guilhermezardo0::

marciusfabiani::Mais um belíssimo texto do melhor resenhista da Ludopedia. 

Um amigo do poeta Olavo Bilac queria vender uma fazenda que só lhe dava prejuízo e pediu pro poeta redigir o anúncio. Bilac caprichou: "Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda." Algum tempo depois, Bilac encontrou o amigo e perguntou se ele tinha conseguido vender a fazenda. O amigo respondeu: "Desisti de vender! Jamais venderia a fazenda que você descreveu no seu anúncio!"

Seu texto me deixou arrependido de ter vendido meu Tokaido! 

Melhor resenhista disparado!
É impressionante a força das resenhas do @Mayrant Gallo em nos fazer ter vontade de jogar determinados jogos que antes nos pareciam insignificantes ou desprezíveis.
E isso sem ingressar na análise de mesmices tais como tempo de jogo, componentes, mecâncias e blá, blá, blá!

Obrigado, camarada! Fico feliz que esteja apreciando as resenhas. Abraço!

Desde que iniciei nos jogos tabuleiro observo que cada jogo, cada partida, cada experiência possui uma narrativa diferente, conta uma história. Fico deliciado em ler seus textos, porque me parece que você tem, além da sensibilidade de perceber a narrativa de uma forma poética, a bagagem teórica e empírica para trazer pontos de vista de pensadores externos ao universo dos jogos para dentro do círculo mágico de nosso hobby. 
Tokaido é mesmo um pedacinho do Japão sobre a mesa, em todos os aspectos, e uma experiência que tem as dificuldades de se empreender uma viagem como a proposta, mas dentro de um ambiente "zen" caracteristicamente oriental. 
Espero que continue a nos presentear com esses pequenos regalos literários. 
Parabéns pela iniciativa e muito obrigado. 

Realmente são poucos os que conseguem captar e desfrutar da experiência de Tokaido, a tranquilidade e paz dele, não é algo sempre receptivo a esse mundo acelerado que vivemos. É um obra prima em quesito visual, e para mim um dos melhores do Bauza, a tranquilidade que ele passa, não consegue nem me deixar chateado numa derrota, mas sim a vontade de repetir a experiencia que ele passa.

Ps: Recomendo jogar com a trilha sonora do jogo, cria uma imersão fantástica. 

Caro Mayrant,
Excelente texto, que transcende em muito uma simples resenha. Foi uma ótima leitura. Contudo, enquanto lia, me perguntava se o Tokaido que joguei seria o mesmo do qual tu falas. É que, talvez por não ter alma de poeta, o jogo não me empolgou. Comprei pelo tema da cultura japonesa, que, de fato, é muito bem implementado, e pela mecânica original, mas confesso que não tenho vontade de revistá-lo. Continua na coleção, mas, quando me reúno com o grupo de jogatinas, acabamos optando por outros títulos. Abraço. 

Texto muito bom, parabéns!
O jogo é realmente lindo, com um tema bem implementado nas ilustrações, mas que em mecânica poderia ser qualquer coisa.
É um bom jogo “gateway”, agradável e leve de se jogar. Na verdade utiliza a mecânica já implementada em outros jogos, como o Egizia, mas de uma maneira bem mais simples.
Infelizmente não agradou o nosso grupo, que prefere jogos mais pesados e “cerebrais”, mas talvez justamente essa simplicidade e leveza é que agrade muita gente, que vai encontrar nele um bom passatempo, mas não muito mais que isso, na minha opinião, claro. Estaria mais para uma "atividade" do que um jogo de tabuleiro moderno...

Hahahahaha, me sinto concordando e discordando do texto, 100%, ao mesmo tempo.

Eu saberia olhar e jogar Tokaido com a mesma sensibilidade se estivesse procurando um passa tempo como um jardim zen, o desing é muito elegante... Mas como jogo, logo que a coleção cresceu e conheci outros títulos e mecânicas ele automaticamente caiu na categoria "bonitinho mas ordinário" pra mim, como player. Não quis manter nem na coleção.

Longa vida ao hobby! Que haja espaço para toda boa ideia!

Tintreiro::Realmente são poucos os que conseguem captar e desfrutar da experiência de Tokaido, a tranquilidade e paz dele, não é algo sempre receptivo a esse mundo acelerado que vivemos. É um obra prima em quesito visual, e para mim um dos melhores do Bauza, a tranquilidade que ele passa, não consegue nem me deixar chateado numa derrota, mas sim a vontade de repetir a experiencia que ele passa.

Ps: Recomendo jogar com a trilha sonora do jogo, cria uma imersão fantástica. 

Ainda não fiz isso, mas acredito que deve ser uma ótima experiência! Tenho alguns CDs de música japonesa bem de acordo... Grato pela dica!

andreferr::Desde que iniciei nos jogos tabuleiro observo que cada jogo, cada partida, cada experiência possui uma narrativa diferente, conta uma história. Fico deliciado em ler seus textos, porque me parece que você tem, além da sensibilidade de perceber a narrativa de uma forma poética, a bagagem teórica e empírica para trazer pontos de vista de pensadores externos ao universo dos jogos para dentro do círculo mágico de nosso hobby. 
Tokaido é mesmo um pedacinho do Japão sobre a mesa, em todos os aspectos, e uma experiência que tem as dificuldades de se empreender uma viagem como a proposta, mas dentro de um ambiente "zen" caracteristicamente oriental. 
Espero que continue a nos presentear com esses pequenos regalos literários. 
Parabéns pela iniciativa e muito obrigado. 

Eu que lhe agradeço o comentário sensível e eloquente. Fico contente que esteja apreciando os textos. Tokaido realmente é bem inspirador.

Ludusprimus::Caro Mayrant,
Excelente texto, que transcende em muito uma simples resenha. Foi uma ótima leitura. Contudo, enquanto lia, me perguntava se o Tokaido que joguei seria o mesmo do qual tu falas. É que, talvez por não ter alma de poeta, o jogo não me empolgou. Comprei pelo tema da cultura japonesa, que, de fato, é muito bem implementado, e pela mecânica original, mas confesso que não tenho vontade de revistá-lo. Continua na coleção, mas, quando me reúno com o grupo de jogatinas, acabamos optando por outros títulos. Abraço. 

O fato de existirem tantos jogos acaba por não nos permitir jogar muitas vezes um jogo específico. Em geral prefiro jogar bem um jogo a jogar muitos jogos, mas entendo que, num grupo, Tokaido não seja uma atração tão forte. Uma pena. Grato pelo comentário.

casulo::Texto muito bom, parabéns!
O jogo é realmente lindo, com um tema bem implementado nas ilustrações, mas que em mecânica poderia ser qualquer coisa.
É um bom jogo “gateway”, agradável e leve de se jogar. Na verdade utiliza a mecânica já implementada em outros jogos, como o Egizia, mas de uma maneira bem mais simples.
Infelizmente não agradou o nosso grupo, que prefere jogos mais pesados e “cerebrais”, mas talvez justamente essa simplicidade e leveza é que agrade muita gente, que vai encontrar nele um bom passatempo, mas não muito mais que isso, na minha opinião, claro. Estaria mais para uma "atividade" do que um jogo de tabuleiro moderno...

Obrigado! É assim mesmo: se não dividisse opiniões, Tokaido seria uma unanimidade, o que não chegaria a ser um grande mérito, como dizia Nelson Rodrigues. Atingimos um estágio dos jogos de tabuleiro em que tudo é possível, e todos os gostos têm seu lugar, como aconteceu na Arte Moderna.