Mustella::Eu cheguei a ficar muito empolgado com a Rails to The North, mas cada vez que eu dava uma conferida nas impressões do pessoal do BGG, meu interesse diminuía.
1) Lendo o manual e vendo o tabuleiro, tive a sensação (vi muita gente concordando) que focar na nova ação auxiliar é quase um 'no-brain', o que diminui um pouco a variedade estratégica entre as outras.
2) A estratégia de construção, que eu considerava equilibrada, recebeu um buff enorme. Com o descarte de cartas '2' na nova, é mais fácil pro construtor realizar entregas menos punitivas - além dos novos prédios e os bônus do norte serem muito bons pra ele. O que segura essa estratégia é precisar de muito dinheiro e agora ficou mais fácil consegui-lo.
Com isso, a expansão acabou saindo do meu radar. Preciso jogar a cópia de alguém pra tirar a prova.
Ótimo texto como sempre, LPP!
1) Eu também pensava assim, vide meu tópico sobre impressões após a primeira partida. Mas depois de mais de 15 partidas com a expansão, vi que não é exatamente como eu pensava. É inegável que a ação auxiliar nova se sobrepôs um pouco às outras, mas o uso dela tem que ser muito bem pensando, considerando que você tem um número limitado de ramais para por no tabuleiro. Além do mais, se vc quiser ter acesso a tudo, vai acabar perdendo muitos pontos de vitória porque precisa colocar discos em cidades próximas umas às outras. E assim, nem sempre sua estratégia é igual do adversário. Semana passada meu amigo colocou sozinho dois discos que davam acesso à duas cidades médias e acabou ganhando o jogo porque deu uma vantagem muito boa para ele logo no início da partida. Já eu e meu outro amigo seguimos outro caminho, buscando liberar o disco preto o mais rápido possível. Nesta mesma partida, inclusive, esse mesmo amigo que venceu a partida liberou o quanto antes a ação auxiliar de mover o trem para frente porque os maquinistas estavam escassos e ele pretendia pegar os tiles de estação que davam certificados permanentes. Ou seja, no momento de usar as ações auxiliares ele deu preferência para aquela ação auxiliar em detrimento da nova. Então não é tão 'no-brain' assim como dizem, depende muito de como o jogo vai se desenvolver. Lembrando que para por uma casinha vc precisa descartar uma carta de valor dois o que pode prejudicar o deck que você montou para entregar em kansas.
2) Neste ponto devo concordar, aliás, já até falei ali em cima. O buff em cima dos construtores foi muito grande, porque algumas cidades 'fáceis' de entregar dão dinheiro extra, além dos bônus da cidade média. Mas isso não significa que é a estratégia vencedora, de forma alguma. Nesta mesma partida acima relatada, eu fui de construtores e meu amigo foi de maquinista/vaqueiro e levou o jogo por 15 pontos de vitória de diferença. Eu fiz as construções mais caras, inclusive a 11a que dá 25 pontos de vitória, consegui entregar em Montreal garantindo 15 pontos de vitória (usando a construção 9a), tile de bônus para as construções feita e mesmo assim perdi. A questão é que antes da expansão vencer com os construtores era muito difícil, parecia trabalhador auxiliar das demais estratégias.