Guilherme.felga::

Ovatsug Rednal::

Guilherme.felga::

Ovatsug Rednal::eu adorei o jogo, mas vendi o meu justamente por achar quebrado.

não fiz essa minucia toda, e como só joguei em 3 pessoas eu usava as facções recomendadas (só joguei com japoneses uma única vez)... mas senti que egipicios eram muito superiores ao resto (apesar de pela sua análise, bárbaros serem melhores)...

mas enfim, gosto de jogos assimétricos em que as raças são equilibradas, o que não foi o caso desse jogo. então embora eu tenha adorado, não gostei desse lance e preferi vender.

Olha, eu jogo bastante o Imperial Settlers, sou um apaixonado por ele e, como mostrei há realmente um certo desequilíbrio entre as facções. Todavia, para que você atinja um nível tal de habilidade com o jogo para que isso faça diferença, são necessárias muitas partidas e um conhecimento muito amplo da facção com que se joga. Nas vezes em que joguei com outras pessoas, sempre prefiro ficar com os romanos, que para mim são a facção mais difícil de se jogar, isso equilibra o jogo. Nessa análise há uma importante ressalva que não fiz: os japoneses são uma facção mal adaptada ao jogo solo, são boas para o multiplayer.

Recomendo, se achou legal o jogo, tentar de novo. Se não quiser tentar mais uma vez, mas goste desse tipo de engine builder, sugiro fortemente tentar o 51st State Master Set. Embora haja alguma assimetria entre as facções, ela é bem mais sutil que no Imperial Settlers. Isso torna o jogo bem mais equilibrado e disputado.

olha, devo t
er jogado o imperial umas 5 vezes com outras pessoas e umas 3 solo. as experiências são muito diferentes então não vou considerar o solo (que não gostei, pois geralmente curto jogos solo que você pode ganhar ou perder e nesse caso, imperial é mais feito pra tentar aumentar sempre sua pontuação, pois não existe muita dificuldade no solo).
mas voltando ao que importa, das 5 partidas, tive 3 grupos diferentes. na minha segunda partida eu fiquei 25 pontos a frente do terceiro jogador e 17 a frente do segundo. 
Foi minha segunda partida (por coincidência joguei as duas de egípicios), mas fazia tanto tempo que eu nem lembrava as regras direito e foi a primeira partida dos outros dois jogadores.

e ai nas outras partidas todas, vi que o combo dos egípcios pode não ser o melhor mas é o que menos depende de ordem certa de cartas e que é muito mais fácil de visualizar. quase sempre eles ganharam na minha mesa, acho que justamente por que as outras raças você precisa de várias jogatinas para descobrir como elas funcionam, tem que meio que dominar o baralho, enquanto os egípcios fazem tudo sozinhos.
por conta disso preferi vender o meu. o jogo por mais que seja divertido, se pra mim, nao parecer igualitário desde o começo, eu não vou curtir e infelizmente foi a sensação que eu tive com o jogo. mesmo adorando as mecanicas, os componentes e o jogo em si. deu até vontade de jogar de novo. haha

Sem querer ser chato, você deu poucas chances a esse jogo. IS demanda dedicação. O achado mais importante aqui é o de que quem joga mais pontua melhor. As diferenças entre as facções tendem a aparecer quando se coloca um jogador mais forte com uma facção mais fácil. Embora as estatísticas que eu tenha mostrado sejam exclusivamente relativas a uma série de partidas solo, acredito que possam ser de certa forma extrapoláveis para a experiência multiplayer, pois o jogo não tem lá tanta interação entre os jogadores.
Eu acho que a diferença, assim como em muitos jogos com esse tipo de assimetria, tende a aparecer quando um jogador se especializa em uma facção. Repare que nos meus resultados foram uma média de mais de 16 partidas com cada facção, bem acima do que você jogou e a única que teve uma performance pior foi a dos romanos. As demais foram relativamente parecidas.
Reforço o conceito de que a assimetria não prejudica a boa experiência que o jogo proporciona. Mas se você ou seu grupo forem muito competitivos, eu optaria por outro jogo com essa mecânica: 51st State Master Set.

Eu entendo seu ponto de vista. Mas como já disse algumas vezes em outros tópicos de outros jogos, tenho 110 jogos e 3 grupos regulares. Apenas em um dos grupos eu sou o único que tem boards, em um todos tem (embora eu leve a maioria) e meu último grupo o cara  tem 500 jogos e precisa testar pra algumas editoras então nunca repetimos nada.
Se um jogo não me prende logo de cara, eu dificilmente vou voltar nele. Vou dar um exemplo, terra mystica. Vc precisa de muitas partidas com cada facção pra dominar como ela funciona. Mas num grupo em que ninguém sabe jogar direito, ou todos tem as mesmas capacidades, o nível de dificuldade de 90% das raças vai ser bem parecido.
Já no IS aconteceu isso. Egípcios disparavam fácil na frente por que pontuam com ações. Não tem uma ordem certa de baixar as cartas. As outras facções dependem muito de habilidades e cartas de uso único. 
E pros meus grupos, fica chato uma partida em que vc vai perder 90% das vezes só pra aprender a jogar com um baralho e depois ter chances contra alguém que usa outro baralho muito mais fácil.
Eu me diverti muito jogando, mas no quesito (muito importante pra mim) de igualdade mesmo na assimetria o jogo ficou devendo. :/
Vou procurar conhecer esse outro que você falou. Abcs. 

Guilherme.felga::

joaoclaudio::Muito bom a a análise, bacana vir com dados. Acho que o fator diversão pesa mais no nosso afeto ao jogo do que como o jogo funciona. Por isso que vemos muitas opiniões cheias de emoção. Hehehehe

Você chegou a apresentar esses dados na liga solo do bgg? Os jogadores já tinham essa percepção? Na liga vocês competem com as mesmas facções?

Forte abraço

Oi, João! Obrigado!
Não apresentei os resultados na liga, na verdade eu apliquei aos meus dados do BG Stats a mesma metodologia que o cara que organizou a liga aplicou aos dados de todas as partidas. Sugiro a leitura do post no BGG, cujo link eu coloquei lá no texto inicial. Eu não deixei muito claro isso em momento algum, mas a ideia desse tipo de análise foi dele, apenas repliquei a metodologia aos meus próprios escores.
Se o pessoal tinha essa percepção, eu não sei, mas o modo como a liga foi organizada me deu essa sensação logo de saída. Ou os bárbaros são uma facção muito forte ou os jogadores que estavam com ela eram muito melhores, pois os resultados foram sistematicamente superiores aos das demais. Talvez com esse dado seja necessário fazer uma correção da pontuação/dificuldade para essa facção caso a liga ocorra novamente. Os meus resultados foram razoavelmente parecidos, mas não apontaram tanta diferença em favor dos bárbaros em relação às demais facções, salvo pelos romanos, que novamente foram mal. Creio que isso deva-se ao que eu descrevi, a dificuldade que essa facção impõe, de haver a necessidade de uma certa sequência de cartas para maximizar o escore. Não sei se estou certo, mas é o feeling que eles me dão.
Na liga, cada jogador escolhia uma facção e defendia o território dela com sua pontuação. As que perdiam gradualmente perdiam seus territórios para as que venciam até serem eliminadas. Os jogadores das facções eliminadas podiam migrar para outras facções que ainda estivessem disputando as partidas. Eu joguei o tempo todo de japoneses, que foram para o pau com os bárbaros no fim e acabaram perdendo. Foi muito bacana a experiência, recomendo fortemente que participe se a liga se repetir.

Obrigado Guilherme, muito interessante esse método de disputa. 

Cara, parabéns pelo trabalho. Gostei demais da análise. Nunca joguei o IS mas admirava esse jogo à distância por ser fã do designer. Confesso que sua análise me afastou ainda mais do jogo porque já desconfiava do problema citado. Valeu pelo serviço à comunidade!! 

Adoro o jogo, e mando e-mails para a mandala pedindo as expansões dos outros povos, acredito q so essas expansões seriam necessárias.

claudio ferre::Cara, parabéns pelo trabalho. Gostei demais da análise. Nunca joguei o IS mas admirava esse jogo à distância por ser fã do designer. Confesso que sua análise me afastou ainda mais do jogo porque já desconfiava do problema citado. Valeu pelo serviço à comunidade!! 

Valeu! Mas não se deixe levar pela impressão. É um jogo excelente e extremamente divertido. Eu acredito que as expansões podem trazer mais equilíbrio às facções já existentes, pois vem com cartas adicionais para elas.

thiagusleonel::Adoro o jogo, e mando e-mails para a mandala pedindo as expansões dos outros povos, acredito q so essas expansões seriam necessárias.

Cara que análise técnica!!!!
Não vou comentar o jogo, mas comento a sua estratégia de análise. Lido com estatística também e é bacana quando de alguma forma mesclamos a diversão que temos com conhecimento profissional. ANOVA, teste t, p-value não são comumente observadas em análise de jogos, mas tudo que envolve probabilidade (e não é só jogar dados) tem estatística no meio.

Parabéns!

jmpelacanijr::Cara que análise técnica!!!!
Não vou comentar o jogo, mas comento a sua estratégia de análise. Lido com estatística também e é bacana quando de alguma forma mesclamos a diversão que temos com conhecimento profissional. ANOVA, teste t, p-value não são comumente observadas em análise de jogos, mas tudo que envolve probabilidade (e não é só jogar dados) tem estatística no meio.

Parabéns!

Parabéns pelo post, @Guilherme.felga!

Recentemente foi tratado num outro Canal (Tabulices #18 - O importante é competir) sobre os elementos de um jogo competitivo e um dos pontos levantados pelo DaniloSilvestre foi exatamente a premiação (ou o sentimento de recompensa) ao jogador mais experiente. Não vejo nenhum problema com isso. Aliás, há sim, um problema se houver uma vibe diferente entre os jogadores. Nem é tão feliz o exemplo do Ovatsug Rednal, quando aponta o Terra Mystica que possui, na caixa base, raças muito mais difíceis de jogar do que outras. Se IS é quebrado, TM também seria, segundo suas premissas.

Longe de mim jugar se o jogo é ou não quebrado. Só joguei uma vez e, como não conhecia as cartas, achei que dependia muito de sorte. Não foi a melhor experiência.

tuliobarros::Parabéns pelo post, @Guilherme.felga!

Recentemente foi tratado num outro Canal (Tabulices #18 - O importante é competir) sobre os elementos de um jogo competitivo e um dos pontos levantados pelo DaniloSilvestre foi exatamente a premiação (ou o sentimento de recompensa) ao jogador mais experiente. Não vejo nenhum problema com isso. Aliás, há sim, um problema se houver uma vibe diferente entre os jogadores. Nem é tão feliz o exemplo do Ovatsug Rednal, quando aponta o Terra Mystica que possui, na caixa base, raças muito mais difíceis de jogar do que outras. Se IS é quebrado, TM também seria, segundo suas premissas.

Longe de mim jugar se o jogo é ou não quebrado. Só joguei uma vez e, como não conhecia as cartas, achei que dependia muito de sorte. Não foi a melhor experiência.

TM possui raças mais difíceis de se jogar que outras  mas todas tem um equilíbrio e podem ser melhores ou piores dependendo dos bônus, das pontuações, etc. E ainda assim, se vc pegar o básico da mecânica, consegue jogar de igual pra igual com qualquer uma. 
Imperial setllers se você pegar só pessoas que sabem jogar bem o jogo, ou só pessoas que não sabem, a vantagem dos egípcios vai ser enorme de qualquer jeito.