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Resumo da Sessão Anterior (A Fúria do Fogo Contra o Terror das Águas) Capítulo VII – Mistério na Ilha da Neblina
A lua, altiva e silenciosa, pairava sobre a Vila de Byrk quando os primeiros vultos surgiram no horizonte. Worf caminhava à frente, o corpo largo arqueado sob o peso de duas cargas igualmente pesadas: o minério extraído das profundezas da terra... e o corpo sem vida de Gundrick, o anão sacerdote. A poeira da estrada ainda colava à pele quando Lazarus, o pequeno halfling de olhos atentos e coração inquieto, correu ao encontro dos companheiros. Seu alívio se curvou diante da dor, pois embora retornassem, não voltavam completos.
Na manhã seguinte, sob um céu espesso e cinzento como luto velado, o grupo se reuniu no cemitério da vila. Worf, guerreiro da Tribo da Garra, ajoelhou-se diante do túmulo recém-aberto e enterrou seu amigo anão, juntamente com suas armas, o martelo e o machado que haviam sido sua alma em combate. Não eram apenas armas — eram memórias, eram promessas cumpridas. Ao longe, o coveiro — criatura agora mais próxima de uma raposa do que de um homem — observava, sua forma bestial mal contendo os últimos vestígios de humanidade.
A vida seguia, como sempre insiste em fazer. Ursula, a ferreira presa num corpo bestial, recebeu o minério. Seu corpo, agora o de um imenso urso, escondia ainda o coração de artesã. Ela entregou ao grupo um anzol gigantesco, forjado especialmente para capturar o Pacumã do Bico Roxo — criatura temida que afundava barcos e mantinha a vila refém da fome.
Partiram então rumo à Baía dos Espelhos das Águas Doces. A jornada os levou até o leito de um rio onde as águas, obedecendo a segredos antigos, desapareciam sob um arco natural de pedra. Era uma ponte moldada não por mãos humanas, mas pelo tempo e pela persistência do fluxo. Ao cruzarem a gigantesca e larga ponte natural, o chão estremeceu. Das entranhas da terra emergiu um ankheg — criatura grotesca de mandíbulas pingando ácido. O combate foi curto, brutal. Lazarus invocou as chamas de sua patrona, e Worf, tomado por uma fúria primal, despedaçou o monstro até que restasse apenas seu sangue viscoso manchando a rocha.
A Baía surgiu diante deles como um quadro pintado por mãos divinas — águas translúcidas, coqueiros curvados pelo vento e um céu que tocava o mar. Mas sob aquela beleza escondia-se o terror. A sombra do Pacumã do Bico Roxo deslizava como um pesadelo sob a superfície, e até mesmo Worf sentiu o frio da dúvida atravessar suas escamas.
Prepararam a armadilha com precisão. O anzol foi lançado com força titânica, e o silêncio que se seguiu foi quebrado por uma explosão de água quando a criatura mordeu a isca. Seus olhos vermelhos giravam em desvario, e em segundos o caos tomou conta da praia. Flechas falharam, feitiços se dissiparam, e Worf, em um momento de vulnerabilidade, foi engolido inteiro.
Mas as entranhas da besta não seriam sua prisão.
No ventre do monstro, o draconato ouviu o chamado ancestral do fogo que ardia em sua alma. Com um grito que ecoou além da carne, ele liberou sua fúria flamejante, incendiando o monstro por dentro. O Pacumã contorceu-se em agonia, e então Worf emergiu — coberto de sangue e vísceras, mas vitorioso.
Com as últimas luzes do sol tingindo o mar de âmbar, o guerreiro cortou um troféu do corpo do monstro abatido. Era mais do que uma prova de coragem — era um símbolo de que, mesmo diante do terror, ainda havia heróis dispostos a enfrentar as sombras.
E assim, os aventureiros contemplaram o mar, sabendo que sua jornada estava longe do fim. A Ilha da Neblina guardava segredos mais profundos que as minas, mais terríveis que o Pacumã. Mas naquele momento, sob o céu alaranjado, a vitória era deles.
A cópia do jogo utilizada no vídeo foi gentilmente enviada pela editora (101 Games).