Boardgame no mercado livre é quase sempre super faturado. Geralmente visam pegar quem não conhece lojas especializadas e acabam pagando mais caro por realmente não ter muita noção dos valores.

Aqui na Ludostore você acha bem mais barato bem longe dos 200 cobrados pelo ML.

Olha, uma pesquisa rápida você acha ele lacrado por R$125,00, mesmo preço na Ludostore também.

Sou suspeito pra falar, quando fui comprar também achei o valor caro, mas em poucos dias ele já "se pagou". Vale muito a pena.

O preço vem da qualidade do jogo também, e não só da quantidade de componentes.

Dandare::Pessoal, bom dia.

   Eu estou acompanhando os foruns e acabei escolhendo o Codinome como aquisição do mês para a minha coleção. Porém eu estou pesquisando e estou achando preços que variam de R$ 120 reais (Usado) até R$ 200 reais (Mercado Livre).

   Sei que é um bom jogo, mas existe alguma coisa muito errada quando concordamos em pagar 150 (ou 200) reais em um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor. Mesmo considerando a excelência do jogo, o mesmo é vendido entre 11 e 15 dólares na amazon, ja considerando o lucro fabricante e logista. Existe sim uma questão de conversão do dólar, custos de produção, mas estamos falando de cartas de papel que podem ser produzidas aqui mesmo no Brasil. E se forem produzidas fora (China) provavelmente ficarão ainda mais baratas.

   Aplicar a conversão do dólar de "10x" em um preço de capa de um jogo (que ja contem lucro do fabricante e lucro da loja) é muito exagero. Não concordo mas entendo que quando a empresa está trazendo uma caixa gigante com 500 peças exite um custo de frete que impulsiona o preço em reais. Mas Codinomes ter a "conversão" de 10x e muito exagerado.

    Não estou fazendo campanha de boicote. Eu sou o primeiro a dizer que cada um é livre para comprar o que quer e deve deixar cada um decidir quanto quer pagar, mas ainda assim fica difícil digerir este preço. Só me pergunto onde vamos parar com estes preços e até onde o dólar será a desculpa da vez. Quando o dólar sobe a desculpa é o dólar, mas quando ele cai estranhamente o preço não reduz, ne?

Qualquer designer pensaria em largar a profissão lendo a sua "descrição" sobre o que é um jogo de tabuleiro moderno:
"um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor."


Eu sei que não é algo valorizado por aqui, mas dentro daquela caixa existe uma propriedade intelectual que está sendo compartilhada com vc. Algumas vezes muitos anos de desenvolvimento e trabalho árduo. Isso tem um preço, infinitamente maior do que papelão.

Animoita::Claramente não foi o que ele quis dizer. Ele estava se referindo apenas ao custo de produção do jogo, ao falar que o jogo eram só cartas. Ele quis dizer que, na visão dele, existem jogos com mais componentes (tabuleiros, peças) e que são mais baratos.

Também interpretei desta forma.

RMaia8::

Dandare::Pessoal, bom dia.

   Eu estou acompanhando os foruns e acabei escolhendo o Codinome como aquisição do mês para a minha coleção. Porém eu estou pesquisando e estou achando preços que variam de R$ 120 reais (Usado) até R$ 200 reais (Mercado Livre).

   Sei que é um bom jogo, mas existe alguma coisa muito errada quando concordamos em pagar 150 (ou 200) reais em um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor. Mesmo considerando a excelência do jogo, o mesmo é vendido entre 11 e 15 dólares na amazon, ja considerando o lucro fabricante e logista. Existe sim uma questão de conversão do dólar, custos de produção, mas estamos falando de cartas de papel que podem ser produzidas aqui mesmo no Brasil. E se forem produzidas fora (China) provavelmente ficarão ainda mais baratas.

   Aplicar a conversão do dólar de "10x" em um preço de capa de um jogo (que ja contem lucro do fabricante e lucro da loja) é muito exagero. Não concordo mas entendo que quando a empresa está trazendo uma caixa gigante com 500 peças exite um custo de frete que impulsiona o preço em reais. Mas Codinomes ter a "conversão" de 10x e muito exagerado.

    Não estou fazendo campanha de boicote. Eu sou o primeiro a dizer que cada um é livre para comprar o que quer e deve deixar cada um decidir quanto quer pagar, mas ainda assim fica difícil digerir este preço. Só me pergunto onde vamos parar com estes preços e até onde o dólar será a desculpa da vez. Quando o dólar sobe a desculpa é o dólar, mas quando ele cai estranhamente o preço não reduz, ne?

Qualquer designer pensaria em largar a profissão lendo a sua "descrição" sobre o que é um jogo de tabuleiro moderno:
"um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor."


Eu sei que não é algo valorizado por aqui, mas dentro daquela caixa existe uma propriedade intelectual que está sendo compartilhada com vc. Algumas vezes muitos anos de desenvolvimento e trabalho árduo. Isso tem um preço, infinitamente maior do que papelão.

Na verdade não estou questionando o lucro ou retorno para o designer. Pelo contrário, o que eu estou questionando é por que a editora nacional está aparentemente lucrando até mais do que o próprio designer. Estou falando do custo de produção.

A remuneração do trabalho do designer já está embutida no valor do jogo de 15 no USA. Ou seja, o jogo é vendido por 15 dólares contendo: 1) "Mais valia do designer", 2) Custo de produção, 3) Custo de distribuição e 4) lucro da loja.

Em conversão direta de 15 dólares para 40 a 60 reais, todos estes custos já estariam embutidos na produção do jogo. Ou seja, o desenvolvedor esta ganhando, sim, a MERECIDA parcela dele pelo desenvolvimento e criação do jogo. Alias, foi justamente por isso que eu usei o preço base no USA como comparação

Me pergunto se, neste caso, com um aparentemente baixo custo de produção  qual foi o valor agregado que a editora nacional colocou no jogo para justificar uma diferença de 3 vezes o valor final comparado com a conversão direta. 

Será que a editora nacional incluiu, na versão nacional, um conteúdo tão revolucionário no jogo que fez com que o jogo Brasileiro merecesse valer 3x mais do que a versão americana? Se não, onde está toda essa diferença em custo de produção de um jogo RELATIVAMENTE mais simples que outros jogos onde as impressões usam palhetas de cores e imagens muito mais complexas.(considerando que existem outros jogos com imagens de cartas muito mais complexas como Dixit)

E tem que existir mesmo. Alguns dos jogos mais caros do nosso hobby (Splotter, principalmente) não são primores de produção, tem caixas pequenas e relativamente poucos componentes, se comparados a outros que custam a metade deles. Essa lógica utilizada no post não faz muito sentido na minha visão... Blood Rage e SeaFall, por exemplo, são jogos com super produção que vc compra na Cultura em promoção por sei lá, 200 reais. Isso quer dizer que jogos menos produzidos deveriam custar menos que isso???
Existe sim uma mania muito míope de avaliar jogos pelo conteúdo físico e desvalorizar o trabalho de desenvolvimento, pesquisa, etc, que foi aplicado ali.
Codenames - que eu não gosto, por sinal, só estou usando pra tentar provocar reflexão - é um jogo do Vlaada Chvátil... vc acha mesmo que o trabalho de um designer desse calibre tem ALGUMA relação com "pedaçoes de papel sem cor"?
Não sou designer nem nunca vou ser, só acho míope essa visão. E seu comentário só reforçou minha opinião.
Você vai encontrar um "amontoado de papel sem cor" pra vender por 600 a 800 reais na Ludopedia (Food Chain Magnate), e tbm vai encontrar um jogo com arte lindíssima, miniaturas impressionantes, tema da moda e uma caixa três vezes maior por 200 reais (Blood Rage).

Dandare::

RMaia8::

Dandare::Pessoal, bom dia.

   Eu estou acompanhando os foruns e acabei escolhendo o Codinome como aquisição do mês para a minha coleção. Porém eu estou pesquisando e estou achando preços que variam de R$ 120 reais (Usado) até R$ 200 reais (Mercado Livre).

   Sei que é um bom jogo, mas existe alguma coisa muito errada quando concordamos em pagar 150 (ou 200) reais em um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor. Mesmo considerando a excelência do jogo, o mesmo é vendido entre 11 e 15 dólares na amazon, ja considerando o lucro fabricante e logista. Existe sim uma questão de conversão do dólar, custos de produção, mas estamos falando de cartas de papel que podem ser produzidas aqui mesmo no Brasil. E se forem produzidas fora (China) provavelmente ficarão ainda mais baratas.

   Aplicar a conversão do dólar de "10x" em um preço de capa de um jogo (que ja contem lucro do fabricante e lucro da loja) é muito exagero. Não concordo mas entendo que quando a empresa está trazendo uma caixa gigante com 500 peças exite um custo de frete que impulsiona o preço em reais. Mas Codinomes ter a "conversão" de 10x e muito exagerado.

    Não estou fazendo campanha de boicote. Eu sou o primeiro a dizer que cada um é livre para comprar o que quer e deve deixar cada um decidir quanto quer pagar, mas ainda assim fica difícil digerir este preço. Só me pergunto onde vamos parar com estes preços e até onde o dólar será a desculpa da vez. Quando o dólar sobe a desculpa é o dólar, mas quando ele cai estranhamente o preço não reduz, ne?

Qualquer designer pensaria em largar a profissão lendo a sua "descrição" sobre o que é um jogo de tabuleiro moderno:
"um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor."


Eu sei que não é algo valorizado por aqui, mas dentro daquela caixa existe uma propriedade intelectual que está sendo compartilhada com vc. Algumas vezes muitos anos de desenvolvimento e trabalho árduo. Isso tem um preço, infinitamente maior do que papelão.

Na verdade não estou questionando o lucro ou retorno para o designer. Pelo contrário, o que eu estou questionando é por que a editora nacional está aparentemente lucrando até mais do que o próprio designer. Estou falando do custo de produção.

A remuneração do trabalho do designer já está embutida no valor do jogo de 15 no USA. Ou seja, o jogo é vendido por 15 dólares contendo: 1) "Mais valia do designer", 2) Custo de produção, 3) Custo de distribuição e 4) lucro da loja.

Em conversão direta de 15 dólares para 40 a 60 reais, todos estes custos já estariam embutidos na produção do jogo. Ou seja, o desenvolvedor esta ganhando, sim, a MERECIDA parcela dele pelo desenvolvimento e criação do jogo. Alias, foi justamente por isso que eu usei o preço base no USA como comparação

Me pergunto se, neste caso, com um aparentemente baixo custo de produção  qual foi o valor agregado que a editora nacional colocou no jogo para justificar uma diferença de 3 vezes o valor final comparado com a conversão direta. 

Será que a editora nacional incluiu, na versão nacional, um conteúdo tão revolucionário no jogo que fez com que o jogo Brasileiro merecesse valer 3x mais do que a versão americana? Se não, onde está toda essa diferença em custo de produção de um jogo RELATIVAMENTE mais simples que outros jogos onde as impressões usam palhetas de cores e imagens muito mais complexas.(considerando que existem outros jogos com imagens de cartas muito mais complexas como Dixit)

Ahhh bom, se a comparação é "pq o jogo X custa desproporcionalmente mais caro aqui do que fora e o Y proporcionalmente faz sentido" eu não tenho opinião formada. Deve ter a ver com contrato entre editoras, etc.
O que me deixa "inquieto" é a afirmação "... existe alguma coisa muito errada quando concordamos em pagar 150 (ou 200) reais em um jogo que é basicamente 200 pedaços de papel sem cores e 40 cartas em cor."

RMaia8::
Pode guardar sua boa vontade para outra ocasião.

Opa. Desculpa ai então... 

Bem vindos ao tópico do mês de outubro para debater precificação. Peguem suas cadeiras e apreciem a paisagem! 
 
De forma alguma é fazer pouco do tópico, isso só reflete a preocupação com os preços que tem várias causas. 
 
Primeiro ponto é que cada editora tem uma maneira de trabalhar, o consumidor comum não tem que entender isso. Ele só tenta ver o que aquele produto representa em termos de produção. E falo com sinceridade que não tem que entender mesmo, se para ele está caro ele não vai comprar o produto. Mas algumas editoras produzem os jogos no Brasil, o que barateia pois você deixa de ter todo o custo de importação. Porém isso depende do licenciador, pois alguns exigem que todas as partes do jogo sejam feitas com os fornecedores deles. Mas algumas fazem somente o trabalho de localizar e trazer uma versão muito próxima da internacional. A Devir e a Galápagos são exemplo de editoras que importam os jogos.
 
Acho que outro ponto, que já foi levantado em vários tópicos é que a Devir não coloca preço sugerido. Então os lojistas são livres para cobrar quanto eles quiserem, de repente nesses produtos eles consigam ter uma marge maior e compensar uma margem menor nas editoras que tem essa prática. Não estou falando que eles ganham 100%, mas do jeito que tá se conseguir mais 10% de lucro, imagino que seja muito bom. 
 
Trazer um jogo para o Brasil tem mais uma pregada de custos além do preço de capa do jogo na Amazon. O custo contempla os royalties da equipe que produziu (game designer e ilustrador), custo de licenciamento da editora, tradutor, revisor, custos fixos da editora e todos aqueles impostos que a gente não paga quando compramos diretamente lá de fora. 
 
Com isso tudo não estou querendo assumir o papel de advogado do diabo, somente que a realidade é essa. Se fica mais barato trazer um jogo de fora do que comprar daqui eu acho que é uma opção, outra opção é buscar um usado barato e até mesmo não comprar e esperar uma promoção. 

Forte abraço!