Fala, Ludonautas!
É triste, profundamente triste, ver alguém como Kirby, um colecionador norte-americano na faixa dos 40 anos, anunciar que o hobby que deu cor a duas décadas de sua vida simplesmente “morreu” para ele. Não é só sobre consoles empoeirados ou caixas que amarelam: é sobre um pedaço inteiro da identidade que perdeu o brilho. Quando uma coleção que foi construída com paixão vira sinônimo de peso emocional, a gente percebe que o problema já não mora mais nas prateleiras, mas dentro da pessoa. E isso, infelizmente, acontece com muito mais frequência do que imaginamos.
Muitos colecionadores relatam o mesmo roteiro: chega um momento em que abrir a porta do quarto de jogos não traz mais alegria, só culpa e cansaço. O que antes era refúgio vira lembrete de que algo mudou dentro de nós. Às vezes é só cansaço passageiro; outras vezes é o sintoma mais visível de uma tristeza profunda, talvez até de uma depressão que se instalou sem aviso. Perder o prazer por aquilo que mais amávamos é um sinal sério, e ignorá-lo só faz o buraco crescer.
Se você está passando por isso — ou conhece alguém que esteja —, saiba que não é frescura nem fraqueza. É um pedido de ajuda que o próprio cérebro está gritando da única forma que sabe. Procure um psicólogo ou psiquiatra; falar com quem entende de verdade faz diferença real. As coisas ruins passam. A paixão pode voltar (talvez diferente, talvez mais leve), ou pode dar lugar a novas formas de felicidade. O importante é não carregar sozinho esse peso.
Então, se um dia você olhar para sua coleção e sentir só vazio, lembre-se: os jogos não vão a lugar nenhum, mas você pode e merece se sentir vivo de novo. Um passo de cada vez, com ajuda profissional e com carinho de quem te quer bem, a luz volta. E quando voltar, vai ser ainda mais bonita exatamente porque você já conheceu a escuridão. Você não está sozinho. Nunca esteve.
Abraços.
Fonte: https://www.hardware.com.br/noticias/colecionador-games-vende-colecao-hobby-morreu/