andre:: gostaria de entender a Galapagos.
Zombicide 1 - esgotado
Zombicide 2 - esgotado
Zombicide TCM - esgotado
7 wonders - esgotado
Resistance - esgotado
Ticket to Ride - esgotado
Dixit - esgotado
Zombie Dice - esgotado
Hades (a expansão que mal saiu) - esgotado
King of Tokyo - esgotado
não há mais demanda para esses jogos em mercado nacional, é isso?
em vez de imprimir maiores quantidades, prefere-se investir em novos jogos apenas, e deixar a demanda reprimida ser atendida por jogos usados mais caros que jogos novos, ou então importados?
não entendo algumas escolhas estratégicas, ou é muita restrição orçamentária ou algo está errado.
andre:: nao funciona "assim", "assim" como?
minha pergunta eh, pra q uma empresa lança produtos, se boa parte da demanda eh atendida ainda por importaçoes e usados a preços de novos? (ou ate mais caros)
ou eh restriçao orçamentaria, ou erro de planejamento.
iabadabadu:: Apostando no mercado?
Putz, Zombicide esgota no primeiro mês tem umas três tiragens já... Não dá pra entender pq a Galápagos trabalha com um estoque tão pequeno.
Enquanto for assim os bgs vão continuar sendo chamados de "hobby", quando na verdade deveria ser uma opção de entretenimento como qualquer outra.
Sobre restrição orçamentária ou erro de planejamento acho que não é necessariamente isso e no caso da galápagos acho que pode não ser nenhum dos dois, acho que é simplesmente escolha. Restrição orçamentária parece não ser pois estão trazendo muitos jogos ainda e, mesmo que tivessem mais grana pra trazer mais jogos, pode ser que trouxessem ainda mais novos em vez de uma nova tiragem dos que já venderam. E erro de planejamento pode ser, pois o planejamento de X unidades pode ter feito com que perdessem muitas vendas (uma quantidade significativa), ou não, só por essa procura que vemos em sites e redes sociais não dá para saber ao certo se realmente foi um erro. Então por isso digo, acho que é mais questão de escolha no que vêem como retorno mais garantido. Na hora de investir em quinhentas ou mil unidades de um jogo, optam por um jogo novo a repetir um mesmo título, tendo assim um mercado com clientes potenciais muito maior.
E essa escolha entra na questão que o Iabadaba tocou, das tiragens do Zumbicide...
Na hora de fazer a primeira tiragem, com certeza pesquisaram bastante e chegaram a um número de unidades bom entre o valor que podiam gastar e a quantidade de clientes potenciais (que na época era realmente difícil de ter uma boa ideia do número)! Já na segunda, acho que pecaram um pouco, pois já tinham mais nome, mais bala na agulha e já conheciam muito mais o mercado... Acho que não quiseram arriscar nada e fizeram uma tiragem totalmente segura com certeza de 100% de venda. Acho que já dava pra arriscar ao menos um pouco, como disse, já se tinha muito mais noção do mercado, se fizessem o dobro de unidades teriam vendido 100% e, se não, próximo disso, que não traria prejuízo. Agora, a partir daí, as próximas tiragens vão trazendo mais risco, pois se o mercado
não continuar crescendo tanto, se cada vez mais e mais pessoas não adentram ao mundo dos boards modernos, na mesma velocidade que antes, a quantidade de clientes potenciais vai afunilando até não ter mais pra quem vender (até porquê, como se sabe, enquanto não se tem outra tiragem, o pessoal vai importando e comprando usado, assim muitos dos que queriam já compraram e quem vendeu provavelmente não compra mais, já enjoou ou não gostou). Fazendo uma analogia aqui a um self-service por exemplo: meio dia vende muito, entra cliente a toda hora, é a hora que as pessoas vão almoçar, algumas vieram antes, mas a maior parte vem entre doze e treze horas... Quatorze horas começa a cair bastante o movimento; até ali, compensava demais encher as cubas com comida fresca sempre que estavam pra esvaziar, depois das quatorze tem que ser mais precavido, não fazer tanta comida. Próximo de quinze horas muitos lugares já chegam ao ponto de escolha (pois muitos fecham as quinze horas, justamente por não ter mais quase pessoas procurando refeição depois desse horário). Muitas vezes um bom planejamento durante o movimento já faz com que a essa hora as cubas já estejam quase acabando e não seja preciso tomar nenhuma decisão, mas um ou outro dia de movimento diferenciado, pode estar com muitas cubas vazias... Aí podem decidir:
1) Está bom, já vendeu bastante, assim não sobra nada, acabou e pronto, quem vier fica na vontade.
2) Fazer mais uma quantidade pequena, tentando imaginar a quantidade de pessoas que ainda podem vir, pra não deixar de atender alguns clientes (e quem sabe perder alguns clientes para os concorrentes próximos), mas também não correr o risco de ficar com prejuízo grande de comida sobrando, então faz uma quantidade pequena, com aproximadamente 100% de segurança de que não irá perder nada, podendo ainda sim deixar de anteder clientes.
3) Fazer a quantidade que precisa pra quantidade provável de pessoas que ainda virão (baseado na média de clientes diários), assim, provavelmente não deixará ninguém insatisfeito e sem ser atendido, mas está correndo mais risco de ter sobras grandes.
Com os jogos é mais complicado ainda pois é mais difícil de saber o momento em que a "hora do almoço" está chegando ao seu fim =), mas acho que é uma analogia válida!
Então, entendo o lado da galápagos também, mas também acho, como muitos aqui, que poderiam arriscar um pouco mais e fazer tiragens maiores!
Obs: deixo claro que é tudo opinião pessoal, entendo de marketing e comércio, mas desconheço totalmente quaisquer dados da galápagos! Só compartilhando o que penso com os companheiros da ludopedia, principalmente
andre e
iabadabadu!
Abraços