Vendi e me arrependi: lista colaborativa

Fala, pessoal! Estou criando esta lista para a gente sofrer de saudade junto, ponto! 

Brincadeiras à parte, acredito que este espaço pode ser muito útil. Seja para ajudar quem está pensando em se desfazer de um jogo a refletir melhor, para que alguém se compadeça e ajude você a reencontrar uma pérola perdida; ou realmente simplesmente para ser um ombro amigo onde podemos desabafar e afogar as mágoas.

O tema é recorrente em lives, mas me surpreendi ao ver que aqui na Ludopedia só encontrei uma lista antiga sobre o assunto, e que não era colaborativa. Vamos mudar isso!

Aproveito para lançar um convite: ao adicionar um jogo, compartilhe um pouco dos motivos que levaram à venda e por que a saudade bateu. Também vale a pena curtur pra destacar o jogo, caso você ache o jogo ou a experiência do hobbista mereçam destaque. Para dar o pontapé inicial, vou listar alguns fatores gerais que já me afetaram. Se você está com o dedo no gatilho para vender algo, talvez esta reflexão ajude:

Motivos da Vida Real (e totalmente justos)

Às vezes, a vida simplesmente acontece. A venda não tem a ver com o jogo em si, mas com uma necessidade maior: apertou o cinto e o dinheiro foi preciso; a mudança para um lugar menor tornou o espaço um luxo; ou a venda foi um passo importante para controlar um vício ou uma compulsão. Se este é o seu caso, saiba que não há arrependimento a ter, apenas o desejo de que a fase tenha passado e que dias melhores tenham chegado.

As Armadilhas do Hobby (os motivos que nos fazem pensar "por quê?")

Aqui a coisa complica. São aquelas vendas que, depois, deixam um gosto amargo de que a decisão poderia ter sido diferente.

1. A Influência dos Influencers

Muito cuidado com criadores de conteúdo. Por mais que eles mesmos alertem sobre isso, é fácil se deixar levar. Gosto não é apenas pessoal; em nosso hobby, ele é social, pode, o gosto de um grupo. 

Um ponto que pode passar batido é a questão de classe: muitos influenciadores têm acesso a uma quantidade de jogos que é irreal para a maioria dos hobbistas. Nós, meros mortais, precisamos fazer escolhas e nos satisfazer com o que cabe no bolso e na prateleira.

Dois exemplos que talvez possam ter me influenciado de alguma forma é o Coimbra ou o Kick-Ass: Board Game, oa quais estou deixando comentários com s experiência aí na lista.

2. As Mudanças nos Grupos

Este é um clássico. É natural que os grupos mudem de perfil ou até se desfaçam. Muitos usam a "regra de um ano parado" para decidir vender, mas, se você realmente ama o jogo, vale a pena ter calma. Foi nessa que descobri o modo solo, que salvou vários jogos da minha coleção até eles encontrarem uma nova mesa coletiva.

Uma dica: em vez de vender imediatamente, coloque o jogo na sua lista de troca/venda e deixe-o "marinar" por um tempo. Contemple a ideia. Se a dor de vê-lo partir não for grande, vá em frente. Se bater uma dúvida, talvez seja melhor ficar, deixar ele num lugar mais acessível e dar uma prioridade pra ele na mesa.

3. O Hype do Momento

Cuidado com a armadilha do hype. Lembre-se: hoje, o hype é uma estratégia de marketing. Existem equipes inteiras trabalhando para criar em você a sensação de urgência, a necessidade de ter o último lançamento. Muitas vezes, a novidade é apenas uma variação de algo que você já tem e ama. Não se trata de ser "melhor" ou "pior", mas de questionar se o investimento realmente vale a pena ou se o seu jogo atual já não preenche perfeitamente aquele nicho para você e seu grupo.


Enfim, imagino que à medida que alista for crescendo, vai surgindo novas questões. Curiosos para ouvir as experiências de vocês.