Eu já joguei tantos jogos festivos (olha aí o PT-BR), com tantos jogadores "mau caráter", que agora, sempre que eu vejo um jogo novo, eu só enxergo a matrix por trás do jogo, e tento encontrar onde está a falha, e imediatamente procuro criar uma regra da casa pra impedir que os jogadores veteranos do meu grupo abusem desta falha.
 
Exemplos de abuso de regras (ou de ausência de regras):
Saboteur: quando todos já identificaram os sabotadores, um alpha player domina a mesa e diz pra todo mundo o que fazer, essencialmente jogando sozinho até o final da partida. 
The Resistance: jurar por Deus que não é espião. Puta que pariu, The Resistance é um jogo muito problemático em muitos aspectos...
Dixit: apontar pra pessoa e falar "Essa é pra você, ninguém mais vai adivinhar".
Codinomes: Um pesadelo absoluto de abuso de regras. Chegamos ao ponto de que a pessoa passando as dicas escrever APENAS uma palavra e um número em um papel, e fica de costas durante o turno para evitar contato visual, expressões e qualquer palavra além do necessário. Mais ainda existem brechas.
Tabu: Mímicas sutis, apontar ou olhar para objetos que estão nas proximidades.
When I Dream: ainda está em fase de testes, mas tenho certeza que vai ter alguma falha.
 
Enfim: jogos que deveriam ser uma festa, divertir as pessoas, por conta desses jogadores que são mais velhacos, acabam se tornando opressores para os jogadores mais inexperientes que se misturam na jogatina.

Resposta da pergunta final de jogos de festa pra 2

Abstratus
Flikn m up
Concept é possível
Codename dueto

Qualquer jogo que eu consiga colocar um número grande de pessoas (8+ jogadores) e que seja curto (30 minutos ou menos) dificilmente não será um jogo festivo. A definição do BGG tem um elemento a mais: jogos que encorajam a interação social. (Party games are games that encourage social interaction. They generally have easy setups and simple rules, and they can accommodate large groups of people and play in a short amount of time.)

Eu ainda diria que o alvo do jogo festivo é a interação social. O jogo festivo é, no bom português, uma brincadeira. Um pretexto para quebrar o gelo ou para ter o que falar depois daquela atividade lúdica. Não precisa respeitar com esmero as regras para atingir a sua finalidade. Quantas variantes de Imagem & Ação, Uno, Truco, Dixit não jogamos?

Jogo festivo também não deve ser medido pelo engajamento, se você está adivinhando num dos times de Codenames e sai para pegar uma bebida, pode não haver prejuízo, se fizer a mesma coisa em Lobisomem, talvez sim, e se for Resistance ou Dixit é certo de que você vai atrapalhar o jogo, se demorar. Já se você disser um número e alguém falou outro mais baixo que o seu em Ricochet Robots, ninguém vai perceber se você for para casa.


Eu não encararia como quebra do círculo mágico ou punição social só porque você lembra de um momento de uma partida de Dança dos Ovos, ou de um arremesso de dados de Dungeon Fighter, porque isso acontece com qualquer boa lembrança de qualquer tipo de jogo. Se por coincidência, ou não, todos apontam suas armas de Ca$h 'n Guns para uma única pessoa, que se assombra com esse resultado, por que um momento tão hilário seria a quebra do círculo? Em jogos econômicos, você é atingido no "bolso". Em jogos sociais, você é atingido nesse aspecto também.

Mas também não é só habilidade social que define um jogo festivo, Spot it!, Jenga, PitchCar exploram habilidades físicas para promover a interação social.

E esses jogos roll-and-write? de 1 a 99+ jogadores? (Avenue, Welcome to, Railroad Ink, Qwinto) seria Party? Talvez não. Provavelmente não. Possivelmente encaixaria-os nos Fillers. Um Filler pode facilmente funcionar como Gateway, mas dificilmente um Party servirá para isso, mas ele serve para sinalizar que existe esse universo de jogos modernos.

Só passando aqui para dizer que estou sem comentar muito, mas escutando sempre, e marca meus pontos no bingo ♥

sobre o bang! eu digo uma coisa, a versão dice é forma Overpowered do jogo, por ser rápida e mais bonita ☺ 

Fui ouvir o podcast em busca de sugestões de party games e, além da ótima lista, saí com uma excelente abordagem, antropológica, acerca das sociabilidades dos jogos em momentos festivos. 

Eu gostei muito deste conteúdo. Parabéns, pessoal!

O podcast volta quando? Abraço! 

igorfernandespi::O podcast volta quando? Abraço! 

Estou esperando também... O Pouco Pixel, podcast do Danilo sobre videogames antigos foi encerrado, e temo que o Tabulices tenha o mesmo destino. Ele parece ter desanimado um pouco em produzir podcasts. Espero estar enganado e que eles voltem com forças renovadas, pois é meu podcast preferido de boardgames e perder o Pouco Pixel já foi um golpe bem pesado.

gtisot::

igorfernandespi::O podcast volta quando? Abraço! 

Estou esperando também... O Pouco Pixel, podcast do Danilo sobre videogames antigos foi encerrado, e temo que o Tabulices tenha o mesmo destino. Ele parece ter desanimado um pouco em produzir podcasts. Espero estar enganado e que eles voltem com forças renovadas, pois é meu podcast preferido de boardgames e perder o Pouco Pixel já foi um golpe bem pesado.

Também é o meu, o podcast é incrível. Desanima não galera! 

Nem fala, maior arrependimento não ter contribuido pro Pouco Pixel enquanto estavam na ativa. Nunca fui tão apegado a um podcast quanto esse. Tabulices é muito bom também, acho que esse não terminou, apenas um hiato (espero).