DWilliam::Em geral prefiro não depender de apps. Mas se trouxerem experiência inovadora e significativa, dou uma chance.
Tenho a impressão que em breve teremos um nicho de jogos envolvendo soluções tecnológicas. Mais que aplicativos, acho que óculos de realidade aumentada podem trazer muitas inovações em como jogamos algumas coisas. E tudo bem se uma parte da comunidade não gostar disso. Nem todos os jogos/nichos são para todos.
Acredito que foi o comentário mais sensato até agora, não porque é concordando com o tema do post mas porque é uma visão mais "sem preconceito" com o assunto.
Eu sempre penso em algo mais além do que só por um APP como um "componente" do jogo, seja como algo complexo como substituto a um overlord como sendo o gerente de uma mecânica especifica do jogo (como no Alquimista). Eu penso em jogos de tabuleiro se integrando com outros jogos digitais, tipo você joga uma parte do jogo num APP e algumas partes do jogo são jogadas na mesa, cada um gerando informação entre si. Coisas feitas fora do jogo como comprar itens depois de uma aventura, atualizar status, etc poderiam ser gerenciadas num APP enquanto um combate tático seria feito no jogo de tabuleiro em si.
O interessante seria levar o que rolou na mesa para o APP e expandir a jogatina pelo APP mas que resultaria em novas jogatinas na mesa. Algo parecido com o que o
KeyForge: Call of the Archons esta fazendo, gerenciando as partidas e ranqueamentos dos jogadores e já auto-gerenciando a geração de novos decks de acordo com os dados coletados das partidas. E todo mundo que está jogando está gostando e achando sensacional essa ideia. O jogo continua mesmo depois da mesa.
Pensar num APP onde eu pudesse jogar algo parecido com um Runebound e em determinadas partes do jogo eu tivesse que jogar um cenário do Descent e após aquela partida na mesa, tudo que foi feito ali estaria dando continuidade no APP, e as coisas do APP estivessem influenciando como a historia como um todo, seria um novo tipo de experiência no jogo de tabuleiro, inclusive podendo expandir de forma online a história via APP mas sem perder o feeling de jogar as partidas offline mas tudo estando integrado. Imagina 1, 2 ou até 3 jogos se influenciando entre si porque teria um "integrador" entre eles em forma de APP ampliando a imersão e continuidade do jogo, onde pudesse ir sempre expandindo em conteúdo tanto digital quanto para a mesa (em forma de expansões).
Eu acredito que o que mais incomoda as pessoas em usar APPs é a interação que se precisa fazer nele. Parar pra clicar em opções no APP é algo que irrita os puristas e os mais "antigos" do hobby. Mas isso poderia ser amenizado se fosse pensado alguma interface entre os componentes do jogo e o APP fossem mais transparentes, onde o ato de usar um componente na mesa resultasse na interação com APP e o fizesse continuar seu fluxo resolveria o problema.
Mas é interessante como os jogadores se preocupam muito mais com o produto do que com o conteúdo do produto. Do que adianta um jogo na prateleira que não tem mais vontade de joga-lo? "Ah, mas da pra vender se não for ver mais mesa"... blz, mas um jogo com APP não pode ser vendido caso não se tenha mais interesse? Claro que pode.
Enfim, eu acho que, pelo menos por aqui isso é visto com maus olhos... Ainda bem que a FFG não depende do nosso mercado e eu acredito que já que ela é uma das maiores empresas que investe pesado em jogos híbridos desse estilo, eu só ACHO que isso é bem mais que uma tendência mas algo que o mercado principal deles curte e prefere onde ao meu ver é algo natural trazer jogadores mobile para os tabuleiros visto que associa um vinculo dos mobile gamers com uma nova experiencia na mesa.
Bem, no mais cada um que fique com suas miniaturas ou seus cubinhos... e agora seus APPs. Tchau!