Sushi Go! Tem o fator “bonitinho” pra quem curte essa abordagem, dos 4 ele mira no set collection, de formas bem consistentes. Alternando jogadas “surprise motafoca” e jogadas anunciadas para serem marcadas e possivelmente bloqueadas. Ele sempre roda rápido, você quase não vê as 3 rodadas passando, e recomendo pedir entrada, prato principal, e sobremesa dele. Devo ter sentado para jogar apenas 2 vezes por acidente, sempre são 3 partidas ou mais. E ele já é bastante redondo em suas rodadas, mas pra criar um vínculo entre elas e uma disputa adicional, existe uma carta(pudim) que não sai de jogo de uma rodada para outra, e recompensa ou pune quem tiver mais ou menos dela no final. Diferente dos demais, ele roda com 2 pessoas, mas é recomendável usar o “dummy player” que na verdade é só uma mão adicional que não é de nenhum dos dois jogadores, com umas regrinhas para diversificar a pool.
Por favor não corte minha cabeça pra mim coroa a simplicidade como um jogo que você pode jogar enquanto conversa ou bebe. O que faz o jogo valer é a troca de papéis, o gato e rato que se transfere por rodada. O clima bacana é o de pensar em jogar a carta justamente que você pontua mais (o que pode transformar tua carta jogada face down, praticamente numa carta revelada), ou jogar onde pontua menos pra quem sabe ficar fora do radar do assassino. Também tem o esquema da marcação. Quando o assassino bate em alguém, é interessante que ele continue batendo nas próximas rodadas até destripar o personagem, pois ele ganha pontos adicionais por isso! Pra fechar o tema casou legal, mesmo sabendo que poderia ser várias outras coisas, como peixes fugindo de um predador por locais diferentes, ou simplesmente imagine aqui alguma outra coisa maluca. Mas o posto de assassino revezar denota ao climão desses filmes onde o assassino pode ser qualquer um, as cartas de sobrevivente são face dupla já pra essa representação/transformação. E o jogador que pilota o assassino vai jogando cada vez mais cartas, o que faz com que vá ficando difícil escapar, e representa bem a onipresença um tanto quanto sobrenatural dos slashers 
Not Alone engrossa o caldo, embora não goste muito dessa expressão, é a versão “mais jogo” do por favor... Chega a ter um micro handbuilding, gerenciamento razoável para os sobreviventes, e acentuado para o Alien. Ainda fornece 2 setups de trilha, mais concentrada ou mais distribuída pra dar um tapinha na rejogabilidade. O fator mesão também merece ser citado, pois cabem de 2 a 7 jogadores. Ele também evoca o fator overlord, todos contra um, que muitos apreciam. O jogador do Alien tem muuuito a observar se tiverem 4,5 ou 6(que é o Máximo) sobreviventes do outro lado. Uma leitura de mesa a La meme da Nazaré, caso ele não queira apenas ir com fé. É interessante que os sobreviventes têm um clock fixo para ganharem, podendo adiantar ele no máximo de forma sensível, já o alien tem um clock variável para alcançar o meio da trilha, acontecendo de não andar todo turno, mas ele pode compensar rodadas em que se deu mal promovendo verdadeiros TPK, os famosos total party kill, e o “respawn” dos sobreviventes custa caro, pois acontece mediante o Alien ir avançando na trilha dele e é exatamente o que o overlord almeja.
Dungeon Raiders é genial no sentido da coletividade, do “vamos juntos” VS “antes vocês do que eu”
Isso permeia a partida quase que todo tempo. O gasto/exaustão dos recursos mais cedo ou mais tarde vai fazer com que bombas estourem e tudo que você quer é que não seja pro seu lado. O fato de ter vários “andares” (que são as rodadas) e cada andar desses ter cartas que variam entre reveladas e ocultas te faz tanto planejar quanto arriscar. Vale comentar mais 2 coisas muito legais, que são as opções de personagem, que te proporcionam partidas realmente diferentes na primeira e possivelmente na segunda rodada (depois todo mundo pode ter acesso a todos os itens) e também há o Duplo score. Você precisa de ouro pra vencer, até aí tudo bem. Mas não adianta fazer isso da forma mais arriscada e pronto. Os personagens vão ganhando marcadores de ferimentos, que no final irão eliminar o mais ferido, ou os mais feridos. Isso gera uma tensão, e muito frequentemente dá a vitória ao segundo melhor em termos de tesouro. Na segunda metade da partida em diante é todo um desespero para se curar, sem deixar de coletar o ouro. E também existe uma variante do próprio jogo para turnos não simultâneos, é um secundário interessante à depender do gosto do grupo.
Se não te agrada nenhum deles volte 3 casas, ou melhor, talvez ação simultânea em jogos baseados em cartas, não seja pra você, não há um espaço muuuuuuito grande para planejamento, todos focam mais em um grande “siga o fluxo”, mas eu particularmente acho fantástica a quase ausência de AP nesses joguinhos.
No que eles batem de kina? + Qual adquirir?
Nada é perfeito, o que faz você bater na tal quina(kina?) e pular de um pé só em cada um deles, caso algum fator pese para você ou seu grupo, seria o seguinte:
Sushi GO não tem defeitos além da frustração de cartas inúteis na penúltima/última jodada, é só baixar e aceitar que elas não vão ativar nada, isso pode rolar na falta de emparelhamento disponível, ou nas cartas que chamam outras, como wasabi e hachis mas basicamente não tolhe o resto do jogo
Por favor não corte minha cabeça por ser simples demais, já vi dizerem que não é um jogo, é na verdade uma “atividade” hahaha este kina que vos fala discorda!
Mas realmente faltam camadas no jogo, isso tende a desagradar veteranos e essa é a falha, porém creio que foi opção de design mesmo. Na primeira edição tinha formas mais simples de jogar, mas o jogo “all in” já fica mega simples (afinal nem é tanta coisa como já foi explicado anteriormente). Tanto que na segunda edição ele sempre está com todas as regras ativas. Haha sim, ele tem segunda edição, “tremei“ ó haters do jogo 
Em not alone há uma demanda implícita pra tomar cuidado com quem vai ser o overlord, se alguém assumir esse posto no estilo “pedra bêbada” o jogo vai virar um passeio para os sobreviventes, então não é que seja nada de outro mundo (na verdade o jogo intenta ser de outro mundo, mas vocês entenderam hehe) mas não vai ser em qualquer mesa, que será gerado um alien desafiante, eu diria. Outro defeito é que colocando em pé de igualdade a malandragem de leitura de mesa de todos os participantes, ele pode passar a impressão que é 60%-40% ou até 70%-30% em termos de favorecimento ao et capirotesco. Mas talvez seja pedir demais que existam chances plenamente iguais, isso rola em tudo que é assimetria dos jogos.
Eu não vejo grandes problemas no dungeon raiders. Talvez seja o melhor da lista disputando com o sushi GO, mas há espaço para todos ou eu não teria separado eles para falar aqui. As ilustrações são ok nessa segunda edição 2018, e isso é muita coisa, visto que já foram sofríveis na edição de 2011 que tem alguns (eu quis dizer vários) chutes no baço em termos de arte. Existe algo em relação ao boss que cabe ser citado: Existem 10 chefes finais, só vem 1 por partida e eles rodam bem diferentes entre si. Nisso eles podem vir como carta fechada se a build do último andar assim disser, e pode ser frustante ao revelar ele virar tua partida de cabeça pra baixo. Fica ao critério de cada jogador curtir ou não esse fator “surpresa final”.
Para finalizar se formos definir tudo num brandir de espada, num único arco de lâmina, pra optar entre esses jogos, seria uma questão de priorização, a meu ver todos são bons jogos, mas para pensar num desempate de forma bem direta: Quer um jogo "fofinho" que tem seus atrativos para os pequenos escudeiros, mas que também roda legal para outros perfis de jogadores? SUSHI GO! Quer um jogo pra jogar bebendo ou conversando com o mínimo do mínimo de regras, uma leitura de mesa rápida e uma incursão no tema slasher dos anos 90? POR FAVOR NÃO CORTE MINHA CABEÇA. Quer uma aproximação sci fi, que evoca “mesão”(cabem 7 jogadores), com a dinâmica do ovelord? vá de NOT ALONE , ou se estiver mirando numa bagunça medieval, uma abordagem flertando com o semicoop, e uma boa dose de planejamento + surpresa? ponha na mesa um DUNGEON RAIDERS.
Então por enquanto é isso, até o próximo reino a explorar, batendo forte, e também batendo de “kina”!
INSCREVAM-SE, ACOMPANHEM!