Em terras longínquas, uma fraternidade de homens sacros busca restaurar o equilíbrio da natureza, conjurando intrincados rituais de purificação e benção em locais sagrados de adoração. Mas, divididos em grupos que adoram espíritos diferentes, cada um tenta, secretamente, impor seu dogma sobre os outros. No fim, apenas um espírito reinará sobre toda a realidade. Fae Tá na Mesa!
Fae é um jogo de 2018 criado por Leo Colovini. De dois a quatro jogadores, com duração média de 30 minutos, em Fae os jogadores são espíritos da natureza que conseguem poder através de rituais druídicos.
- Coisa do tinhoso! Você está repreendido!
Calma, cria da inquisição, e deixe a mente aberta. Fae é um jogo simpático, simples e rápido, que não tem nenhuma relação com o coisa-ruim. Cada jogador sorteia secretamente uma carta de Espírito no início da partida. Ela indica a cor do jogador. O tabuleiro é dividido em sessenta território e no começo da partida há um único marcador de Druida em cada um. No turno do jogador, ele deve mover todos os druidas de uma região para outra, que não esteja vazia. É importante frisar que o jogador move todos os druidas e não apenas aquele de sua cor. Quando um território que tenha druidas ficar totalmente isolado, ocorre um Ritual e a pontuação. Há doze cartas de rituais, variando do nível um ao cinco.

Todas as cores participantes do ritual ganham pontos igual a quantidade de druidas envolvidos, não importando quem tem mais ou menos druidas, mas tem outro detalhe. A carta ativa de ritual mostra dois terrenos: um é considerado favorável e outro desfavorável (Nota do Sr. Slovic: As regras dizem abençoado e amaldiçoado, mas para não ofender ninguém, vamos usar esses termos). Se a pontuação ocorre em um terreno favorável, as cores ganham um bônus igual ao nível do ritual. Se for em um desfavorável, ninguém pontua. O jogador que isolou os druidas fica com a carta. Quando o ritual termina, todos os druidas que participaram saem do jogo.
- Ei, essas miniaturas parecem (censurado)!
Ei, para alguém que achava que o jogo era coisa do capeta, você está com pensamentos bem impuros e uma boca muito suja! As miniaturas dos pequenos Druidas estão muito bem-feitas. Toda a arte do jogo é fantástica, remetendo a florestas, fadas e magia celta. O jogo continua até que o ritual de quinto nível ocorra (Nota da Sra. Slovic: Nessa carta, todos os terrenos são favoráveis) ou não é mais possível fazer um movimento. No fim os jogadores revelam suas cartas e soma a quantidade de cartas de Ritual que realizou com a pontuação de sua cor. Quem tiver mais pontos, vence.

No geral, Fae é um jogo bem divertido. Ele é uma releitura do antigo jogo Clans, do mesmo autor. As regras são bem simples. Dá para jogar fácil com quem não conhece o universo do Boardagames tranquilamente. É um jogo de blefe sem ser um jogo de blefe como estamos acostumados a ver, como The Resistence ou Coup. Você quer que sua cor participe do máximo de rituais possíveis, mas, se os outros jogadores perceberem um favorecimento, vão tentar isolar sua cor em terrenos desfavoráveis, não deixando você pontuar. Equilíbrio é a palavra chave. Como todo mundo move todas as peças, é importante saber posicionar seus druidas. Vamos jogar, antes que alguém comece a ver gnomos e duendes, também.