jgboari::Como reflexão, acho que vale a pena diferenciar o conceito de colecionador do de acumulador, que seria o momento em que a coleção perde a finalidade de oferecer uma variedade de jogos para curtir com amigos e familiares para se tornar um estoque de caixas de papelão difícil de gerenciar.

Quando identificar esse ponto de inflexão, pare e pense se não vale a pena vender uns jogos e manter aqueles que vão para a mesa. Comprar novos? Apenas ocasionalmente e depois de ter vendido vários. Atente-se para os seus gostos pessoais e ignore as propagandas diárias. O tamanho das caixas também deve influenciar a coleção, pois jogos muito grandes não vêem mesa com muita constância. Perceba quando comprou um jogo achando que era bom e descobriu que não era tão bom assim - podendo ser facilmente vendido. Tem jogo que roda melhor no BGA / APP para você? Venda imediatamente!

São muitas as estratégias para não se tornar um acumulador. Mas pode ser também que o comportamento acumulador tenha um fundo emocional. Se esse for o caso, investigue a causa raíz antes que seja tarde.

Eu já acho que essas duas definições (colecionador/acumulador) possuem uma diferença tão tênue, que eu nem diferenciaria. Como eu expressei acima, a diferença relevante é entre jogador e colecionador. A partir do momento em que é mais importante POSSUIR algo que foi primariamente (pra mim, exclusivamente) feito para JOGAR, você passa a ter um problema.

Vou além. O post inicial do tópico trata de uma coleção de videogames. Eu sou desse hobby também, e afirmo que é ainda mais deplorável a situação de colecionismo, especialmente por se tratar de uma mídia digital, em que basicamente sua reprodução e distribuição é (pode ser) infinita. Diferente de board games, que estamos limitados à produção física (existem as implementações digitais, mas que na minha opinião foge do conceito central de um jogo de MESA). Digo que é deplorável porque a pessoa acumula pelo simples fato de TER. "Porque esse jogo é extremamente raro, só foi publicado no Japão, para o console desconhecido X, blá blá..." Meu amigo, esse jogo é um arquivo de alguns megabytes infinitamente reproduzível. Se você não é um museu com intuito de disponibilizar o conhecimento e acesso ao público, f#$%.

eduardodtb::

jgboari::Como reflexão, acho que vale a pena diferenciar o conceito de colecionador do de acumulador, que seria o momento em que a coleção perde a finalidade de oferecer uma variedade de jogos para curtir com amigos e familiares para se tornar um estoque de caixas de papelão difícil de gerenciar.

Quando identificar esse ponto de inflexão, pare e pense se não vale a pena vender uns jogos e manter aqueles que vão para a mesa. Comprar novos? Apenas ocasionalmente e depois de ter vendido vários. Atente-se para os seus gostos pessoais e ignore as propagandas diárias. O tamanho das caixas também deve influenciar a coleção, pois jogos muito grandes não vêem mesa com muita constância. Perceba quando comprou um jogo achando que era bom e descobriu que não era tão bom assim - podendo ser facilmente vendido. Tem jogo que roda melhor no BGA / APP para você? Venda imediatamente!

São muitas as estratégias para não se tornar um acumulador. Mas pode ser também que o comportamento acumulador tenha um fundo emocional. Se esse for o caso, investigue a causa raíz antes que seja tarde.

Eu já acho que essas duas definições (colecionador/acumulador) possuem uma diferença tão tênue, que eu nem diferenciaria. Como eu expressei acima, a diferença relevante é entre jogador e colecionador. A partir do momento em que é mais importante POSSUIR algo que foi primariamente (pra mim, exclusivamente) feito para JOGAR, você passa a ter um problema.

Vou além. O post inicial do tópico trata de uma coleção de videogames. Eu sou desse hobby também, e afirmo que é ainda mais deplorável a situação de colecionismo, especialmente por se tratar de uma mídia digital, em que basicamente sua reprodução e distribuição é (pode ser) infinita. Diferente de board games, que estamos limitados à produção física (existem as implementações digitais, mas que na minha opinião foge do conceito central de um jogo de MESA). Digo que é deplorável porque a pessoa acumula pelo simples fato de TER. "Porque esse jogo é extremamente raro, só foi publicado no Japão, para o console desconhecido X, blá blá..." Meu amigo, esse jogo é um arquivo de alguns megabytes infinitamente reproduzível. Se você não é um museu com intuito de disponibilizar o conhecimento e acesso ao público, f#$%.

Obrigado pela resposta.
Creio que é uma questão de perspectiva mesmo. Não vejo problema algum em colecionar coisas.
O que me chamou a atenção no tópico, e que acho mais relevante do que preferências pessoais, é preservar a saúde. Foi o que me motivou comentar a mensagem.
Abraço!

Qualquer pessoa que tenha mais que 50 jogos é muito mais colecionador do que jogador. Não tem exceções.

eduardodtb::Enquanto seu foco dentro do hobby for "jogar" e não "colecionar", te garanto que estará tranquilo.

Digo mais, os tópicos/posts são sempre "Já cheguei a ter [insira um número absurdo] jogos, me arrependi e resolvi vender". Eu nunca vi algo na linha de "Joguei 1000 partidas de diversos board games, me arrependi, gostaria de não ter perdido esse tempo da minha vida".

Rhapsody::Qualquer pessoa que tenha mais que 50 jogos é muito mais colecionador do que jogador. Não tem exceções.

Você está correto.

Aliás, post novo pra fazer um complemento.

Pra galera que coleciona games, seja retro ou não, livros, quadrinhos, cards, ou qualquer outra coisa desse universo, esse tipo de ação é muito mais comum. A diferença é que board game ocupa muito mais espaço.

Rhapsody::Aliás, post novo pra fazer um complemento.

Pra galera que coleciona games, seja retro ou não, livros, quadrinhos, cards, ou qualquer outra coisa desse universo, esse tipo de ação é muito mais comum. A diferença é que board game ocupa muito mais espaço.

Cara, aproveitando o ensejo que a discussão saiu da bolha dos BGs, eu vi esses tempos que lá fora o colecionismo tem deixado muitos hobbies insalubres. Algo como "carrinho Hot Wheels" tem sido um problema pra adquirir se você é uma criança normal simplesmente querendo um brinquedo devido aos 'scalpers' do hobby. Que maluquice.

Rhapsody::Qualquer pessoa que tenha mais que 50 jogos é muito mais colecionador do que jogador. Não tem exceções.

Exceções, tem.
 
Generalizar qualquer coisa é inadequado, vc corre o risco de colocar uma dúvida ou chateação na mente de alguém à toa por causa disso. Dá pra ter muitos jogos sim, desde que vc os jogue. O que não dá é acumular sabendo que não vai ter tempo ou grupo pra jogar tudo aquilo.
 

eduardodtb::

jgboari::Como reflexão, acho que vale a pena diferenciar o conceito de colecionador do de acumulador, que seria o momento em que a coleção perde a finalidade de oferecer uma variedade de jogos para curtir com amigos e familiares para se tornar um estoque de caixas de papelão difícil de gerenciar.

Quando identificar esse ponto de inflexão, pare e pense se não vale a pena vender uns jogos e manter aqueles que vão para a mesa. Comprar novos? Apenas ocasionalmente e depois de ter vendido vários. Atente-se para os seus gostos pessoais e ignore as propagandas diárias. O tamanho das caixas também deve influenciar a coleção, pois jogos muito grandes não vêem mesa com muita constância. Perceba quando comprou um jogo achando que era bom e descobriu que não era tão bom assim - podendo ser facilmente vendido. Tem jogo que roda melhor no BGA / APP para você? Venda imediatamente!

São muitas as estratégias para não se tornar um acumulador. Mas pode ser também que o comportamento acumulador tenha um fundo emocional. Se esse for o caso, investigue a causa raíz antes que seja tarde.

Eu já acho que essas duas definições (colecionador/acumulador) possuem uma diferença tão tênue, que eu nem diferenciaria. Como eu expressei acima, a diferença relevante é entre jogador e colecionador. A partir do momento em que é mais importante POSSUIR algo que foi primariamente (pra mim, exclusivamente) feito para JOGAR, você passa a ter um problema.

Vou além. O post inicial do tópico trata de uma coleção de videogames. Eu sou desse hobby também, e afirmo que é ainda mais deplorável a situação de colecionismo, especialmente por se tratar de uma mídia digital, em que basicamente sua reprodução e distribuição é (pode ser) infinita. Diferente de board games, que estamos limitados à produção física (existem as implementações digitais, mas que na minha opinião foge do conceito central de um jogo de MESA). Digo que é deplorável porque a pessoa acumula pelo simples fato de TER. "Porque esse jogo é extremamente raro, só foi publicado no Japão, para o console desconhecido X, blá blá..." Meu amigo, esse jogo é um arquivo de alguns megabytes infinitamente reproduzível. Se você não é um museu com intuito de disponibilizar o conhecimento e acesso ao público, f#$%.

Concordo com você. Vejo bastante gente defendendo aqui o fato de haver vários hobbies dentro do hobby, e que um deles é o hobby de comprar, e que não há problema nisso. Divirjo diametralmente. É sério que tem gente que não enxerga problema no comprar pelo comprar? Sem a pretensão de jogar? Por que comprar um JOGO, então? Por que não colecionar pedras? Qual é a lógica por trás de encher uma estante com jogos que nunca serão jogados? Não seria mais barato (e eficiente, porque permitiria encher estante(s) mais rápido) comprar caixas vazias?

gabriel::

eduardodtb::

jgboari::Como reflexão, acho que vale a pena diferenciar o conceito de colecionador do de acumulador, que seria o momento em que a coleção perde a finalidade de oferecer uma variedade de jogos para curtir com amigos e familiares para se tornar um estoque de caixas de papelão difícil de gerenciar.

Quando identificar esse ponto de inflexão, pare e pense se não vale a pena vender uns jogos e manter aqueles que vão para a mesa. Comprar novos? Apenas ocasionalmente e depois de ter vendido vários. Atente-se para os seus gostos pessoais e ignore as propagandas diárias. O tamanho das caixas também deve influenciar a coleção, pois jogos muito grandes não vêem mesa com muita constância. Perceba quando comprou um jogo achando que era bom e descobriu que não era tão bom assim - podendo ser facilmente vendido. Tem jogo que roda melhor no BGA / APP para você? Venda imediatamente!

São muitas as estratégias para não se tornar um acumulador. Mas pode ser também que o comportamento acumulador tenha um fundo emocional. Se esse for o caso, investigue a causa raíz antes que seja tarde.

Eu já acho que essas duas definições (colecionador/acumulador) possuem uma diferença tão tênue, que eu nem diferenciaria. Como eu expressei acima, a diferença relevante é entre jogador e colecionador. A partir do momento em que é mais importante POSSUIR algo que foi primariamente (pra mim, exclusivamente) feito para JOGAR, você passa a ter um problema.

Vou além. O post inicial do tópico trata de uma coleção de videogames. Eu sou desse hobby também, e afirmo que é ainda mais deplorável a situação de colecionismo, especialmente por se tratar de uma mídia digital, em que basicamente sua reprodução e distribuição é (pode ser) infinita. Diferente de board games, que estamos limitados à produção física (existem as implementações digitais, mas que na minha opinião foge do conceito central de um jogo de MESA). Digo que é deplorável porque a pessoa acumula pelo simples fato de TER. "Porque esse jogo é extremamente raro, só foi publicado no Japão, para o console desconhecido X, blá blá..." Meu amigo, esse jogo é um arquivo de alguns megabytes infinitamente reproduzível. Se você não é um museu com intuito de disponibilizar o conhecimento e acesso ao público, f#$%.

Concordo com você. Vejo bastante gente defendendo aqui o fato de haver vários hobbies dentro do hobby, e que um deles é o hobby de comprar, e que não há problema nisso. Divirjo diametralmente. É sério que tem gente que não enxerga problema no comprar pelo comprar? Sem a pretensão de jogar? Por que comprar um JOGO, então? Por que não colecionar pedras? Qual é a lógica por trás de encher uma estante com jogos que nunca serão jogados? Não seria mais barato (e eficiente, porque permitiria encher estante(s) mais rápido) comprar caixas vazias?

Concordo que acumular jogos somente por acumular é improdutivo, e que não devemos incentivar isso na comunidade. No entanto, eu acho que os jogos podem ter várias funções além de jogar. Eles permitem explorar mecânicas específicas, podem inspirar o design de variantes e expansões pessoais, ou mesmo o design de novos jogos. Se a pessoa gosta de desenho, pode se inspirar na arte dos jogos também. Pintar miniaturas. Enfim.

Sempre existe a opção de vender o jogo quando ele deixou de cumprir a função.
O mais importante é ser uma atividade saudável e que te faça feliz.