Um Euro com uma proposta bem interessante, celebrar o 400º aniversário da cidade de Quebéc. Então o jogo se desenrola no decorrer desses quatro séculos, dando em cada um deles uma relevância maior a cada aspecto que guiara a sociedade quebequense durante este período, sendo no primeiro século a igreja, então o estado, a economia e, por fim, a cultura. A cidadela de Quebéc, por uma razão que minha ignorância contempla, tem a maior relevância em todos os séculos.
Então os jogadores podem influenciar essas esferas sociais tomando a ação direta para isso (colocam-se cubos na esfera selecionada, mas nunca na cidadela diretamente) ou terminando construções relevantes para aquela área, como templos, bancos e assim por diante.
Para iniciar as construções, cada jogador usa seu arquiteto (uma das ações do jogo) e este, bem como os demais jogadores, podem contribuir nessas construções (outra ação do jogo) Aqueles que contribuíram na construção além de poder tomar o bônus de cada espaço de construção, coloca os cubos utilizados na área de influência social atribuída aquele edifício.
Bom e o jogador que colocou lá seu arquiteto e iniciou a construção, o que leva? Além de ser o único a poder encerrar a construção a hora que quiser, o que pode ser fundamental para o encerramento dos turnos, fica com o tile de construção para si e ganha pontos por isso no final do jogo, a depender de quantas estrelas a construção teve, o que é determinado pelo grau de participação dos jogadores naquela construção, que varia e 1 a 3. Se quiser o arquiteto pode encerrar a construção sem colaboração alguma, o que não gera estrelas. Importante salientar que iniciar construções também é um método fácil para conseguir disponibilizar os seus cubos eventualmente presos na reserva, o que também é uma forma de encerrar a rodada (quando o jogador não tiver mais cubos para usar seja em sua mão ou na reserva).
Ao todo, estão disponíveis 11 construções por século.
No jogo avançado ainda há mais uma ação, escolher cartas de líderes, e eventos temáticos que ocorrem a cada século.
Esses líderes estão relacionados a uma esfera social e dão bônus diversos ao jogador que os escolhe naquele século, como cubos direto na cidadela, um arquiteto adicional e assim por diante. O interessante aqui é que escolher antes lhe confere toda a game de escolha, mas adiar a sua escolha lhe disponibiliza cubos, na razão de um a cada jogador que já tenha escolhido uma carta dessa.
Os eventos são muito variados e não vou me ater a eles aqui.
O grande charme do jogo para mim está, porém, na pontuação. No final de cada rodada pontuam-se as áreas de influência social, na razão de 1 cubo/1PV. Sempre se inicia pela cidadela de Quebec e passa-se a área de influência mais relevante naquele século e dali prosseguindo em ordem horária. Mas o pulo do gato é que o jogador que tiver a maioria dos cubos na cidadela e em dada área pega metade desses cubos (arredondada para baixo) e leva para a pontuação na próxima área de influência a pontuar, o que pode lhe garantir uma nova maioria e assim por diante.
No final do jogo, pontuam-se os edifícios pelas estrelas de cada um. Porém, os edifícios que estiverem na maior área contígua de cada jogador valem mais pontos. Então construir edifícios vizinhos, por mais que não lhe seja a opção mais interessante no momento, pode compensar no final do jogo e esta é mais uma difícil que o jogo impõe.
O jogo basicamente gira em torno de iniciar e colaborar com as construções. Mas no jogo avançado, não há razão de não pegar a carta de especialista, o que se faz uma vez apenas a cada rodada, e colocar cubos diretamente nas áreas de influência pode ser o pulo do gato.
Isso não torna o jogo ruim, de forma alguma, mesmo que essas duas ações sejam as mais relevantes, a tensão pela influências em cada esfera da sociedade e na cidadela, bem como os bônus de cada área de construção tornam o jogo dinâmico.
Gostei muito do jogo que é bom e bonito!

foto do tabuleiro ao final do jogo.
jogado 16/01