dharrebola::
Eu invoco iuribuscacio em modo de ataque!
Caros
dharrebola,
RockerGamer e
arthurtakel
Vocês são tão engraçadinhos!!!!


Agora falando sério, eu pensei duas vezes se valia a pena escrever, até porque muita coisa já foi dita. Porém, como tem gente aqui, que se recusa a ver o óbvio, e continua a defender a Conclave ou ao menos dar o beneplácito da dúvida, direito ao qual a Conclave perdeu há muito tempo, eu acho válido traçar algumas linhas.
Como todo mundo pôde ver, nós temos duas narrativas, uma da Go on Board e outra da Conclave. Nesse caso, como as duas editoras adotaram posturas diametralmente opostas nos seus pronunciamentos, eu acho que entra em cena um aspecto fundamental que é a credibilidade. Só que, em se tratando de credibilidade, a coisa fica ruim para o lado da Conclave, mas fica muito, muito, muito ruim.
Só para dar um contexto correto, precisamos voltar um pouquinho no tempo. A Conclave lançou o financiamento coletivo do Old World, alguns anos atrás e arrecadou mais de 2 milhões, salvo engano, um verdadeiro recorde do Catarse. O tempo passou, os apoiadores de outros países receberam seus jogos, mas nada do jogo chegar aos apoiadores brasileiros. O atraso só aumentou, assim como as cobranças da comunidade, e a Conclave não dava nenhuma resposta, só fazendo isso quando o ruído se tornou impossível de ignorar. Isso por si só já abala a credibilidade da editora, porque se houve algum problema, e que não tenha sido culpa dela (o que ela sempre alega), qual o motivo para a demora em dar uma explicação aos seus apoiadores? Nesse momento, ocorre o segundo golpe na credibilidade da Conclave, quando ela veio com aquela conversa fiada de que o atraso foi culpa exclusiva da fábrica chinesa que "mudou unilateralmente a paleta de cores do jogo". Obviamente isso não enganou ninguém, porque esse problema só teria acontecido com as cópias brasileiras, porque os outras editoras locais não tiveram esse problema, nem se ouviu sequer falar disso, pelo menos até onde eu sei. Com isso, a credibilidade da Conclave começou a ir de mal a pior.
O Old World enfim chegou, e foi aquele desastre, porque depois de anos de espera, e de pagar caríssimo pelo jogo, e cujo forte era a imersão, havia tantos erros que a solução que os "Defensores da Conclave" encontraram foi: "joga só olhando o número, que fica tudo certo". Em outras palavras o sujeito paga um preço diferenciado para ter um board game, que o forte seria a imersão, justamente por conta do cenário riquíssimo do universo The Witcher, para jogar olhando o número e ignorando os nomes, como se fosse um board game genérico qualquer. Sem ter o que dizer, mais uma vez a Conclave jogou a culpa em outra pessoa, no caso as fábricas chinesas, que teriam recebido os arquivo corretos da Conclave, abriram esses arquivos, e não se sabe bem o porquê, alteraram os nomes antes de rodar o jogo. Esse argumento é tão risível e fantasioso, que só quem quer muito, mas muito mesmo defender a Conclave, engole uma conversa fida dessa. Mas pasmem muita gente engoliu. Muita gente veio com a conversa de sempre, de que os erros não afetam em nada a jogabilidade, claro desde que o sujeito veja no tabuleiro escrito "BANANA" e "faça de conta" que está escrito LARANJA". Muita gente fez vídeo dizendo a maravilha que era o jogo, e que os erros quase não dava para ver. Isso em um jogo que custou centenas de reais o apoio mais barato, porque o mais caro chegava mais de um milhar. E olhe que eu nem estou mencionando a conversa de que o preço altíssimo se justificava, porque o jogo teria um qualidade de componentes e uma imersão como nunca visto antes. Os "Defensores da Conclave" ficaram ainda mais ardorosos quando a Conclave veio a público dizer que não devolveu o jogo à fabrica chinesa e exigiu a correção, para que as pessoas não demorassem ainda mais para receber o seu jogo. E mais ainda, que ninguém precisava se preocupar, porque a própria Conclave já estava apurando o nome de todos os prejudicados e faria ela mesma, às suas próprias custas, a reposição de todo o material.
Isso até faria sentido, caso não fosse a postura da Conclave em cobrar um ágio de 20%, para aqueles que não quisessem ficar com o jogo, e pedissem seu dinheiro de volta. Isso ninguém inventou, e infelizmente para a Conclave, não dá para transferir essa culpa para ninguém. Para piorar ainda mais a situação da credibilidade Conclave, a empresa da forma mais calhorda possível, juntou ao processo movido pelo
arthurtakel, as mensagens postadas aqui no Ludopedia pelos "Defensores da Conclave", para alegar que o problema foi só em umas poucas cópias, quando todo mundo sabe que todo o lote veio com erros grosseiros. Da mesma forma, não dá para a Conclave botar em ninguém a culpa pela "curiosa" exclusão das mensagens cobrando notícias, nas redes sociais da editora. Esses foram mais dois duros golpes na já claudicante credibilidade da Conclave, causado por ela mesma e mais ninguém, como é bom deixar claro. No decorrer dos meses seguintes, e na falta de notícias reais sobre o andamento da reposição, até mesmo alguns dos defensores da editora começaram a se questionar sobre a correção da Conclave em todo esse processo. E aí chegamos ao último prego no caixão da credibilidade da Conclave que soltou um comunicado dizendo que as peças para a reposição já estavam em fase de produção, mas que foi atrasada pelo Ano Novo Chinês. Nesse momento, tirando os "fanáticos pela Conclave", e eles realmente ainda existem, embora bem mais silenciosos hoje em dia, ninguém mais acreditava na Conclave, e surgiu uma dúvida real se os compradores do jogo ainda receberiam algum dia a reposição das peças defeituosas. Mas como, "o que é um peido, para quem já está cagado", já temos aqui relatos de pessoas que foram ao DOFF desse ano do Senhor de 2025, e compraram o jogo no stand da editora sem nenhum aviso sobre os seus defeitos.
Depois de muito silêncio da Conclave, com a reputação do jogo totalmente manchada, e depois de diversos apoiadores terem entrado em contato diretamente com a Go on Board, a editora gringa dona do jogo teve de vir aqui à Ludopedia, se cadastrar e dar uma satisfação aos apoiadores e compradores do jogo, coisa que obviamente era obrigação da Conclave. A Go on Board disse que, em face do comportamento inaceitável da Conclave, para não deixar os compradores do jogo no prejuízo, ela mesma Go on Board assumiria a reposição das peças defeituosas, em uma parceria com a Across the Board, que faria a distribuição nacional. Isso é tão surreal, inédito e inusitado, que surgiu até a dúvida se esse comunicado era real e não alguma fake news. Até o Paulo do Covil entrou na história e postou um vídeo atestado a veracidade do comunicado da Go on Board, que foi ratificado pela própria Acorss the Board. Só alguns dias depois disso, e do tópico com o comunicado da Gon on Board ser destrancado aqui no Ludopedia, é que a Conclave resolveu soltar o seu comunicado com uma série de alegações, para dizer que a culpa nunca foi dela, foram sempre os outros que erraram, mas que no fundo queria dizer somente o seguinte: não tenho mais nada a ver com esse jogo, nem com a reposição, por isso parem de me encher o saco.
Então é isso, o resumo da ópera é o seguinte: a Conclave levantou mais 2 milhões de reais, com o Old Wolrd, atrasou a entrega por anos, sem dar satisfação, no final entregou um jogo com erros graves, inventou que faria a reposição, e no final das contas está saindo fora, sem gastar nenhum tostão para reparar a cagada que ela mesma fez.
Como eu disse lá no começo, todo esse imbróglio do Old World é acima de tudo uma questão de credibilidade, e se, apesar de tudo o que a Conclave fez durante todo esse calvário envolvendo o Old World, alguém ainda der algum crédito à Conclave, e defender que ainda vale a pena apoiar qualquer projeto que envolva essa editora, aí realmente não há mais nada o que se dizer, a não ser lamentar muito, muito mesmo.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio