Pacifico::

vickpinto::Uma vez eu assisti uma palestra onde o palestrante chamava atenção para o fato de na língua portuguesa ter essa diferenciação entre brincar e jogar, como se um fosse coisa de criança e adultos não pudessem fazer e o outro fosse algo adulto, potencialmente viciante e/ou prejudicial.

Sendo que no fundo brincar e jogar (assim como brinquedo e jogo) são a mesma coisa, tem o mesmo objetivo, sendo separados apenas por um estigma de que um é "coisa de criança". 

Vou dar uma olhada para ver se encontro o video para por o link aqui. Mas para satisfazer a curiosidade, vou colocar algumas traduções de "jogar" e "brincar" em algumas outras línguas, apenas para mostrar como essa diferença não existe em muitos lugares. Colocando as duas palavras no google tradutor e alterando a língua de saída, esse é o resultado: 

Inglês:
Brincar - Play
Jogar - Play

Espanhol
Brincar - Jugar 
Jogar - Jugar

Francês
Brincar - Jouer
Jogar -  Jouer

Alemão
Brincar - Zu spielen
Jogar - Zu spielen

Chinês

Brincar - 要玩
Jogar - 要玩

Coreano 

Brincar - 재생하려면
Jogar - 재생하려면

Dinamarquês
Brincar - at spille
Jogar - at spille

Italiano
Brincar - Per giocare
Jogar - Per giocare


Japonês
Brincar - 遊ぶために
Jogar - 遊ぶために

Latim
Brincar - Ludere
Jogar - Ludere

Russo

Brincar - Играть
Jogar - Играть

Era a palestra do Tsukumo, no TED São Paulo. Excelente, por sinal!

https://www.youtube.com/watch?v=yQdnhzIX-tA

É essa mesmo!!! Muito bom, vale a pena assistir!!!

bom... pra mim.. na moral... essas paradas não afetam em nada minha vida... rsrs

A questão que fica é o pq temos tanto a necessidade de classificar algo como isso ou aquilo.

hugohpinto::Acho que todo board game é um brinquedo, mas nem todo brinquedo é um board game. Brinquedo + regras = Board Game. Qual é o problema em admitir que ainda gostamos de brincar?

Matou minha postagem!

Tô lembrando daqueles "adultos" que reclamam quando chamam os bonequinhos deles de bonequinhos (ao invés de Action Figures).

Em tempo: Se eu tivesse um Zombicide três décadas atrás, certamente iria brincar com as miniaturas sem as regras.

Paulo_Segundo::

Sr Ze::Em meio a tantas discussões e debates sobre jogos de tabuleiro, umas das questões que me chamou a atenção foi o fato de que alguns jogos seriam considerados brinquedos, enquanto outros, não. Especificamente ouvi/li dizerem que "jogos com miniatura são brinquedos, não são jogos", ou ainda que "jogos com miniaturas são máquinas de caçar níqueis", uma alusão ao desperdício de dinheiro sob promessa de recompensa duvidosa. Assim, o conceito do que é um jogo e o que é um brinquedo, ou mesmo quando um jogo é um brinquedo, ficou nebuloso."

Pra mim isso aí eh chatice de eurogamer que se acha superior aos ameritrashers...

Mais ou menos...

Não que eu discorde de você, mas cada vez mais aparecem jogos "quebrados" repletos de miniaturas como atrativo. E quando elas se tornam o elemento principal de um jogo ao invés de um acessório, as críticas são fundamentadas.

brunosemi::
Mais ou menos...

Não que eu discorde de você, mas cada vez mais aparecem jogos "quebrados" repletos de miniaturas como atrativo. E quando elas se tornam o elemento principal de um jogo ao invés de um acessório, as críticas são fundamentadas.

Eu gosto muito das miniaturas dos jogos, mas percebi que esse apelo por vezes prevalece em relação ao jogo base, sendo que alguns dispensam totalmente esses acessórios, como por exemplo o The Godfather (jogo da minha lista de favoritos) cujas miniaturas não fazem a menor diferença e acabam encarecendo o produto final. 

brunosemi::
Tô lembrando daqueles "adultos" que reclamam quando chamam os bonequinhos deles de bonequinhos (ao invés de Action Figures).

Em tempo: Se eu tivesse um Zombicide três décadas atrás, certamente iria brincar com as miniaturas sem as regras.

Sobre os bonequinhos, é um pouco isso do que trata a postagem, ser chamado de uma forma ou de outra não altera a condição da peça em si, somente a percepção do usuário.
sobre brincar com as miniaturas, vejo no futuro esse será o destino das peças na mão do meu filho que hoje já cresce o olho nelas.

Alves de Lima::A questão que fica é o pq temos tanto a necessidade de classificar algo como isso ou aquilo.

Acredito que a classificação é importante, até para orientar e facilitar a compreensão entre as opções de jogos dentro de um universo bastante grande e que cresce a cada dia, são muitos jogos e diversas mecânicas em três grandes grupos. Mas o problema não é classificação, e sim a rotulagem. A rotulagem visa tornar pejorativo um termo ou conceito, nesse sentido gera preconceito, enquanto a classificação seria mais da ordem de orientação, por categorização sem hierarquia, respeitando preferências e aptidões, e o momento de relacionamento.