Pelo q eu sei, não é possível registrar jogo. Só arte e textos, mas não as mecânicas.

Na dúvida, faz um vídeo no Youtube explicando as regras e deixa privado. Lá vai ter a data.

Não existe registro de jogo, no máximo registro de arte e nome e isso só se o artista que fizer a arte quiser ainda. De resto não existe registro.

Confesso que fiquei na dúvida o que seria registrar aqui. Como? Com quem? E que tipo de garantias a pessoa tem ao registrar.

Penso que uma organização pode pedir isso mais pra evitar que vire bagunça: se a pessoa passa por alguns processos, é porque provavelmente está levando a criação do seu jogo a sério. Então eles já usam essa burocracia pra dar uma filtrada e não chegar um pessoal com o negócio mal feito no evento.

Mas de novo, não sei que tipo de registro seria esse   

ThalesBardon::Galera, parece que não há consenso entre os jogantes de jogos de tabuleiros.

Puxa! eu entrei em contato com um camarada que faz eventos de teste de jogo em SBC e a primeira pergunta dele for "seu jogo tem Registro?" eu disse Não... e disse "Ah... Tem que fazer..."

Daí venho aqui e uns me dizem "não se preocupe com Registro... Esse nicho é pequeno.. Quem copiar o seu jogo, a gente pega..." (deveria ser 'agente' kkkk).

Bate uma dúvida cruel. Pô! 

Que fase...

Caro ThalesBardon

Nessa questão de registro de jogos eu acho que alguns pontos são importantes e toda essa questão gera em torno dos direitos autorais. Os esquemas mentais e as regras de um jogo não são cobertos pela Lei de Direitos Autorais (Lei 9610/98, art. 8º, II). Por outro lado, a arte do jogo, essa sim é protegia pela Lei 9610/98. Do mesmo modo, entra nessa questão também a marca, que é regida por outra legislação, e tem regras próprias, como por exemplo, palavras de uso comum que não podem ser registradas. 

Uma pessoa não pode abrir uma empresa de design de móveis e registrar "cadeira", da mesma forma que a Tigre não pode registrar como sua marca nem "Tigre", nem "tubos", nem "conexões", mas "Tubos e Conexões Tigre" em conjunto já é outra história. Além disso, é sempre bom lembrar que independente do que diga a "letra da lei", no final da contas isso será avaliado por um juiz, que pode entender, que a Tigre pode registrar "Tubos e Conexões Tigre" como uma marca, com outro juiz pode entender que pelo uso comum dos três vocábulos, nem mesmo em conjunto isso pode ser registrado.  Então veja que mesmo a lei dizendo que regras de jogos não são protegidas por direitos autorais de forma explícita, nunca se sabe o que pode sair da "criatividade jurídica" da cabeça de um magistrado.

De todo modo eu te recomendo registrar não apenas a arte do jogo, como também as regras, os nomes específicos criados por você e coisa e tal. Quanto mais específico, maior a possibilidade de você conseguir registrar, e esse registro só será contestado na eventualidade de alguém querer usar uma mesma regra, mas aí o pior que pode acontecer é nem ele nem você serem impedidos de usar aquela regra. Também é preciso um certo grau de razoabilidade nessa questão, porque ninguém vai, de maneira séria, imaginar que se possa registrar um dado, ou uma regra que fala em lançamento de dados. Agora veja como são as coisas, se o dado do seu jogo tiver ao invés de números, imagens que simbolizem ações, aí dá para registrar esse dado como seu e ninguém poderá usar um dado igual ao que você criou.

A marca, ou seja, um nome bem distinto e que não exista nem tenha registro prévio, é perfeitamente registrável. Não é o caso, mas imagina que não existisse um jogo chamado Drunagor, e esse fosse o nome do seu jogo. Nesse caso você poderia registrar Drunagor como uma marca só sua, e que ninguém mais poderia copiar e utilizar.

Por fim, as marcas são registradas no INPI, já o jogo incluindo a arte as regras e coisa e tal, aí já é na Biblioteca Nacional. Caso das regras talvez surja uma certa questão porque como regras não tem direitos autorais é possível, pelo menos em tese que não se possa registrar as regras. EM todo o caso no seu lugar eu tentaria registrar o máximo possível de elementos do jogo.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio 

Bozeus::Confesso que fiquei na dúvida o que seria registrar aqui. Como? Com quem? E que tipo de garantias a pessoa tem ao registrar.

Penso que uma organização pode pedir isso mais pra evitar que vire bagunça: se a pessoa passa por alguns processos, é porque provavelmente está levando a criação do seu jogo a sério. Então eles já usam essa burocracia pra dar uma filtrada e não chegar um pessoal com o negócio mal feito no evento.

Mas de novo, não sei que tipo de registro seria esse   

O que seria registrar aqui?
É registrar a marca em um órgão chamado INPI.
Como?
Através de um processo junto ao INPI.
Com quem?
Com a ajuda de um advogado que entenda disso (eu entendo) ou sozinho, desde que vc tenha alguma noção sobre o assunto e sobre o processo, pois do contrário há o risco de vc fazer algo errado.
E que tipo de garantias a pessoa tem ao registrar?
Registrando a marca vc tem exclusividade em todo o Brasil para o produto "jogo".
Exemplo: existe o produto de limpeza "Veja" e também existe a revista "Veja". Esses produtos são de empresas diferentes. As marcas são idênticas e ambas estão registradas no INPI. Isso é possível pq elas estão em "ramos" diferentes. Isso significa que em tese...repito...em tese pode haver apenas 1 produto de limpeza chamado Veja no país, bem como apenas 1 revista chamada Veja no país.

ThalesBardon::Galera, parece que não há consenso entre os jogantes de jogos de tabuleiros.

Puxa! eu entrei em contato com um camarada que faz eventos de teste de jogo em SBC e a primeira pergunta dele for "seu jogo tem Registro?" eu disse Não... e disse "Ah... Tem que fazer..."

Daí venho aqui e uns me dizem "não se preocupe com Registro... Esse nicho é pequeno.. Quem copiar o seu jogo, a gente pega..." (deveria ser 'agente' kkkk).

Bate uma dúvida cruel. Pô! 

Que fase...

Daí venho aqui e uns me dizem "não se preocupe com Registro... Esse nicho é pequeno.. 
Vai nessa não.
A Galápagos teve que retirar correndo do mercado todas as cópias do Detective do Ignacy Trev...trevi...ele mesmo...pq foi acionada na justiça pela Estrela por conta do Detetive.

Esse jogo do polonês só volta pro Brasil se a Asmodee trocar o nome dele.

Constantemente na vida você vai se deparar com opiniões diferentes do que se deve ou não fazer. O caminho é se informar e decidir.

Se eu tivesse com uma idéia de um jogo que fosse meu primeiro jogo que eu mesmo inventei e testei em casa, registrar não seria minha primeira preocupação.

Seria como eu sentar com o violão e tocar uma melodia, e antes de tudo corresse pra registrar. Acho que eu refinaria, trabalharia bastante em cima, tocaria para alguém, com alguém, colocaria em uma apresentação, ensaiaria e depois disso, pensaria em registrar quando fosse lançar a nível nacional.

Eu não pensaria que a primeira melodia que eu fizesse seria tão incrível a ponto de alguém ao mero vislumbre sair correndo pra registrar na minha frente kkkkk talvez quando eu fosse um músico já renomado e de muito sucesso.

ThalesBardon::Galera, parece que não há consenso entre os jogantes de jogos de tabuleiros.

Puxa! eu entrei em contato com um camarada que faz eventos de teste de jogo em SBC e a primeira pergunta dele for "seu jogo tem Registro?" eu disse Não... e disse "Ah... Tem que fazer..."

Daí venho aqui e uns me dizem "não se preocupe com Registro... Esse nicho é pequeno.. Quem copiar o seu jogo, a gente pega..." (deveria ser 'agente' kkkk).

Bate uma dúvida cruel. Pô! 

Que fase...

Calma...
.
A primeira coisa a se fazer é chegar neste cidadão do evento e perguntar: "a qual tipo de registro se refere?"
.
Isso, pois, um registro legal, junto ao INPI não faz o menor sentido nesse passo. Você está testando o seu jogo, logo tudo - absolutamente tudo - pode vir a mudar. Qual sentido de registrar legalmente algo, investindo tempo e dinheiro, se não sabe como será a obra sequer amanhã?
.
Talvez, TALVEZ, o rapaz ai se referiu a registrar UMA FICHA do jogo em algum site, como Ludopedia (aqui) ou BGG. Isso sim é comum e ajuda a "apresentar a existência do jogo para o mercado" e fomenta-lo junto à comunidade. Isso é algo altamente recomendável.
.
Por fim, terceira hipótese: o cara só falou bobagem mesmo (e tem muita gente que se enquadra aqui, infelizmente).
.
IMPORTANTE: Não estou falando para deixar de registrar o PRODUTO FINAL, porém não é esse o momento, inclusive esse é um passo que pode vir a surgir até mesmo em parceria com alguma editora/empresa. O lance é que para protótipo não faz nenhum sentido. Tem muito jogo publicado (a maioria, na verdade) que não tem esses registros. O caso do Detective citado aconteceu por se tratar de duas empresas grandes e ser um termo genérico. Um pouco de atenção na hora do "batismo" evita este tipo de coisa. Além disso, se alguém quiser copiar seu jogo ou fazer um bootleg dele: vai fazer, vide empresas chinesas (jogos adquiridos via shopee) ou até mesmo a editora nacional Pais & Filhos que tem alguns jogos chupinhados na caruda.
.
Espero ter ajudado!

RaphaelGuri::

Calma...
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A primeira coisa a se fazer é chegar neste cidadão do evento e perguntar: "a qual tipo de registro se refere?"
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Isso, pois, um registro legal, junto ao INPI não faz o menor sentido nesse passo. Você está testando o seu jogo, logo tudo - absolutamente tudo - pode vir a mudar. Qual sentido de registrar legalmente algo, investindo tempo e dinheiro, se não sabe como será a obra sequer amanhã?
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Talvez, TALVEZ, o rapaz ai se referiu a registrar UMA FICHA do jogo em algum site, como Ludopedia (aqui) ou BGG. Isso sim é comum e ajuda a "apresentar a existência do jogo para o mercado" e fomenta-lo junto à comunidade. Isso é algo altamente recomendável.
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Por fim, terceira hipótese: o cara só falou bobagem mesmo (e tem muita gente que se enquadra aqui, infelizmente).
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IMPORTANTE: Não estou falando para deixar de registrar o PRODUTO FINAL, porém não é esse o momento, inclusive esse é um passo que pode vir a surgir até mesmo em parceria com alguma editora/empresa. O lance é que para protótipo não faz nenhum sentido. Tem muito jogo publicado (a maioria, na verdade) que não tem esses registros. O caso do Detective citado aconteceu por se tratar de duas empresas grandes e ser um termo genérico. Um pouco de atenção na hora do "batismo" evita este tipo de coisa. Além disso, se alguém quiser copiar seu jogo ou fazer um bootleg dele: vai fazer, vide empresas chinesas (jogos adquiridos via shopee) ou até mesmo a editora nacional Pais & Filhos que tem alguns jogos chupinhados na caruda.
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Espero ter ajudado!

Caro Raphael (RaphaelGuri)

Meu amigo, eu acho que essa questão de registrar antes ou só depois de finalizar o jogo, vai do grau de cuidado, outros diriam paranoia, de cada um.

Certamente faz mais sentido deixar para registrar o produto pronto e acabado, caso contrário se corre o risco de ir se fazendo um registro diferente para cada fase da produção, até chegar ao formato definitivo. Por outro lado, existem alguns relatos aqui mesmo no Ludopeia, poucos é verdade e de veracidade não verificável já que os nomes envolvidos não foram informados, envolvendo a situação de protótipos terem sido mostrados, um terceiro diz que não gostou muito, mas alguns meses depois o mesmo jogo aparece lançado por esse terceiro. Em alguns casos como esse terceiro tinha algum prestígio junto à comunidade a coisa ficou por isso mesmo. 

Antes que alguém pergunte mas a respeito, eu confesso que só li os relatos, e a pessoa que relatou se recusou a fornecer maiores informações, até para não ser banida ou processada. Por isso, como disse antes, eu não tenho como assegurar que se isso se realmente aconteceu ou se foi apenas algum desocupado lançando mais uma teoria da conspiração, na falta de outros "que fazeres". Porém, eu acho essa situação bastante plausível.

Em virtude disso, na minha opinião, o melhor a se fazer é criar um protótipo, trabalhar bem a ideia, depois testar com pessoas amigas e de confiança, e só depois com os contornos bem definidos se fazer o registro, ao menos da marca. Feito isso, aí sim eu acho que já dá para levar para os eventos e testar com um público mais amplo. Além disso, a questão da marca eu acho que já dá para registar, mesmo que ainda seja necessário fazer alguns ajustes. Eu acho. Por exemplo, imagine que o sujeito tenha um jogo de cartas, envolvendo draft e colecionar conjuntos, ambientado no mundo da filatelia. Se o sujeito já tiver decidido que o jogo se chamará Filatellius (que é uma palavra que eu acabei de inventar, e não achei nenhum jogo similar no Google, aqui no Ludopedia, nem no BGG), se ele já tiver contratado um artista gráfico para criar o tipo das letras e criado a imagem do título, se ele já tiver definido  que o jogo terá como cenário o mundo do colecionismo de selos postais, e coisa e tal, acho que já dá para registar.

Por outro lado, a pessoa também pode correr o risco de fazer o protótipo na cara e na coragem e apresentar para várias pessoas, acreditando que ninguém roubará sua ideia. Como eu disse, tudo vai depender do grau de precaução de cada pessoa.

Finalizando, eu gostaria de terminar com uma frase que vi escrita em uma camiseta, em algumas das minhas andanças só Deus e recorda por onde, e que dizia: "Muito cuidado em quem você confia, afinal Satanás era um anjo e Judas um amigo!".

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio