RMaia8::

Victor::Maia, você considera objetivamente  o Eric Lang ruim e ponto ?

Subjetivamente. Estamos na era da subjetividade.   

Existe objetividade?
PS: Eric Lang é meia boca pra caramba.

Sou novo no hobby então 99% de chance de falar besteira...

Acho que o Living Planet é um euro que talvez não tenha uma mecânica inédita, mas q eu acho q vai permitir uma experiência bem diferente do chamado euro genérico

Doido pra ele chegar logo, veremos...

FCL84::

edeodato::

oniwars:: Estão criando muita regra e precisa ter milhões de componentes hoje em dia pra um jogo ser bom. Antigamente não era assim, Tikal, El Grande, In the year of the dragon, Samurai, etc... Esses jogos e outros antigos pra mim continuam sendo insuperáveis. Jogos fáceis de ensinar e jogar. 

Também gosto de jogos "elegantes". Recomendo dar uma olhada em:
Lignum (second edition)
Concordia
Kepler-3042
Nippon
Nusfjord
London (Second Edition)
Railroad Revolution
São jogos que possuem complexidade, mas regras diretas, fáceis de explicar e bastante agradáveis de jogar.
Abraços!

Lignum é facil de explicar?????
Deus queira q vc esteja certo, comprei o jogo, ainda não chegou, mas já to com medo dele ser um lacerdinha e ficar parado no meu armário dado q eu não tenho talento (só dificuldade/preguiça) pra explicar jogo difícil...

Pode ficar sem medo. O jogo não tem regras pesadas, vai conseguir explicar facilmente. A dificuldade maior nas regras é entender as fases finais na madeireira.
A grande complexidade dele é jogar bem, mas as regras você vai ver que são bem diretas. Sempre explique a rodada básica como um Tokaido (para quem já jogou é uma boa analogia).
O pessoal do Heavy Cardboard tem um vídeo ótimo sobre regras e gameplay. O casal do Ant Lab Games também tem um bom vídeo.
Abraços!

h0ttentot::Não acho que a saturação ocorre só com os euros. Legacy é onda, em breve outra entra no lugar. Tudo é cíclico. Euros vão voltar, vão passar, hypes vêm e vão.

Todo o hobby ta saturado. Mesmo em ameritrash ou legacy, o que se vê de tão diferente? História? Muita gente reclama de que a história de Pandemic Legacy e Gloomhaven são bem genéricas e sem sal.

O problema é muito lançamento pra pouca invenção. Criam um hype pra gerar preço. Na hora que o jogo sai, é bem qualquer coisa. Até lançamento nacional cai nessa, lembra do tão esperado jogo dos dois dragõezinhos brigando com uma mancala? Cadê que ninguém nem se importa mais? Isso serve pra videogames também. Dos milhares de jogos saindo, qual deles é realmente algo inovador?

Eu parei de ligar tanto pra lançamento, só vou mais atrás dos jogos que sobreviveram ao tempo. Quando vejo muito hype e alarde, já passo longe.

Idem....acabei de adquirir Terra Mystica que deveria ter sido há muito tempo...mas a nossa mesa teve a paciência de esperar o que é excelente.
Sergio.

RMaia8::

Delano::Vejo bastante coerência no que você falou.
Não sei se é o caso dos jogos euros estarem em declínio, mas várias vezes já me peguei me interessando por um jogo, indo ver fotos ou as regras e pensando "ah, é só mais um euro genérico".

Eu respeito o texto bem escrito, a proposta do diálogo, mas vejo pouca (ou nenhuma) coerência no argumento.
2017 foi ano de, por exemplo, Riverboat e Heaven and Ale (entre vários outros).
"Componentes superproduzidos e complexidade exacerbada"? Nem de perto!
2018 é ano de Coimbra, Teotihuacan, Newton, Carpe Diem, Forum Trajanum, e tem até wargame (Root) se disfarçando de euro pra ganhar atenção... (ok, talvez o último exemplo seja meio forçado )...
"Componentes superproduzidos e complexidade exacerbada"? Bem pelo contrário...
Pra mim o que está acontecendo é mercado: virou hobby, ganhou espaço, público via de regra é colecionista e com poder aquisitivo médio-alto... por isso produz-se também os Agras, Feudums, edições Deluxe, etc. Mas isso não é de agora... a Splotter tá aí com os jogos caríssimos há muito tempo, a EGG com as super produções...
Há uma bolha? Claro! Está perto de estourar? Talvez. Euros em declínio? Duvido muito. Acho que inclusive está acontecendo o contrário... qual foi o último grande lançamento que não era euro? Quais os jogos que tem ganho as premiações de melhores do ano e que não são euros? Cadê o novo Zombicide?
E sim, todos os meus comentários são tendenciosos pq eu sou eurogamer xiita, e acho mesmo que Feld é Deus!!!   

É....esse sabe.

Anarkion::Interessante o tópico. Tenho pensado sobre isso recentemente. O mercado cresceu muito na ultima década e analisando os últimos lançamentos, percebo que eles não me empolgam tanto assim. Muitas mecânicas já estão consolidadas e foram lapidas, fazendo os novos lançamentos serem muito parecidos, nos dando a ideia de genérico, ou apostando cada vez mais na arte e componentes como atrativo de compra. Não que os jogos não tenham mais qualidade, mas o euro em geral parece estar num platô criativo no momento.

Com um volume tão grande de jogos saindo todo o instante, mais a competição com os nomes já estabelecidos, mercadologicamente faz sentido investir na arte e componentes para se sobressair e ser lembrado. Sçythe tá ai pra mostra como um jogo comum, por causa da arte, se torna febre. Os próprios hypes criados indicam à indústria qual rumo seguir, e neste momento é arte caprichada e componentes fantásticos. Isso agrada os olhos, mas inflaciona o preço, veremos como o mercado se comporta nos próximos anos.

Está aí....meu investimento para na última aquisição: Ganges.
Agora somente nos consagrados.
A surpresa foi o Terra Mystica que entrou na mesa tarde, adquirido antes dele, mas a empolgação do jogo nos fez conversar depois da jogatina, o que raramente vinha acontecendo ao testar outros jogos no hype.
Sergio.

Bora jogar e parar com a discussão, galera?

Eu ia escrever, mas vi que o Brito havia dito tudo o que eu penso.
Há muitas variações e até aperfeiçoamentos de mecânicas que são fantásticas. Um exemplo é  bag building, que não chega a gerar uma mecânica nova, mas dá um ar de renovação. E também vejo leilões disfarçados que são ótimas variações do tradicional. Gosto quando vejo isso nos jogos novos.
Também foi citado o Clank. Quando joguei, não vi nenhuma mecânica nova, mas a forma que foi implementado o deck building com dungeon crawler achei fantástico. Assim como o aspecto “o jogo joga contra você” mesmo sendo um jogo competitivo. Fantástico!
Lógico que existem e sempre existiram lançamentos “passáveis”, mas daí concluir que não sai mais nada de bom...
Discussão muito boa! Abraços!

brito::Objetivamente, se acreditarmos no ranking do bgg, por exemplo, os eurogames estão no auge.

Os eurogames dominam o ranking e dos 100 primeiros do ranking os jogos lançados nos últimos 5 anos dominam amplamente. Inclusive acho que a curva é mais favorável a jogos lançados mais recentemente.

Dizer que os euros estão em declínio porque usam mecanismos genéricos que podem se repetir e recombinar é como dizer que a música está em declínio porque é a combinação de apenas 7 notas. É perigoso reduzir um jogo a conceitos genéricos como mecânicas e dizer que é tudo a mesma coisa. Será que os jogos estão em declínio porque usam tabuleiros e dados e cartas, que são coisas usadas há uns de 3000 anos? Isso é uma afirmação tão genérica como dizer que os euros estão em declínio porque tem muito deck-building, tile-placement, worker-pacement, etc, por aí. Porque dentro do uso desses elementos genéricos, como no uso das notas musicais, pode-se ter variações ao infinito, tão diferentes quanto se queira. Sem falar que indubitavelmente existem euros que não usam nenhuma dessas coisas. Vide um Food Chain Magnate, por exemplo.


O que ocorre é que há muitas pessoas que se encaixam em 2 grupos de opiniões extremas, diametralmente diferentes e igualmente falsas na minha opinião (que aliás se aplicam a outras coisas além de boardgames).

Primeiro tem os saudosistas. Aqueles que endeusam o passado (o quão longe fica esse passado depende da idade e experiência de cada um). Os jogos bons são os antigos, os novos não valem nada, são mera repetição de elementos e méritos que os antigos tinham. O post original desse thread é uma expressão dessa "filosofia".

Segundo tem a galera do culto do novo. Aqueles que endeusam o novo. Os jogos novos são uma evolução dos jogos antigos e os superam amplamente. Portanto os antigos foram superados e têm que ser abandonados. Os jogos novos dominam o bgg porque o bgg é o verdadeiro refúgio e nirvana dos adeptos do culto do novo.

Como em várias coisas na vida, acredito que a verdade está num meio termo.

Você pode pergar um jogo como Clank! e olhá-lo de 2 maneiras. Os saudosistas podem dizer que é uma mera repetição de mecânicas batidas e temas batidos como dungeon crawler e deck building e que portanto o jogo não interessa. Os do culto do novo podem dizer que a combinação de deck-building e dungeon crawler criou algo original e que os deck-building puros foram superados com isso e tem que ser abandonados. Cada um que veja como achar melhor.

Li muitas opiniões de vocês...
Quantos daqui chegaram em vias de fato jogar vídeo game, jogos online?
Eu já joguei, me diverti muito. 
Nunca fui fã de jogos de tiro, Mas teve uma fase da minha vida que meus amigos jogavam BF4 ( ps4), eu era horrível no jogo mas me diverti muito com esse game.
Fato que cada um tem um gosto diferente e preferências , mas se você não tiver um grupo bom, não rola...
A linha de raciocínio é essa ao meu ver.
O grupo que  você joga faz toda a diferença. 
Eu mesmo, se deixar eu escolher, nunca mais jogo DIXIT, porém sempre tem uma pessoa nova para inserir, e sim, acabo me divertindo, não pelo game, mas pela interação. 
É isso que faz a diferença, pelo menos p mim , que não faço a menor questão de vencer e sim de me desconectar um pouco do mundo real e me conectar com o jogo e interagir com as pessoas. Sou fã de Euros sim( apesar de dizer que não me importo em perder, sou extremamente competitivo). Mas topo fácil jogar outras modalidades pela diversão .
Por fim, ainda acho que tudo é fase... Se a dos Euros está acabando, vamos conhecer as novas. Assim como os milhares de jogos de vídeo game que temos no mercado hoje, pq não termos a grande variedade nos boards tbm? Só temos a ganhar...

Discussão interessante, mas se há mais de 3000 lançamentos por ano, não pode estar em declínio. A inovação certamente não é a mesma de alguns anos atrás, pois não é fácil criar novas mecânicas. Não vejo isso como problema. As mecânicas existentes já são excelentes e trazem diversidade suficiente para muita diversão. Para quem tinha apenas War, Banco Imobiliário, Perfil, etc., ter mais de 100.000 opções no BGG é alentador. Para mim, quanto mais pesado o jogo, melhor, mas jogo os leves com muito prazer. Lisboa, Mombasa, Trajan, Scythe, GWT, Power Grid, Terra Mystica, Clans of Caledonia, As Viagens de Marco Polo e Tzolk'in  estão sempre em minha mesa. Mas Codinomes, Ticket to Ride, 7 Wonders e Azul são muito bem-vindos. Com uma coleção com jogos assim, se houver apenas 2 ou 3 lançamentos por ano que inovem de fato e mereçam investimento, ótimo. E se não houver, já estou satisfeito com as opções atuais. A reunião com os amigos é o melhor do jogo.