Não sou o tipo de pessoa que grita aos ventos que jogar é uma atividade social. Penso em jogar muito mais como um exercício cognitivo.
Contudo abomino a ideia de me reunir com um grupo de pessoas de meu interesse para jogar alguma coisa e passar um ou duas horas interagindo muito pouco ou quase nada. Jogos que possuem essa característica: que fecha os jogadores cada um em um bolha até o final do jogo, despertam muito pouco o meu interesse.

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Para ganhar minha aceitação jogos com baixa interação devem ser rápidos, ou leves o suficiente para permitir que as pessoas conversem entre si sobre outras coisas que não o jogo. Jogos que isolam os jogadores e ainda por cima estimulam o silêncio ou a introspecção são ótimos para jogar digitalmente onde não faz diferença se quem está contra você é uma pessoa desconhecida em algum lugar do globo ou a uma IA.
Em dias tão acelerados pela sobrecarga de tarefas cotidianas a fazer, momentos com as pessoas queridas deveriam ser otimizados exponencialmente pelos jogos, ou por qualquer outra atividade de grupo. Do contrário, prefiro uma boa conversa, uma roda de violão, uma caminhada no parque ou uma prosa regada a chimarrão.