Bom texto. Também não achei o jogo genial nem nada que me fizesse acha-lo incrível, mas achei bem gostoso de jogar (usando o termo "gostoso" para ficar clara a dimensão subjetiva da questão). Concordo quando você diz que a interação zero pode prejudicar a rejogabilidade e também a diversão, mas não percebi as diferenças no setup como sendo pouco relevantes. Acho que uma prova de que elas mudam bastante a forma de vencer se deve ao fato de que não é possível usar a mesma estratégia mesmo quando se pega o mesmo tabuleiro individual. Também não achei a temática completamente alheia a jogabilidade, as ações fazem sentido dentro do que se pensa como sendo a vida acadêmica: você trabalha para ganhar dinheiro que lhe permite viajar e ao viajar, conhecendo outros centros de pesquisa, você adiciona conhecimento (livros) na sua estante; aulas lhe fornecem ações mais especializadas e eficientes; desenvolver tecnologias lhe permite ganhar bonificações imediatas e adquirir prestígio (pontos de vitória) ao fim do jogo. As cartas de mestres poderiam ter informações históricas e os poderes ter alguma relação mais clara com o que os cientistas realmente fizeram, mas, no segundo caso, penso que seria dificil faze-las mais temáticas sem tornar o jogo muito pesado (intetessante você ter citado Vital Lacerda que consegue trazer um tema mais forte com regras mais complexas). Vi ele como uma alternativa a Marco Polo ou Castles of Burgundy e acho que o que para mim ele perde (interação zero) pode ser bom para outros jogadores que se incomodam com os blocks que os dois anteriores permitem.