Ótima pergunta, pois os três jogos guardam algumas características em comum (alocação de trabalhadores, gestão de cartas).
Eu tenho todos os três. Agricola é sem dúvida o mais completo, o design mais redondo e o mais apertado, por conta da fase da colheita. Você tem sempre que manter o olho na pança dos seus familiares. Como você já recebe todas as cartas logo de cara, é uma questão de gerenciar sua estratégia a partir dali, com muito pouca sorte envolvida.
Viticulture não tem essa pressão da alimentação da sua família. Em compensação, as cartas são mais desbalanceadas, e como você vai comprando-as ao longo do jogo, as estratégias são mais de curto prazo do que em Agricola, e a sorte tem um papel mais importante. Eu não vejo problema nisso, já vou pro jogo levando isso em conta, mas tem amigos meus que detestam o "luck of the draw" em Viticulture. Eles acham incrível quando veem alguém vencer uma partida, em um jogo de produção de vinhos, fechando apenas um pedido ou às vezes nenhum, marcando pontos com base quase que exclusivamente nas cartas de visitantes e nos bônus da primavera, do moinho e da sala de degustação. Acontece bastante.
A gestão de cartas em Invasores é bem mais light. O jogo acontece mais no tabuleiro, principalmente na parte dos saques, do que na sua mão. A mecânica de colocar um meeple e retirar outro, fazendo as ações dos dois espaços, é divertida. Eu acho o jogo inferior a Agricola e Viticulture, mas tenho uma grande simpatia por ele. É simples, os componentes são de primeiríssima linha, da caixa às moedas de metal à arte. Eu não gosto de alocação de trabalhadores, mas esses três jogos, junto com Troyes e Keyflower, são 5 jogos dessa mecânica que eu adoro jogar e que não devem sair nunca da minha coleção.