Fala, Ludonautas!
Imagina a cena: você ajeitando tanques, infantaria e artilharia numa praia normanda fictícia — e pensa “será que rola largar os meeples na estante e trazer essa guerra de plástico pra sala?” Pois bem, sem enrolação, estou falando de Memoir ‘44 — um jogo de guerra estilizado criado por Richard Borg que revive batalhas da Segunda Guerra Mundial em pouco tempo e com regra acessível. É como se “modo lunar ativado” encontrasse “estratégia de tanque” na mesma mesa.
No jogo, cada batalha é um cenário: tabuleiro hexagonal dividido em flanco esquerdo, centro e direito, unidades de infantaria, tanques, artilharia, cartas de comando que determinam onde e quantas tropas podem agir — (aquele momento em que você joga a carta “Centro – 3” e pensa “vou apertar os tanques até estourar”

) — e rolagem de dados para resolver combates. A mecânica é leve para o gênero: apesar do tema “guerra”, o jogo não afunda em complexidades extremas — segundo uma análise, “um jogo simples com mecânicas simples, mas que de alguma forma consegue transmitir alguns dos aspectos mais importantes da guerra do século XX em intervalos de 20-40 minutos”.
E por que Memoir ’44 merece um
Selo Postal? Porque ele preenche um espaço bem especial: o de jogo de guerra que não intimida, tem apelo histórico, componentes visuais (de minis de tanques, tropas e terreno...), e ainda roda numa hora ou pouco mais — ótimo para “
café gamer” ou mesa pós-trabalho. Aqui em solo Tupiniquim, temos crescente comunidade de jogadores que querem mais do que fillers leves, mas sem mergulhar em simulações pesadas:
esse jogo entrega o meio-termo. Além disso, as editoras brasileiras poderiam aproveitar esse nicho para trazer algo internacionalmente consolidado e dar suporte em português (as regras já existem em PT-BR). Se eu fosse chutar, diria: sim, traga os tanques, abra a caixa, gire os dados e vamos “rolar os dados da sorte” na Normandia sem sair do Brasil.
Abraços!