que você esteja perfeitamente seguro e consciente de seus atos, apenas pare e repense sobre as coisas que você já tem. Pegue todos os tópicos anteriores e converta-os nesse momento de reflexão pré consumo potencialmente impulsivo. Você vai ter tempo? Você precisa mesmo desse jogo? Você realmente quer, ou você só está indo na onda da manada? Você quer, mas você precisa? Você precisa, mas precisa dos dois (o que você já tem e aquele que você muito provavelmente vai jogar bem menos em função do novo entrante)?

    Esse texto não é direcionado a ninguém em particular. FOMO é um assunto sério e precisa ser trabalhado com devida seriedade. Se você por ventura se sentiu afetado em função de alguma declaração contida nesse texto, saiba que ela certamente não foi destinada a você, mas uma auto reflexão e auto avaliação são sempre bem vindas. Não acho errado que milhares de jogos sejam lançados todos os anos, não acho errado alguém ter centenas de jogos. A única coisa que deveria ser repensada dentro disso tudo é as pessoas serem honestas consigo mesmas e consumirem de forma consciente.

    Obrigado se você leu até aqui. 

    Curta seus jogos. Jogue-os, faça-os valer. Adquira novos, mas pense sobre a utilidade dos antigos e eventualmente passe-os adiante, isso também faz a economia girar. Consuma uma quantidade razoável de conteúdos para definir seu juízo de valor, mas lembre-se que terceiros não devem definir como você pensa. Se você se arrependeu de um jogo, passe-o adiante. Sempre existirá alguém que gosta desse jogo, ao menos o designer do jogo ou a editora que comprou a ideia. Bom e rum são medidas qualitativas totalmente subjetivas e particulares.

    Jogue mais e consuma com responsabilidade.

    Forte abraço.
    Luis Perdomo

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    Comentários:

  • Brunochenko
    324 mensagens MD
    avatar
    Brunochenko28/08/20 23:56
    Brunochenko » 28/08/20 23:56

    Texto longo, mas muito bem escrito e extremamente pertinente. 
    Tenho meus 20 e poucos jogos, vários nem estreados (em parte culpa da pandemia), e já penso assim. Entretanto, difícil me controlar quando sai um jogo novo, com o tema ou mecânicas que eu adoro. 

    Comprei Maracaibo por impulso, e me orgulho de ter cancelado a compra - antes mesmo do linchamento público pela qualidade. Por outro lado, já vejo lançamentos - nacionais e até importados - que sei que vou pegar, mesmo sem saber se vão ver mesa. E justificativas pra isso, a minha cabeça inventa aos montes. 

    Enfim, muito bom um tópico falando disso, de maneira sóbria e sem julgamentos, trazendo a reflexão. Cada um deve saber qual seu limite, seu equilíbrio. O ponto aqui é que cada um deve saber seu limite.

    8
  • xpetow
    165 mensagens MD
    avatar
    xpetow29/08/20 00:04
    xpetow » 29/08/20 00:04

    Li tudo. Parabéns, texto muito bem escrito e realmente me fez parar pra pensar. 

    4
  • Isquedo
    584 mensagens MD
    avatar
    Isquedo29/08/20 00:24
    Isquedo » 29/08/20 00:24

    Sensacional. Essa é a parte obscura do hobby que é pouco divulgada. Parabéns pela coragem. Eu percebo nas entrelinhas de muitas postagens aqui na ludopedia, em podcasts ou no Bgbr que muitos de nós sofremos desse vício em consumir. Tem muita gente pedindo ajuda e nem percebemos. É aquela sutil neurose em completar, sleevar e até sleevar a caixa. Precisamos de ajuda. Está na hora de falarmos disso. Precisamos de ajuda. Só por hoje!

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  • maueze
    1394 mensagens MD
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    maueze29/08/20 00:31
    maueze » 29/08/20 00:31

    Temos muitas armadilhas nesse hobby mesmo, ótima reflexão, um erro que cometi muito foi procurar por jogos oop como se fossem melhores que os disponíveis.

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  • SepeTiaraju
    550 mensagens MD
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    SepeTiaraju29/08/20 00:42
    SepeTiaraju » 29/08/20 00:42

    Corra longe de campanhas Kickstarter da CMoN, se não conseguir controlar o FOMO, pois eles são especialistas em explorar esse sentimento. (Eu, olhando para o Starcadia Quest empilhado ao lado do Arcadia Quest: :ermm:)

    1
  • KikoV
    392 mensagens MD
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    KikoV29/08/20 00:55
    KikoV » 29/08/20 00:55

    Simplesmente o melhor texto que li aqui na Ludopedia. Parabéns!

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  • frankhiromi
    477 mensagens MD
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    frankhiromi29/08/20 01:19
    frankhiromi » 29/08/20 01:19

    Cara, que texto bacana! Tenho certeza que vai ajudar muita gente! Parabéns!

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  • MoaJr
    430 mensagens MD
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    MoaJr29/08/20 01:26
    MoaJr » 29/08/20 01:26

    Acredito que esse é um processo de amadurecimento natural que uma hora ou outra todos nós iremos passar, alguns mais rápidos outros nem tanto (ou até mesmo fingir que não é com a gente) mas no fundo temos consciência de que tudo é permitido, mas será mesmo que tudo é necessário...me identifiquei muito com o texto, ainda não cheguei na parte de vender, mas já doei alguns...minha esposa me acompanha, mas ela ainda está no apego e tbm não consegue chegar na parte do desapego....mas por outro lado hoje conheço muito bem os meus gostos e do meu grupo, e claro que ainda aparece aquele jogo que EU gosto muito, mas meu grupo não, então de que adianta eu comprá-lo se não irá ver mesa?... só pra exibir como troféu mesmo...
    Ótima reflexão!!!

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  • Willoiam
    74 mensagens MD
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    Willoiam29/08/20 01:42
    Willoiam » 29/08/20 01:42

    Uau Luis, que texto! Muito bem escrito, cheio de sinceridade e que me leva a refletir e escrever um comentário, talvez não tão bem escrito, mas igualmente sincero.

    Boa parte das minhas memórias mais antigas tem relação com jogos, seja jogando Fifa no computador com 7/8 anos, seja com aqueles Aquaplays da Estrela, ou com jogos do tipo Perfil/Imagem e Ação/Jogo do Enciclopédia que meus padrinhos e parentes me davam de aniversário.
    Muitos desses jogos eu jogava sozinho (quem precisa de automa quando se tem suas múltiplas personalidades para jogar?) e em algumas vezes, até roubava de mim mesmo no Fórmula Turbo, para que a minha cor favorita ganhasse. Esse foi meu primeiro período nos boardgames.

    Já o segundo começa por volta de 2013/14, quando, depois de alguns meses me enrolando, decidi ir a uma luderia daqui de Curitiba. Lembro de entrar, ver aquelas prateleiras com centenas de jogos e me sentir no paraíso. Foram alguns meses frequentando periodicamente, até que parei de ir com tanta frequência, mas já tinha alguns favoritos (Coup, Colt Express, Ticket to Ride...) e que alugava de vez em quando para jogar com os amigos. Segui neles por um bom tempo.

    Até o momento em que cansei dos personagens do Coup, já sabia o caminho das pedras para ganhar e queria mais. Então aproveitei que meu tio foi viajar para os EUA e comprei o Coup G54 pela Amazon. 20 personagens, poderes variados, adeus mesmice, bem vinda rejogabilidade. Considero isso o começo da terceira fase.
    No ano seguinte comecei a estagiar, então por 3 meses separei uma parte do dinheiro para comprar um jogo. Algumas pesquisas rápidas, basicamente no site da Galápagos e fiquei entre Azul e Sagrada, optando pelo Sagrada. Lá estava eu, feliz com meu segundo jogo 'moderno', o primeiro de tabuleiro (considerando Coup um jogo de carta). Seguia visitando mensalmente a Ludopedia e alguns outros site desse maravilhoso mundo para conhecer mais.
    No fim desse mesmo ano, fizemos uma viagem de família para o Canadá. Pesquisei lojas onlines de boardgame no reddit e comecei a cotar preços, ficando maravilhado com a quantidade de jogos que eu teria acesso e também com o valor consideravelmente mais baixo. Voltando desta viagem, com as malas cheias, comecei a explorar cada vez mais este mundo e também me aventurando pelos KS mundo afora (mas só com Pnp e jogos de até 30US$, sem condições de pagar por aqueles jogos gigantes cheios de miniaturas com salário de estagiário).

    O quarto momento começa quando fui efetivado: um salário mais alto, ainda morando com os pais. "Agora eu posso comprar mais jogos!". Pensado e feito. Assinei um plano mensal na mesma luderia do começo da história e comecei a pegar 3, 4, até 5 jogos por semana para descobrir o que gostava e consequentemente fui pesquisando preços e comprando os que gostava.
    Os jogos da infância foram saindo do armário e os novos foram chegando. Mais jogos foram chegando, então tive que começar a organizar os jogos para caberem. Como o fluxo de entrada não parou, tive de usar habilidades aprendidas no Tetris para otimizar o espaço e fazer com que todos os jogos coubessem dentro do armário.

    E chego ao dia de hoje. Consegui traçar muitos paralelos com a sua obra de ficção história. Acredito que isso me moveu a contar tudo isso numa madrugada de sexta para sábado.
    Nos últimos meses me peguei várias vezes pensando 24/7 em jogos, vendo reviews, procurando jogos, jogando... isso não estava me fazendo bem. Acredito que já estou conseguindo me policiar melhor nesta parte, também sei que a pandemia acentuou estas questões, assim como disse um colega anteriormente, muitos dos meus jogos também não foram estreados.

    Hoje mesmo, há algumas horas atrás, mostrei para minha namorada a planilha onde acompanho os preços dos jogos que mais quero e também ordeno por quanto eu quero um jogo. Ela rolou toda a planilha para baixo e perguntou: "81 jogos que você quer? Tudo isso?". Eu não tinha nem notado que tinham tantos jogos, são mais do que a minha coleção que tenho hoje e já não tenho espaço! Amanhã vou fazer uma limpa nessa lista, devem ter muitos que pensei "Nossa, que legal esse review, acho que vou gostar desse jogo" e que provavelmente não vou jogar tanto assim se tiver.

    Para finalizar, pensando em aprendizados e conselhos, listo alguns:

    • Eu tento ter somente um ou dois jogos do mesmo 'estilo'. Quero ter um pouco de tudo para quando um amigo chegar e disser "Gosto de construir coisas", "Gosto de jogos de destreza" ou "Gosto de suspense/investigação", eu tenha um jogo que se encaixe;
    • Pense no seu grupo de amigos ou no grupo com quem joga regularmente. É importante ter jogos que você ache legal, mas mais importante do que isso, são jogos que os outros também gostem, assim você vai ter com quem jogar e vai ser menos provável que o jogo fique somente ocupando espaço no armário;
    • Tente alugar um jogo antes de comprá-lo, ou talvez veja se algum amigo tem. A nossa experiência sempre será diferente do mostrado num vídeo de divulgação ou num review, então procure jogar antes de comprar;
    • Periodicamente(não precisa ser muito, 1x por semestre já está bom) faça reflexões sobre o hobby: "Ele continua sendo somente um hobby?", "Estou me divertindo com isso ou só estou me estressando?";
    • Separe um dia e tire todos seus jogos do armário, abra, veja se tem mofo, tente lembrar das regras, talvez até se lembre de alguns jogos que nem lembrava que tinha e separe alguns que ficaram muito tempo sem ver mesa para jogar no dia, na semana ou no mês;
    • Os jogos, ou sua atitudes durante as partidas, podem te ajudar a compreender mais sobre si mesmo, vide o exemplo em que roubava de mim mesmo para minha cor favorita ganhar, então preste atenção nisso.


    Enfim, de forma alguma sou "dono da verdade", só quis compartilhar minha pequena experiência e ficarei muito feliz caso seja útil para mais alguém. Muito obrigado pelo post LuisPerdomo, foi muito relevante para mim!
    Bons jogos a todos!

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