Muitos sabem como nosso mercado é complicado: produtos caros, fisicamente delicados e com muitas características que os tornam um nicho bem restrito. Estou nessa "onda" de comprar, jogar e trocar (e as vezes, poucas vezes, vender) boardgames a três anos, talvez um pouco mais, mas já estou calejado. Sabemos que estamos em um barco só de ida, com o convés escorregadio por demais.
Nesse tempo...
Vira e mexe um jogo atrasa, uma editora tem problemas com a comunidade, um jogo vem avariado.
Ultimamente a "modinha" da vergonha é a má qualidade de componentes ou, jogos que são nacionalizados com qualidade inferior aos vendidos lá fora. Para ser franco, isso não é novidade... nem modinha. É uma merda e é real, e já faz é tempo.
Seja lá como for, seria fácil criticar todo o sistema porque já me sinto com uma mínima bagagem para tal. No entanto, eu não vim criticar, eu vim aqui dizer que tiro o meu chapéu. Não serei sensacionalista: tiro o meu chapéu porque, em todos os casos, eu fui super bem atendido pelas editoras.
Em quase todos os casos eu recebi as reposições sem burocracia e os problemas foram resolvidos.
E você, no quesito reposição, tira seu chapéu para as editoras?
Este tópico foi criado motivado por ontem...
Eu soube da reposição das cartas do Terraforming (MeepleBR) e chegou em minha casa uma ENORME caixa (do tipo que dava pra guardar um micro-ondas com folga, juro). Quando peguei na caixa reparei o quão leve ela estava e achei estranho... "puta merda, roubaram minha encomenda", pensei. Quando abri, descobri que se tratava da reposição de algumas peças do LISBOA (Mandala). Minha cópia veio com o tabuleiro individual, o da cor amarela, amassado. Além disso, vários tokens "manchados" (o que acabei de descobrir ser um problema crônico pois a reposição veio praticamente igual). Os componentes foram enviados rapidamente e estavam em uma caixa enorme, com mais de dois metros de plástico bolha. Toda esse aparato e espaço protegiam quase nada, um tabuleiro individual e alguns tokens. Chegou a ser bizarro, talvez um "ridículo zelo" mas foi uma experiência interessante.
Isso me fez pensar um pouco. Tem tanta gente só metendo o sarrafo e as vezes não notam o esforço das editoras. Acabou que me lembrei de um vídeo do Fabricio, no AfterMatch, comentando que "antes de sair falando mal, entra em contato com as editoras". Essa é a mais pura verdade...
Assim sendo, vou reportar alguns casos os quais eu pedi reposição:
- Derrubei a caixa do Ticket to Ride e a destruí. Entrei em contato com a Galápagos e perguntei se vendiam por fora. Moral, me mandaram de graça com toda gentileza possível. Ótimos duendes.
- Minha compra da cultura, Pottion Explosion, veio com a tampa escurecida e levemente amassada. Novamente a galápagos foi sensacional. Detalhe que o amassado foi causado pela Livraria Cultura e não pela Galápagos, mas a editora mais uma vez resolveu o problema.
- Tokens de BloodRage (Galápagos) vieram em japonês (ou sei lá). Reposição rápida e sem custos.
- Jorvik (Conclave) tinha erros no manual. Eles enviaram anexado uma correção com um adesivo. Outro ponto, meu tabuleiro veio com alguns riscos mas a editora não tinha a peça para reposição. Foram atenciosos mas não puderam resolver no segundo caso, OK. O problema era tão pequeno que deixei pra lá.
- Robinson Crusoé (Conclave). Esse teve vários problemas de corte. Recebi tudo para repor mas, também, era um problema crônico. Acabou que tive de usar estilete para resolver a maioria. Ficou OK. Mas o importante é frizar que fui atendido e que enviaram a reposição.
- Orleans (MeepleBR) também veio com um erro no manual. Assim como a conclave, enviaram o jogo com a correção em anexo.
Com certeza existem vários outros casos nesses três anos que agora não me recordo...
E você, tem alguma história para contar sobre reposição?
