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  4. Reviews: como saber se devo comprar o jogo ou não?

Reviews: como saber se devo comprar o jogo ou não?

Root
  • Bombardium
    1143 mensagens MD
    avatar
    Bombardium09/08/19 22:53
    Bombardium » 09/08/19 22:53

    Bom... É meio foda isso.

    Os três primeiros jogos que comprei quando comecei foram Catan - O Jogo, Zombicide: Black Plague e Sid Meier's Civilization: The Board Game. Isso em Outubro de 2016.

    Hoje, eu tenho só o Catan. Os outros dois passei. A questão é que você, durante esse processo no hobby você evolui, fica mais criterioso e sabe o que quer (ou pelo menos, deveria rs).

    Um dos maiores erros que você pode cometer quando começa é comprar um jogo achando que se você gosta dele, você vai conseguir empurrar ele goela abaixo das pessoas que jogam com você. Resultado: eu amo Civilization, e só consegui botar o boardgame na mesa 2 vezes, pra depois trocar ele por um Viticulture Edição Essencial.

    Hoje, eu sou um cara que evita comprar jogos com mecânicas repetidas, a não ser se ele chamar realmente minha atenção e for completamente diferente do que eu já possuo.

    Por exemplo, de alocação de trabalhadores na minha casa eu tenho Lords of Waterdeep, Um Banquete a Odin e Sons of Anarchy: Men of Mayhem. Já passei o Viticulture citado ali em cima, passei o Agricola: Family Edition, passei Stone Age. Tudo em prol de manter a coleção enxuta e sem jogos que se parecem muito.

    Ctulhu? Mansions of Madness: Second Edition e só.

    Isso são só exemplos. Hoje em dia eu tendo a buscar mecânicas diferentes. O último jogo que peguei por exemplo foi o Downforce, pois eu não tinha jogo algum de corrida.

    Enfim, acho que cada um que decide entrar nesse hobby tem que achar seu ponto de equilíbrio, e principalmente, por mais que doa (isso serve pra gente nova e velha), não adianta você gostar de um jogo e comprá-lo se você não vai ter com quem jogar.

    Vivendo e aprendendo, clã.

    3
  • felipemlisboa
    168 mensagens MD
    avatar
    felipemlisboa10/08/19 09:58
    felipemlisboa » 10/08/19 09:58

    brhilton2::Devemos filtrar algumas coisas... (filtrar Beeeem)

    1. Jogos de autores nacionais sempre são "ESPETACULARES" ou "BRILHANTES" segundo os analistas... >>> para mim, isso é mera balela política, pra ser bem aceito no universo de revisores, encontros e feiras... (Notaram que nunca ninguém diz que jogo nacional é ruim, quando na verdade muito estão bem abaixo do padrão?)..

    2. Jogos internacionais lançados por editoras nacionais sempre são "ESPETACULARES" ou "BRILHANTES"... >>> outra balela... nenhum reviewer critica qualquer jogo lançado no Brasil... mesmo que o jogo seja um chute no saco! >>> Assim o reviewer sempre continua ganhando jogos grátis das editoras e fica bem nas feiras, etc.. tem um reviewer nacional que faz série de vídeos no mesmo quarto, nem mostra a cara do jogo, só a caixa e só opina... nem dá pra ter noção mínima do jogo... fala sério, péssimo, nunca comprei um jogo assim por indicação pura... é o mesmo que comprar um CD pela capa ou por conta do que um desconhecido diz da música!

    3. Reviews internacionais SEMPRE são melhores (isso é terrível para quem não fala inglês):

    - "The Dice Tower" é superficial na explicação, mas são sinceros na opinião... não curtem jogos muito pesados... (Eles recebem jogos de lojas de jogos - acho que o Vasel é sócio de uma rede de lojas da Flórida, mas aparentemente ele ganha mais dinheiro com os vídeos do que com a sociedade);

    - "Rahdo" é um mergulho (de horas) sobre a mecânica e gameplay... excelente para conhecer jogos pesados (fanático por pesados) explica tudo direitinho... dá pra ter noção de como flui o jogo (apesar de que ver o Radho jogar é mais legal do que efetivamente jogar muitos desses jogos p. Ex. Orléans).. criticou severamente Feudum e Dominant Species ... Ele recebe jogos dos seus apoiadores, não de editoras, mas é bem político nos kickstarters - o que a meu ver é ruim... pra ele todo jogo de kickstarter é bom... prefiro os reviews dela dos jogos já consolidados no mercado... o Inglês do rahdo é perfeito e didático, pra quem tem noção básica dá pra entender tudo, como na aulinha de inglês do CCAA!

    - Sit Down & Shut Up" é série bem prática e divertida... as opiniões são fortes, eles realmente falam o que sentem.. e quando têm que esculhambar um jogo (p. Ex. Nations) eles não perdem o bom humor! (eles COMPRAM os próprios jogos para revisar, são totalmente independentes).



    Eu ia entrar no tópico pra falar exatamente isso. Foi perfeito, concordo com tudo.

    2
  • Arkano
    215 mensagens MD
    avatar
    Arkano10/08/19 10:31
    Arkano » 10/08/19 10:31

    Minha forma de lidar com reviewers e influencers é bem simples: não assisto. Tem funcionado maravilhosamente.

    1
  • Bombardium
    1143 mensagens MD
    avatar
    Bombardium10/08/19 10:35
    Bombardium » 10/08/19 10:35

    Arkano::Minha forma de lidar com reviewers e influencers é bem simples: não assisto. Tem funcionado maravilhosamente.

    Eu só assisto pra ter noção do jogo mecanicamente. Opinião eu tiro a minha.

    3
  • Arkano
    215 mensagens MD
    avatar
    Arkano10/08/19 10:37
    Arkano » 10/08/19 10:37

    Só se for pra ter uma noção mesmo, e das bem básicas. Considerando o tanto de erro que já vi influencers "altamente qualificados" cometendo (erros esses que até hoje eu fico desfazendo da mente das pessoas em grupos no Facebook), eu prefiro baixar o manual e ler as regras eu mesmo :P

    2
  • Bombardium
    1143 mensagens MD
    avatar
    Bombardium10/08/19 10:57
    Bombardium » 10/08/19 10:57

    Arkano::Só se for pra ter uma noção mesmo, e das bem básicas. Considerando o tanto de erro que já vi influencers "altamente qualificados" cometendo (erros esses que até hoje eu fico desfazendo da mente das pessoas em grupos no Facebook), eu prefiro baixar o manual e ler as regras eu mesmo :P

    Infelizmente cada caso é um caso. Tem muito manual ruim também.

    1
  • CarlaDF
    13 mensagens MD
    avatar
    CarlaDF10/08/19 12:53
    CarlaDF » 10/08/19 12:53

    Nossos gostos no hobbie são mutáveis. Um jogo que não te agrada hoje daqui 5 anos quando jogar de novo poderá ser seu top1. E vice versa. 

    1
  • LuisPerdomo
    653 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo10/08/19 17:40
    LuisPerdomo » 10/08/19 17:40

    Comecei no hobby em 2012 quando tive meu primeiro contato com um Boardgame moderno, no caso o Carcassonne. Até então, como a grande maioria aqui, o meu contato com jogos de tabuleiro se restringia essencialmente aos quatro cavaleiros do apocalipse: Jogo da Vida, War, Banco Imobiliário e Detetive.

    Naquele dia, um amigo do grupo tinha comprado o Carcassonne e eu cheguei na casa dele quando eles já estavam no meio de uma partida. Eu não entendi nada, eles estavam jogando um jogo, mas não tinha tabuleiro... o tabuleiro estava sendo construído à medida em que o jogo progredia, além disso, os bonequinhos, que futuramente eu descobri que eles se chamavam meeples, não eram de plástico, mas de madeira. Aquilo explodiu a minha mente, foi amor à primeira vista. Não muito tempo depois já tinha a minha cópia do Carcassonne, meu primeiro Boardgame moderno. 

    O bichinho do hobby já tinha me mordido, então na sequência chegaram para a família: Catan, Ticket to Ride, Munchkin, SmallWorld, Puerto Rico e Zombicide. Acredito que esse tenha sido um caminho natural pra muita gente que aqui se encontra. Na época eu assistia muito aquela série Table Top com o Wil Wheaton, essa era a minha fonte principal e quase que única de novos boardgames. Além de não ter um critério específico, tudo era novo, tudo era interessante. Desde o Euro até o Ameritrash, era tudo fascinante. Até jogos que não são nem considerados jogos de fato por aqueles que estão mais adentrados no hobby, como o caso do Munchkin que é mais visto como uma experiência (bem ruim) do que um jogo propriamente dito.

    Hoje eu já não tenho mais aquela alegria que eu tinha ao jogar o Munchkin, mas mantenho uma memória afetiva muito intensa. Devo muito àquelas cartinhas toscas e desequilibradas, muitas risadas, muitos bons momentos. Valeu o dinheiro investido. Por uns 5 anos eu não tive mais do que 10 jogos ao todo, eu não sabia quais eram os lançamentos mais quentes, qual era a hype, eu mal conhecia comunidades de jogos como Ludopedia ou Boardgame Geek. A ignorância é uma bênção porque nesses 5 anos eu joguei, e joguei muito cada jogo que eu tive. Eu troquei a chave uns 2 anos atrás quando uns amigos passaram a comprar uns jogos diferentes e isso aguçou a minha curiosidade. Passei a pesquisar boardgames pesadamente, em algumas semanas eu já era amigo de infância dos principais influenciadores desse universo, sobretudo os gringos. 

    Em 2 anos eu quadrupliquei minha coleção. Tinham mais jogos entrando do que eu conseguia jogar. Até meu grupo de jogos estava saturado, "a gente mal jogou esse e já tem outros 2 a caminho? Vai com calma, cara". Hoje eu tenho uma Shelf of Shame, ou estante da vergonha, de jogos que eu ainda nem consegui jogar. Essa lista já foi bem maior. Hoje tem uns 5 jogos que eu ainda não joguei e não me orgulho nem um pouco disso. Eu tenho material pra ficar o resto da vida jogando todos os meus jogos semanalmente sem enjoar. Depois de rodar toda a lista, o primeiro jogo jogado já estaria reciclado na minha mente e teria aquele sentimento de jogo novo.

    Mas ainda sim eu queria mais. A minha lista de desejos já beirou os 60+ jogos, sendo que na época eu tinha uns 20 jogos na minha estante que eu mal tinha aberto. Eu comecei a perceber que algo estava errado e deixei a minha cegueira de lado quando outro dia meu irmão pegou a caixa do SmallWorld e perguntou há quanto tempo eu não jogava ele? Fazia alguns anos já. Colocamos na mesa pra jogar. Foi um boom novamente. O mesmo feeling que eu tive em 2012 com o Carcassonne. Eu parei pra refletir na hora "nossa, Smallworld é muito bom" e o bicho tava na minha estante esse tempo todo, mas na minha compulsão era como se o jogo que eu não tenho fosse infinitamente melhor que todos os meus jogos somados. Seguramente não é verdade, mas eu estava cego pelo vício consumista.

    Um apaixonado pelo hobby não vê apenas jogos, vê experiências. De fato, eu queria experimentar mais e mais, explorar todo esse universo por fronteiras nunca antes alcançadas, mas isso tem um preço. Um não, vários. Você paga não só com dinheiro, mas com espaço na sua estante, tempo pra jogar, pra aprender a jogar, pra pesquisar, ou ainda culpa por ter comprado e não jogado.

    Foi aí que a ficha começou a cair e eu passei a fazer um processo reverso. Eu peguei aquela lista de 60 jogos e fui cortando um a um. A minha pesquisa era pra me convencer de que eu não precisava daquilo. Em tese, eu não precisava de mais nada, tenho mais jogos do que eu consigo jogar. Acontece que ninguém para de fumar assim do nada, então precisei de tempo e determinação para amadurecer a ideia.

    No começo era bizarro, era como se eu tivesse lutando contra meus demônios interiores e de fato meio que estava. Sempre que eu cortava um jogo da lista, era como se eu tivesse arrancando uma costela ou algo assim. Parte de mim estava se perdendo. Parecia que eu tava abandonando um filhotinho de cachorro numa estrada deserta. Pouco a pouco eu ia desapegando. Eu ainda assistia Reviews de jogos, mas eu já conseguia nem me coçar pra botar aquele jogo na lista. Depois de todo o esforço que eu tive pra tirar? Nem pensar.

    Fora que daqueles 60 jogos, muitos deles eram tecnicamente redundantes. Eram jogos que faziam essencialmente a mesma coisa, mecânicas parecidas, feeling de jogo virtualmente iguais, só que um era num contexto x e o outro no y, mas um era genérico do outro.... e eu queria os dois.

    Quando a lista chegou aos 20 jogos que eu tanto desejava, foi ficando tudo mais difícil, era muito difícil se desapegar da elite dos jogos que sobreviveram ao pente fino. Porque, afinal, se aqueles 20 sobreviveram a 40 cortes, coisa ruim eles não eram. Mas ai que tá, quanto eu precisava daquilo? Não é porque é bom que você precisa ter. Milhares de jogos são lançados todos os anos, centenas deles são decentes, dezenas deles são bons e alguns são realmente bons. Se você seguir por esse caminho obsessivo e tomar conhecimento de tudo que você nunca vai ter, você surta.

    Eu comecei um acompanhamento psicológico. Não especificamente por essa razão, outros traumas a parte que ocorreram na minha vida, mas certamente eu me abri a respeito da famigerada lista de Boardgames em algum momento das sessões. Felizmente eu ainda não estava num estágio onde eu tava abdicando de fazer outras coisas em prol dos jogos exclusivamente, ou ainda gastando um dinheiro que eu não tenho só pra isso. Aos poucos eu fui desapegando da elite dos 20, que se tornou a elite dos 10. O famoso top 10. Ainda sim, havia muita resistência em cortar mais e mais. Quebrar a estrutura do top 10? Poxa, mas eu super preciso desses 10 jogos, eu só tenho 50, não dá nem pra jogar nada...

    Parece piada, mas foi muito complicado pra mim. Hoje minha lista de desejos tem 6 jogos. Esse número me parece razoável dentro do meu patamar e minha consciência está tranquila em querer apenas 6 jogos para completar minha coleção. Eu evito usar o termo coleção porque parece que o hobby não é jogar, mas acumular jogos. Reconheço que por 2 anos foi mais isso do que jogá-los de fato. E depois de muita luta interna, eu não tenho mais vontade de aumentar esse número em tempos futuros. Quero voltar à inocência de 2012 quando eu tinha poucos jogos e aquilo era mais do que suficiente. 

    Eu não me vejo me desfazendo dos jogos, mesmo aqueles que eu não gosto tanto assim quanto antigamente depois de amadurecer e refinar meus gostos, porque eles pertencem a categorias de jogos. Quando eu jogo com amigos x, são jogos pesados, amigos y, jogos médios, família, jogos leves. Se eu mostrar um Munchkin pra certos amigos, eles fazem cara de azedo, se eu mostro pros meus primos, é a alegria da reunião de família. Ao passo que se eu mostro pra eles um Mombasa, eles torcem o nariz, e praqueles amigos, eles já chegam como quem diz "desafio aceito". Se eu só tenho euro médio/pesado, pra minha família eu não tenho jogo nenhum e vice versa para os jogos leves e festivos, considerando meus amigos. Felizmente eu me identifico com ambos.

    Para você que leu a minha história até o final, alguns aprendizados que tirei disso tudo:

    1 - Não há nada de errado com quem faz Review de jogos. Não demonizem essas pessoas quando elas adotam práticas não muito bem vistas como enaltecer um jogo muito mais do que ele merece de fato porque eles têm segundas intenções por trás daquele review, como por exemplo manter o vínculo empregatício com a editora que pagou por aquele review. É um negócio. É assim que o mercado funciona, é uma forma de propaganda. Você nunca vai ver na televisão uma propaganda falando como aquele carro é uma bosta e você não deveria comprá-lo, mas mesmo assim você não fica com raiva do garoto propaganda por que ele coloca muito mais confete do que o carro tem pra oferecer. A diferença é que quando falamos de boardgames, estamos envolvendo a nossa dimensão afetiva e quando vemos um Review, parece que o influenciador tá falando com o seu coração, mas na maioria das vezes trata-se de uma ilusão e quando você se depara com a realidade dos fatos, você converte esse sentimento em raiva orientada para a pessoa que coloca a cara naquele review. Ao invés disso, apenas se torne mais consciente de seus atos repensando cada uma de suas escolhas. Olhe o seu entorno, você realmente quer esse jogo? Você realmente precisa dele? Você vai de fato jogar? Você tem jogado os outros jogos que você falou pra si mesmo que ia jogar tanto quanto você gostaria quando você viu o review dele e agora ele tá lá parado na estante acumulando teia? Você compra novas  experiências e aventuras ou simplesmente desejos impulsivos e ilusões?

    Observação: por mais que o influenciador esteja sendo 100% honesto de suas convicções e desapegado da influência da editora, o fato dele aprovar o jogo é suficiente pro jogo ser realmente bom para o seu gosto pessoal? E vice versa, porque ele não gosta do jogo, o jogo se torna instantaneamente ruim? Reflita

    É fato que quem faz review tem mais quilometragem nessa estrada, já viu mais coisa, já tem um senso mais apurado, mas às vezes esse é justamente o problema. O seu gosto não está amadurecido ao ponto. O cara gosta de 18xx e seu coração ainda fala com o Ticket to Ride. Ele não é melhor do que você por causa disso e nem você é obrigado a um dia gostar de 18xx. Não é um caminho de mão única. Parem de gourmetizar jogo pelo peso. Um jogo pesado não é necessariamente bom. Bom e ruim são medidas abstratas para formação de critérios pessoais.

    2 - Em uma segunda escala, não é porque você tem o jogo base que você tem a obrigação moral de ter a expansão. Primeiro que se o jogo precisa da expansão pra ficar realmente bom, ele já tá errado. É um caça níquel. Outra, você jogou esse jogo até enjoar ao ponto de falar que você PRECISA daquela expansão pra dar uma sobrevida a ele? Fora que você só tem esse jogo de bom? De todas as dezenas, talvez centenas de jogos que você tem e nem lembra que tem. Às vezes o que o seu jogo precisa pra ganhar uma sobrevida é que você jogue outros jogos e deixe o arado descansar fazendo uma rotação de culturas. Sem mencionar que a expansão não necessariamente vai deixar o jogo melhor. Na verdade, na maioria das vezes é o oposto, o jogo fica mais complicado, com regras demais, camadas demais para manter a atenção, demorado demais, desmotiva novos jogadores ou jogadores não tão sérios, etc. O tiro pode sair pela culatra e a expansão pode ser o último prego pra enterrar um jogo desgastado pois agora que você não quer jogá-lo mesmo e você gastou dinheiro com isso.

    Acho que a melhor coisa que eu obtive quando comecei a desapegar dos meus impulsos consumistas foi o prazer de redescobrir gemas perdidas em meio ao que eu já tinha. Tome cuidado com o ponto de saturação. Aproveite o que você já conquistou. Saboreie mais os seus jogos. Profissionais no meio dos reviews que jogam mais de uma centena de jogos novos a cada ano dificilmente vão poder digeri-los corretamente.

    3 - Qual é o propósito de uma empresa? Ganhar dinheiro, sempre. Não importa se é vendendo flores ou armas, é sempre ganhar dinheiro. O mesmo vale para Boardgames. Parece óbvio, mas sempre que compramos um boardgame ruim porque caímos no conto do vigário ou a cigana te enganou, nós não percebemos esse fato. Até onde eu me lembro, a última grande revolução em design de boardgames foi o Dominion com a criação do Deckbuilding. Dali em diante ninguém arriscou mais, todo mundo se manteve ali naquela zona de conforto, aquela área segura onde você pega o que "tá dando certo". Quando uma empresa de boardgames faz uma aposta segura, você fica com aquela sensação de que você conhece aquele jogo de algum lugar, rola um processo de associação ali. "Hmm, isso aqui parece com o jogo A, esse elemento é do jogo B, esse aqui é uma mistura de C com D e J". Então é muito mais fácil pra empresa te vender uma aposta segura recheada com firulas tipo miniaturas bacanas, um tabuleiro bonito, itens extras, um monte de reviewer falando maravilhas desse jogo, quando na verdade ele é um híbrido de um monte de coisa que você já tem, já viu, já jogou e muito provavelmente você não precisa daquele Frankenstein, do que a empresa chegar e criar algo genuinamente revolucionário onde te faça parar e pensar "olha, eu realmente gostaria de ter isso na minha coleção, eu nunca vi nada igual". Isso é um em um milhão quando que na prática, quando você se deixa levar por seus impulsos, você tá comprando é um monte de mais do mesmo e chega um momento irônico que você não quer jogar o jogo A porque você tá enjoado de jogar o B que é igual, mas "é diferente".

    4
  • SepeTiaraju
    551 mensagens MD
    avatar
    SepeTiaraju11/08/19 16:06
    SepeTiaraju » 11/08/19 16:06

    LuisPerdomo::...
    2 - Em uma segunda escala, não é porque você tem o jogo base que você tem a obrigação moral de ter a expansão. Primeiro que se o jogo precisa da expansão pra ficar realmente bom, ele já tá errado. É um caça níquel.
    ...

    A Cool Mini or Not adora fazer isso, brincando com o FOMO* dos viciados, digo, dos apoiadores... a campanha Kickstarter mais recente deles, que nem consigo pronunciar o nome do jogo, tem o Pledge básico de  cem dólares, mas oferece expansões opcionais que somados valem 2,5x a mais do que o jogo base e boa parte são "exclusivos" da campanha de financiamento coletivo, ficando acessíveis posteriormente aos afortunados que podem comparecer aos eventos GENCON's da vida ou que podem pagar os absurdos no eBay diretamente da mão dos "scalpers".
    Depois que passa todo o ciclo da campanha, você recebe aquela cartinha gostosa dos correios para pagar as taxas alfandegárias, chega a sua porta aquela pilha enorme de caixas que você sequer tem espaço para acomodar na estante e com o passar do tempo percebe que mal explorou o conteúdo do jogo base... ironia até no nome da empresa.

    0
  • LuisPerdomo
    653 mensagens MD
    avatar
    LuisPerdomo11/08/19 17:14
    LuisPerdomo » 11/08/19 17:14

    SepeTiaraju::A Cool Mini or Not adora fazer isso, brincando com o FOMO* dos viciados, digo, dos apoiadores... a campanha Kickstarter mais recente deles, que nem consigo pronunciar o nome do jogo, tem o Pledge básico de  cem dólares, mas oferece expansões opcionais que somados valem 2,5x a mais do que o jogo base e boa parte são "exclusivos" da campanha de financiamento coletivo, ficando acessíveis posteriormente aos afortunados que podem comparecer aos eventos GENCON's da vida ou que podem pagar os absurdos no eBay diretamente da mão dos "scalpers".
    Depois que passa todo o ciclo da campanha, você recebe aquela cartinha gostosa dos correios para pagar as taxas alfandegárias, chega a sua porta aquela pilha enorme de caixas que você sequer tem espaço para acomodar na estante e com o passar do tempo percebe que mal explorou o conteúdo do jogo base... ironia até no nome da empresa.


    Há um tempo atrás eu me interessei pelo Rising Sun. Posso estar equivocado aqui, mas se não me falha a memória, o tabuleiro vem com alguns slots específicos para facções que você só consegue de forma exclusiva. Em outras palavras, o tabuleiro te lembra que você nunca vai completar aquele slot porque você não participou da campanha do KS, como se fosse uma espécie de punição. O Scythe da Stonemaier também tem isso, o jogo base vem com dois espaços destinados a facções que vêm na expansão. É bacana isso? Claro que não. Eles podem alegar que o jogo ficaria muito mais caro se viesse com tudo de uma vez e menos pessoas o comprariam desse jeito. Beleza, tem certo fundamento. Afinal, você ainda pode comprar a expansão, diferentemente dos exclusivos da CMON. Mas além disso, a gota d'água pra mim foram as fortalezas do Rising Sun. Na versão KS, elas são minis. Na versão retail elas são tiles de papelão. O problema é que num jogo de controle de área, cheio de miniaturas povoando o tabuleiro, é muito fácil você deixar de notar um tile ali perdido no meio daquilo tudo. Isso pode afetar a jogabilidade. E o pior, você não pode nem comprar os minis de fortaleza a parte através de modos convencionais, porque eles são exclusivos.

    Moral da história. No final eu comprei o Kemet como minha alternativa para Dudes on a Map. Foi uma explosão na mesa aqui de casa. Todo mundo ficou maluco com o jogo. E diferentemente do tabuleiro do Rising Sun, o tabuleiro do Kemet tem espaços demarcados para 3 pirâmides por jogador. "Ah, mas na expansão vem uma quarta pirâmide". Sim, mas graças a esse design, você só usa 3 pirâmides mesmo assim, ou seja, terá que deixar uma de fora. E sinceramente, eu não quero uma quarta pirâmide. O jogo já está bem redondinho com 3. Não senti falta de nada. Isso é um exemplo de um design honesto que te dá liberdade de escolha, sem te colocar contra a parede.

    Da CMON só tenho o Zumbicide vanilla mesmo, pelado, sem nada. Joguei bastante quando estava iniciando no hobby e não sinto falta de nada. "Ah, mas se você colocar aquela expansão, o jogo vai melhorar horrores...". Prefiro não saber, a ignorância é uma bênção e Zumbicide está longe de ser uma das minhas primeiras opções ao iniciar uma jogatina. Hoje em dia só o jogo com novatos no hobby e que têm uma afinidade por zumbis.

    Mas já foi tempo que eu ficava aflito com essas políticas mesquinhas de certas empresas para de certa forma te forçar a comprar o pacote completo se você tem tendências colecionistas. Hoje eu passo longe dessas empresas. Apenas deixando claro que não há nada de errado em querer colecionar artigos de um determinado jogo, designer ou empresa. O dinheiro é seu, você é livre para fazer o que bem entender com ele. O próprio Rising Sun é um jogo que eu ainda tenho curiosidade de conhecer um dia e pode até ser que ele seja de fato um jogo muito bom, mas ele nunca terá espaço na minha estante pelo que já foi dito anteriormente. O importante é sempre estar consciente de suas atitudes e não se deixar levar pelo emocional.

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