Sim o preço está salgado! E não é de hoje que a Galápagos Jogos alopra nos preços. Por muito tempo atacavam a Devir pelos seus preços (que sim, tbm praticava preços salgados e as vezes ainda pratica). Basta o mercado regular esse preço... o grande problema é que o mercado tem regulado o preço para cima, pagam em jogos comuns e até simplórios preços de obras primas ou jogos consagrados out-of-print (vide Abyss, Blood Rage, Cyclades, Zombicides, Eldritch Horror, Jamaica, etc). O mercado nacional ainda compra muito os jogos lançados aqui pagando o preço que pedem, é um mercado novo e que vem crescendo em poder aquisitivo. Houve uma época em que os poucos participantes do mercado compravam tudo que saia até para estimular a vinda de jogos, isso não é mais necessário, mas o público alvo acostumou-se a pagar caro por jogos, tanto que se assustam quando o jogo vem barato.
O mercado de usados, porém, vem caindo em vendas. A grande quantidade de lançamentos impactou bastante a procura por alguns jogos (chegando ao ponto de cair as vendas de determinado jogo só pelo anúncio da versão em português - mesmo em jogos independentes de idioma -, não importando o quanto irá demorar para sair em terras tupiniquins), e parece ser um movimento sem volta. O fato é que essa queda também parece demonstrar um "saturamento" do mercado. Os colecionadores já tem jogos demais, os não colecionadores procuram o hype do momento, os compradores normais esperam a versão nacional, há muitos formadores de opinião em mídias digitais, e muitas lojas e editoras nascendo no hobby (que ainda é de nicho), ou seja, futuramente o hobby pode estagnar e gerar "estragos", como quebra de lojistas e editoras, queda de número de canais digitais sobre jogos e queda de número de jogos lançados no Brasil.
E para fechar (não defendendo as editoras), o preço de um produto (no caso um jogo) não se define só pela qualidade e quantidade de seus componentes (se tem miniaturas ou não, se derrubou muitas árvores para fazer o jogo ou não, etc) e pela variação do dolar, mas também pelo desenho (designing) do jogo, pela credibilidade da marca (editora no exterior e no Brasil) e nome do artista/inventor (designer e ilustrador) do produto. Tudo conta.
Só lembrando que jogos dos designers Bruno Cathala (
7 Wonders Duel,
Mr. Jack,
Jamaica,
Five Tribes,
Abyss,
Kanagawa,
Kingdomino,
Cyclades) e Eric Lang (
Blood Rage,
The Godfather - Império Corleone,
Rising Sun,
Arcadia Quest, etc) tem saído no Brasil com preços bem salgados em comparação de outros designers (Dirk Henn, Stefan Feld, Marc André, Andreas Seyfarth, Matt Leacock, Cédrick Chaboussit, Peter Olotka, Luís Brüeh, Uwe Rosenberg, Alexander Pfister, etc).