edeodato::

oniwars:: Estão criando muita regra e precisa ter milhões de componentes hoje em dia pra um jogo ser bom. Antigamente não era assim, Tikal, El Grande, In the year of the dragon, Samurai, etc... Esses jogos e outros antigos pra mim continuam sendo insuperáveis. Jogos fáceis de ensinar e jogar. 

Também gosto de jogos "elegantes". Recomendo dar uma olhada em:
Lignum (second edition)
Concordia
Kepler-3042
Nippon
Nusfjord
London (Second Edition)
Railroad Revolution
São jogos que possuem complexidade, mas regras diretas, fáceis de explicar e bastante agradáveis de jogar.
Abraços!

Esse tipo de jogo é o meu favorito também.

Anarkion::Interessante o tópico. Tenho pensado sobre isso recentemente. O mercado cresceu muito na ultima década e analisando os últimos lançamentos, percebo que eles não me empolgam tanto assim. Muitas mecânicas já estão consolidadas e foram lapidas, fazendo os novos lançamentos serem muito parecidos, nos dando a ideia de genérico, ou apostando cada vez mais na arte e componentes como atrativo de compra. Não que os jogos não tenham mais qualidade, mas o euro em geral parece estar num platô criativo no momento.

Com um volume tão grande de jogos saindo todo o instante, mais a competição com os nomes já estabelecidos, mercadologicamente faz sentido investir na arte e componentes para se sobressair e ser lembrado. Sçythe tá ai pra mostra como um jogo comum, por causa da arte, se torna febre. Os próprios hypes criados indicam à indústria qual rumo seguir, e neste momento é arte caprichada e componentes fantásticos. Isso agrada os olhos, mas inflaciona o preço, veremos como o mercado se comporta nos próximos anos.

Boa! Você descreveu meu sentimento em 2 parágrafos melhor do que eu em vários. É exatamente isso que penso. Embora ache que o Scythe, apesar de superproduzido, é um bom jogo por si só.

h0ttentot::

rodrego::Sobre o Tao Long, acho um jogão. Na cena de jogos brasileiros, pra mim é um dos melhores. O tempo vai dizer se ele vai continuar sendo falado, mas eu apostaria que sim.

Eu não ouvi falar mais dele desde que efetivamente lançou.

A Mandala pegou ele pra distribuir ele no Brasil agora. Talvez volte a ser falado, vamos ver. Eu torço por ele, acho que merece mais atenção do que teve.

Só um pitaco final: alinhar a qualidade do gênero às criação de mecânicas novas não me parece algo verídico.

Exemplos recentes (fora dos euros) mostram isso: Dominó? Vem o Kingdomino. "Tile placement"? Vem o Azul.

Atrelar essa "necessidade" de criação de mecânicas a um sucesso soa forçado. 

Uma editora fez um jogo horrível do Mega Man, criticado ao extremo. Posteriormente ela faz um jogo do Street Fighter e... Sucesso de financiamento!

Lógico que existem euros razoáveis, assim como existem party games horríveis, jogos familiares chatos.

Só discordo que a ausência de mecânicas novas crie uma desilusão no mercado. Basta ver que sempre temos euros ótimos surgindo em Essen.

Se alguns designers criam jogos razoáveis, com uma mesma mecânica mãe (corrida de pontos) e enchem de atrativos é justamente para atrair um público a mais do que o euro.

Para efeito de comparação, a arte nada chamativa do próximo lançamento do Feld.

Merlin trouxe uma grande mudança no cenário de mecânicas? Não. Por isso foi um euro razoável? Não também.

Acredito que a saturação ocorre justamente pelo consumo excessivo, pela compra por simples atrativos, mas atinge o hobby como um todo.

Abraços!

viniciusjf::Gostei do texto, não acho que é questão de quem é a culpa nem achei tendencioso, como foi dito.
Do ponto de vista do mercado eu percebo esta saturação sim, e concordo muito com a razão levantada pelo colega. Do ponto de vista do jogador eu já acho que vai de como cada um se envolve com o hobby, em outras palavras, acho que quanto menos casual o jogador, mais ele perceberá essa lacuna de inovações e o esquema de arranjo, permuta e combinação de velhas mecânicas nos jogos novos. 
Eu também penso que essa combinação de velhos elementos possa trazer bons jogos, mas mesmo assim um certo declínio me parece claro. 
Hoje em dia, com pouco espaço e preços cada vez mais elevados, a principal pergunta que tenho feito antes de considerar a compra de um jogo é o que ele traz de novo. 

Pois é. O declínio não significa que o euro morreu, apenas que talvez tenha passado do apogeu. Se for essa mesmo a tendência, espero que se reverta nos próximos anos, vamos torcer.

Eric Costa::Tenho a mesma sensação.

Ultimamente tenho me limitado a comprar jogos clássicos, Tikal, Colonial, viagens de marco polo, stone age, etc...

Eu tenho preferência por euros, mas não me limito a eles. (Jogo sword and Sorcery, Arcadia quest e Star wars legion com a mesma empolgação). Mas de fato, os últimos lançamentos de euros que eu joguei foram decepcionantes.

Mecânicas impecáveis, jogo bonito, mas sem diversao.

Joguei Everdell e Pulsar no mesmo dia e não me diverti nem um pouco com os dois.

Trocaria os dois por uma partida de Tikal ou ou puerto rico.

O último euro  novo que me deixou empolgado de verdade e com vontade de jogar toda semama foi o Great Western Trail.  Ele não trouxe nenhum novidade mecânica, mas trás mecânicas classicas e consolidadas muito bem implementadas.

Bom noite, Eric.
Vi, em sua resposta, que você gosta de jogar Colonial. Você poderia, por favor, me dizer o que você gosta neste jogo?
Obrigado.

edeodato::Só um pitaco final: alinhar a qualidade do gênero às criação de mecânicas novas não me parece algo verídico.

Exemplos recentes (fora dos euros) mostram isso: Dominó? Vem o Kingdomino. "Tile placement"? Vem o Azul.

Atrelar essa "necessidade" de criação de mecânicas a um sucesso soa forçado. 

Uma editora fez um jogo horrível do Mega Man, criticado ao extremo. Posteriormente ela faz um jogo do Street Fighter e... Sucesso de financiamento!

Lógico que existem euros razoáveis, assim como existem party games horríveis, jogos familiares chatos.

Só discordo que a ausência de mecânicas novas crie uma desilusão no mercado. Basta ver que sempre temos euros ótimos surgindo em Essen.

Se alguns designers criam jogos razoáveis, com uma mesma mecânica mãe (corrida de pontos) e enchem de atrativos é justamente para atrair um público a mais do que o euro.

Para efeito de comparação, a arte nada chamativa do próximo lançamento do Feld.

Merlin trouxe uma grande mudança no cenário de mecânicas? Não. Por isso foi um euro razoável? Não também.

Acredito que a saturação ocorre justamente pelo consumo excessivo, pela compra por simples atrativos, mas atinge o hobby como um todo.

Abraços!

Tenho que concordar contigo nessa. Acho que quis traduzir factualmente essa minha sensação de platô criativo dos euros, como disse um colega ali acima. Não que esse platô como média geral não permita criação de jogos inovadores e excepcionais, como são Kingdomino e Azul. Mas acho que na década anterior à de 2010 esse tipo de jogo aparecia em proporção maior ao número de lançamentos, e chamava mais atenção.

Entendo o que você quis apontar e concordo.

Aparentemente alguns designers tem se esforçado mais em "vender" o jogo do que realmente criar uma experiência interessante. Mas, nem sempre a novidade é bem implementada. Um bom exemplo interessante recente é o Noria - uma tentativa de mecânica nova mas que acabou em um jogo muito amarrado.

Mas acho que isso está acontecendo no hobby de forma geral. Lógico que atinge os euros também.

Acredito também que o "hype" é um aditivo perigoso. Mas para cada jogo fraco lançado os clássicos se fortalecem e os bons novos jogos vão se firmando.

Já fui atingido dessa forma: jogo parece ótimo, incrível, mas duas jogatinas e pronto, vai pro esquecimento.

Esse tipo de debate só engrandece o hobby! Bora conversar sempre!

Abraços a todos!

Outro ponto a lembrar é que com o crescimento do hobby, e do dinheiro envolvido, as produtoras tem uma tendência a buscar maior retorno. Talvez no momento elas não estejam querendo arriscar novas mecânicas e sim colher o fruto daquilo que dá resultado. Acredito que muitos jogos hoje são encomendados dentro de determinados parâmetros.

Sei lá, sou meio que do contra disso tudo huahauhauahuahuahauhauahu .

Vejo tudo de forma oposta de vocês , enquanto todos veneram os clássicos e menosprezam os novos eu ja faço o contrário por começar a jogar depois creio ...

Axo horrivel os jogos clássicos ( Puerto rico um dos piores jogos que joguei na vida .... Tikal mehhh , tigris e euphrates xiii da não , catan,cascarone etc ... passo bem longe disso, acho ruim d+ ... ) .

Porém jogos como Scythe , Great Western Trail, Terraforming, Ganges, Pulsar , Caledonia , Five Tribes , Gaia e alguns por vir axo SENSACIONAIS . E quanto mais jogos lançam mais me empolgo com as novidades, e menos quero saber e conhecer desses jogos antigos que não me atraem de forma alguma .