igorknop::JedoLar::(...)Aproveitando, li alguns comentários (não todos) desse tópico e vi que tem gente que não compra jogo se não tiver nome do autor na capa, mas eu não sou assim, pois se o jogo diverte, não estou nem aí para quem fez, pode até ser feito por IA.
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Oi @JedoLar,
Primeiramente, sou fã das seus comentários sobre os jogos! Sempre entro no seu usuário para ver o que tá rolando.
Deixa eu aproveitar e perguntar por mera curiosidade dentro do assunto de "aproveitar a experiência no vácuo":
Você consegue manter a boa experiência se alguma informação negativa posterior te desagrada? Por exemplo, jogou um jogo/viu um filme e gostou, mas depois descobriu que o autor era cuzão, copiou de outro ou que a editora passou a perna em alguém. Daí dá uma brochada em jogar/ver de novo ou vida que segue? Digo mais no tá diretamente ligado no produto, não estou entrando no assunto de cancelamento, por mais que esteja relacionado.
Eu tenho tido isso hoje principalmente em relação a conteúdo feito por IA generativa, por isso perguntei. Acho a parada maneira, daí vou lá vejo que é genIA e dá azedada na hora. Não sei se isso tem acontecido com mais alguém. :/
Opa, beleza? Que legal saber que acompanha os comentários que faço nos jogos, obrigado por contar, me motiva a continuar... se bem que antigamente eu tinha muito mais tempo para comentar kkkk.
Quanto à IA generativa, penso que é a evolução da história, em que o homem trabalhará menos para as máquinas trabalharem no nosso lugar, ao mesmo tempo que o preço das coisas baixará. Sou a favor disso, claro. Um possível problema que vejo a princípio é que as coisas podem não baixar de preço num primeiro momento por ter patrões querendo lucrar mais devido ao que deixam de pagar para pessoas reais, e isso enquanto as pessoas trabalham menos devidos às IAs e, consequentemente, ganham menos. Penso, então, que o problema não é a tecnologia/IA, mas sim o ser humano. Mas com a concorrência/competição, quem fizer jogos com IA tende a ter um jogo de custo mais baixo para vender e pode escolher colocar um preço menor para vender mais, fazendo as editoras que não baixam o preço serem pressionadas a baixar para competir. Enfim, assim como acontece com tudo que é comercializado sem monopólio nem cartel. Mas isso se a arte realmente impactar no preço de um jogo, o que eu acho que não. Acho que a necessidade de arte feita por humanos em jogos de tabuleiro trata-se mais de uma defesa ideológica, sem benefício tangível, pois não precisamos mesmo de uma arte feita por humanos em jogos para que o jogo fique mais divertido, basta que a arte feita por IA seja suficientemente boa, o que já acontece. Tanto é verdade que não precisamos de arte feita por humanos em jogos que não temos mais certeza se a arte foi feita por IA se alguém não disser que foi. Se ninguém disser, não vamos sentir falta da arte feita por humanos no jogo. Alguns podem ficar curiosos para saber qual "pessoa" fez a arte, mas a diversão de jogar mantém-se a mesma.
Talvez em outro mercado (como nas obras de artes propriamente ditas, ou em outro mercado que não me lembro agora) haja espaço para as artes feitas por humanos, portanto que quem consuma consiga identificar a diferença entre arte feita por IA e por humanos e receba um benefício maior e tangível por apreciar uma arte feita por humanos, caso contrário também se revelará um mercado que não é necessário que a arte seja feita por humanos, assim como é o caso dos jogos de tabuleiro, pois não torna o jogo menos divertido se arte for uma boa arte feita por IA. Quem quer mesmo trabalhar com arte e considera sua arte boa o suficiente para vender para quem realmente precisa de arte feita por humanos, precisa encontrar um segmento em que as pessoas queiram isso, que as pessoas consigam diferenciar e recebam algum benefício por essa arte humana. Quem está consumindo arte feita por humanos só por ideologia não vai durar, a demanda por preço baixo mantendo a mesma qualidade de arte (feita por IA) vai tratorar essas artes que as pessoas buscam apenas por ideologia. Tudo bem buscar arte humana apenas por ideologia, cada um com suas ideologias, gostos, lazeres paralelos ou fetiches, mas serão cada vez menos os jogos assim e cada vez mais caros, pois não vai ser uma produção em massa. E essas pessoas podem se preparar pois não serão somente boas artes que serão feitas por IA, mas também bons jogos no todo, com regras e tudo, se é que as IAs já não geram jogos (quem tiver tempo, testa aí), se é que já não tem designer recorrendo à IA sem falar nada pra ninguém. Duvido que não. Duvido que dessa consulta curiosa não tenha saído algumas ideias que complementaram a criação de alguns jogos no mercado atualmente. Quem será o primeiro a confessar e perder algumas vendas, algo como 1% de vendas kkkkkkk. E em breve qualquer pessoa não designer poderá gerar um jogo muito bom dando alguns direcionamentos a IA, com o seu tema favorito, e depois levando para imprimir em gráficas, com arte e tudo. A retirada do nome das capas é inevitável, pois em breve quase nenhum humano estará fazendo jogo mesmo, a menos que se prove no futuro que um jogo feito por humanos é mais divertido que o feito por IA, o que eu acho que não será, pois atualmente a maioria dos jogos já é meio que uma cópia de outros jogos. Acho que o pessoal só está com inveja que agora é a IA que está copiando kkkkk. Criativo mesmo atualmente, só (alguns) jogos infantis kkkk.
Quanto a IA estar copiando... é como acabei de dizer... o que não é cópia de algo? Ainda mais em jogos de tabuleiro em que temos poucas mecânicas existentes que foram um dia criadas por alguém e que, depois, todo designer passou a se apropriar para criar seu jogo. Se algum ser humano nunca teve contato com absolutamente nada feito por outro ser humano na vida (por exemplo, nasceu e foi deixado sozinho em uma ilha isolada), aí seria possível dizer que ele criou do nada, sem se aproveitar de nada que viu. A IA, com sua habilidade de cópia muito superior aos dos humanos, só potencializou essa prática. Quem aqui, se tivesse uma habilidade de cópia com a de uma IA, não passaria a pintar como um artista famoso se isso desse dinheiro? Hoje não dá mais dinheiro, pois tem a IA que faz isso de graça.
Num sentido espiritual (ou mais real) da coisa, a doutrina que eu sigo, a católica, diz que ninguém tem capacidade de fazer qualquer coisa de bom, útil ou que sirva para alguma coisa boa sem a sustentação da graça de Deus. Ou seja, se realmente dependesse exclusivamente da capacidade do ser humano criar alguma coisa, a gente seria pior do que macacos, pois até macacos fazem coisas úteis ao menos para si mesmo, como comer e sobreviver. Seríamos piores que uma ameba, pois até uma ameba é útil. Então, aproveite a arte do jogo que você gosta que foi feito por IA, porque se é uma arte boa, provavelmente teve a mão de Deus na arte de quem a IA copiou. Criador mesmo, que cria do nada, é só Um. O que as pessoas fazem de bom (com a ajuda de Deus) e que dão o nome de "criação", leva esse nome mais por uma questão de desenvolvimento da espécie humana, pois se a autoria de algo útil não fosse protegido contra cópias, nenhuma invenção ou criação (e o esforço para tê-las) seria feito, ninguém "criaria" mais nada (ou o ritmo das criações/invenções diminuiria), e a humanidade não se desenvolveria. Porém, com as IAs, que produzem de graça, não faz mais sentido isso. Limitar as IAs é que será um atraso para humanidade. Talvez no futuro, se pague para alimentar as IAs com novos estilos artísticos, se essa nova arte ou estilo artístico for necessária para alguma coisa (não para jogos que divertirão de qualquer forma). Uma coisa é certa, a humanidade irá se ajustar. No atual momento, a humanidade não precisa de artistas de capacidade mais baixa do que genial... (se bem que, tem muitas empresas que ainda não sabem usar IAs ou que ainda não sentiram a pressão do mercado para começar a usar e ainda usa artes humanas). Muitos tipos de trabalhos acabam por falta de necessidade, é natural. Antigamente havia quem acendia as lamparinas nos postes das ruas. As pessoas que deixaram de acender foram fazer outra coisa da vida, não sem sofrerem com a mudança, quem mudou mais rápido sofreu menos, mas a evolução da humanidade foi inevitável.
Me empolguei com o assunto kkkk mas me fez refletir mais a respeito, e manter a minha posição.