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Mythic Games e a Desvirtuação dos Financiamentos Coletivos

Darkest Dungeon: The Board Game
  • brunokemon
    12 mensagens MD
    avatar
    brunokemon12/12/25 12:27
    brunokemon » 12/12/25 12:27

    Uma discussão relevante esta.
    Hoje em dia penso que o mais benéfico a comunidade é apoiar os FCs de jogos verdadeiramente indies e pequenos, ou seja que não fizeram hype e têm pouca chance de sair em retail, enquanto os jogos que tiveram hype incentivar as editoras nacionais a traze-los, seja via Instagram, e-mail, Ludopedia, etc., ao invés de participar de um FC que já vai ser financiado.

    4
  • adolfocaetano
    289 mensagens MD
    avatar
    adolfocaetano12/12/25 16:04
    adolfocaetano » 12/12/25 16:04

    Fico só me perguntando se esse é um daqueles casos onde a empresa quebra mas os donos estão bem, obrigado!
    Acho um absurdo uma empresa estabelecida fazer financiamento coletivo. É ridículo! Nenhum risco no negócio, pois ele é dividido pelos (não posso evitar, "data venia"... :angel:) consumidores otários. Não com eles, por eles. 
    Se você imaginar uma montadora de carro te falando pra não financiar o carro no banco, emprestar o dinheiro pra ela, pois assim ela vai desenvolver e produzir um carro e entregar depois pra quem "investiu", você engoliria essa sandice?

    Participei uma vez, de um jogo barato, e que levou dois anos pra ser entregue após o prazo dado! Isso lá em 2017. Depois foi nunca mais! E, hoje, o jogo você compra por aí por uns 80,00 reais! Estupidez de minha parte. Bem feito pra deixar de ser otário.

    Eu decididamente não vou gastar minha piedade com quem entra nessa, se ferra, mas continua entrando.

    5
  • iuribuscacio
    3346 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio12/12/25 17:16
    iuribuscacio » 12/12/25 17:16

    adolfocaetano::Fico só me perguntando se esse é um daqueles casos onde a empresa quebra mas os donos estão bem, obrigado!
    Acho um absurdo uma empresa estabelecida fazer financiamento coletivo. É ridículo! Nenhum risco no negócio, pois ele é dividido pelos (não posso evitar, "data venia"... :angel:) consumidores otários. Não com eles, por eles. 
    Se você imaginar uma montadora de carro te falando pra não financiar o carro no banco, emprestar o dinheiro pra ela, pois assim ela vai desenvolver e produzir um carro e entregar depois pra quem "investiu", você engoliria essa sandice?

    Participei uma vez, de um jogo barato, e que levou dois anos pra ser entregue após o prazo dado! Isso lá em 2017. Depois foi nunca mais! E, hoje, o jogo você compra por aí por uns 80,00 reais! Estupidez de minha parte. Bem feito pra deixar de ser otário.

    Eu decididamente não vou gastar minha piedade com quem entra nessa, se ferra, mas continua entrando.

    Caro adolfocaetano

    Meu camarada, como de costume você está certíssimo, mas tem uma diferença que faz toda a diferença, entre o mercado automotivo e o mercado de board games: o comprador. Dificilmente você vai encontrar no mercado automotivo um consumidor que queira o Onix, e nenhum outro carro. Isso porque a diferença de "experiência de consumo" de um carro para outro não é tão grande assim. Já no mercado de jogos nossa comunidade boardgamer nacional foi criada baseada no pressuposto que nenhum jogo é igual ao outro e nenhum outro jogo vai te dar a mesmíssima experiência que aquele jogo específico XYZ te dá. 

    O resultado disso é que uma empresa como a Conclave, com um dos piores níveis de prestação de serviço, pode ter cometido os mais inaceitáveis absurdos com o Old World, que nada disso importará se ela anunciar o novo jogo XYZ, que se tornou o novo sonho de consumo da comunidade. A maioria das pessoas vai pensar "bom, a Conclave é uma porcaria de editora, mas é o jogo XYZ, que eu quero tanto, e nenhum outro vai ser capaz de saciar a minha volúpia lúdica, então não tem saída a não ser tapar o nariz e dar dinheiro para a Conclave". E o pior é que essa fixação com o jogo XYZ, dura um tempo, mas diminuí bastante quando surge no horizonte o jogo ZYX, que por sua vez, também vai perder espaço no ano seguinte quando aparecer o YXZ, e assim por diante.

    Isso é mais ou menos o cara que gosta da Família Azul acima de todos os jogos, como se nenhum outro dos incontáveis jogos do mercado pudesse lhe satisfazer. Portanto, ele fica na mão da editora que lança o jogo, e tem de se sujeitar às maiores covardias que essa editora quiser fazer. Na verdade, o comportamento da maioria dos boardgamers, em geral, lembra muito o comportamento dos dependentes químicos. 

    Enquanto a maioria da comunidade boardgamer pensar dessa forma e agir dessa forma, o que nós teremos são verdadeiros "monopólios lúdicos" representados por cada jogo. E enquanto nós não nos conscientizarmos enquanto comunidade, que não vale a pena trocarmos nossa dignidade por algum jogo, por mais maravilhoso que ele seja, as má editoras, que infelizmente estão entre as maiores, manterão esse cenário de total falta de respeito, exatamente do mesmo modo, e isso se as coisas não piorarem ainda mais.

    Por fim, em nenhuma outra atividade humana conhecida, como no universo dos board games, vale mais o ensinamento de que se você não respeita  si próprio em primeiro lugar, ninguém mais te respeitará.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio     

    4
  • MatheusAleM
    255 mensagens MD
    avatar
    MatheusAleM12/12/25 22:52
    MatheusAleM » 12/12/25 22:52

    Mano, concordo muito com seu alerta e com a ideia geral da sua reflexão. Deixo só um pequeno comentário no sentido de que algumas empresas ainda defendem que financiamento coletivo é a única saída pra alguns tipos de projeto, e eu acredito. Por exemplo, o Betrayal of the Second Era da Chip Theory Games. No primeiro financiamento (jogo base + 1 expansão) eles arrecadaram +- 4 milhões de dólares e agora no segundo (mais expansões) eles arrecadaram +- 4 milhões também até o momento. Os representantes deles já agradeceram trocentas vezes em lives, postagens etc. esses valores e explicaram que não tem como os acionistas da empresa liberarem esse valor pra uma "aventura ambiciosa" dos designers, eles só conseguem esse tanto de grana pra fazer um jogo se for por financiamento mesmo, simplesmente não tem outra opção atualmente (segundo eles).

    Não sei se procede, mas também já ouvi dizerem que a Go On Board (Witcher Old World, Witcher Legacy, Cyberpunk board game) precisa de financiamento pra levantar lá seus 10 milhões de euros pra fazer jogo.

    Deixo também o questionamento correlato sobre o tipo de jogo que as empresas querem fazer. Pelo que me parece, a tendência tem sido empresas grandes focarem mais em jogos simples, enquanto os jogos "de luxo" estão sendo mais fruto de empresas menores. Mas se a empresa menor não tem tanto capital, de onde ela vai tirar milhões de dinheiros pra fazer um jogo que sabe lá se vai vender? E mais, agora com relação ao criticado parcelamento do Gamefound: se o jogo "deluxe" não pode ser parcelado, quem que vai comprar? Até os gringos estão parcelando atualmente, não tá fácil pra ninguém.

    Então, o que quero dizer é que tem empresa que faz financiamento coletivo caro e parcelado, mas aparentemente faz de boa fé, ou pelo menos já foi transparente o suficiente pra tentar explicar racionalmente o motivo de trabalhar com financiamento coletivo. Se amanhã a Disney me aparece com financiamento coletivo eu p*rateio umas 2 dúzias de filme só pra não deixar barato a petulância, mas se a empresa do Random John aparece amanhã com uma ideia que eu curto bastante e pede grana pra tocar o projeto, eu acho de boa financiar se eu tenho caixa para tanto.


    Obs.: atualmente estou em apenas 2 financiamentos coletivos e não tenho outro à vista.

    2
  • patrickbnu
    2009 mensagens MD
    avatar
    patrickbnu12/12/25 23:42
    patrickbnu » 12/12/25 23:42

    Tudo começou com o maior golpe do financiamento coletivo nacional, na época foram mais de 200 mil arrecadados e nenhum produto entregue. Era um tal de Rovalde, não? Aquele do Runnicards (o jogo do FC era outro).


    Pouco se fala disso hoje em dia, mas é bom pesquisar para saber que pode dar ruim a qualquer momento qualquer FC aí 

    2
  • iuribuscacio
    3346 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio13/12/25 01:12
    iuribuscacio » 13/12/25 01:12

    MatheusAleM::
    Mano, concordo muito com seu alerta e com a ideia geral da sua reflexão. Deixo só um pequeno comentário no sentido de que algumas empresas ainda defendem que financiamento coletivo é a única saída pra alguns tipos de projeto, e eu acredito. Por exemplo, o Betrayal of the Second Era da Chip Theory Games. No primeiro financiamento (jogo base + 1 expansão) eles arrecadaram +- 4 milhões de dólares e agora no segundo (mais expansões) eles arrecadaram +- 4 milhões também até o momento. Os representantes deles já agradeceram trocentas vezes em lives, postagens etc. esses valores e explicaram que não tem como os acionistas da empresa liberarem esse valor pra uma "aventura ambiciosa" dos designers, eles só conseguem esse tanto de grana pra fazer um jogo se for por financiamento mesmo, simplesmente não tem outra opção atualmente (segundo eles).

    Não sei se procede, mas também já ouvi dizerem que a Go On Board (Witcher Old World, Witcher Legacy, Cyberpunk board game) precisa de financiamento pra levantar lá seus 10 milhões de euros pra fazer jogo.

    Deixo também o questionamento correlato sobre o tipo de jogo que as empresas querem fazer. Pelo que me parece, a tendência tem sido empresas grandes focarem mais em jogos simples, enquanto os jogos "de luxo" estão sendo mais fruto de empresas menores. Mas se a empresa menor não tem tanto capital, de onde ela vai tirar milhões de dinheiros pra fazer um jogo que sabe lá se vai vender? E mais, agora com relação ao criticado parcelamento do Gamefound: se o jogo "deluxe" não pode ser parcelado, quem que vai comprar? Até os gringos estão parcelando atualmente, não tá fácil pra ninguém.

    Então, o que quero dizer é que tem empresa que faz financiamento coletivo caro e parcelado, mas aparentemente faz de boa fé, ou pelo menos já foi transparente o suficiente pra tentar explicar racionalmente o motivo de trabalhar com financiamento coletivo. Se amanhã a Disney me aparece com financiamento coletivo eu p*rateio umas 2 dúzias de filme só pra não deixar barato a petulância, mas se a empresa do Random John aparece amanhã com uma ideia que eu curto bastante e pede grana pra tocar o projeto, eu acho de boa financiar se eu tenho caixa para tanto.


    Obs.: atualmente estou em apenas 2 financiamentos coletivos e não tenho outro à vista.


    Caro MatheusAleM

    Rapaz, você realmente tem um ponto, mas o problema é que os próprios exemplos que você citou não se enquadram na proposta original de financiamento coletivo, enquanto ferramenta de fomento à arte independente, ao menos na minha opinião. O Betrayal of Second Era, na verdade se chama The Elder Scrolls: Betrayal of Second Era, e eu peço que você não se ofenda com a correção, porque meu intuito é única e exclusivamente demonstrar a inadequação desse jogo com o espírito do financiamento coletivo, e não dar uma de gostosão sabe-tudo, até porque eu nem tenho mais idade para isso :):):).

    Como você pode ver, estamos falando de um jogo de uma das franquias de video games mais famosas de todos os tempos. Agora imagina você, uma humilde e pequena editora de jogos de tabuleiro começar logo de cara com um board game de uma franquia tão famosa. E mais inacreditável ainda, imagina se a empresa que detém os direitos autorais vai sequer dar ouvidos para um empresa humilde e pequena, que nem tem dinheiro para lançar seus próprios produtos, dependendo de financiamento coletivo. E em alguns casos não basta nem mesmo ter dinheiro porque, você pode por exemplo chegar com o dinheiro que for para rodar um board game e as editoras gringas entenderem que não te conhecem, e por isso não vão arriscar atrelar a "galinhas dos ovos de ouro" dela a uma empresa literalmente desconhecida. E é justamente para essa "gente desconhecida", que se aplica o financiamento coletivo. Por isso, se a Chip Theory Games ao menos cogitou lançar um jogo da franquia The Elder Escrolls, ela pode ser até uma editora pequena, mas dificilmente se encaixaria no tipo de empresa independente, para as quais o financiamento coletivo foi criado. A mesma coisa se aplica ao caso do Old World, que faz parte de uma franquia conhecida globalmente, com jogos badaladíssimos e uma série da Netflix que estava no auge, quando o financiamento coletivo do jogo foi lançado. 

    Mas mesmo que não fosse o caso desses dois jogos serem de franquias multimilionárias, você ainda tem a questão dos próprios jogos em si. Basta ver a quantidade de material que o The Elder Scrolls: Betrayal of Second Era possui, são mais de 150 dados, quase 250 cartas, isso sem falar em vários livretos, tabuleiros de neoprene, e mais uma infinidade de coisas. O Old World também não fica atrás tendo além de uma infinidade de marcadores e cartas, diversas miniaturas na versão De Luxe. O próprio fato de haver uma versão De Luxe do jogo já demonstra que o produto não é muito compatível com jogos indies de empresas independentes. Esse board games com centenas de componentes e caixas de 10 kg definitivamente não são jogos pequenos que aquele amigo do amigo bolou e está pensando se lançar na carreira de designer com eles. Imagina só o custo com artista para fazer 150 ilustrações diferentes e olha que jogos com apenas 150 cartas já começa a ficar fora do escopo de jogos pequenos. Agora compara isso por exemplo com o jogo "Quem Foi?", que tem apenas 49 cartas, a maioria com a mesma imagem mudando apenas a cor do fundo e de um designer praticamente desconhecido. Esse sim seria um jogo que se encaixaria na proposta original do financiamento coletivo.   

    Agora imagina uma situação totalmente hipotética (não estou dizendo que foi assim que ocorreu porque não foi, mas é só um exemplo), apenas para ilustrar o meu ponto de vista, que é a seguinte: o Roubira, que era psicólogo infantil, teve a brilhante ideia de transformar as cartas que ele usava no consultório para criar um jogo chamado Dixit. Ele obviamente não tinha uma empresa e provavelmente nem o capital para produzir o jogo em uma escala mínima capaz de chamar a atenção. Ele então recorre ao financiamento coletivo, levanta o dinheiro necessário para produzir o jogo, coloca à venda. Da noite para o dia o jogo vira uma sucesso meteórico, de modo que o criador fica rico, nunca mais terá de atender um único paciente na vida. Ele então passa a se dedicar só ao Dixit, que em pouco tempo vende no mundo todo. Para lançar o Dixit inicialmente, o Roubira não tinha dinheiro, era um desconhecido e realmente precisava do financiamento coletivo. Ocorre que com o sucesso estrondoso, a fama instantânea e o retorno financeiro milionário, o Roubira não precisa mais do financiamento coletivo para lançar, por exemplo, o Dixit Odissey. O problema é que é muito mais fácil, cômodo, e lucrativo, uma empresa pegar dinheiro com os apoiadores, sem pagar juros nem empatar o próprio capital, aproveitar o projeto para por si só criar todo um marketing ao redor do lançamento do novo jogo, do que pegar dinheiro junto ao mercado financeiro, através da venda de ações tentar atrair novos parceiros e investidores, que vão querer um pedaço da empresa, ou pegar empréstimo no banco, que é o que a maioria das empresas faz. 

    Quanto à questão dessa inversão, editora pequena lança jogo grande, editora grande lança jogo pequeno, eu acho que isso é mais uma prova de que as editoras grandes que tem gente graúda e profissional por atrás, estão começando a ver o risco que é lançar esses jogos megalomaníacos (no bom sentido!!!). Por outro lado, as editoras pequenas estão naquele sonho de lançarem logo um jogo grande, para se tornarem conhecidas e ganharem muito dinheiro o mais rapidamente possível. Isso é muito perigoso, especialmente se você não está acostumado, nem tem a expertise de trabalhar com projetos grandes, de somas vultosas. Basta ver o caso da Mythic Games que originou esse texto. A empresa durou apenas dez anos, de 2020 até 2022 levantou mais de 10 milhões de dólares, fazia projetos nababescos, de muito sucesso, mas menos de três anos depois acabou quebrando.

    Por fim, obviamente se a editora acha que dá conta de lidar com um projeto de jogo na casa dos milhões de dólares, e se ela conseguir engajamento suficiente para levantar essa fortuna, independente de ser pequena ou não, ou de ter começado ontem ou não, evidentemente não há regra que impeça isso. Até porque, as plataformas querem mais é lidarem com projetos milionários, que vão tornar a marca da plataforma muito mais conhecida. Só que isso vai de encontro totalmente ao espírito "indie" que levou justamente à criação dessas plataformas de financiamento coletivo. E tem mais um porém, que é o que eu acho mais sinistro e preocupante. Imagina, por exemplo, que as plataformas de financiamento coletivo gostem tanto da brincadeira de financiar jogos de 10 milhões de dólares, que resolvam não dar mais espaço, ou até mesmo limitar imensamente o espaço daquele selo de quadrinhos independente ou aquela editora pequena de jogos, com projetos de apenas 10 mil dólares. Como esse povo vai conseguir sobreviver, sem o financiamento coletivo, do qual eles dependem tanto?

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio
                
        

    1
  • iuribuscacio
    3346 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio13/12/25 01:31
    iuribuscacio » 13/12/25 01:31

    patrickbnu::Tudo começou com o maior golpe do financiamento coletivo nacional, na época foram mais de 200 mil arrecadados e nenhum produto entregue. Era um tal de Rovalde, não? Aquele do Runnicards (o jogo do FC era outro).


    Pouco se fala disso hoje em dia, mas é bom pesquisar para saber que pode dar ruim a qualquer momento qualquer FC aí 

    Caro patrickbnu

    Esse caso foi nada mais, nada menos que uma jogada aplicada em uma comunidade que ainda estava deslumbrada que agora teríamos financiamentos coletivos de board games no Brasil também. 

    E para você ver como o mundo gira, gira, gira, mais não sai do lugar: recentemente uma editora nacional, nem preciso citar o nome, lançou um financiamento coletivo, de uma franquia de sucesso, acho que envolvia até bruxaria, atrasou dois anos, entregou o jogo todo cagado, disse que ia consertar, que já estava rodando as peças de reposição, para no final todo mundo descobrir, que o raio do processo nunca se iniciou e que a editora gringa é que teve que entrar no meio do rolo, e fazer ela própria a reposição para não sujar a franquia dos jogos, que ainda tem muita coisa para lançar. A editora nacional que causou todo esse furdunço, e é a única culpada por todo o problema saiu de fininho e agora diz na maior cara de pau que não tem mais nada com isso, apesar de ter recebido o dinheiro integral do financiamento, e que tudo agora é resolvido direto com a editora gringa.

    Mas o que me dói mais é que da mesma foram que hoje ninguém nem comenta, aliás a maioria da comunidade boardgamer nem sabe o que foi esse caso que você citou. Outro caso famoso foi o do Selene, que já até virou lenda. O financiamento coletivo do Selene foi anunciado prometendo miniaturas do mais alto nível, como nunca tinha sido visto no Brasil. Financiamento pago, o jogo foi entregue, mas as miniaturas tão maravilhosas, que foram prometidas, na verdade pareciam mais uns cotocos de vela, literalmente, (as brancas então nem se fala). Do mesmo modo talvez daqui a talvez uns 10 ou 15 ano, você comente The Witcher Old World nacional e as pessoas se perguntem, ué, mas esse jogo foi lançado no Brasil?!?!

    E assim caminha a humanidade.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio  

    2
  • MatheusAleM
    255 mensagens MD
    avatar
    MatheusAleM13/12/25 17:19
    MatheusAleM » 13/12/25 17:19

    iuribuscacio::Rapaz, você realmente tem um ponto, mas o problema é que os próprios exemplos que você citou não se enquadram na proposta original de financiamento coletivo, enquanto ferramenta de fomento à arte independente, ao menos na minha opinião. O Betrayal of Second Era, na verdade se chama The Elder Scrolls: Betrayal of Second Era, e eu peço que você não se ofenda com a correção, porque meu intuito é única e exclusivamente demonstrar a inadequação desse jogo com o espírito do financiamento coletivo, e não dar uma de gostosão sabe-tudo, até porque eu nem tenho mais idade para isso :):):).
        

    Sem ofensas, Iurão!

    Com certeza essas franquias dos exemplos são de peso! A editora que lança um jogo de franquia multimilionária já larga com uma vantagem gigante no mercado, sem dúvidas. O problema é como uma CTG da vida, uma Go On Board etc. conseguiria tirar os milhões necessários pro jogo dessas mega franquias. Talvez a editora mal tenha a grana da licença no caixa. E se ela não pudesse usar o financiamento coletivo, como teríamos esses jogos? Duvido muito que a Bethesda/Zenimax ou a CDProjekt esteja interessada em investir numa divisão de board game...

    Acredito então que, respeitadas as devidas proporções, uma CTG precise tanto de um Gamefound pra lançar um jogo do TES de 10kg quanto um cara comum pra lançar um party game autoral de 50 cartas, infelizmente. Eu quero que o financiamento coletivo seja uma plataforma segura pro editor independente, mas também quero ver meus joguinhos de mega franquias sendo desenvolvidos por empresas competentes e confiáveis, e se elas só conseguem tocar esses projetos na mesma plataforma do desenvolvedor indie, acho que não tem muita coisa que eu, o consumidor final, posso fazer pra manter o financiamento coletivo com sua proposta original. Acho inclusive que se essa guerra tarifária EUA/China evoluir, financiamento coletivo será uma ferramenta cada vez mais comum pra board games e outros produtos de lazer, ainda que a IP seja famosa.

    2
  • adolfocaetano
    289 mensagens MD
    avatar
    adolfocaetano13/12/25 19:15
    adolfocaetano » 13/12/25 19:15

    É ridículo empresas usem de subterfúgios para não arcar com riscos em empreendimentos! Mas o pior é o pessoal que defende isso! Se o barbeiro da esquina abrir um financiamento coletivo pra "investir e melhorar sua barbearia para melhor atender os clientes que colaboraram", claro, desde que paguem pelo serviço, vai chover gente chamando o cara de safado - coisa que de fato ele seria. Agora se uma empresa de tabuleiro, safada e picareta (coisa comum no ramo), faz o mesmo, é legítimo para que "tenhamos jogos de qualidade".

    Quanta coisa você j´imaginou, bolou, desejou fazer, e nunca conseguiu pelo simples fato de não existir o dinheiro para isso?

    Vai catar coquinho. Toma vergonha na cara, empresta dinheiro do banco, como o coitado do barbeiro teria de fazer e põe o pescoço em risco, como todo mundo. Mas editora de tabuleiro merece todas as benesses do capitalismo, mas otário tem que defender que elas não podem correr os riscos que o capitalismo impõe!

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  • iuribuscacio
    3346 mensagens MD
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    iuribuscacio13/12/25 23:29
    iuribuscacio » 13/12/25 23:29

    MatheusAleM::
    iuribuscacio::Rapaz, você realmente tem um ponto, mas o problema é que os próprios exemplos que você citou não se enquadram na proposta original de financiamento coletivo, enquanto ferramenta de fomento à arte independente, ao menos na minha opinião. O Betrayal of Second Era, na verdade se chama The Elder Scrolls: Betrayal of Second Era, e eu peço que você não se ofenda com a correção, porque meu intuito é única e exclusivamente demonstrar a inadequação desse jogo com o espírito do financiamento coletivo, e não dar uma de gostosão sabe-tudo, até porque eu nem tenho mais idade para isso :):):).
        

    Sem ofensas, Iurão!

    Com certeza essas franquias dos exemplos são de peso! A editora que lança um jogo de franquia multimilionária já larga com uma vantagem gigante no mercado, sem dúvidas. O problema é como uma CTG da vida, uma Go On Board etc. conseguiria tirar os milhões necessários pro jogo dessas mega franquias. Talvez a editora mal tenha a grana da licença no caixa. E se ela não pudesse usar o financiamento coletivo, como teríamos esses jogos? Duvido muito que a Bethesda/Zenimax ou a CDProjekt esteja interessada em investir numa divisão de board game...

    Acredito então que, respeitadas as devidas proporções, uma CTG precise tanto de um Gamefound pra lançar um jogo do TES de 10kg quanto um cara comum pra lançar um party game autoral de 50 cartas, infelizmente. Eu quero que o financiamento coletivo seja uma plataforma segura pro editor independente, mas também quero ver meus joguinhos de mega franquias sendo desenvolvidos por empresas competentes e confiáveis, e se elas só conseguem tocar esses projetos na mesma plataforma do desenvolvedor indie, acho que não tem muita coisa que eu, o consumidor final, posso fazer pra manter o financiamento coletivo com sua proposta original. Acho inclusive que se essa guerra tarifária EUA/China evoluir, financiamento coletivo será uma ferramenta cada vez mais comum pra board games e outros produtos de lazer, ainda que a IP seja famosa.


    Caro MatheusAleM

    Camarada, eu concordo com você, e só para deixar claro, eu não defendo que as editoras médias e grandes sejam proibidas de usar o financiamento coletivo. Porém, eu faço a ressalva de que me preocupa se as plataformas ainda vão continuar apoiando a arte indie, seja ela qual for, quando essas editoras de jogos vierem cada vez mais com esses megaprojetos de board games.

    Também me preocupa se essas empresas tais quais a que você citou vão dar conta de lidar com o financiamento coletivo. Os exemplos da Mythic e da CMON estão aí para todo mundo ver. A primeira estava indo bem, mas com a facilidade de levantar dinheiro, de repente errou e errou feio, trocou os pés pelas mãos e fechou as portas. A CMON por sua vez começou a lançar um financiamento para poder bancar o financiamento anterior, e para não fechar começou a vender suas principais franquias. 

    Do mesmo modo é preciso que nós entendamos que talvez para termos os jogos que nós gostamos, o financiamento coletivo, mesmo de empresas que não precisam de financiamento coletivo seja a saída. Só para não dizer que eu só falo mal do Old World (que é um jogo bom, mas também é uma pena que tenha ficado com a reputação tão manchada), certamente que os fãs do jogo iriam preferir que a Conclave usasse o financiamento coletivo para trazer o jogo, do que não usar e não trazer. Infelizmente aconteceu o que aconteceu, e um jogo que poderia ser um marco no board game nacional, vai viver para sempre na infâmia.   

    Desse modo, é um fato que o financiamento coletivo é o formato que o mercado encontrou para lançar os board games. E nisso eu também concordo contigo, que não há muito que nós compradores possamos fazer a respeito. Mas uma coisa nós podemos fazer que é apoiar as empresas que respeitem seus apoiadores, e mandarmos um recado de que exigimos respeito, porque somos nós que bancamos essa festa. Se conseguirmos fazer isso, e eu acho pouco provável, talvez um dia as empresas entendam, que até mesmo paciência de boardgamer brasileiro tem limite.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio 

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Darkest Dungeon: The Board Game - Mythic Games e a Desvirtuação dos Financiamentos Coletivos
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