você tem anotado qual o percentual de vitórias do primeiro jogador? talvez essa única peça a mais não beneficie tanto a ponto de dar uma vantagem vencedora e merecer uma revisão de um jogo tão testado.

Pierrex:: você tem anotado qual o percentual de vitórias do primeiro jogador? talvez essa única peça a mais não beneficie tanto a ponto de dar uma vantagem vencedora e merecer uma revisão de um jogo tão testado.

Olá, Pierrex.

Obrigado pelo retorno.

Realmente, nunca registrei ou fiz um levantamento rigoroso das minhas partidas para verificar a taxa de vitórias do primeiro jogador. Minha pergunta foi somente uma impressão de iniciante mesmo.

Mas sua indagação me levou a pesquisar mais sobre o assunto. Tendo em vista que no manual do jogo não encontrei nenhuma forma de compensar essa ligeira vantagem do primeiro jogador (como, por exemplo, dar a vitória para o segundo jogador em caso de empate na pontuação - e talvez esta seja alguma regra usada em campeonatos), fui atrás de algum dado que respondesse essa minha impressão.

Então, encontrei o resultado de uma pesquisa feita em um campeonato europeu online em 2020, disponível em: https://www.carcassonne.cat/2020/12/11/does-the-starting-player-have-an-advantage-in-carcassonne/ .

Onde foram analisadas 599 partidas, o primeiro jogador teve 313 vitórias (52,25%), 18 (3,01%) jogos empatados e 268 derrotas (44,74%). E ao analisarem a pontuação média do torneio, o primeiro jogador teve uma média de 1,99 pontos a mais que o segundo jogador.

Ou seja, existe uma vantagem, mesmo que pequena. Além da vantagem de jogar uma rodada a mais que o segundo jogador, o primeiro jogador também tem a chance de conseguir fechar uma cidade logo na primeira jogada, marcando 4 pontos, caso tenha mais sorte e pegue a peça correta. É uma questão de sorte, mas é uma sorte que se dá primeiro para ele em relação ao segundo jogador.

Também vale lembrar que este levantamento estatístico do campeonato em questão, embora não seja uma métrica global, foi feito com base em um cenário competitivo. Isto é, em partidas de um campeonato com jogadores que possuem uma certa habilidade e dedicação em relação ao jogo (maior estratégia, conhecimento e contagem de todas as peças que possuem no jogo e quais ainda não saíram, etc.), nível este que minimiza os efeitos de sorte ou essa pequena vantagem inicial. Talvez em partidas de jogadores mais casuais essa vantagem do primeiro jogador seja ainda maior. Mas esta última frase é apenas uma extrapolação da minha parte.

Bom, atualmente o jogo vem com a mini expansão do Rio inclusa, essas 72 peças são incluindo o Rio?

LuizFelipeCalza::

Pierrex:: você tem anotado qual o percentual de vitórias do primeiro jogador? talvez essa única peça a mais não beneficie tanto a ponto de dar uma vantagem vencedora e merecer uma revisão de um jogo tão testado.

Olá, Pierrex.

Obrigado pelo retorno.

Realmente, nunca registrei ou fiz um levantamento rigoroso das minhas partidas para verificar a taxa de vitórias do primeiro jogador. Minha pergunta foi somente uma impressão de iniciante mesmo.

Mas sua indagação me levou a pesquisar mais sobre o assunto. Tendo em vista que no manual do jogo não encontrei nenhuma forma de compensar essa ligeira vantagem do primeiro jogador (como, por exemplo, dar a vitória para o segundo jogador em caso de empate na pontuação - e talvez esta seja alguma regra usada em campeonatos), fui atrás de algum dado que respondesse essa minha impressão.

Então, encontrei o resultado de uma pesquisa feita em um campeonato europeu online em 2020, disponível em: https://www.carcassonne.cat/2020/12/11/does-the-starting-player-have-an-advantage-in-carcassonne/ .

Onde foram analisadas 599 partidas, o primeiro jogador teve 313 vitórias (52,25%), 18 (3,01%) jogos empatados e 268 derrotas (44,74%). E ao analisarem a pontuação média do torneio, o primeiro jogador teve uma média de 1,99 pontos a mais que o segundo jogador.

Ou seja, existe uma vantagem, mesmo que pequena. Além da vantagem de jogar uma rodada a mais que o segundo jogador, o primeiro jogador também tem a chance de conseguir fechar uma cidade logo na primeira jogada, marcando 4 pontos, caso tenha mais sorte e pegue a peça correta. É uma questão de sorte, mas é uma sorte que se dá primeiro para ele em relação ao segundo jogador.

Também vale lembrar que este levantamento estatístico do campeonato em questão, embora não seja uma métrica global, foi feito com base em um cenário competitivo. Isto é, em partidas de um campeonato com jogadores que possuem uma certa habilidade e dedicação em relação ao jogo (maior estratégia, conhecimento e contagem de todas as peças que possuem no jogo e quais ainda não saíram, etc.), nível este que minimiza os efeitos de sorte ou essa pequena vantagem inicial. Talvez em partidas de jogadores mais casuais essa vantagem do primeiro jogador seja ainda maior. Mas esta última frase é apenas uma extrapolação da minha parte.

considerando que há mesmo essa vantagem estatística, ainda que pequena, vejo como uma boa solução a disputa de uma série de partidas com o primeiro jogador sendo alternado. em uma melhor de 7, por exemplo, essa vantagem seria bem diluída.

Por isso que é bom jogar com o Rio

piogovieira::Bom, atualmente o jogo vem com a mini expansão do Rio inclusa, essas 72 peças são incluindo o Rio?

Olá, piogovieira.
72 peças são do jogo base.
A mini expansão do rio são mais 12 peças.
Totalizando 84 peças.
Destas 84, desconsideramos 2 peças (a peça inicial do rio, "Manancial", que já estará na mesa; e a peça inicial do jogo base que não será utilizada e deve voltar para a caixa do jogo.
Portanto, restaram 82 peças para serem jogadas. Um número par. Divisível por 2. Onde, em um duelo, cada jogador faria 41 jogadas. Corrigindo o problema do primeiro jogador fazer uma jogada a mais.
Contudo, a mini expansão do rio cria outro problema: a peça final do rio, "Lago", será SEMPRE a 11ª peça jogada, pois ela precisa concluir o rio. Ou seja, o "Lago", que possui um monastério, SEMPRE ficará com o primeiro jogador.
Resumindo, a mini expansão corrige um problema, mas cria outro.
E pelo que tenho notado, nos torneio o que prevalece é a utilização do jogo base.

Mais aí o monasterio tu resolve dando block no cara pra ele não fechar todos os lados e de quebra prende um meeple dele. Não é facil mais da pra fazer

HU3Brutus::Por isso que é bom jogar com o Rio

Olá, HU3Brutus.
A mini expansão do rio acrescenta mais 12 peças.
Somando às 72 do jogo base, temos um total de 84 peças.
Destas 84, desconsideramos 2 peças (a peça inicial do rio, "Manancial", que já estará na mesa; e a peça inicial do jogo base que não será utilizada e deve voltar para a caixa do jogo).
Portanto, restaram 82 peças para serem jogadas. Um número par. Divisível por 2. Onde, em um duelo, cada jogador faria 41 jogadas. Corrigindo o problema do primeiro jogador fazer uma jogada a mais.
Contudo, a mini expansão do rio cria outro problema: a peça final do rio, "Lago", será SEMPRE a 11ª peça jogada, pois ela precisa concluir o rio. Ou seja, o "Lago", que possui um monastério, SEMPRE ficará com o primeiro jogador.
Resumindo, a mini expansão corrige um problema, mas cria outro.

piogovieira::Mais aí o monasterio tu resolve dando block no cara pra ele não fechar todos os lados e de quebra prende um meeple dele. Não é facil mais da pra fazer

Pois é, existe uma possibilidade de contorno da situação na expansão do rio.
Mas a mínima vantagem ainda continua existindo.